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Aéreas arrecadam US$ 28,1 bilhões com taxas de bagagem em todo o mundo

Vinícius Casagrande

18/05/2019 04h00

As companhias aéreas de todo o mundo arrecadaram US$ 28,1 bilhões em 2018 com cobrança de taxas sobre malas. O estudo da consultoria IdeaWorksCompany, em parceria com a CarTrawler, avaliou o balanço financeiro de 175 empresas. O valor inclui despacho da bagagem, excesso de peso e até valores cobrados para malas de mão.

O relatório da IdeasWork não tem informações específicas sobre as companhias nacionais. Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a receita da Gol, Latam, Azul e Avianca com bagagem foi de R$ 523,4 milhões. O valor é mais do que o dobro em relação ao ano anterior, quando a cobrança começou a ser implementada. Em 2017, a receita com bagagem havia sido de R$ 219,7 milhões. Os dados vão só até setembro porque a Anac ainda não divulgou o ano completo.

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A cobrança de malas entrou em vigor no Brasil com a promessa de redução no preço das passagens. No ano passado, no entanto, a tarifa média no Brasil teve aumento de 1%, segundo a Anac.

Bagagem são 30,25% das receitas auxiliares

As taxas de bagagem representam 30,25% de todas as receitas auxiliares das companhias aéreas, que incluem multas para remarcação de voo, cancelamento, venda de refeições a bordo, marcação de assento, entre outros itens. No ano passado, essas receitas chegaram a um total de US$ 92,9 bilhões.

Ao longo dos últimos anos, a bagagem tem representado um dos maiores crescimentos dessas receitas. Entre 2014 e 2018, o faturamento cresceu 109,7%, passando de US$ 13,4 bilhões para os atuais US$ 28,1 bilhões. No último ano, a bagagem representou 3,2% de todo o faturamento das companhias aéreas. Em 2014, esse percentual era de 1,8%.

Ganhos com receitas auxiliares cresce

O faturamento com as receitas auxiliares tem sido cada vez mais importante para companhias aéreas de todo o mundo. Foi um movimento que teve início com as empresas de baixo custo, mas que se expandiu para as companhias aéreas tradicionais.

Segundo a IdeaWorks, a norte-americana United Airlines é a que mais arrecada com as receitas auxiliares, com um faturamento total de US$ 5,74 bilhões nessa área. O valor representa 15,2% da receita total da empresa.

Cobrança de bagagem começou em 2017 

As companhias aéreas brasileiras passaram a cobrar pelo despacho de bagagem em julho de 2017, após entrar em vigor uma nova resolução da Anac que acabou com a obrigatoriedade do transporte gratuito de malas.

Quanto custa despachar bagagem no Brasil?

As companhias aéreas cobram valores idênticos para o despacho de bagagem, com apenas uma pequena variação da Latam. Veja abaixo:

Gol:

  • 1ª mala: R$ 60 com antecedência e R$ 120 no aeroporto
  • 2ª mala: R$ 100 com antecedência e R$ 140 no aeroporto
  • 3ª a 5ª mala (cada): R$ 130 com antecedência e R$ 220 no aeroporto

Latam:

  • 1ª mala: R$ 59 com antecedência e R$ 120 no aeroporto
  • 2ª mala: R$ 99 com antecedência e R$ 140 no aeroporto
  • A partir da 3ª mala (cada): R$ 139 com antecedência e R$ 220 no aeroporto

Azul:

  • 1ª mala: R$ 60 com antecedência e R$ 120 no aeroporto
  • 2ª mala: R$ 100 com antecedência e R$ 140 no aeroporto
  • 3ª a 5ª mala (cada): R$ 130 com antecedência e R$ 220 no aeroporto

Avianca:

  • 1ª mala: R$ 60 com antecedência e R$ 120 no aeroporto
  • 2ª mala: R$ 100 com antecedência e R$ 140 no aeroporto
  • 3ª a 10ª mala (cada): R$ 130 com antecedência e R$ 220 no aeroporto

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