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Credores avaliam hoje medida que pode definir destino da Avianca

Alexandre Saconi

05/04/2019 04h00

Avianca passa por processo de recuperação judicial desde o final de 2018 (Foto: Diego Padgurschi/UOL)

Os credores da Avianca devem votar hoje um novo modelo para facilitar a venda da empresa, que está em recuperação judicial. A companhia seria fatiada em pedaços para ser comprada por diferentes grupos. Isso despertou o interesse de Gol e Latam. Anteriormente, a Azul já havia manifestado a intenção de comprar a parte produtiva da Avianca.

O novo plano de recuperação irá dividir a atual Avianca em sete fatias, chamadas UPIs (Unidades Produtivas Isoladas, como define a lei de falência e recuperação judicial). Cada uma poderá ser adquirida de maneira individual pelas empresas interessadas em oferecer lances em um leilão que ainda precisa ser aprovado na assembleia geral de credores hoje.

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Se os credores aprovarem esse fatiamento e a venda por meio de leilão, a chance de as rotas deixarem de ser operadas diminui, e a empresa permaneceria funcional até sua venda total, segundo fontes ouvidas pelo UOL.

Entenda o fatiamento

A Avianca deve ser fatiada em sete pedaços: um deles terá o programa de fidelidade Amigo. Haverá outros seis blocos: cada um terá algumas rotas, funcionários e autorizações para realizações dos voos.

Quanto às rotas a serem distribuídas nas seis fatias, todas contarão com trechos nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Com isso, a oferta se tornaria mais interessante para as empresas interessadas no leilão, pois cada uma das fatias possui atrativos relevantes, com aeroportos de grande movimentação.

A divisão também deve evitar problemas junto ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Se só uma empresa comprasse tudo, o Cade poderia considerar que estaria havendo concentração de mercado.

Participação de outras empresas facilita venda

Para Jerome Cadier, CEO da Latam, com a divisão da Avianca em unidades menores, fica interessante participar do leilão. "A Latam se comprometeu em, pelo menos uma dessas UPIs, fazer uma oferta de, no mínimo, US$ 70 milhões. […] Até lá [o momento do leilão], vai ter bastante estratégia, e vamos analisar quanto estamos dispostos a pagar", diz Cadier.

O executivo ainda destaca que há pressa na compra das fatias da Avianca, já que a demora pode representar mais custos para manter a empresa funcionando.

A Azul informou que está acompanhando os próximos passos da recuperação judicial da Avianca e que irá aguardar o resultado da reunião dos credores. Procurada, a Gol não indicou um representante da empresa para falar com a reportagem.

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