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Após 22 anos, avião-hospital para pobres é aposentado e trocado por novo

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08/06/2016 06h00

 

Flying Eye Hospital será aposentado após 22 anos. Imagem: Reprodução/Orbis

Flying Eye Hospital será aposentado após 22 anos. Imagem: Reprodução/Orbis

Depois de 22 anos funcionando como um hospital oftalmológico em áreas pobres do mundo, o Flying Eye Hospital, um DC-10 da extinta empresa McDonnell Douglas (que foi comprada pela Boeing) , será aposentado. A aeronave pertencia à ONG americana Orbis, que atua na prevenção e tratamento de cegueira, e foi doado pela FedEx, empresa americana de entrega de remessas.

Adaptado para se tornar uma espécie de hospital e escola para tratar doenças dos olhos, o DC-10 fez seu primeiro voo em 1994, percorreu mais de 900 mil quilômetros e visitou mais de 30 países (principalmente na Ásia e África). Agora, ele vai para um museu em Tucson, no Arizona (EUA). 

Em seu lugar, entra o modelo MD-10, também da McDonnell Douglas (agora Boeing) e doado pela FedEx. O novo avião-hospital levou seis anos para ser modificado e é composto por oito áreas, entre elas, uma sala de aula com 46 assentos, uma sala de esterilização e duas para cirurgias e uma área de cuidados pré e pós-operatório.

A temperatura interna e a umidade a bordo são reguladas de acordo com o padrão dos hospitais. O revestimento encontrado em cozinhas e banheiros foi usado no corredor, para iluminar o espaço.

Novo avião-hospital da ONG Orbis. Imagem: Dilvugação/Orbis

Novo avião-hospital da ONG Orbis. Imagem: Dilvugação/Orbis

Uma das salas de cirurgia do novo Flying Eye Hospital / Imagem: Divulgação/Orbis

Uma das salas de cirurgia do novo Flying Eye Hospital / Imagem: Divulgação/Orbis

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Sala de aula do novo avião-hospital com capacidade para 46 pessoas. Imagem: Divulgação/Orbis

A ONG não divulgou o valor investido no novo avião, mas diz que, além da aeronave, todos os outros itens, como máquinas, ferramentas e produtos, foram doados por empresas parceiras.

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Novo avião levou seis anos para ficar pronto. Imagem: Divulgação/Orbis

Um avião MD-10 tem a mesma fuselagem que um DC-10, mas com uma plataforma de voo atualizada. O novo modelo também tem um alcance maior que seu antecessor.

A ideia da ONG é atender casos complexos dentro do próprio avião. Em 2014, foram 12 transplantes de córnea. Outro objetivo é treinar profissionais de áreas pobres para que eles também possam desenvolver as técnicas em seu país de origem.

Por enquanto, a nova aeronave está apenas participando de uma rodada de apresentação em vários aeroportos americanos. A expectativa é que ela comece a operar em setembro. O primeiro destino será a cidade de Shenyang, na China.

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