Todos A Bordo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br Todos a Bordo é o blog de aviação do UOL. Aqui você encontra as últimas informações, análises e notícias sobre o movimentado mundo das companhias aéreas, das fabricantes de aviões e de empresas aeroportuárias. Tue, 07 Jul 2020 19:46:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Afastado por dívida, dono da Avianca Colômbia quer até 40% da Alitalia http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/14/venda-alitalia-avianca-colombia-recuperacao-judicial/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/14/venda-alitalia-avianca-colombia-recuperacao-judicial/#respond Sun, 14 Jul 2019 07:00:06 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10469

Alitalia está em recuperação judicial há mais de dois anos (Divulgação)

O governo italiano pretende concluir nesta segunda-feira (15) o processo de venda de até 40% da companhia aérea Alitalia, que está em processo de recuperação judicial há mais de dois anos. Segundo os acordos firmados até agora, a Ferrovie dello Stato, empresa estatal de ferrovias italiana, terá uma participação de 35%, a norte-americana Delta Airlines ficará com 10% a 15% e o governo italiano com 15%. O restante está em disputa entre quatro interessados.

Um dos nomes na disputa pelos 40% da companhia é o do empresário Germán Efromovich, dono de 79% da Avianca Colômbia.

A ofensiva de Germán em adquirir parte da Alitalia começou depois que ele foi afastado, em maio, da presidência do conselho da Avianca, após um calote de um empréstimo junto à United Airlines. Sua presença no conselho da empresa era uma das garantias do empréstimo.

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Germán é irmão de José Efromovich, controlador da Avianca Brasil. A companhia aérea brasileira entrou em processo de recuperação judicial em dezembro do ano passado e teve suas operações suspensas pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) no final de maio por questões de segurança. Desde então, funcionários estão sem receber salários, e passageiros que tiveram os voos cancelados reclamam da falta de atendimento da empresa.

O empresário Germán Efromovich, dono da Avianca Colômbia, quer comprar participação na Alitalia (Reuters/Jose Miguel Gomez)

O dono da Avianca Colômbia passou a última semana na Itália em reuniões com membros do governo para apresentar seus planos e preparar a proposta oficial para entrar no negócio da Alitalia. Quando anunciou seu interesse no negócio, Germán foi além e disse que também gostaria de ser o CEO da companhia aérea italiana.

Estima-se que os 40% de participação na companhia aérea italiana teria o valor de 300 milhões de euros (R$ 1,26 bilhão). Segundo a imprensa italiana, Germán chegou a dizer que já teria o dinheiro e não precisaria recorrer a empréstimos.

Apesar da disposição do empresário, a participação de Germán terá de superar algumas resistências. O maior impasse estaria por conta da participação da Delta no negócio. A companhia aérea norte-americana e a Alitalia fazem parte da aliança global Sky Team, enquanto a Avianca é membro da Star Alliance.

Grupo da família Benetton é o preferido

Fontes ouvidas pelo jornal italiano “Il Sole 24 Ore” apontam que o grupo Atlantia, o último a entrar na disputa, é o preferido para vencer a disputa. O Atlantia conta com o aval da Delta pela sua experiência na administração de mais de 14 mil quilômetros de estradas e diversos aeroportos, como Fiumicino e Ciampino, ambos em Roma.

O Atlantia tem como um dos principais sócios a família Benetton. O governo italiano, no entanto, entrou em conflitos recentes com o grupo Atlantia e ameaça cassar algumas concessões por conta da queda da ponte Morandi, em Gênova, em agosto do ano passado, administrada pelo grupo.

Outros nomes que já demonstraram interesse em adquirir parte da companhia aérea italiana foram Carlo Toto, da Toto Holding, empresa de construção de estradas, e Claudio Lotito, dono e presidente do clube de futebol Lazio. A proposta da Toto Holding já foi apresentada, mas até a última sexta-feira (12) Lotito ainda não havia entregue as garantias financeiras, o que pode inviabilizar sua participação.

Plano de reestruturação da Alitalia

O jornal “Il Sole 24 Ore” divulgou na última sexta-feira (12) o que seria o plano de reestruturação da Alitalia. O projeto prevê uma empresa ligeiramente menor, mas com melhor aproveitamento dos aviões e redução de custos.

A companhia, que teve prejuízo de 340 milhões de euros (R$ 1,43 bilhão) em 2018, continuaria no vermelho até 2021. A previsão é de lucro de 53,9 milhões de euros (R$ 227 milhões) em 2022 e de 134 milhões de euros (R$ 565 milhões) em 2023.

O plano de reestruturação prevê a redução de 15 aviões na frota da Alitalia, passando das atuais 117 aeronaves para 102 a partir de janeiro do ano que vem. Haveria também a redução de postos de trabalho e de salários.

Segundo o projeto, o corte atingiria 740 funcionários que trabalham em tempo integral. O salário dos pilotos cairia de 138 mil euros por ano (R$ 48,5 mil por mês) para 131 mil euros (R$ 46 mil por mês), enquanto o dos comissários de bordo seria reduzido de 51 mil euros por ano (R$ 17,9 mil por mês) para 48 mil euros (R$ 16,8 mil por mês). Além disso, teriam de trabalhar mais, já que as folgas mensais cairiam de dez para nove dias.

O projeto também prevê o corte de diversas rotas que não são lucrativas, sendo 15 de curta e média distância e cinco de longo alcance. Os voos para o Brasil não devem ser afetados. Atualmente, a Alitalia tem voos diários para os aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, e Galeão, no Rio de Janeiro.

Veja como é preparada a comida do serviço de bordo da ponte aérea

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Aérea só tem poltrona executiva, serve champanhe e cobra metade do preço http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/13/companhia-aerea-classe-executiva/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/13/companhia-aerea-classe-executiva/#respond Sat, 13 Jul 2019 07:00:02 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10458

Airbus A321neo usado pela companhia aérea francesa La Compagnie (Divulgação)

A companhia aérea francesa La Compagnie apostou em um modelo diferente de negócio e tem obtido bons resultados em seus cinco anos de operação. Na contramão do crescimento de empresas que adotam o modelo de baixo custo, a La Compagnie tem como foco o mercado de luxo. A empresa tem aviões equipados exclusivamente com assentos de classe executiva.

A empresa iniciou suas operações em 2014. Nesses cinco anos, já transportou mais de 250 mil passageiros, com uma taxa média de ocupação dos aviões de 80%.

O foco da empresa é a rota entre Paris (França) e Nova York (EUA). São de dois a três voos diários, dependendo do dia da semana. Durante o verão no hemisfério norte, a companhia também faz um voo sazonal entre Nice (França) e Nova York, com a opção de contratar um voo de sete minutos de helicóptero até Mônaco.

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São 76 assentos a bordo do Airbus A321neo, todos de classe executiva (Divulgação)

Autodenominada uma companhia aérea butique, a La Compagnie afirma que tem como princípio oferecer serviços exclusivos a preços menores. Segundo a empresa, suas passagens são de 30% a 50% mais baratas que as de classe executiva das companhias aéreas tradicionais.

Os bilhetes promocionais para voos de ida e volta saem por US$ 1.400 (R$ 5.250). Nas mesmas datas pesquisadas (6 a 12 de setembro), uma passagem na executiva da Air France sai por R$ 12.105. Na American Airlines, o valor chega a R$ 19.824. Na classe econômica da American Airlines, a passagem custa R$ 1.500.

A frota da empresa ainda é pequena. São três aviões, sendo dois Boeing 757 e um Airbus A321neo. Até o final do ano, vai receber um novo A321neo. Em cada aeronave, são 76 assentos distribuídos em 19 fileiras na configuração 2-2.

Todas as poltronas do Airbus A321neo reclinam 175º e viram cama (Divulgação)

Serviços aos passageiros

As mordomias começam antes mesmo do embarque. Todos os passageiros da companhia podem esperar o horário do voo em salas vips nos três aeroportos nos quais a La Compagnie opera voos, com direito a comida e bebida. Há ainda uma fila exclusiva para passar pelos controles de segurança dos aeroportos.

A bordo dos aviões da La Compagnie, as 76 poltronas têm 66 centímetros de largura, reclinam 175º e viram cama. Os passageiros recebem travesseiros antialérgicos, edredons e um kit de viagem com produtos cosméticos da marca francesa Caudalie. Nos novos aviões Airbus A321neo, o acesso ao wi-fi é grátis a todos os passageiros.

Menu do serviço de bordo da La Compagnie é assinado pelo chef Christophe Langrée (Divulgação)

O menu de bordo é assinado pelo chef Christophe Langrée, que também selecionou as opções de vinhos e champanhes. Por conta dos horários dos voos, o serviço de bordo é mais caprichado na viagem entre Paris e Nova York (voo diurno). Após a decolagem, é servida uma entrada fria, um prato quente, tábua de queijos e sobremesa. Antes do pouso, os passageiros têm a opção de três snacks salgados e três doces.

Antes do voo de retorno durante a noite, os passageiros podem jantar na sala vip do aeroporto de Newark. Segundo a empresa, na saída de Nova York é servida apenas uma refeição leve para permitir que os passageiros possam descansar. Eles recebem uma salada, uma sopa, uma tábua de queijos e uma sobremesa. Antes do pouso, no entanto, é servido um café da manhã completo, incluindo um croissant feito pela Maison Kayser especialmente para a La Compagnie.

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Passageiro veste 15 blusas para não pagar excesso de bagagem em voo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/10/passageiro-excesso-de-bagagem/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/10/passageiro-excesso-de-bagagem/#respond Wed, 10 Jul 2019 18:15:57 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10452

Um passageiro da companhia aérea britânica easyJet decidiu vestir cerca de 15 blusas em frente ao balcão de check-in da empresa no aeroporto de Nice (França), para evitar o pagamento de taxas extras por excesso de peso da bagagem. Ao tentar despachar a mala, o escocês John Irvine foi informado que sua bagagem estava oito quilos acima do peso máximo, que na companhia pode variar entre 15 quilos e 23 quilos dependendo do pacote adquirido pelo passageiro.

“A moça do balcão de atendimento perguntou se queríamos pagar a taxa extra, mas meu pai apenas olhou para ela e disse: ‘veja isso’. Ele abriu sua mala e rapidamente colocou para fora cerca de 15 blusas para ajudar a diminuiu o peso”, contou Josh Irvine, filho de John, em entrevista ao jornal britânico Metro. No Twitter, Josh diz que foram 15 blusas, mas na legenda do vídeo diz que fora cerca de 13 blusas.

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A easyJet cobra 12 libras esterlinas (R$ 56,60) por quilo em excesso. No caso de Irvine, a multa total seria de 96 libras esterlinas (R$ 452,80).

Irvine voltava de férias com a família para Glasgow (Escócia). Além do peso, o passageiro teve de enfrentar o forte calor de Nice. Na hora do embarque, fazia cerca de 30 ºC no sul da França.

A atitude do escocês também gerou dificuldades para ele conseguir passar pelo controle de segurança do aeroporto de Nice. “Foi uma luta, porque acharam que ele estava tentando contrabandear algo sob todas as suas roupas”, afirmou Josh.

A notícia viralizou quando Josh, que gravou a cena do pai vestindo as camisas, publicou o vídeo em sua conta no Twitter. O vídeo já conta com mais de 36 mil curtidas.

Atitude já gerou problemas

Apesar de inusitada, a atitude de Irvine não é algo inédito nos aeroportos. Em abril deste ano, a britânica Natalie Wynn teve de reduzir em quatro quilos o peso de sua mala. A passageira retirou da bagagem sete vestidos, dois pares de sapatos, dois shorts, uma saia e um casaquinho leve.

Quando começou a vestir as roupas extras, Natalie chamou a atenção dos demais passageiros que viajavam no mesmo voo que ela para as Ilhas Canárias (Espanha). Ela recebeu a solidariedade de alguns passageiros, que ofereceram o espaço de suas malas para ela levar suas roupas.

Em janeiro do ano passado, o também britânico Ryan Carney Williams, mais conhecido como Ryan Hawaii, não teve o mesmo sucesso na tentativa de embarcar com várias roupas no corpo para não pagar pelo despacho de bagagem.

Ryan tentou viajar em um voo de Keflavik (Islândia) para Londres (Reino Unido) vestindo oito calças e dez camisas ao mesmo tempo. A companhia aérea British Airways, no entanto, recusou o seu embarque no voo.

No dia seguinte, ainda tentou usar a mesma estratégia em um voo da easyJet, mas novamente teve o embarque recusado. Hawaii trocou novamente de companhia aérea e conseguiu embarcar em um voo da Norwegian Airlines.

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Voo mais longo sem escala saindo do Brasil demora mais de 15h http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/10/voos-mais-longos-saindo-do-brasil/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/10/voos-mais-longos-saindo-do-brasil/#respond Wed, 10 Jul 2019 07:00:51 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10425

Qatar utiliza o Boeing 777 nos voos para o Brasil (Foto: Divulgação)

Erramos: este conteúdo foi alterado

O voo entre São Paulo e Doha (Qatar) é o mais longo saindo do Brasil, demorando mais de 15 horas na volta. Operado pela Qatar Airways, ele teve a rota alterada em virtude da crise diplomática do Qatar com outros países do Oriente Médio e norte da África.

Em linha reta, a maior distância entre duas cidades com voos saindo do Brasil é entre São Paulo e Dubai (Emirados Árabes Unidos), com 12.231 quilômetros. Até junho de 2017, era esse o voo mais longo saindo do Brasil.

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Mas agora o voo que mais demora é para Doha, embora a distância entre a cidade e São Paulo seja de 11.871 quilômetros (menor que Dubai-SP) O título mudou de mãos quando a Arábia Saudita e seus aliados aplicaram sanções ao Qatar que incluíam o fechamento do espaço aéreo para aeronaves do país. Para continuar operando a rota entre São Paulo e Doha, a Qatar Airways foi obrigada a fazer um desvio de rota, cruzando o norte da África, a Turquia e o Iraque.

Linha azul mostra o trajeto real feito pelo voo da Qatar Airways entre São Paulo e Doha (Reprodução)

Veja os dez voos mais longos saindo do Brasil

1. São Paulo – Doha (Qatar)

  • Distância: 13.634 quilômetros de voo e 11.871 quilômetros em linha reta
  • Tempo médio de voo: 14h34 na ida e 15h27 na volta
  • Companhia aérea: Qatar Airways (voos QR 774 e QR 773)

2. São Paulo – Dubai (Emirados Árabes Unidos)

  • Distância: 12.577 quilômetros de voo e 12.231 quilômetros em linha reta
  • Tempo médio de voo: 14h04 na ida e 14h11 na volta
  • Companhia aérea: Emirates Airlines (voos EK 262 e EK 261)

3. Rio de Janeiro – Dubai (Emirados Árabes Unidos)

  • Distância: 12.242 quilômetros de voo e 11.897 quilômetros em linha reta
  • Tempo médio de voo: 13h32 na ida e 13h39 na volta
  • Companhia aérea: Emirates Airlines (voos EK 248 e EK 247)

4. São Paulo – Tel Aviv (Israel)

  • Distância: 12.131 quilômetros de voo e 10.618 quilômetros em linha reta
  • Tempo médio de voo: 13h18 na ida e 14h31 na volta
  • Companhia aérea: Latam (voos LA 712 e LA 713)

5. São Paulo – Istambul (Turquia)

  • Distância: 10.790 quilômetros de voo e 10.571 quilômetros em linha reta
  • Tempo médio de voo: 12h03 na ida e 12h31 na volta
  • Companhia aérea: Turkish Airlines (voos TK 16 e TK 15)

6. São Paulo – Los Angeles (EUA)

  • Distância: 10.177 quilômetros de voo e 9.930 quilômetros em linha reta
  • Tempo médio de voo: 11h38 na ida e 11h14 na volta
  • Companhia aérea: American Airlines (voos AA 216 e AA 215)

7. São Paulo – Addis Ababa (Etiópia)

  • Distância: 10.114 quilômetros de voo e 9.938 quilômetros em linha reta
  • Tempo médio de voo: 11h15 na ida e 11h35 na volta
  • Companhia aérea: Ethiopian Airlines (voos ET 527 e ET 526)

8. São Paulo – Frankfurt (Alemanha)

  • Distância: 10.073 quilômetros de voo e 9.806 quilômetros em linha reta
  • Tempo médio de voo: 10h50 na ida e 11h26 na volta
  • Companhias aéreas: Lufthansa e Latam (voos LH 507, LA 8070, LH 506 e LA 8071)

9. São Paulo – Zurique (Suíça)

  • Distância: 9.938 quilômetros de voo e 9.619 quilômetros em linha reta
  • Tempo médio de voo: 10h44 na ida e 11h15 na volta
  • Companhia aérea: Swiss (voos LX 93 e LX 92)

10. São Paulo – Amsterdã (Holanda)

  • Distância: 9.882 quilômetros de voo e 9.786 quilômetros em linha reta
  • Tempo médio de voo: 10h52 na ida e 11h25 na volta
  • Companhia aérea: KLM (voos KL 792 e KL 791)

Errata: o texto foi atualizado

10/07/2019 às 14h23

Diferentemente do informado em versão anterior deste texto, o tempo do voo de retorno do trecho São Paulo – Zurique é de 11h15. A informação foi corrigida.

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Trabalhadores da Avianca não têm salário, e demitidos ficam sem indenização http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/09/situacao-funcionarios-avianca-dramatica-sindicato/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/09/situacao-funcionarios-avianca-dramatica-sindicato/#respond Tue, 09 Jul 2019 07:00:20 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10362

Avião da Avianca pousa no Aeroporto de Guarulhos, em 2016 (Foto: Alexandre Saconi)

Sem receber salários e outros direitos trabalhistas desde abril, funcionários e ex-empregados da Avianca Brasil enfrentam incertezas quanto ao seu futuro profissional. Vários trabalhadores que ainda possuem vínculo com a empresa não vêm recebendo para trabalhar, e outros que já tiveram o contrato rescindido não conseguem acesso ao FGTS e às verbas rescisórias.

Para Marcelo Ceriotti, diretor do SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas), que representa 2.000 dos 8.000 trabalhadores da Avianca, direitos básicos dos funcionários não têm sido reconhecidos. “É dramática a situação dos trabalhadores, com atrasos em diárias de alimentação, salário e depósito de fundo de garantia”, diz Ceriotti. A empresa não se manifestou.

V E J A   T A M B É M

Sem dinheiro para o pão

Segundo funcionários da Avianca ouvidos pela reportagem, as condições de trabalho se tornaram péssimas diante do cenário de incerteza. Todos preferiram não se identificar, com receio de que isso atrapalhe o andamento de processos na Justiça.

Empregados e ex-empregados relatam que ainda tentaram continuar trabalhando normalmente, mas chegaram “ao ponto em que não há como continuar”, disse um deles. “No final do dia, você vê que não tem R$ 10 nem pra comprar pão. Enquanto isso, as dívidas vão aumentando.”

“Ano passado não tínhamos noção de que isso ia acontecer. O atendimento e o serviço eram sempre elogiados. E são todos um grupo de funcionários que gostam do que fazem, identificados com a aviação e com a prestação do serviço. Então, quando esses problemas começaram, as pessoas continuaram indo, na esperança de que a situação iria se resolver”, afirmou outro trabalhador, que, após três meses sem receber o salário, havia acabado de ser notificado da demissão.

Outros demitidos ainda relatam que vários colegas conseguiram se realocar em outras empresas, principalmente pilotos e comissários que participaram em processos de seleção na Gol e na Azul, por exemplo. Alguns chegaram a sair do país em busca de empregos na aviação no exterior. Um ainda apontou que passou a trabalhar como motorista de aplicativo ao perceber que não teria mais como receber os direitos atrasados.

Ministério público tenta liberar verbas trabalhistas

O MPT (Ministério Público do Trabalho) ajuizou uma ação contra a Avianca em 17 de junho, com o objetivo de garantir aos funcionários suas verbas trabalhistas. No documento, há os seguintes pedidos:

  • Liberação do FGTS para saque
  • Liberação das guias do seguro-desemprego para aqueles que já foram dispensados
  • Liberação de documentação para rescisão indireta, que é quando o trabalhador se demite, mas mantém os direitos de uma demissão sem justa causa

Cerca de 8.000 trabalhadores não recebem o salário ou verbas de demissão desde abril (cerca de 1.400 foram dispensados). Entre os demitidos, há dificuldade em receber valores da rescisão contratual e sacar o FGTS.

Segundo a procuradora Elisiane dos Santos, a ação trata de obrigações trabalhistas, que são verbas alimentares e, portanto, não podem passar por uma fila de espera para que os trabalhadores recebam seus créditos.

“Os direitos que são postulados na ação não necessitam de habilitação na recuperação judicial. O processo tem o objetivo de garantir imediatamente aos trabalhadores a remuneração pelos serviços prestados e a regularização dos contratos de trabalho, pois não podem permanecer com a situação indefinida. A falta de pagamento das verbas de natureza alimentar caracteriza a justa causa do empregador e devem ser satisfeitas pela empresa. Todas as empresas do grupo são responsáveis solidariamente por esses pagamentos, e é isso o que defendemos na ação”, afirmou Elisiane.

A ação do MPT ainda pede o bloqueio valores de até R$ 100 milhões da Avianca Brasil e de outras empresas do grupo econômico, com o objetivo de garantir o pagamento dos salários e rescisões contratuais dos trabalhadores.

Funcionários se despedem nas redes

Funcionários da Avianca demitidos nos últimos dias postaram nas redes sociais mensagens sobre o fim das atividades na empresa:

Veja Álbum de fotos

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Clientes dizem que Avianca não tem mais serviço de atendimento a passageiro http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/07/clientes-dizem-que-avianca-nao-tem-mais-servico-de-atendimento-a-passageiro/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/07/clientes-dizem-que-avianca-nao-tem-mais-servico-de-atendimento-a-passageiro/#respond Sun, 07 Jul 2019 07:00:41 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10409

Clientes da Avianca não conseguem entrar em contato com a empresa para remarcarem passagens (Foto: Arquivo/Diego Padgurschi/UOL)

Clientes da Avianca reclamam que não conseguem mais entrar em contato com a empresa. Segundo relatos de passageiros e de órgãos oficiais, a empresa aérea não vem atendendo as demandas dos consumidores.

Desde junho a Avianca já não responde às reclamações feitas na plataforma Consumidor.gov, ligada à Senacom (Secretaria Nacional do Consumidor, ligada ao Ministério da Justiça). Além disso, a empresa teria encerrado as atividades de sua central de teleatendimento, demitindo todos os funcionários do setor, segundo fontes ouvidas pelo UOL.

V E J A   T A M B É M

Nos últimos meses, cerca de 76 mil passageiros já foram reacomodados em voos de outras companhias, oriundos de uma estimativa de mais de 10 mil voos cancelados (leia nota das companhias aéreas que reacomodaram os passageiros da Avianca Brasil no final do texto).

Diversos consumidores reclamaram nas redes sociais da dificuldade em conseguir entrar em contato com a empresa desde o início da crise, com o pedido de recuperação judicial em dezembro de 2018.

O que consumidor pode fazer?

Para Luciano Benetti Timm, secretário nacional do consumidor, é possível que o consumidor entre no Judiciário com uma demanda contra a Avianca, que requisitou seu descredenciamento da plataforma Consumidor.gov. “A empresa está em uma situação muito difícil, e pode vir à falência. O consumidor que não está conseguindo contato com a empresa pode ingressar no Judiciário, mas é preciso estudar a viabilidade do crédito, pois ele pode gastar tempo e, depois, terá de buscar o seu direito junto à massa falida”, diz Benetti.

Apenas no primeiro semestre desse ano, a Avianca contava com 37.684 reclamações realizadas no Consumidor.gov.br. Esse número é maior que o total de reclamações feitas contra todas as companhias aéreas no Brasil em 2018 na plataforma, que foi de 27.119 queixas.

Segundo o Procon-SP, foram registradas 292 reclamações contra a Avianca no órgão durante o primeiro semestre desse ano. Em comparação, durante todo o ano de 2018, foram 183 reclamações contra a companhia.

Empresa tem de oferecer serviços, diz Procon

O Procon-SP ainda diz que a empresa precisa manter seus canais de comunicação funcionando e prestando informações claras, precisas e objetivas, quanto às necessidades apontadas pelos passageiros, mesmo durante a recuperação judicial.

“A empresa ainda deverá observar e cumprir a legislação nacional em vigor, que exige da companhia aérea o dever de oferecer alternativas de reacomodação, reembolso integral ou execução do serviço por outra modalidade de transporte devendo a escolha ser do passageiro”, afirma o órgão.

O secretário nacional do consumidor ainda diz que é possível acionar as agências de turismo onde as passagens foram compradas para que o passageiro possa ser reacomodado ou ressarcido.

“Se o consumidor comprou a passagem por meio de alguma agência, ele pode reclamar diretamente na plataforma Consumidor.gov.br contra a agência”, declara o secretário, afirmando que a empresa tem o prazo de 10 dias para responder à reclamação.

Comprar outra passagem se for urgente

Para Bruno Boris, advogado e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, sem atendimento por telefone, e com dificuldades para conseguir contato com a empresa, os clientes podem buscar outras alternativas para viajar.

“O que as pessoas podem fazer é comprar outro bilhete, se a passagem for inadiável e, depois, processar a empresa para tentar reaver uma parte do dinheiro que foi gasto”, diz Boris.

Conseguir dinheiro de volta pode demorar

O advogado ainda declara que reaver o dinheiro gasto pode demorar. “O juiz pode até conceder o direito de a pessoa receber o dinheiro que gastou com a passagem e uma eventual indenização por dano moral, mas o passageiro não terá como cobrar enquanto a recuperação judicial estiver em vigor”, afirma

O professor ainda diz que, se a empresa falir, os clientes estarão entre os últimos da fila a receber algum dinheiro, se sobrar algum. Funcionários, bancos e outros tipos de credores têm preferência no recebimento.

Leia a nota das empresas aéreas que reacomodaram passageiros da Avianca:

Azul
A Azul esclarece que, desde o início do cancelamento das operações da Avianca, trabalha na reacomodação de Clientes da empresa. O transporte de passageiros da Avianca, no entanto, está sujeito à disponibilidade de assentos nos voos da Azul.

Gol
A GOL Linhas Aéreas Inteligentes tem um acordo com a Avianca Brasil e sempre colaborou para acomodar os Clientes provenientes da companhia. A acomodação em voos da GOL ocorre mediante solicitação da Avianca e conforme disponibilidade de assentos, dinâmica que não impacta a operação da GOL. A companhia foi a única aérea que nunca deixou de aceitar os passageiros provenientes da Avianca Brasil e a que mais acomodou até o momento. Foram mais de 43 mil Clientes desde dezembro do ano passado.

Latam
A LATAM Airlines Brasil informa que, desde 12 de abril até hoje, já transportou mais de 33.300 passageiros. A empresa esclarece ainda que continua colaborando com as reacomodações, de acordo com a solicitação da congênere.

Passaredo
Em nota, a Passaredo informou que acomodou cerca de cem passageiros da Avianca, e que esse número não é muito alto já que havia pouca sobreposição entre as malhas operadas pelas empresas. A companhias também deverá se habilitar nos autos da recuperação judicial para reaver os valores devidos pelo transporte. A Passaredo ainda informa que poderá, mediante disponibilidade de assentos em seus voos, e a seu critério, continuar a transportar passageiros Avianca.

A reportagem tentou entrar em contato com a Avianca Brasil, mas não conseguiu.

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Convair, Samurai, Electra, Fokker: relembre aviões da ponte aérea Rio-SP http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/06/convair-samurai-electra-fokker-relembre-avioes-da-ponte-aerea-rio-sp/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/06/convair-samurai-electra-fokker-relembre-avioes-da-ponte-aerea-rio-sp/#respond Sat, 06 Jul 2019 07:00:18 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10413

Pouso do Airbus A319 da Latam no aeroporto Santos Dumont (Divulgação/Riotur)

A ponte aérea Rio-São Paulo completa hoje 60 anos de operação. Companhias aéreas já realizavam a rota entre os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, mas foi no dia 6 de julho de 1959 que o trecho recebeu o nome oficial de ponte aérea.

As companhias aéreas Varig, Vasp e Cruzeiro do Sul se juntaram para criar uma malha que tinha voos alternados de cada empresa, com intervalos de uma hora. O passageiro comprava o bilhete e, após chegar ao aeroporto, embarcava no próximo voo disponível, independentemente da companhia aérea que faria o voo.

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Essa união das empresas foi batizada pelo presidente da Varig na época, Rubem Berta, como ponte aérea. Hoje, as companhias aéreas já não trabalham mais de forma integrada, mas o nome ponte aérea segue vivo para designar a rota entre os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont.

Vasp iniciou os voos na ponte aérea com o Saab Scandia (Reprodução/Facebook)

Os aviões da ponte aérea

No início, cada empresa operava com os aviões que já faziam parte da frota. A Varig voava com o Convair 240, a Cruzeiro do Sul com os Convair 340 e 440, enquanto a Vasp operava a rota com o Saab Scandia.

Nos primeiros anos da ponte aérea, diversos modelos de aviões fizeram os voos. A Vasp voava com os Viscount 701 e os YS-11 “Samurai”, a Cruzeiro também utilizava o YS-11, enquanto a Varig operava com os HS 748 Avro e os FH-227 Hirondelle. A companhia aérea Sadia, que mais tarde seria rebatizada para Transbrasil, entrou no pool da ponte aérea com os Dart Herald.

Avião do modelo Dart Herald usado pela Transbrasil (Wikimedia)

O maior símbolo da ponte aérea, porém, foi o Lockheed L-188 Electra. Introduzido na malha da Varig em setembro de 1962, ele se tornaria o avião exclusivo da ponte aérea em 1975. O avião fez fama pelo conforto e luxo a bordo. A área mais disputada era uma pequena saleta no fundo do avião utilizada para reuniões dos passageiros.

O Electra reinou absoluto nos voos entre Congonhas e Santos Dumont até 1989, quando a TAM entrou na rota para concorrer com o pool de companhias aéreas voando com o turboélice Fokker 27.

Os Lockheed Electra II ficaram em operação na ponte aérea de 1962 até o final de 1992 (Cesar Itiberê/Folhapress)

A aposentadoria do Electra na ponte aérea ocorreu em 5 de janeiro de 1992, com o início da era dos jatos e as operações do Boeing 737-300, que havia feito seu primeiro voo na rota em 11 de novembro de 1991. O primeiro voo do jato contou com a presença de Pelé e Malu Mader como convidados ilustres.

Subsidiária da Varig, a Rio-Sul também entrou na briga voando com os turboélices Embraer EMB-120 Brasília. Ainda no início dos anos 1990, a TAM acirrou ainda mais a briga ao introduzir o jato Fokker 100.

E foi justamente o Fokker 100 da TAM o protagonista do pior acidente da ponte aérea. Em 1996, logo após decolar de Congonhas com destino ao Santos Dumont, o reverso do motor direito do Fokker 100 abriu em voo, causando perda de velocidade e sustentação. O avião caiu 24 segundos após a decolagem em uma rua do bairro Jabaquara, em São Paulo, matando 99 pessoas.

Fokker 100 da TAM que caiu em 1996 logo após a decolagem de Congonhas (Antonio Gaudério/Folhapress)

Já no final dos anos 1990, as companhias aéreas que formavam o pool da ponte aérea viviam momentos difíceis, e a união entre elas estava cada vez mais abalada. A Varig foi a primeira a abandonar o pool, que foi oficialmente extinto no início de 1999.

Boeing adaptado para a ponte aérea

Fundada em 2001, a Gol entrava no mercado brasileiro e não queria deixar de fora a rota mais disputada do país. Mas a pista curta do Santos Dumont, com 1.323 metros, não permitia o pouso dos novos aviões Boeing 737-800. A pedido da Gol, a Boeing fez adaptações no avião para permitir o pouso em pistas curtas. Umas das mudanças foi a troca do sistema de freios para discos de carbonos. Além de mais eficientes, eles também são cerca de 300 quilos mais leves.

Atualmente, apenas duas companhias aéreas voam na ponte aérea entre Congonhas e Santos Dumont. A Gol faz os voos com o Boeing 737, enquanto a Latam usa os jatos Airbus A319.

Vídeos mostram o pouso em aeroportos com vistas incríveis

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Aérea argentina terá voos do Rio de Janeiro para Buenos Aires a partir de 11 de outubro (Divulgação)

Após receber autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para operar voos entre a Argentina e o Brasil, a companhia aérea argentina de baixo custo Flybondi já iniciou as vendas de passagens para a rota entre Buenos Aires e Rio de Janeiro. O voo estreia no dia 11 de outubro.

Nas datas pesquisadas pelo UOL, os preços da Flybondi chegam menos da metade em relação a outras companhias aéreas que já voam entre as duas cidades.

O preço para o voo inaugural da rota saindo do Rio de Janeiro com destino a Buenos Aires é de 3.626 pesos argentinos (R$ 330). Para retornar dois dias depois, o valor do trecho é de 6.077 pesos (R$ 552). A viagem de ida e volta sai por um total de R$ 882.

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Quatro companhias aéreas (Gol, Latam, Aerolíneas Argentinas e Emirates) já realizam a rota entre o Rio de Janeiro e Buenos Aires. Em relação à Emirates e à Latam, o preço da Flybondi é mais de 50% menor. Na companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos, o valor da passagem para as mesmas datas é de R$ 1.842, enquanto na Latam o valor é de R$ 1.830.

A passagem mais barata entre as atuais empresas que operam essa rota é da Aerolíneas Argentinas. A passagem de ida e volta nas mesmas datas custa R$ 1.024. Nesse caso, valor cobrado pela Flybondi é 13,87% mais baixo.

Preço mais baixo é em março

O valor mais baixo encontrado no site da Flybondi é para viajar em março. A passagem de ida e volta entre os 18 e 22 sai por 8.182 pesos argentinos (R$ 745). Entre as companhias aéreas que já operam a rota, a Aerolíneas Argentinas têm o menor preço (R$ 1.156), e a Emirates o mais alto (R$ 1.530).

  • Aerolíneas Argentinas: R$ 1.156 (preço da Flybondi é 35,56% menor)
  • Gol: R$ 1.214 (preço da Flybondi é 38,64% menor)
  • Latam: R$ 1.491 (preço da Flybondi é 50,04% menor)
  • Emirates: R$ 1.530 (preço da Flybondi é 51,31% menor)

Ultra low cost

A Flybondi iniciou suas operações na Argentina no início do ano passado. Atualmente, a empresa conta com cinco aviões do modelo Boeing 737-800, voando para 17 destinos na Argentina e no Paraguai. A empresa já transportou 1,6 milhão de passageiros e representa 9% do mercado argentino.

Ela se denomina uma companhia ultra low cost. A empresa cobra por todos os serviços adicionais que vão além do transporte aéreo. Isso inclui desde bagagem e serviço de bordo a até mesmo uma taxa extra para o passageiro que deixar para fazer o check-in no balcão do aeroporto. Para não pagar a taxa de 125 pesos (R$ 11), é necessário fazer o check-in pela internet.

Os brasileiros já estão se acostumando a ter de pagar pelo despacho de bagagem e alimentação a bordo. É assim também na Flybondi. A única diferença é que a aérea argentina de baixo custo tem duas divisões de preço para a bagagem despachada.

A empresa cobra 839 pesos (R$ 76) para malas de até 12 quilos e 1.099 pesos (R$ 100) para bagagem entre 13 quilos e 20 quilos. Acima desse peso, o passageiro tem de pagar 235,29 pesos (R$ 21) para cinco quilos adicionais.

Para a marcação de assento, a Flybondi cobra entre 224 pesos (R$ 22,20) e 307 pesos (R$ 28), dependendo da localização dentro do avião.

A empresa também procura reduzir seus custos nos mínimos detalhes. Para eliminar os cartões de segurança, a Flybondi optou por colar todas as instruções obrigatórias no assento da frente.

Para aumentar a receita, a empresa também vende outros produtos a bordo além das comidas e bebidas. Os mais curiosos são as raspadinhas. Elas custam 20 pesos (R$ 1,80), e o passageiro pode ganhar cupons de descontos para futuras viagens.

Aeroporto alternativo

A diferença mais significativa da Flybondi para as demais companhias aéreas que já operam voos entre o Brasil e a Argentina está no aeroporto de chegada e partida em Buenos Aires. A empresa utiliza o terminal de El Palomar, que até a chegada da Flybondi era apenas uma base aérea militar.

Apesar de pequeno e com poucas lojas e restaurantes, o aeroporto tem a vantagem de ficar um pouco mais próximo ao centro de Buenos Aires. De carro, são 28 quilômetros até a Casa Rosada. A corrida de Uber sai por volta de 580 pesos (R$ 53). A Flybondi vende também o transfer para três pontos de Buenos Aires por 181 pesos (R$ 16,50).

As demais companhias utilizam o aeroporto internacional de Ezeiza. São 32 quilômetros até a Casa Rosada e 700 pesos (R$ 64) de Uber.

Veja como são os pousos em alguns dos aeroportos mais assustadores

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Viagem de avião nas férias? Lembre-se de novas regras para menores e malas http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/03/viagem-aviao-ferias-regras-menores-malas/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/03/viagem-aviao-ferias-regras-menores-malas/#respond Wed, 03 Jul 2019 07:00:34 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10389

Alta temporada tem novas regras para menores desacompanhados e bagagem de mão (Divulgação)

O mês de julho é um dos mais movimentados nos aeroportos do Brasil e marca um pico de temporada de viagens no país. No ano passado, por exemplo, houve um aumento de 27% em relação a junho, segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), e só ficou atrás de janeiro no número de passageiros no país.

A alta temporada deste ano será a primeira desde que as companhias aéreas aumentaram a fiscalização em relação ao tamanho da bagagem de mão e desde a entrada em vigor das novas regras para a viagem de menores desacompanhados. Típicos nessa época do ano, os nevoeiros matinais também merecem atenção e paciência dos passageiros.

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Veja algumas dicas para evitar problemas nos aeroportos durante as férias.

Bagagem

Para evitar pagar pelo despacho de bagagem, muitos passageiros passaram a viajar somente com a mala de mão. Mas é preciso ficar atento ao tamanho máximo permitido: 55 centímetros de altura, 35 centímetros de largura e 25 centímetros de profundidade. Essas medidas têm de somar tudo, incluindo as rodinhas e a alça. Além disso, a mala de mão pode ter, no máximo, dez quilos.

Divulgação/Abear

Nos 15 principais aeroportos brasileiros, a Abear (Associação Brasileiras das Empresas Aéreas) utiliza uma caixa que serve de gabarito para medir se as malas estão dentro do tamanho permitido. Se a mala couber nessa caixa, o passageiro poderá embarcar normalmente. Se a bagagem não entrar, é porque ultrapassa o tamanho permitido, e o passageiro terá de voltar ao check-in para fazer o despacho da mala e pagar a taxa cobrada pelas empresas.

O diretor de aeroporto da Latam afirmou que a ação continua nesse período de alta temporada, mas avalia que o passageiro brasileiro está mais adaptado às regras para o transporte de malas. “No primeiro momento, havia mais gente levando bagagem para dentro do avião, mas hoje já há uma adaptação muito maior. A gente vê o comportamento aqui no Brasil se aproximando de países que já têm essa regra funcionando há muitos anos”, afirmou.

Walker recomenda que o passageiro verifique se o bilhete permite ou não o despacho de bagagem. Caso necessite adicionar mais volumes de bagagem, a orientação é que a compra seja feita com antecedência. “Fazer a compra antecipada é muito mais cômodo e também sai mais em conta do que fazer no aeroporto”, disse.

As companhias aéreas cobram R$ 60 para pagamentos feitos com antecedência e R$ 120 no balcão de check-in do aeroporto para o despacho de uma mala de até 23 kg.

Menores desacompanhados

Desde março, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) passou a exigir uma autorização judicial para que menores de 16 anos possam viajar desacompanhados dos pais ou responsáveis dentro do Brasil. A lei anterior exigia autorização judicial apenas para menores de 12 anos. Em viagens internacionais, a autorização judicial é obrigatória para menores de 18 anos.

Antes do embarque, é necessário entrar com um pedido na Vara da Infância e Juventude. A autorização pode demorar cerca de dois dias para ser emitida.

O diretor de aeroportos da Latam afirmou que essa é uma das principais preocupações da companhia para esse período de alta temporada. “A Latam transporta 15 mil menores desacompanhados por ano, mas 7.000 são apenas no mês de julho”, afirmou.

Documentação e vacina

Mesmo os maiores de 16 anos precisam ficar atentos à documentação exigida para o embarque. Em voos nacionais, basta um documento oficial com foto em bom estado. “O problema maior é para os voos internacionais”, alertou o diretor de aeroportos da Latam.

Nos países do Mercosul, é necessário o passaporte ou RG com menos de dez anos de expedição (CNH não é válida para viagens internacionais). Nos demais destinos, o passageiro deve ter passaporte válido, em alguns países, por até seis meses após a data de volta da viagem.

“As exigências variam de acordo com o país. Por isso, a recomendação é que o passageiro verifique os detalhes no site do consulado do país para o qual vai viajar”, afirmou Walker.

Além dos documentos de identificação, alguns países também exigem certificados de vacina. Desde o dia 10 de maio, por exemplo, o ministério da saúde pública do Paraguai passou a exigir o certificado internacional de vacinação contra febre amarela de todos os passageiros com mais de um ano de idade e que estejam viajando entre o Brasil e o Paraguai.

Outros países podem exigir outros tipos de vacina. A recomendação é que as exigências também sejam verificadas nos consulados de cada país. “Também é preciso ficar atento ao tempo de incubação. No caso da febre amarela, são dez dias. Depois de tomar a vacina, é necessário ainda acessar o site a Anvisa para trocar o comprovante pelo modelo internacional”, afirmou.

Nevoeiros comuns nessa época

Durante o inverno, é comum os aeroportos de regiões mais frias ficarem fechados por conta dos nevoeiros. Eles ocorrem após noites frias, sem nuvens e vento calmo e só se dissipam quando a temperatura começa a aumentar. São mais comuns nas cidades da região Sul do Brasil.

Passageiros que já tenham voos marcados nessas regiões para as primeiras horas da manhã devem ficar preparados para a possibilidade de atraso do voo. “Estamos sempre atentos a essa situação e reforçamos as equipes de solo e de voo, além de termos aviões reserva. Mas no caso de nevoeiros, é necessário um pouco de paciência do passageiro”, disse Walker.

Alta temporada terá 5.500 voos extras

Para atender ao aumento da demanda, as três principais companhias aéreas brasileiras (Latam, Gol e Azul) vão realizar mais de 5.500 voos extras com um total de 850 mil assentos adicionais. Serão 2.284 voos da Azul, 2.320 voos da Gol e 905 da Latam.

Segundo o diretor de aeroportos da Latam, Rafael Walker, as regiões mais procuradas nessa época do ano para destinos nacionais são cidades do Nordeste e Porto Alegre (RS). “São muitos passageiros que visitam Gramado”, disse. Nos destinos internacionais, os mais procurados são Buenos Aires (Argentina), Santiago (Chile) e Orlando (EUA).

Por outro lado, será o primeiro período de alta temporada sem a presença da Avianca no mercado brasileiro. Em processo de recuperação judicial, a Avianca teve suas operações suspensas no final de maio pela Anac. Em julho do ano passado, a Avianca teve 12,7% de participação no mercado.

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Emirates estreia voo mais curto do mundo com o gigante Airbus A380 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/02/voo-mais-curto-do-mundo-com-a380/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/02/voo-mais-curto-do-mundo-com-a380/#respond Tue, 02 Jul 2019 21:04:38 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10397

Voos diários entre Dubai e Mascate percorrem 340 quilômetros (Foto: Divulgação)

A Emirates Airlines estreou nesta semana o voo mais curto do mundo operado com o Airbus A380, o maior avião de passageiros entre as aeronaves. A rota entre Dubai (Emirados Árabes Unidos) e Mascate (Omã) tem 340 quilômetros. É mais curto que a ponte aérea Rio-São Paulo, com 366 quilômetros.

A distância percorrida pelo A380 na rota entre Dubai e Mascate é mais curta até mesmo do que toda a fiação presente no próprio avião. Se unidos, os fios do A380 somam mais de 500 quilômetros de comprimento.

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Na outra extremidade, o voo mais longo da Emirates com o A380 percorre 14,2 mil quilômetros entre Dubai e Auckland (Nova Zelândia). A distância é quase 42 vezes mais longa que a rota entre Dubai e Mascate.

Mais de 500 passageiros a bordo

Serão dois voos diários em cada sentido operados pelo Airbus A380. O avião tem capacidade para 519 passageiros, sendo 429 assentos na classe econômica, localizada no andar inferior, e 76 assentos tipo leito na executiva e 14 na primeira classe, ambas no andar superior. A Emirates já realizava a rota, mas com o Boeing 777.

Desde 1993, a Emirates transportou mais de 4,7 milhões de passageiros no Boeing 777. O total de passageiros equivale a 9.000 aeronaves do tamanho do A380.

Voo dura 41 minutos

Na estreia do Airbus A380 entre Dubai e Mascate, o voo teve duração de 41 minutos. Em um voo tão rápido, o maior avião de passageiros do mundo não consegue nem mesmo atingir sua altitude máxima. O avião chegou a 19 mil pés (5.790 metros) e permaneceu apenas 13 minutos nessa altitude. O restante do voo foi dedicado à subida e descida. Nos voos para o Brasil, o A380 atinge mais do que o dobro, chegando a 40 mil pés (12,2 mil metros).

O sistema de entretenimento do Airbus A380 da Emirates conta com um catálogo de cerca de 1.500 filmes. Para assistir a toda programação disponível, um passageiro teria de voar 3.000 vezes na rota entre Dubai e Mascate.

O novo voo mais curto do A380 demora praticamente o mesmo tempo que a equipe de 42 funcionários da Emirates leva para limpar todo o avião entre os voos. A limpeza da aeronave é apenas cinco minutos mais rápida.

A Emirates já teve outro voo bem curto operado com o Airbus A380. A rota entre Dubai e Doha (Qatar) tinha cerca de 380 quilômetros e demorava pouco mais de uma hora. A voo estreou em dezembro de 2016, mas teve de ser encerrado em junho de 2017 por problemas diplomáticos entre os Emirados Árabes Unidos e o Qatar.

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