Poltrona de avião controla maciez por celular, mas não reclina nem tem TV
A empresa britânica Layer, em parceria com a fabricante europeia Airbus, desenvolveu um protótipo de poltrona tecnológica que pode se adaptar aos movimentos e tamanho do passageiro e ser controlada por um aplicativo de celular. O objetivo seria dar mais conforto, mas a poltrona não reclina nem tem TV.
A poltrona foi desenvolvida com um tecido inteligente, que usa diversos sensores e um fio condutor para monitorar a maciez, a temperatura da poltrona e os movimentos do passageiro. A poltrona inteligente também monitora as condições físicas do passageiro e informa, pelo aplicativo próprio, quando ele deve levantar para se movimentar e melhorar a circulação sanguínea, fazer alongamentos e até mesmo se hidratar.
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O passageiro também pode selecionar algumas configurações preestabelecidas, como "hora da refeição", "massagem" e "hora do sono". Nessas condições, a poltrona altera a pressão e temperatura do estofamento.
Por outro lado, as poltronas não reclinam. Segundo a empresa, isso foi pensado para não diminuir o espaço entre os assentos e porque os ajustes eletrônicos já são suficientes para garantir o conforto do passageiro.
Na parte traseira, as mesinhas da poltrona têm ajuste de altura e suportes para os passageiros colocarem seus equipamentos eletrônicos. O projeto não prevê a instalação de monitores individuais, e o entretenimento a bordo seria feito diretamente pelo celular ou tablet dos próprios passageiros.
A tecnologia da poltrona pode ser útil mesmo após o voo. Caso o passageiro esqueça algum item na bolsinha atrás da poltrona, os sensores identificam o item perdido e enviam uma mensagem pelo aplicativo do sistema. Só não adianta nada se o item esquecido for o celular.
Economia para companhias aéreas
A poltrona também foi pensada para aumentar a lucratividade das companhias aéreas. Com a estrutura produzida em alumínio e fibra de carbono, a empresa afirma que as poltronas são mais finas e mais leves, mas não informou o peso da nova poltrona.
"A estrutura de assento leve e adaptável reduz o peso a bordo da aeronave, resultando em economias significativas de combustível e uma abordagem mais ecológica ao voo", afirma a Layer.
Segundo a empresa, como as poltronas são mais finas, também é possível aumentar o número de fileiras dentro do avião sem reduzir o espaço entre os assentos.
A empresa afirma que poltrona foi pensada para ser usada na classe econômica em voos de curta e média duração. Ela ainda é um protótipo que está sendo analisado pela Airbus, e não há data para ser comercializada. As empresas também não divulgaram possíveis companhias aéreas interessadas até o momento em equipar seus aviões com a nova poltrona.
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