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Maior aérea de baixo custo da Europa passa a cobrar até pela bagagem de mão

Todos a Bordo

27/08/2018 18h53

Cobrança pela bagagem de mão começa em 1º de novembro (Divulgação)

A Ryanair, maior companhia aérea de baixo custo da Europa, vai restringir ainda mais o transporte de bagagem em seus voos. A empresa é conhecida por cobrar taxas extras para diversos serviços, como despacho de malas, marcação de assentos e até pelo check-in presencial no aeroporto.

A partir de novembro, os passageiros terão de pagar uma taxa adicional para levar até mesmo uma mala de mão. Grátis só um item pessoal pequeno, como uma bolsa feminina, uma pasta executiva ou uma mochila pequena (a dimensão máxima será de 40 cm x 20 cm x 25 cm).

A notícia gerou preocupação até em clientes de outras companhias aéreas. É que a Ryanair costuma ser pioneira em criar taxas extras, e depois acaba sendo seguida por outras empresas de baixo custo.

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Pelo menos por enquanto, não há risco de a moda pegar no Brasil e as companhias nacionais adotarem a cobrança pela bagagem de mão. Segundo as regras da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), os passageiros têm o direito de transportar uma bagagem de mão de até 10 kg dentro da cabine, sem custo adicional.

Taxa pode chegar a 25 euros

Para levar a tradicional bagagem de mão de até 10 kg será preciso pagar e, mesmo pagando, nem todos poderão levar a mala dentro da cabine.

Veja quais serão as opções:

– Itens pessoais pequenos, como bolsas femininas e pastas executivas, poderão ser levados a bordo sem custo, desde que tenham dimensão máxima de 40 cm x 20 cm x 25 cm.

– Quem pagar pelo serviço de embarque prioritário (de 6 a 8 euros) poderá embarcar antes dos demais e também levar uma mala de até 10 kg dentro da cabine. Porém, essse serviço é limitado a 95 passageiros, e os aviões da companhia têm capacidade para 189 passageiros.

– Fora os 95 passageiros que optarem pelo embarque prioritário, os demais que quiserem levar uma bagagem  terão que pagar uma taxa e despachá-la (a mala vai no porão do avião, não dentro da cabine). Para os voos a partir de 1º de novembro, para despachar malas de até 10 kg haverá uma taxa de 8 a 10 euros, dependendo do momento do pagamento (atualmente, a empresa não tem essa categoria de bagagem e cobra 25 euros por uma mala de até 20kg).

– Pode sair caro tentar "enganar" a empresa e embarcar com uma bagagem maior que o item pessoal pequeno permitido. Se for pego na hora do embarque, o passageiro terá que pagar 25 euros para despachar a bagagem.

A medida afeta até mesmo os passageiros que já compraram passagem para voar depois de 1º de novembro. Segundo a empresa, os clientes que não concordarem com as novas regras poderão pedir o cancelamento da reserva com reembolso total do valor.

Medida é para reduzir atrasos, afirma empresa

A Ryanair afirma que não adotou as novas regras para aumentar suas receitas. "O principal objetivo desta medida é a melhoria da pontualidade e a redução dos atrasos no embarque", afirma a companhia, em nota.

Segundo a Ryanair, os aviões utilizados pela empresa (Boeing 737-800) têm capacidade para levar até 100 malas de mão nos compartimentos da cabine de passageiros. Na maioria dos voos, no entanto, não havia espaço para todas as malas e elas precisavam ser transferidas para o porão do avião.

"Este processo correspondia a cerca de 120 malas gratuitas etiquetadas durante o embarque, levando a atrasos no nosso ´turnaround´ (tempo do avião em terra entre voos) de 25 minutos", diz a empresa.

A empresa afirmou, ainda, que a cobrança de bagagem é necessária por conta dos valores das passagens e nega ter taxas escondidas para enganar os passageiros. "As tarifas da Ryanair baixaram novamente este ano em 4%, e todos os nossos passageiros poupam ao viajar conosco. Todos os extras opcionais são listados e exibidos de forma transparentes no nosso site. A Ryanair não tem extras escondidos – todos os serviços ou taxas opcionais são colocados à disposição do cliente e confirmados antes da reserva ser concluída", afirma.

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