poltrona – Todos A Bordo

Poltrona de avião controla maciez por celular, mas não reclina nem tem TV

Vinícius Casagrande — Thu, 28 Feb 2019 07:00:06 +0000

Novas poltronas desenvolvidas pela Layer para a Airbus (Divulgação)

A empresa britânica Layer, em parceria com a fabricante europeia Airbus, desenvolveu um protótipo de poltrona tecnológica que pode se adaptar aos movimentos e tamanho do passageiro e ser controlada por um aplicativo de celular. O objetivo seria dar mais conforto, mas a poltrona não reclina nem tem TV.

A poltrona foi desenvolvida com um tecido inteligente, que usa diversos sensores e um fio condutor para monitorar a maciez, a temperatura da poltrona e os movimentos do passageiro. A poltrona inteligente também monitora as condições físicas do passageiro e informa, pelo aplicativo próprio, quando ele deve levantar para se movimentar e melhorar a circulação sanguínea, fazer alongamentos e até mesmo se hidratar.

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Não reclina nem tem TV

O passageiro também pode selecionar algumas configurações preestabelecidas, como “hora da refeição”, “massagem” e “hora do sono”. Nessas condições, a poltrona altera a pressão e temperatura do estofamento.

Por outro lado, as poltronas não reclinam. Segundo a empresa, isso foi pensado para não diminuir o espaço entre os assentos e porque os ajustes eletrônicos já são suficientes para garantir o conforto do passageiro.

Mesinha pode ser ajustada em várias alturas para colocar o celular ou tablet (Divulgação)

Na parte traseira, as mesinhas da poltrona têm ajuste de altura e suportes para os passageiros colocarem seus equipamentos eletrônicos. O projeto não prevê a instalação de monitores individuais, e o entretenimento a bordo seria feito diretamente pelo celular ou tablet dos próprios passageiros.

A tecnologia da poltrona pode ser útil mesmo após o voo. Caso o passageiro esqueça algum item na bolsinha atrás da poltrona, os sensores identificam o item perdido e enviam uma mensagem pelo aplicativo do sistema. Só não adianta nada se o item esquecido for o celular.

Economia para companhias aéreas

A poltrona também foi pensada para aumentar a lucratividade das companhias aéreas. Com a estrutura produzida em alumínio e fibra de carbono, a empresa afirma que as poltronas são mais finas e mais leves, mas não informou o peso da nova poltrona.

Poltronas são mais finas e mais, o que ajuda a economizar combustível (Divulgação)

“A estrutura de assento leve e adaptável reduz o peso a bordo da aeronave, resultando em economias significativas de combustível e uma abordagem mais ecológica ao voo”, afirma a Layer.

Segundo a empresa, como as poltronas são mais finas, também é possível aumentar o número de fileiras dentro do avião sem reduzir o espaço entre os assentos.

A empresa afirma que poltrona foi pensada para ser usada na classe econômica em voos de curta e média duração. Ela ainda é um protótipo que está sendo analisado pela Airbus, e não há data para ser comercializada. As empresas também não divulgaram possíveis companhias aéreas interessadas até o momento em equipar seus aviões com a nova poltrona.

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Só viaja de econômica? Veja mimos das aéreas na executiva e primeira classe

Vinícius Casagrande — Sat, 10 Nov 2018 06:00:44 +0000

Interior da cabine da primeira classe do A380 da Qantas (Divulgação)

Quem viaja de classe econômica já entra no avião preparado para enfrentar horas de voo sem muito conforto. Os passageiros precisam levar o próprio apoio para o pescoço para tentar dormir melhor e escolher a roupa mais confortável para viajar.

Por outro lado, quem viaja na primeira classe ou na executiva não precisa se preocupar com nada disso. Nas áreas vip dos aviões, as companhias aéreas oferecem uma série de itens para proporcionar mais conforto aos passageiros, como poltronas que viram cama, kits de higiene pessoal, pijamas, serviço de bordo sofisticado e, em alguns casos, até chuveiro.

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Tudo, claro, tem seu custo. Um voo direto de São Paulo a Paris (ida em 15 de janeiro e volta em 22 de janeiro) sai por R$ 3.400 na Latam e R$ 3.800 na Air France voando na classe econômica. Nas mesmas datas, o valor sobe para R$ 10,7 mil na Air France e chega a R$ 18 mil na Latam para viajar na classe executiva. Na primeira classe da Air France, o valor sobe para R$ 33 mil.

Sala Vip da American Airlines (Divulgação)

Sala vip

Os mimos para os passageiros da primeira classe e executiva começam antes mesmo de entrar no avião. No check-in, há guichês exclusivos para eles (normalmente com filas bem menores). Na área de embarque, os passageiros podem esperar o horário do voo nas amplas salas vip, que contam com poltronas mais confortáveis, buffet de comida e uma ampla variedade de bebidas. Tudo sem nenhum custo adicional.

Algumas salas vip contam com banheiros equipados com chuveiro (útil para quem tem voo de conexão de longa duração), camas e até spas de massagem.

Alguns cartões de crédito e programas de fidelidade também dão esses benefícios aos usuários, mesmo viajando em classe econômica.

Embarque prioritário

Os passageiros da primeira classe e da executiva também têm o direito de entrar primeiro no avião. Somente depois que todos embarcam é que os passageiros da classe econômica começam a entrar no avião. O mesmo procedimento se repete no momento do desembarque e até mesmo na esteira de bagagem.

Além disso, como há menos assentos nessas classes, os passageiros têm espaço de sobra para acomodar as bagagens de mão nos compartimentos sobre os assentos.

Refeição da primeira classe da Singapore Airlines (Divulgação)

Serviço de bordo

Na classe econômica, os passageiros contam, normalmente, com apenas duas opções de refeições: massa ou carne (ou frango). Na primeira classe e na executiva, logo depois que se acomodam nas suas poltronas, os passageiros recebem um cardápio com as opções de pratos disponíveis durante o voo, além de vinhos e outras opções de bebidas.

Ao entrar no avião, costumam ser recebidos com champanhe ou alguma outra bebida, além de castanhas (às vezes, aquecidas). Também é comum o passageiro receber toalhas úmidas quentes para relaxar antes do voo.

As refeições costumam ser criadas por consagrados chefs internacionais e incluem entrada, prato principal e sobremesa. Dependendo do voo, o passageiro pode até mesmo escolher o horário em que pretende comer.

Além do cuidado na apresentação dos pratos, a mesa de refeição é preparada com toalha, louças de porcelana, talheres de metal e copos e taças de vidro ou mesmo de cristal. Dá até para se sentir em um verdadeiro restaurante.

O atendimento também é personalizado. Os comissários são responsáveis por um número limitado de passageiros. Antes do embarque, eles já sabem onde cada um vai se sentar e chamam o passageiro sempre pelo nome. Durante o voo, estão sempre à disposição para servir uma nova bebida ou algum petisco, além de prestar qualquer outro tipo de auxílio que seja necessário.

Primeira classe da Air France tem telas maiores e fones de ouvido especiais para os passageiros (Divulgação)

Entretenimento a bordo

O sistema de entretenimento a bordo pode até ser o mesmo da classe econômica, mas a experiência do passageiro é completamente diferente. As telas são bem maiores, podendo chegar a até 32 polegadas, e com definição superior. Para o áudio, os passageiros recebem fones de ouvido especiais, que abafam ruídos externos e contam com qualidade de som estéreo.

Comissária da Singapore Airlines arruma a cama de passageiro da primeira classe (Divulgação)

Poltronas que viram cama, até de casal

Enquanto os passageiros da classe econômica viajam apertados, com pouco espaço para as pernas e em poltronas que reclinam pouco, os da primeira classe e executiva podem voar totalmente deitados, porque as poltronas reclinam 180 graus, virando verdadeiras camas.

Em companhias aéreas mais sofisticadas, há até suítes com camas de casal. Nos Airbus A380 da Singapore Airlines, eleita pelo ranking Skytrax a melhor do mundo em 2018, há seis suítes privativas na primeira classe. Elas são equipadas com cama, poltrona giratória, mesa, televisão de 32 polegadas e guarda-roupa. Para quem viaja acompanhado, é possível unir duas suítes e transformá-las em um grande quarto de casal.

Na Alitalia, há até poltronas com a função de massagem. Em diversas companhias aéreas, os comissários podem até arrumar a cama, com lençol e tudo.

Kits femininos da British Airways têm inspiração floral oriental (foto: Divulgação)

Kits pessoais

As principais companhias aéreas do mundo colocam à disposição dos passageiros da primeira classe e da executiva kits com produtos das mais renomadas marcas do mundo, como Bulgari, Salvatore Ferragamo, Christian Lacroix, Carita, Tumi, entre outras.

Os kits incluem itens como creme facial hidratante, antirrugas e para as mãos, bálsamo labial, além de escova e pasta dental, fones de ouvido especiais, pente e caneta. Os produtos são entregues dentro de nécessaire desenhadas pelas próprias fornecedoras dos produtos, algumas como versões masculinas e femininas. Os passageiros, claro, podem levar tudo o que não foi usado para casa quando o voo termina.

Pijama com efeito hidratante para passageiros da primeira classe da Emirates (Divulgação)

Pijama

Para dormir ainda mais confortável, algumas companhias aéreas também oferecem pijamas aos passageiros da primeira classe e da executiva. Normalmente, a roupa também é entregue embalada em uma bolsa para ser levada como souvenir. Na Singapore Airlines, o pijama de voo é da marca francesa Givenchy.

A Emirates oferece um pijama hidratante para os passageiros da primeira classe. O tecido usado na fabricação da roupa libera um composto de algas marinhas que, de acordo com a aérea, minimiza a desidratação e estimula a circulação. As microcápsulas hidratantes são liberadas conforme o passageiro se movimenta.

Depois que o passageiro se troca no banheiro, os comissários podem guardar a roupa em uma espécie de guarda-roupa. Eles também fazem isso com casacos e paletós, que ficam pendurados para não amassar. Antes do pouso, basta solicitar a roupa de volta para se trocar novamente. E os pijamas podem ser levados para casa pelo passageiro.

Menos fila para o banheiro

A ida ao banheiro durante o voo também é bem mais tranquila. Como a capacidade da primeira classe e da executiva é menor, há menos passageiros para cada banheiro disponível. Os produtos disponíveis também são diferentes. Há sabonetes de marcas famosas e até cremes extras para os passageiros.

Banheiro com chuveiro nos aviões da Emirates (Divulgação)

Chuveiro a bordo

Os passageiros da primeira classe da Emirates e da Etihad, duas companhias dos Emirados Árabes Unidos, podem até mesmo tomar banho em pleno voo. Talvez não seja o melhor banho da sua vida, mas certamente será o mais inusitado.

Os banheiros equipados com chuveiro são bastante amplos, com espaço para o passageiro trocar de roupa, com direito a mesinha para maquiagem. Por conta da limitação de armazenamento de água, no entanto, os banhos devem durar apenas cinco minutos.

Passageiros da primeira classe e da executiva podem levar mais bagagem (Pedro França-Agência Senado)

Bagagem extra

Os passageiros da primeira classe e da executiva não precisam se preocupar se a companhia aérea cobra ou não despacho de bagagem. O bilhete dessas classes sempre inclui o transporte de malas. Mesmo nas companhias que não cobram pelo despacho de bagagem em voos internacionais, os passageiros da primeira classe e da executiva têm o direito de levar mais malas que os da econômica.

Na Latam, por exemplo, nos voos para Estados Unidos e Europa, os passageiros da econômica podem levar até duas malas de 23 kg cada sem custo extra. Os da classe executiva têm o direito a até três malas de 23 kg cada.

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Boeing cria nova empresa para desenvolver poltronas de aviões

Todos a Bordo — Wed, 17 Jan 2018 15:43:49 +0000

Novas poltronas serão fabricadas em fábrica da Alemanha (foto: Divulgação)

A Boeing se juntou à alemã Adient para criar uma companhia que fará apenas assentos para aviões. As poltronas deverão ser utilizadas em futuras aeronaves ou para reconfiguração de aviões tanto da Boeing como de outras fabricantes, como Airbus e Embraer.

A Adient é líder mundial na produção de bancos para carros e dona da marca Recaro, de bancos de luxo.

O mercado mundial de poltronas de aviões movimentou no último ano cerca de US$ 4,5 bilhões (R$ 14,5 bilhões). Segundo as duas companhias, a expectativa é que essa cifra chegue a US$ 6 bilhões (R$ 19,4 bilhões) até 2026.

Desafio: poltronas mais finas, leves e confortáveis

O desenvolvimento de poltronas mais modernas para os aviões é um desafio constante na indústria aeronáutica. As companhias querem colocar mais passageiros em cada voo. Para não ter de apertá-los ainda mais, o recurso é usar poltronas mais finas. Com isso, conseguem aumentar o número de fileiras sem diminuir o espaço entre os assentos.

Na primeira classe e na executiva, o desafio é criar bancos mais confortáveis e que, ao mesmo tempo, ocupem menos espaço.

Além disso, há também a questão de peso. Quanto mais leve, menor o consumo de combustível dos aviões, um dos principais custos para as companhias aéreas. As poltronas precisam atender a esses requisitos e ainda seguir padrões determinados pelas autoridades aeronáuticas internacionais para garantir a segurança dos passageiros.

Ação contra o atraso de fornecedores atuais

As duas empresas já mantinham um acordo de colaboração desde o ano passado. A nova companhia terá 50,01% de participação da Adient e 49,99% da Boeing.

Além de desenvolver novos modelos de poltronas, o objetivo é evitar os constantes atrasos por parte dos atuais fornecedores.

“Os assentos têm sido um desafio permanente para os nossos clientes, para a indústria e para a Boeing. Estamos tomando medidas para ajudar a resolver os constrangimentos do mercado”, afirma Kevin Schemm, vice-presidente sênior de supply chain e operações financeiras e de negócios da Boeing.

A fábrica e a sede administrativa da nova companhia serão instaladas na cidade de Kaiserslautern, na Alemanha, com o serviço de apoio ao cliente baseado em Seattle, nos Estados Unidos, mesmo local da fábrica principal da Boeing.

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Juíza dos EUA diz que aperto em avião afeta segurança e pede novas regras

Todos a Bordo — Wed, 09 Aug 2017 14:53:03 +0000

Decisão pretende criar um padrão mínimo para as poltronas de avião (Imagem: Joel Silva/Folhapress)

Para acabar com o que chamou de “encolhimento das poltronas de avião”, uma juíza dos Estados Unidos determinou que o órgão de controle da aviação no país, a FAA (Federal Aviation Administration), analise o pedido da associação de clientes de companhias aéreas Flyers Right para criar regras sobre o tamanho e a distância mínima entre as poltronas dos aviões.

A associação alega que as poltronas estão ficando cada vez mais apertadas e que isso poderia comprometer a segurança dos passageiros em casos de evacuação de emergência. A decisão não deixa claro se o tamanho das poltronas aumentaria, mas a FAA terá de provar que os tamanhos atuais são seguros e qual o mínimo necessário para garantir a segurança.

A questão nunca chegou a ser regulada por nenhum órgão internacional de aviação. As normas internacionais exigem apenas que, nos casos de emergência, todos os passageiros e tripulantes possam sair do avião em, no máximo, 90 segundos.

A FAA já havia alegado à Justiça que o tamanho das poltronas não causa nenhum risco à segurança nem reduz o tempo de evacuação do avião em caso de emergência. A juíza Patricia Millett, no entanto, considerou que a FAA não apresentou nenhum estudo concreto que comprovasse as alegações e determinou que seja feita uma análise mais rigorosa da situação.

Segundo estudo da Flyers Right, a largura média das poltronas da classe econômica nos Estados Unidos caiu de 47 cm em 2000 para os 43,1 cm atuais. No mesmo período, a distância para a poltrona da frente também foi reduzida, em média, de 88,9 cm para 78,74 cm.

Aperto pode causar problemas de saúde

Além da agilidade na evacuação do avião, a Flyers Right alega que o espaço reduzido das poltronas também pode causar danos à saúde dos passageiros, como coágulos sanguíneos, trombose venosa profunda e problemas musculares e nas articulações.

Para essa questão, no entanto, a juíza avaliou que os dados apresentados pela FAA mostram que o tamanho atual das poltronas não traz risco à saúde dos passageiros.

Brasil tem selo de classificação

No Brasil, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) também não regula o tamanho e distância mínima das poltronas dos aviões. No entanto, a agência criou um selo para classificar quais são os aviões mais confortáveis.

A classificação da Anac é feita em cinco categorias: A (acima de 73 cm), B (de 73 cm a 71 cm), C (71 cm a 69 cm), D (69 cm a 67 cm) e E (abaixo de 69 cm). Nessa escala, a distância média utilizada nos aviões nos Estados Unidos estaria classificada na categoria A da Anac.

As companhias aéreas têm de informar ao passageiro a classificação dos assentos do avião já no momento da reserva da passagem.

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