Avianca decide fechar 21 rotas, 40% do total; veja destinos afetados
Alexandre Saconi
26/03/2019 10h30
A Avianca Brasil anunciou hoje que, a partir de abril, vai deixar de operar 21 rotas, o que equivale a aproximadamente 40% dos 53 trajetos nos quais a companhia atua atualmente.
Além disso, a empresa decidiu fechar três bases operacionais em aeroportos: Galeão (RJ), Petrolina (PE) e Belém (PA). Desde o ano passado, a companhia aérea passa por um processo de recuperação judicial.
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A Avianca afirmou que os passageiros que já compraram passagens para os destinos encerrados poderão solicitar o reembolso, que será feito em até sete dias após o pedido. Quanto ao reembolso, além do prazo de sete dias para o ressarcimento, a companhia aérea deverá fazê-lo no mesmo meio pelo qual o pagamento foi efetuado.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) determina que o passageiro seja ressarcido da mesmo forma que pagou (dinheiro em espécie ou estorno no cartão).
Se preferir, a Avianca diz que o passageiro poderá ser reacomodado em voos de outras companhias. A reacomodação deve ser gratuita, para o mesmo destino e nos primeiros voos disponíveis. Os passageiros com necessidade de atendimento especial têm prioridade.
Nos sites Passageiro Digital, da Anac, e no da própria Avianca o passageiro pode obter mais informações sobre os procedimentos.
Em fevereiro, a empresa já havia anunciado o encerramento das operações que partem do aeroporto de Guarulhos com destino a Santiago (Chile), Miami e Nova York (EUA). Somando essas três rotas, são 24 fechadas, no total.
A Avianca afirmou que, com as mudanças, a operação da aérea se torna sustentável e os horários serão cumpridos.
Veja as rotas que serão encerradas a partir de abril:
- Aracaju-Salvador
- Belém-Guarulhos
- Fortaleza-Bogotá
- Salvador-Bogotá
- Brasília-Cuiabá
- Brasília-Fortaleza
- Brasília-Galeão
- Brasília-Maceió
- Brasília-Salvador
- Florianópolis-Galeão
- Fortaleza-Galeão
- Guarulhos-Galeão
- Galeão-Foz do Iguaçu
- Galeão-João Pessoa
- Galeão-Natal
- Galeão-Porto Alegre
- Galeão-Salvador
- Maceió-Salvador
- Petrolina-Recife
- Petrolina-Salvador
- Recife-Salvador
Com essa nova configuração, a empresa deixa de operar seus 220 voos diários e passa a realizar 165 operações por dia, uma queda de 25%. Isso se deve ao fato de que, segundo a empresa, as rotas que serão descontinuadas contam com poucos voos ao todo.
Com a redução no número de bases, a Avianca passará a contar com 24 locais de apoio, atendendo, ao todo, 23 cidades ante as 26 que opera hoje.
Recuperação Judicial
A Avianca registrou um pedido de recuperação judicial em 10 de dezembro de 2018, após ser alvo de ações de reintegração de posse para a retomada de aeronaves. A empresa havia atrasado pagamento do arrendamento dos aviões, e se envolveu em uma situação jurídica delicada.
No começo de março, a companhia assinou um acordo para vender uma parte importante da empresa para a concorrente Azul.
Segundo fontes ouvidas pelo UOL, o fechamento de rotas e bases da Avianca Brasil molda a Unidade Produtiva Isolada, como estipulado pela Lei de Recuperação Judicial. A medida, assim, viabiliza e facilita o acordo para a venda à Azul.
Leia a nota oficial da empresa:
"Como parte do plano de recuperação judicial, a Avianca Brasil informa que está readequando a sua operação e reduziu o tamanho de sua frota com o objetivo de operar 23 destinos, com 26 aeronaves.
Esta readequação acontecerá progressivamente durante o mês de abril, e a diminuição implicará na descontinuidade de algumas rotas operadas pela companhia e no fechamento de três bases operacionais – Galeão (RJ), Petrolina (PE) e Belém (PA).
A Avianca Brasil informa que as 32 rotas remanescentes são estratégicas e continuam a ser operadas normalmente, com seus pousos e decolagens mantidos dentro do cronograma previsto.
Para os passageiros com bilhetes emitidos para os destinos que deixam de ser atendidos, a empresa informa que cumprirá a resolução 400 da Anac."
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