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Juíza dos EUA diz que aperto em avião afeta segurança e pede novas regras

Todos a Bordo

09/08/2017 11h53

Decisão pretende criar um padrão mínimo para as poltronas de avião (Imagem: Joel Silva/Folhapress)

Para acabar com o que chamou de "encolhimento das poltronas de avião", uma juíza dos Estados Unidos determinou que o órgão de controle da aviação no país, a FAA (Federal Aviation Administration), analise o pedido da associação de clientes de companhias aéreas Flyers Right para criar regras sobre o tamanho e a distância mínima entre as poltronas dos aviões.

A associação alega que as poltronas estão ficando cada vez mais apertadas e que isso poderia comprometer a segurança dos passageiros em casos de evacuação de emergência.  A decisão não deixa claro se o tamanho das poltronas aumentaria, mas a FAA terá de provar que os tamanhos atuais são seguros e qual o mínimo necessário para garantir a segurança.

A questão nunca chegou a ser regulada por nenhum órgão internacional de aviação. As normas internacionais exigem apenas que, nos casos de emergência, todos os passageiros e tripulantes possam sair do avião em, no máximo, 90 segundos.

A FAA já havia alegado à Justiça que o tamanho das poltronas não causa nenhum risco à segurança nem reduz o tempo de evacuação do avião em caso de emergência. A juíza Patricia Millett, no entanto, considerou que a FAA não apresentou nenhum estudo concreto que comprovasse as alegações e determinou que seja feita uma análise mais rigorosa da situação.

Segundo estudo da Flyers Right, a largura média das poltronas da classe econômica nos Estados Unidos caiu de 47 cm em 2000 para os 43,1 cm atuais. No mesmo período, a distância para a poltrona da frente também foi reduzida, em média, de 88,9 cm para 78,74 cm.

Aperto pode causar problemas de saúde

Além da agilidade na evacuação do avião, a Flyers Right alega que o espaço reduzido das poltronas também pode causar danos à saúde dos passageiros, como coágulos sanguíneos, trombose venosa profunda e problemas musculares e nas articulações.

Para essa questão, no entanto, a juíza avaliou que os dados apresentados pela FAA mostram que o tamanho atual das poltronas não traz risco à saúde dos passageiros.

Brasil tem selo de classificação

No Brasil, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) também não regula o tamanho e distância mínima das poltronas dos aviões. No entanto, a agência criou um selo para classificar quais são os aviões mais confortáveis.

A classificação da Anac é feita em cinco categorias: A (acima de 73 cm), B (de 73 cm a 71 cm), C (71 cm a 69 cm), D (69 cm a 67 cm) e E (abaixo de 69 cm). Nessa escala, a distância média utilizada nos aviões nos Estados Unidos estaria classificada na categoria A da Anac.

As companhias aéreas têm de informar ao passageiro a classificação dos assentos do avião já no momento da reserva da passagem.

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