Abear – Todos A Bordo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br Todos a Bordo é o blog de aviação do UOL. Aqui você encontra as últimas informações, análises e notícias sobre o movimentado mundo das companhias aéreas, das fabricantes de aviões e de empresas aeroportuárias. Tue, 07 Jul 2020 19:46:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Com crise na Avianca, é inevitável passagem subir, dizem governo e aéreas http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/05/15/crise-avianca-preco-passagens-aereas-anac-abear/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/05/15/crise-avianca-preco-passagens-aereas-anac-abear/#respond Wed, 15 May 2019 18:49:55 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=9979

Aviões de companhias aéreas brasileiras no aeroporto de Guarulhos (foto: Vinícius Casagrande/UOL)

Representantes do governo federal e das companhias aéreas afirmaram hoje que o aumento do preço das passagens aéreas é inevitável nesse momento por conta da crise com a Avianca Brasil. O assunto foi debatido em uma audiência pública na Câmara dos Deputados.

O diretor da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Juliano Alcântara, afirmou que a saída da Avianca Brasil tende a gerar uma maior concentração do mercado, elevando o preço das tarifas aéreas.

A agência não tem os dados consolidados em relação ao preço das tarifas em abril, mas Alcântara disse que informações preliminares já apontam aumento no período. A agência calcula a tarifa média com o valor de todas as passagens efetivamente vendidas.

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O aumento seria semelhante ao que aconteceu entre 2007 e 2008, com a quebra da Varig. Segundo dados da Anac, a tarifa média em 2007 era de R$ 550,09, em valores nominais, sem considerar a inflação. No ano seguinte, houve um salto de quase 38%, passando para R$ 758,15. No ano passado, a tarifa média foi R$ 376,93.

Dados da agência apontam que, nos locais onde há apenas uma companhia aérea em operação, os preços costumam ser até 47% mais altos do que a média nacional. Essa diferença aponta, diz a agência, o impacto da redução da concorrência nos preços.

Avianca cancelou mais de 80% dos voos

Desde meados de abril, a Avianca teve de devolver a maior parte de sua frota de aviões. Com isso, cancelou mais de 80% dos seus voos. Atualmente, a empresa voa para apenas quatro aeroportos no país: Congonhas (SP), Santos Dumont (RJ), Brasília (DF) e Salvador (BA).

“A Avianca chegou a ter 13% do mercado. Quem está lá no mercado vai fazer o que, obviamente? Subir os preços, porque tem 13% a menos de oferta, e a demanda está lá.”, afirmou o diretor da Anac.

O diretor de relações institucionais da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), Airton Pereira, também relembrou o caso da Varig e disse que as companhias brasileiras devem demorar para conseguir repor todos os voos que deixaram de ser operados pela Avianca Brasil.

“A tendência natural desses preços para as regiões onde a Avianca estava operando é subir, porque as empresas não conseguem, da noite para o dia, repor essa oferta.”, afirmou.

O procurador de defesa do consumidor do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Walter Jose Faiad de Moura, criticou as alegações de que os preços sobem automaticamente. “Isso é crime. Saiu uma empresa do setor, você não pode aumentar o preço de forma artificial”, afirmou.

Abertura ao capital estrangeiro

Os diretores da Anac e da Abear defenderam, para a redução dos preços, que o Congresso Nacional aprove a permissão para 100% de investimento de capital estrangeiro nas companhias aéreas brasileiras. O assunto é tema de uma Medida Provisória assinada pelo ex-presidente Michel Temer e que tem de ser aprovada pela Câmara e pelo Senado até quarta-feira (22) para não perder a validade.

O diretor da Anac afirmou que, em 2012, a Ryanair, maior companhia de baixo custo da Europa, queria comprar a Webjet, mas esbarrou no limite de até 20% de capital estrangeiro, que vigorava antes da MP. O mesmo teria acontecido com a Trip, que era alvo de interesse da Skywest, norte-americana focada em voos regionais.

A Webjet acabou sendo comprada pela Gol e a Trip, pela Azul. “Houve mais concentração de mercado. A história está se repetindo agora com a Avianca. Não podemos mudar o passado, mas podemos mudar o futuro”, disse.

Além do prazo curto para a aprovação, a MP enfrenta outro entrave. Uma comissão mista do Congresso aprovou um substitutivo que retoma o despacho gratuito de bagagem e obriga as empresas estrangeiras a operarem 5% das rotas em voos regionais. “Não adianta abrir o mercado e ter essas exigências. Vai ficar no zero a zero”, afirmou Carlos Eduardo Resende Prado, secretário substituto de Aviação Civil.

Presidente da comissão, a deputada Jaqueline Cassol (PP-RO) ironizou a defesa da abertura a estrangeiros como medida para baratear as passagens.

“Estamos sendo enganados pelas companhias aéreas há muito tempo. Quando o mercado for aberto, como as companhias brasileiras vão competir? Todas disseram que não têm como diminuir os preços. Com a abertura e a chegada de empresas [estrangeiras] com tarifas mais baixas, elas [as brasileiras] vão falir?”, questionou.

O diretor da Abear respondeu que a medida também beneficiaria as companhias brasileiras porque haveria novas formas de as empresas nacionais se capitalizarem para poder concorrer.

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Mala grande de mão passa a ser barrada em aeroportos de SP e Rio na segunda http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/05/12/mala-grande-de-mao-fiscalizacao-sp-rio/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/05/12/mala-grande-de-mao-fiscalizacao-sp-rio/#respond Sun, 12 May 2019 07:00:19 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=9930

Agentes medem as malas de mão dos passageiros com uma caixa de papelão no aeroporto de Congonhas (Lucas Borges Teixeira/UOL)

As companhias aéreas vão começar a barrar nesta segunda-feira (13), nos aeroportos de Congonhas, em São Paulo, Galeão e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, Goiânia (GO) e Porto Alegre (RS), o embarque dos passageiros com malas de mão acima do tamanho máximo permitido. A medida também já entrou em vigor em outros sete aeroportos e passa valer nos terminais de Guarulhos (SP) e Salvador (BA) no próximo dia 23.

Nas primeiras semanas, a campanha da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) era apenas educativa para informar os passageiros sobre o tamanho permitido da bagagem de mão. Mesmo com malas acima dos limites máximos, o embarque do passageiro era liberado.

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A partir de amanhã, no entanto, quem estiver com malas maiores terá de retornar ao balcão de check-in para fazer o despacho da bagagem e pagar as taxas, caso o bilhete não inclua esse transporte.

A fiscalização é feita antes mesmo de o passageiro entrar na área de raio-x de segurança. A fiscalização será feita com uma caixa que serve como gabarito para verificar se a mala está dentro dos padrões estabelecidos pelas empresas.

Divulgação/Abear

Tamanho é igual em todas as companhias

As quatro companhias aéreas brasileiras adotaram um mesmo padrão. O tamanho máximo das malas de mão é de 55 centímetros de altura, 35 centímetros de largura e 25 centímetros de profundidade. Essas medidas incluem todas as partes da mala, como as rodinhas, as alças laterais e o puxador. Não é só o “corpo” da mala. Além do tamanho, o peso da mala não pode ser superior a dez quilos, mas a fiscalização não está pesando as malas por enquanto.

O passageiro deverá colocar sua bagagem dentro dessa caixa. Se ela couber, poderá embarcar normalmente. Se a mala for maior que a caixa, o passageiro terá de voltar ao check-in para fazer o despacho da bagagem.

Se o passageiro se recusar a retornar ao check-in e quiser entrar na área reservada do aeroporto com a mala acima do tamanho máximo permitido, os agentes da Abear irão informar a companhia aérea, e ele será barrado no portão de embarque.

Quem estiver com a mala acima dos limites máximos e tiver que retornar ao balcão de check-in ainda corre o risco de se atrasar para o embarque e perder o voo. Nesse caso, terá de ser realocado em um próximo voo da companhia, mas sem custo extra, segundo a Abear.

A Abear afirmou que “o objetivo é agilizar o fluxo dos clientes nas áreas de embarque, evitando atrasos e trazendo maior conforto para todos os passageiros”. As companhias aéreas alegam que, após o início da cobrança pela bagagem despachada, os passageiros passaram a levar malas de mão maiores.

No entanto, caso todos os passageiros levem uma mala de mão dentro do tamanho permitido, ainda assim não haveria espaço para todas bagagens dentro da cabine da aeronave, já que os bagageiros não têm espaço suficiente. Nesse caso, as malas excedentes precisam ser transferidas para o porão do avião, mas sem cobrança adicional.

Quanto custa despachar bagagem?

As companhias aéreas cobram valores idênticos para o despacho de bagagem, com apenas uma pequena variação da Latam. Veja abaixo:

Gol:

  • 1ª mala: R$ 60 com antecedência e R$ 120 no aeroporto
  • 2ª mala: R$ 100 com antecedência e R$ 140 no aeroporto
  • 3ª a 5ª mala (cada): R$ 130 com antecedência e R$ 220 no aeroporto

Latam:

  • 1ª mala: R$ 59 com antecedência e R$ 120 no aeroporto
  • 2ª mala: R$ 99 com antecedência e R$ 140 no aeroporto
  • A partir da 3ª mala (cada): R$ 139 com antecedência e R$ 220 no aeroporto

Azul:

  • 1ª mala: R$ 60 com antecedência e R$ 120 no aeroporto
  • 2ª mala: R$ 100 com antecedência e R$ 140 no aeroporto
  • 3ª a 5ª mala (cada): R$ 130 com antecedência e R$ 220 no aeroporto

Avianca:

  • 1ª mala: R$ 60 com antecedência e R$ 120 no aeroporto
  • 2ª mala: R$ 100 com antecedência e R$ 140 no aeroporto
  • 3ª a 10ª mala (cada): R$ 130 com antecedência e R$ 220 no aeroporto

Veja caminho que sua mala faz no aeroporto depois de despachada no check-in

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Aéreas apertam o cerco às malas grandes de mão em aeroportos de SP e Rio http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/04/24/fiscalizacao-abear-bagagem-de-mao-sp-rio/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/04/24/fiscalizacao-abear-bagagem-de-mao-sp-rio/#respond Wed, 24 Apr 2019 07:00:43 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=9752

* Erramos: este conteúdo foi alterado

A fiscalização do tamanho da bagagem de mão será intensificada a partir de hoje nos aeroportos de São Paulo (Congonhas), Rio de Janeiro (Galeão e Santos Dumont), Porto Alegre (RS) e Goiânia (GO). Essa é a terceira fase de implementação da ação da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) para barrar o embarque de malas de mão acima do tamanho permitido.

Oito aeroportos já contam com a nova ação de fiscalização. Nos terminais de Guarulhos, em São Paulo, e Salvador (BA), a ação foi adiada a pedido das administradoras dos aeroportos e deve começar somente no dia 8 de maio.

Segundo a Abear, “o objetivo é agilizar o fluxo dos clientes nas áreas de embarque, evitando atrasos e trazendo maior conforto para todos os passageiros”. As companhias aéreas alegam que, após o início da cobrança pela bagagem despachada, os passageiros passaram a levar malas de mão maiores.

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Sem espaço suficiente nos bagageiros, algumas malas precisam ser transferidas para o porão do avião, sem custo ao passageiro. Esse processo acaba gerando atrasos na saída dos aviões. Além disso, as empresas também não tinham condições de fazer a cobrança das malas maiores no portão de embarque.

Checagem antes do raio-x

A nova fiscalização deve ser feita antes de o passageiro passar pelo raio-x de segurança dos aeroportos. Nas duas primeiras semanas de fiscalização, a Abear afirma que a ação será apenas educativa.

A partir do dia 13 de maio, todas as bagagens de mão que ultrapassarem o limite não poderão passar pela área do raio-x. Nesses casos, o passageiro terá de voltar ao check-in para fazer o despacho da mala e pagar as taxas cobradas pelas companhias aéreas.

Esse processo mais rigoroso já começa a ser implementado amanhã nos aeroportos de Brasília (DF), Afonso Pena, na região metropolitana de Curitiba (PR), Natal (RN) e Viracopos, em Campinas (SP). Nesses terminais, a ação da Abear começou no último dia 10 de forma educativa e amanhã começa a barrar efetivamente as malas acima do tamanho permitido.

A Abear afirmou que ainda não há um balanço, pois as primeiras semanas foram apenas com foco em orientação aos passageiros, mas avalia que a medida tem sido bem recebida. “Até o momento, a percepção tem sido positiva nos aeroportos que começaram a campanha. Não houve qualquer tipo de anormalidade que pudesse causar atrasos ou cancelamentos de voos por conta da ação”, disse.

Divulgação/Abear

Saiba o tamanho permitido

As quatro maiores companhias aéreas do país passaram a adotar uma medida padrão para o limite de tamanho das malas de mão. Elas podem ter, no máximo, 55 centímetros de altura, 35 centímetros de largura e 25 centímetros de profundidade.

Essas medidas incluem todas as partes da mala, como as rodinhas, as alças laterais e o puxador. Não é só o “corpo” da mala. Além do tamanho, o peso da mala não pode ser superior a dez quilos.

A fiscalização será feita com uma caixa única para todas as companhias. O passageiro deverá colocar sua bagagem dentro dessa mala. Se ela couber, poderá embarcar normalmente. Se a mala for maior que a caixa, o passageiro terá de voltar ao check-in para fazer o despacho da bagagem.

As companhias também permitem que o passageiro leve mais um item pessoal a bordo, que pode ser uma bolsa pequena, uma pasta de trabalho ou uma mochila para notebook. As medidas máximas, válidas para Avianca, Latam, Azul e Passaredo, são de 45 cm X 35 cm X 20 cm. Na Gol, o máximo para esse item pessoal é de 43 cm X 32 cm X 22 cm.

Quanto custa despachar bagagem?

As companhias aéreas cobram valores idênticos para o despacho de bagagem, com apenas uma pequena variação da Latam. Veja abaixo:

Gol:

  • 1ª mala: R$ 60 com antecedência e R$ 120 no aeroporto
  • 2ª mala: R$ 100 com antecedência e R$ 140 no aeroporto
  • 3ª a 5ª mala (cada): R$ 130 com antecedência e R$ 220 no aeroporto

Latam:

  • 1ª mala: R$ 59 com antecedência e R$ 120 no aeroporto
  • 2ª mala: R$ 99 com antecedência e R$ 140 no aeroporto
  • A partir da 3ª mala (cada): R$ 139 com antecedência e R$ 220 no aeroporto

Azul:

  • 1ª mala: R$ 60 com antecedência e R$ 120 no aeroporto
  • 2ª mala: R$ 100 com antecedência e R$ 140 no aeroporto
  • 3ª a 5ª mala (cada): R$ 130 com antecedência e R$ 220 no aeroporto

Avianca:

  • 1ª mala: R$ 60 com antecedência e R$ 120 no aeroporto
  • 2ª mala: R$ 100 com antecedência e R$ 140 no aeroporto
  • 3ª a 10ª mala (cada): R$ 130 com antecedência e R$ 220 no aeroporto

Veja caminho que sua mala faz no aeroporto depois de despachada no check-in

* Errata: o texto foi atualizado

24/04/2019 às 11h48

O título anterior deste texto afirmava que as empresas aéreas começaram a barrar as malas de mão acima do tamanho permitido. Na verdade, durante duas semanas, haverá uma ação educativa: as malas serão medidas e pesadas, e os passageiros serão orientados caso suas bagagens estejam fora do padrão. O título foi alterado.

As medidas de 45 cm X 35 cm X 20 cm para o item pessoal são válidas para Avianca, Latam, Azul e Passaredo. A Gol tem medida diferente, de 43 cm X 32 cm X 22 cm. O conteúdo foi alterado.

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Aéreas vão barrar mala grande de mão; saiba tamanho máximo e preço de envio http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/04/09/aereas-fiscalizacao-tamanho-bagagem-de-mao/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/04/09/aereas-fiscalizacao-tamanho-bagagem-de-mao/#respond Tue, 09 Apr 2019 07:00:22 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=9625

Crédito: Divulgação/ Crystal Cabin Awards

As companhias aéreas brasileiras vão começar na quarta-feira (10) a fiscalizar com mais rigor o tamanho das malas de bordo.

Os primeiros aeroportos serão os de Brasília (DF), Afonso Pena, na região metropolitana de Curitiba (PR), Natal (RN) e Viracopos, em Campinas (SP). Nos próximos dias, serão incluídos outros, como os de São Paulo e Rio.

As aéreas alegam que, desde o início da cobrança da bagagem despachada, muitas pessoas passaram a levar malas maiores a bordo. Sem espaço suficiente para todas as malas dentro da cabine de passageiros, algumas delas precisam ser transferidas de última hora para o porão do avião, causando confusões e até atrasos em voos.

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Fiscalização será feita antes do raio-x

“O objetivo desta ação é agilizar o fluxo dos clientes nas áreas de embarque, evitando atrasos e trazendo maior conforto para todos os passageiros”, afirmou a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas).

Coordenada pela Abear, a fiscalização será feita antes de o passageiro entrar na área de raio-x para o embarque. A Abear deverá usar uma caixa que servirá como gabarito para identificar se as malas estão dentro dos padrões.

Saiba o tamanho máximo das bagagens de mão

A associação utilizará uma caixa única para todas as companhias aéreas, já que Gol, Latam, Azul e Avianca passaram a adotar o mesmo padrão de tamanho para as malas de mão.

As bagagens podem ter 35 centímetros de largura, 25 centímetros de profundidade e 55 centímetros de altura. Segundo a Abear, essas dimensões seguem os padrões internacionais da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo).

Divulgação/Abear

É preciso atenção para um detalhe: esses tamanhos têm de somar tudo, incluindo as rodinhas e a alça. Não é só o “corpo” da mala.

Se a mala couber nessa caixa, o passageiro poderá embarcar normalmente. Se a bagagem não entrar, é porque estoura o tamanho permitido.

Além disso, também é preciso respeitar o peso máximo de dez quilos, mas não foi mencionado que as malas serão pesadas nesse momento.

Se as medidas estiverem fora de padrão, o passageiro será encaminhado novamente ao check-in da empresa aérea para fazer o despacho da bagagem e pagamento das taxas para o transporte da mala.

Bolsa adicional também tem limite

Além da bagagem de mão, os passageiros podem levar apenas mais um item pessoal, que pode ser uma bolsa, uma mochila para notebook, uma bolsa para bebê ou uma sacola com produtos comprados nas lojas do aeroporto.

O tamanho máximo é de 45 centímetros de largura, 20 centímetros de profundidade e 35 centímetros de altura. Esse item pessoal deve ser guardado embaixo do assento do passageiro.

As regras divulgadas não mencionam limite de peso para essa bolsa adicional.

Passageiros terão duas semanas para se adaptar

A Abear afirma que haverá um período de duas semanas de caráter estritamente educativo, informando os passageiros sobre as medidas das bagagens de mão. “A partir de maio, as malas fora do padrão precisarão ser despachadas nos check-ins das companhias aéreas, estando sujeitos a cobranças de acordo com o tipo de franquia contratado para a viagem”, afirmou a associação.

A ação mais rigorosa será feita em 15 aeroportos brasileiros. Veja quando começa a fiscalização em cada aeroporto:

10 de abril:

  • Juscelino Kubitschek (Brasília/DF)
  • Afonso Pena (São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba/PR)
  • Viracopos (Campinas/SP)
  • Aluízio Alves (São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Natal/RN)

17 de abril:

  • Confins – Tancredo Neves (região metropolitana de Belo Horizonte/MG)
  • Pinto Martins (Fortaleza/CE)
  • Guararapes – Gilberto Freyre (Recife/PE)
  • Luís Eduardo Magalhães (Salvador/BA)
  • Val-de-Cans – Júlio Cezar Ribeiro (Belém/PA)

24 de abril:

  • Santa Genoveva (Goiânia/GO)
  • Salgado Filho (Porto Alegre/RS)
  • Congonhas (São Paulo/SP)
  • Aeroporto Internacional de São Paulo (Guarulhos/SP)
  • Galeão – Tom Jobim (Rio de Janeiro/RJ)
  • Santos Dumont (Rio de Janeiro/RJ)

Quanto custa despachar bagagem?

As companhias aéreas cobram valores idênticos para o despacho de bagagem, com apenas uma pequena variação da Latam. Veja abaixo:

Gol:

  • 1ª mala: R$ 60 com antecedência e R$ 120 no aeroporto
  • 2ª mala: R$ 100 com antecedência e R$ 140 no aeroporto
  • 3ª a 5ª mala (cada): R$ 130 com antecedência e R$ 220 no aeroporto

Latam:

  • 1ª mala: R$ 59 com antecedência e R$ 120 no aeroporto
  • 2ª mala: R$ 99 com antecedência e R$ 140 no aeroporto
  • A partir da 3ª mala (cada): R$ 139 com antecedência e R$ 220 no aeroporto

Azul:

  • 1ª mala: R$ 60 com antecedência e R$ 120 no aeroporto
  • 2ª mala: R$ 100 com antecedência e R$ 140 no aeroporto
  • 3ª a 5ª mala (cada): R$ 130 com antecedência e R$ 220 no aeroporto

Avianca:

  • 1ª mala: R$ 60 com antecedência e R$ 120 no aeroporto
  • 2ª mala: R$ 100 com antecedência e R$ 140 no aeroporto
  • 3ª a 10ª mala (cada): R$ 130 com antecedência e R$ 220 no aeroporto

Veja caminho que sua mala faz no aeroporto depois de despachada no check-in

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Órgãos para transplante viajam de graça nas cabines de pilotos de aviões http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/02/23/companhias-aereas-transporte-orgaos-para-transplante/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/02/23/companhias-aereas-transporte-orgaos-para-transplante/#respond Sat, 23 Feb 2019 07:00:15 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=9049

Aviões de companhias aéreas brasileiras no aeroporto de Guarulhos (foto: Vinícius Casagrande/UOL)

Córneas, globos oculares, fígados e corações usados em transplantes são transportados com urgência e de graça nas cabines dos pilotos de aviões comerciais.

As companhias aéreas brasileiras transportaram em 2018 5.100 órgãos para transplantes, além de mais de 3.600 itens como insumos e equipes médicas. Desde 2001, as empresas têm um convênio com o Ministério da Saúde para prestar esse tipo de serviço de graça. Esse número representa 79,6% do total de órgãos transportados no país.

Segundo a Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas), no ano passado foram feitos 4.495 voos com algum tipo de apoio para transplantes no país. As companhias aéreas transportaram:

  • 2.224 córneas
  • 1.141 rins
  • 486 baços e linfonodos
  • 408 globos oculares
  • 294 ossos
  • 273 fígados
  • 128 medulas
  • 87 válvulas cardíacas
  • 25 pâncreas
  • 24 peles
  • 6 corações
  • 6 pulmões

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Além dos órgãos e tecidos, as empresas aéreas também fazem o transporte de equipes médicas e material auxiliar, como insumos para as cirurgias.

Segundo Ronaldo Jenkins, diretor de segurança e operações de voo da Abear, o transporte de órgãos não gera custos adicionais às companhias aéreas.

Só Força Aérea Brasileira fazia o serviço

O acordo entre as companhias aéreas e o Ministério da Saúde foi feito em 2001 com a intenção de aproveitar a malha aérea brasileira para o transporte de órgãos e tecidos necessários para transplantes.

Até então, a Força Aérea Brasileira tinha a responsabilidade exclusiva por esse transporte, que era feito em aviões militares e com a contratação de aeronaves particulares.

Atualmente, fazem parte do acordo todas as empresas aéreas associadas da Abear: Gol, Latam, Azul, Avianca, Passaredo e Map.

Assim que um órgão está disponível para transplante, a Central Nacional de Transplante informa o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea, departamento que controla todos os voos no Brasil. “Lá, se verifica qual o melhor voo para que aquele órgão chegue onde há a necessidade do transplante”, afirmou Jenkins.

Avião com órgão tem prioridade

O avião que transporta um órgão ou tecido para transplante tem prioridade sobre as demais aeronaves em todas as etapas do voo.

Dentro do avião, os itens necessários, como órgãos e outros insumos, para o transplante viajam dentro da cabine de comando, junto com os pilotos. “É assim porque a cabine de comando é inviolável e viaja com a porta travada. É uma questão de segurança esse órgão ficar na cabine”, disse. Eles são transportados em caixas apropriadas.

Ao pousar no destino final, as autoridades aeroportuárias também já estão preparadas para retirar o órgão com agilidade do avião para que seja encaminhado ao hospital onde será feito o transplante. “É o primeiro item a ser retirado da aeronave. Há sempre uma pessoa do Ministério da Saúde aguardando para levar esse órgão imediatamente”, afirmou.

Quando não há voos comerciais disponíveis para o transporte de um órgão para transplante, o serviço continua sendo feito pela FAB, por aviões particulares ou mesmo por terra ou pelos Correios.

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Aéreas nacionais batem recorde de passageiros em 2018, com 102,4 milhões http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/01/22/dados-numero-passageiros-companhias-aereas-nacionais-abear/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/01/22/dados-numero-passageiros-companhias-aereas-nacionais-abear/#respond Tue, 22 Jan 2019 16:37:21 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8805

Aviões de companhias aéreas brasileiras no aeroporto de Guarulhos (Vinícius Casagrande/UOL)

As companhias aéreas nacionais bateram recorde no transporte de passageiros no último ano. Entre voos nacionais e internacionais, foram 102,4 milhões de pessoas, segundo dados divulgados nesta terça-feira (22) pela Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas), que calcula os números apenas das empresas brasileiras.

O ano de 2018 foi o segundo consecutivo de crescimento na procura de passageiros, após dois anos de queda. Em 2018, houve uma alta de 4,1% no total de passageiros. Segundo a Abear, o Brasil registra 22 meses consecutivos de crescimento no número de passageiros em voos domésticos e 27 meses seguidos de alta em voos internacionais.

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No mercado de voos domésticos, foram 93 milhões de passageiros, com alta de 4,4% em relação a 2017. O total de passageiros em voos nacionais em 2018 é o terceiro maior, ainda abaixo do registrado em 2014 e 2015, quando foram transportados 94,7 milhões e 94,6 milhões, respectivamente.

O maior crescimento aconteceu nos voos internacionais, com alta de 11,79% em relação a 2017. No total, as quatro empresas brasileiras (Gol, Latam, Azul e Avianca) transportaram 9,4 milhões de passageiros em viagens ao exterior. Foram 985 mil passageiros a mais.

Aviões mais vazios

Apesar do aumento da procura por voos no Brasil, os aviões voaram ligeiramente mais vazios em 2018. É que as companhias aéreas investiram no aumento da frota acima da procura.

Com isso, a taxa de ocupação dos voos nacionais caiu 0,18 ponto percentual em 2018, com uma média de 81,41% de ocupação. A melhor taxa de ocupação nos voos nacionais foi da Avianca, com 84,4% de aproveitamento.

Nos voos internacionais, a queda da taxa de ocupação foi ainda maior, de 2,3 pontos percentuais. Nas viagens ao exterior, os aviões das companhias aéreas brasileiras decolaram com 82,48% dos assentos ocupados. O melhor aproveitamento foi da Azul, com 86,9%.

Total de passageiros em voos nacionais e internacionais

  • 2013 – 95,3 milhões (89,2 milhões em voos nacionais e 6,1 milhões em voos internacionais)
  • 2014 – 101,1 milhões (94,7 milhões em voos nacionais e 6,4 milhões em voos internacionais)
  • 2015 – 101,9 milhões (94,6 milhões em voos nacionais e 7,3 milhões em voos internacionais)
  • 2016 – 95 milhões (87,5 milhões em voos nacionais e 7,5 milhões em voos internacionais)
  • 2017 – 98,2 milhões (89,9 milhões em voos nacionais e 8,3 milhões em voos internacionais)
  • 2018 – 102,4 milhões (93 milhões em voos nacionais e 9,4 milhões em voos internacionais)

Participação das companhias

A Gol foi líder em participação de mercado entre as empresas brasileiras no mercado de voos domésticos, com 35,8%. A empresa transportou 31,5 milhões de passageiros em 2018.

A Avianca, que entrou com processo de recuperação judicial em dezembro, foi a companhia aérea que mais cresceu no mercado nacional. O número de passageiros transportados pela empresa em 2018 teve alta de 8,99%, chegando a 11,6 milhões.

No mercado internacional, o crescimento da Avianca chegou a 201,93%, com um total 656 mil passageiros. Em meio ao processo de recuperação judicial, a Avianca vai cancelar seus voos internacionais a partir de 31 de março.

Participação das aéreas brasileiras no mercado nacional

  • Gol – 35,87%
  • Latam – 32,01%
  • Azul – 18,69%
  • Avianca – 13,42%

Participação das aéreas brasileiras no mercado internacional

  • Latam – 68,47%
  • Azul – 14,61%
  • Gol – 9,64%
  • Avianca – 7,28%

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Horário de verão começa domingo; veja o que muda para quem tem voo marcado http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/11/01/horario-de-verao-voo-passageiro/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/11/01/horario-de-verao-voo-passageiro/#respond Thu, 01 Nov 2018 16:39:09 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8282

Passageiros devem consultar horário correto no bilhete aéreo (Apu Gomes/Folhapress)

Os passageiros de avião que têm voos marcados a partir do próximo domingo (4) precisam ficar mais atentos com o horário da viagem por conta do início do horário de verão nos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Nessas regiões, o relógio deve ser adiantado em uma hora a partir da meia-noite de sábado para domingo. O horário de verão dura até a meia-noite de 16 de fevereiro de 2019.

A mudança pode afetar até mesmo os passageiros que embarcam nas regiões Norte e Nordeste, nas quais o horário de verão não é adotado. Um voo entre o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e Salvador (BA) decola no sábado da capital paulista às 11h05 e chega a Salvador às 13h25. A partir de domingo, o voo sai no mesmo horário de São Paulo, mas chega à capital baiana uma hora antes no horário local, às 12h25.

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Nos voos de retorno, em alguns casos as companhias aéreas alteraram o horário previsto de decolagem. O voo 1571 da Gol, entre Salvador e Congonhas, costuma decolar às 14h50, com chegada prevista às 17h25. Com o horário de verão, o mesmo voo 1571 decolará uma hora antes no horário local, às 13h50, chegando a São Paulo às 17h25.

O mesmo também pode acontecer com os voos internacionais.

Para evitar confusões, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e a Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas) orientam que os passageiros verifiquem os horários corretos diretamente no bilhete emitido pelas companhias aéreas.

“É sempre importante verificar o bilhete aéreo, que apresenta o horário local, tanto da cidade de partida, quanto da de destino. Isso previne confusões”, afirmou a Abear. “Para facilitar a compreensão dos viajantes, as empresas aéreas emitem as passagens em horário local, já considerando o horário de verão nos estados participantes”, reforçou a Anac.

A Anac e a Abear ainda recomendam que, em casos de dúvidas, os passageiros entrem em contato com as companhias aéreas. “É dever das companhias informar e orientar sobre eventuais alterações nos horários programados”, afirmou a Anac.

  • Avianca: 0800-286-6543
  • Azul: 4003-1118 (capitais e regiões metropolitanas) / 0800-887-1118 (demais regiões)
  • Gol: 0800-7040-465
  • Latam: 0800 123 200

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1 ano após cobrança de mala, passagem sobe 6% em vez de cair como prometido http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/06/01/1-ano-da-cobranca-de-bagagem-preco-passagem/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/06/01/1-ano-da-cobranca-de-bagagem-preco-passagem/#respond Fri, 01 Jun 2018 07:00:33 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=7478

Cobrança começou a valer no dia 1º de junho (Foto: Lucas Lima/UOL)

Por Vinícius Casagrande

Depois de um ano do início da cobrança de despacho de bagagens em voos, em vez de as passagens caírem como prometido, elas tiveram um aumento real médio de 6% (já descontada a inflação).

Além disso, a taxa para o transporte de uma mala de até 23 kg já subiu 67%. A data de um ano conta a partir da cobrança feita pela Azul, a primeira empresa aérea a adotar o procedimento em 1° de junho de 2017.

Quando começaram a cobrar pelo transporte de bagagem em voos, todas as companhias aéreas cobravam R$ 30 para o despacho de uma mala de até 23 kg caso o pagamento pelo serviço fosse feito com antecedência.

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Depois de um ano, o valor da taxa já chega a R$ 50 na Azul, um aumento de 67%. No caso da Latam e da Avianca, a taxa subiu para R$ 40, um aumento de 33%. A Gol é a única que ainda continua cobrando o valor original de R$ 30.

A inflação no mesmo período (de junho a abril, último dado disponível) foi de 2,45%. Se fosse reajustado pelo IPCA, o valor atual para o despacho de bagagem deveria ser de R$ 30,73.

Preço médio de passagem subiu de R$ 333,35 para R$ 354,02

Dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) apontam que, em junho do ano passado, o preço médio das tarifas aéreas em voos domésticos no Brasil equivalia a R$ 333,35 (o valor já está reajustado com a inflação do período). Em fevereiro deste ano (último dado disponível), o preço médio das passagens subiu para R$ 354,02, um aumento real de 6%.

Para utilizar o mesmo mês na comparação, em fevereiro do ano passado o preço médio equivalia a R$ 330,81. Isso dá um aumento real médio de 7% (já descontada a inflação).

Anac e Abear dizem que avaliação é prematura

A Anac afirmou que ainda não há um relatório específico sobre o tema e que qualquer avaliação até o momento ainda é prematura. Na própria resolução que alterou as regras, a agência estipulou um prazo de cinco anos para uma análise completa dos efeitos das mudanças. “Entretanto, a agência vem acompanhando e construindo mecanismos para aferir os impactos da resolução como um todo, no dia a dia do passageiro e do setor”, afirma, em nota.

A Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas) afirma que as novas regras permitiram criar uma nova classe tarifária, “com valores menores do que as demais existentes até então”, que é responsável por dois terços dos bilhetes vendidos.

“É prematuro medir, neste pouco tempo, o impacto da nova política das companhias nos preços praticados, assim como é um equívoco metodológico relacionar somente à franquia os preços mensurados pela ANAC”, afirma a Abear, em nota.

Segundo a associação, os preços das passagens são impactados pela alta do combustível e do dólar. “O querosene de aviação (QAV), que no período de um ano (dezembro de 2016 a dezembro de 2017) teve aumento de 18%, soma um terço do preço do bilhete aéreo. O dólar acumula alta de 8,5% só nos últimos seis meses, o que impacta diretamente os custos dolarizados do setor aéreo, como o leasing”, afirma.

Resolução da Anac liberou a cobrança

A cobrança de bagagem foi permitida após a Anac alterar a resolução que trata dos direitos e deveres dos passageiros de avião. Até então, as companhias aéreas eram obrigadas a transportar uma mala de até 23 kg sem cobranças adicionais. A medida foi contestada judicialmente e a cobrança chegou a ser proibida por uma liminar. A Anac recorreu e a cobrança foi liberada.

Na mesma resolução que permitiu a cobrança pelo despacho de bagagem, a Anac aumentou o limite de peso para bagagem de mão de 5 kg para 10 kg.

Veja as regras das companhias aéreas para despacho de bagagem em voos nacionais

Azul

1ª mala de até 23 kg:
– R$ 50 para compra antecipada pelo site, aplicativo ou atendimento telefônico
– R$ 60 para pagamento no balcão do aeroporto
2ª mala de até 23 kg:
– R$ 80 para compra antecipada pelo site, aplicativo ou atendimento telefônico
– R$ 100 para pagamento no balcão do aeroporto
3ª mala de até 23 kg:
– R$ 110 para compra antecipada pelo site, aplicativo ou atendimento telefônico
– R$ 130 para pagamento no balcão do aeroporto
Excesso de bagagem
– Caso ultrapasse a cota de 23 kg, serão cobrados R$ 130 por peça no aeroporto.

Latam

1ª mala de até 23 kg:
– R$ 40 para compra até três horas antes do voo
– R$ 80 para pagamento com menos de três horas para o voo
2ª mala de até 23 kg:
– R$ 60 para compra até três horas antes do voo
– R$ 110 para pagamento com menos de três horas para o voo
3ª mala de até 23 kg:
– R$ 80 para compra até três horas antes do voo
– R$ 200 para pagamento com menos de três horas para o voo
Excesso de bagagem:
– Entre 23 kg e 32 kg: R$ 80
– Entre 32 kg e 45 kg: R$ 160

Avianca

1ª mala de até 23 kg:
– R$ 40 para compra até seis horas antes do voo
– R$ 80 para pagamento com menos de seis horas para o voo
2ª mala de até 23 kg:
– R$ 60 para compra até seis horas antes do voo
– R$ 120 para pagamento com menos de seis horas para o voo
3ª mala de até 23 kg:
– R$ 80 para compra até seis horas antes do voo
– R$ 120 para pagamento com menos de seis horas para o voo
Excesso de bagagem:
– Entre 23 kg e 32 kg: R$ 80
– Entre 32 kg e 45 kg: R$ 160

Gol

1ª mala de até 23 kg:
– R$ 30 para compra nos canais digitais da companhia
– R$ 60 para pagamento no balcão de check-in do aeroporto
2ª mala de até 23 kg:
– R$ 50 para compra nos canais digitais da companhia
– R$ 100 para pagamento no balcão de check-in do aeroporto
Da 3ª a 10ª mala de até 23 kg:
– R$ 60 cada para compra nos canais digitais da companhia
– R$ 120 cada para pagamento no balcão de check-in do aeroporto
Excesso de bagagem:
– Caso a bagagem ultrapasse 23 kg, serão cobrados R$ 12 para voos nacionais e R$ 15 para voos internacionais por quilo excedente. Nenhuma peça pode ultrapassar 45 kg em voos nacionais e 32 kg em voos internacionais.

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Passagem aérea não poderia variar mais que 50% num mesmo voo, prevê projeto http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/04/19/passagem-aerea-limite-variacao-de-preco-mesmo-voo/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/04/19/passagem-aerea-limite-variacao-de-preco-mesmo-voo/#respond Thu, 19 Apr 2018 07:00:54 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=7285

Aviões de companhias aéreas brasileiras no aeroporto de Guarulhos (Vinícius Casagrande/UOL)

Um projeto de lei em tramitação no Senado Federal quer limitar a diferença dos preços dos bilhetes vendidos pelas companhias aéreas em um mesmo voo para uma mesma classe a, no máximo, 50%. Hoje, não há limite para essa variação. A proposta foi apresentada pelo senador Airton Sandoval (MDB-SP) na semana passada e encaminhada para análise das comissões de Constituição e Justiça e de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor.

A limitação valeria só para passagens da mesma classe (econômica, executiva ou primeira). As diferenças entre as classes continuariam livres. O projeto não tem data para ser votado.

A proposta tenta modificar a legislação atual que dá total liberdade tarifária para as companhias aéreas. Segundo a lei que criou a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), as empresas podem determinar suas próprias tarifas, inclusive as variações de preços em um mesmo voo. Os valores devem apenas ser comunicados à Anac.

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A Anac afirmou que não comenta projetos em tramitação no Congresso Nacional. No entanto, é comum a agência se manifestar publicamente afirmando que foi a liberdade tarifária que permitiu a redução dos preços das passagens aéreas a partir de 2001, quando a medida começou a ser implementada, e o aumento no número de passageiros transportados.

O próprio autor do projeto afirma isso em sua justificativa. “Segundo técnicos da área, a implementação desse regime possibilitou a diminuição no valor das passagens aéreas, levando a uma maior democratização na utilização deste transporte”, diz o senador.

Com a regra atual, passagens compradas com antecedência e em dias de baixa procura costumam ter preços inferiores. Por outro lado, se a compra for feita nas vésperas do voo ou para dias de alta demanda, como feriados prolongados, a tendência é que os preços sejam bem mais altos.

Senador diz que variação é injustificável

O parlamentar alega que essa grande variação de preços dentro de um mesmo voo é algo injustificável e que não permite que os passageiros acompanhem a evolução dos preços.

“Ocorre que as empresas utilizam, hoje em dia, uma avançada tecnologia, aplicando a chamada metodologia de precificação dinâmica. Com isso, reprecificam a tarifa, minuto a minuto, causando desconforto e insegurança aos usuários, pois os valores aumentam sem justificativas razoáveis, impedindo que o usuário acompanhe e avalie a evolução dos preços”, diz na justificativa do projeto.

O autor do projeto alega, ainda, que as empresas utilizam inteligência artificial para determinar o preço das passagens. “São incontáveis as reclamações e acusações, por parte de consumidores e das respectivas associações defensivas, no sentido de que as companhias aéreas possam estar manipulando a oferta de preços com base em algoritmos e inteligência artificial”, afirma.

empresa de tecnologia Pros já desenvolveu um programa para criar preços dinâmicos de passagens aéreas. Assim, dois passageiros pesquisando simultaneamente preços para um mesmo voo poderiam encontrar tarifas diferentes. O sistema já começou a ser testado por 11 companhias aéreas em todo o mundo.

No Brasil, a Anac afirma que nenhuma companhia aérea brasileira adota esse sistema de preços até o momento. No entanto, não haveria nenhum impedimento legal para que isso fosse feito aqui, de acordo com a legislação atual.

Associação de empresas aéreas defende a liberdade tarifária

A Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas) afirma que a liberdade tarifária é “um dos sustentáculos da aviação moderna no Brasil e no mundo” e defende que não haja um controle no preço das passagens aéreas. Segundo a associação, desde que os preços foram liberados no país, os valores das passagens aéreas caíram quase pela metade.

“No início dos anos 2000, em valores atuais, uma passagem custava mais de R$ 700 em média. Menos de 30 milhões de brasileiros viajam de avião a cada ano. Desde a desregulamentação tarifária, em cerca de uma década e meia o número de passageiros triplicou. Um bilhete doméstico custa hoje aproximadamente R$ 360 em média”, afirma a Abear em nota. “É raro encontrar comportamento semelhante em relação aos preços de quaisquer outros produtos e serviços no Brasil neste mesmo período”, completa.

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7 meses de análise, e ministério não conclui se aéreas mentiram sobre malas http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/04/18/cobranca-de-bagagem-voo-investigacao-ministerio-da-justica-abear/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/04/18/cobranca-de-bagagem-voo-investigacao-ministerio-da-justica-abear/#respond Wed, 18 Apr 2018 07:00:16 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=7281

Empresas começaram a cobrar pelo despacho de bagagem em junho de 2017 (Foto: Lucas Lima/UOL)

Por Vinícius Casagrande

Após sete meses de investigação, o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), órgão da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, ainda nãoconcluiu o processo que apura se as companhias aéreas mentiram quando afirmaram que o preço das passagens aéreas caiu após começarem a cobrar pela bagagem despachada. O Ministério não divulgou quando pretende concluir as investigações.

A cobrança começou em junho do ano passado. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e as companhias aéreas afirmaram que, ao liberar a cobrança por mala despachada, as companhias aéreas poderiam oferecer passagens mais baratas para quem só levasse bagagem de mão. Três meses depois, a Abear (Associação Brasileira de Empresa Aéreas) divulgou um levantamento que apontava que o preço médio das passagens aéreas havia caído entre 7% e 30% por causa das novas regras.

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Cinco dias depois, a Secretaria Nacional do Consumidor afirmou que havia aberto uma “averiguação preliminar” para checar se a queda de preços das passagens aéreas tinha realmente relação com a cobrança de bagagem despachada.

No dia 20 de outubro, o processo administrativo foi oficialmente aberto, com despacho publicado no Diário Oficial da União. A decisão se baseou em investigação preliminar, feita no início daquele mês pelo departamento e que concluiu haver indícios de infração.

Passados quase sete meses do início da apuração, o Ministério da Justiça afirmou ao Todos a Bordo que “os fatos estão sob análise e acompanhamento do DPDC” e que já recebeu o posicionamento da Abear (Associação Brasileira de Empresa Aéreas) e de suas associadas.

Segundo o Ministério da Justiça, na defesa, a Abear reafirmou que “todos os dados divulgados são verdadeiros e representam de fato queda de preços em determinadas rotas e empresas, que não possui qualquer relacionamento com os consumidores e que quando divulgou as reduções de preço que havia encontrado, não o fez para os consumidores, e sim para a mídia especializada”.

O Ministério também ouviu a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), órgão responsável por regular os serviços das companhias aéreas. “A Anac se manifestou no sentido de que desconhece os parâmetros empregados pela Abear para a divulgação de dados do setor e que não se responsabiliza pelas informações divulgadas ou qualquer analogia feita com os dados publicados pela Agência”, diz a nota do Ministério da Justiça.

Outras pesquisas apontam resultado diferente do apresentado pela Abear.

Segundo dados da Anac, a tarifa média em voos nacionais ficou praticamente estável no segundo semestre do ano passado na comparação com o mesmo período de 2016: passou de R$ 383,9 para R$ 384,21.

Levando em consideração todo o ano de 2017, o preço médio das passagens nacionais foi de R$ 357,16, representando redução de 0,6% em relação a 2016. Foi o menor valor registrado para um ano desde o início da pesquisa, em 2011, segundo dados da Anac.

Por outro lado, os dados de inflação divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no início deste mês apontam que em um ano, os preços das passagens aéreas saltaram 13,33%.

A Abear afirma que a diferença de resultados ocorre em virtude da metodologia adotada pelo IBGE e pela Anac. Enquanto a Anac leva em consideração o valor real de todas as passagens efetivamente vendidas no país, o IBGE avalia apenas uma pequena amostragem, com base nos valores divulgados nos sites das companhias aéreas.

“A apuração do IBGE é imprecisa para o acompanhamento específico de preços de passagens aéreas (esse não é o propósito do IPCA). A cada mês, unicamente por meio de tarifas anunciadas em sites, o Instituto observa no máximo 0,2% do universo de passagens efetivamente comercializadas acompanhado pela Anac (3 a 5 mil bilhetes x mais de 3 milhões de bilhetes)”, afirma a Abear em nota.

A associação diz ainda que a pesquisa de preços do IBGE não tem como avaliar o impacto da cobrança de bagagem, pois os valores pesquisados acrescentam os custos para o transporte de um volume de bagagem despachada, mesmo nas passagens mais econômicas sem uma mala incluída.

Ainda é cedo para conclusões, dizem aéreas

A Abear diz ainda que a nova cobrança “aproxima as regras da aviação brasileira daquelas praticadas há muito tempo nos mercados mais desenvolvidos ao redor do mundo” e que a medida “possibilitou a criação de uma nova família de tarifas, com preços mínimos mais baixos em relação às demais existentes até então”.

No entanto, a Abear diz também que custos para o transporte de bagagens despachadas são apenas um dos fatores de influência. “O nível da atividade econômica nacional, a taxa de câmbio e os preços do petróleo no mercado internacional são, em linhas gerais, os elementos que mais influenciam estes valores, especialmente em curto prazo. Apenas no final do mês de setembro do ano passado todas as quatro grandes empresas brasileiras haviam implementado políticas tarifárias domésticas dentro dessa nova realidade. Ainda é cedo para conclusões sobre a influência da medida na evolução dos preços médios”, afirma a associação.

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