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Airbus e Boeing fazem manobras que lembram Esquadrilha da Fumaça; assista

Vinícius Casagrande

30/10/2018 04h00


Durante os voos normais, os aviões comerciais precisam voar a grandes distâncias uns dos outros para garantir a segurança. Há momentos, no entanto, nos quais eles podem voar bem juntos, a poucos metros de distância.

As grandes fabricantes de aviões, ou mesmo companhias aéreas, costumam fazer voos em formação com duas ou mais aeronaves em ocasiões especiais. Os voos podem acontecer durante shows aéreos, eventos como a entrega do primeiro avião de um novo modelo ou em sessões de fotos e filmagens de divulgação (veja o vídeo acima).

Para que esses voos aconteçam, é necessária uma autorização especial dos serviços de proteção ao voo, além de um grande planejamento por parte dos pilotos e engenheiros. Todas as manobras são muito bem estudadas para que tudo seja feito em sintonia, sem o risco de uma colisão no ar.

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São escolhidos para esse tipo de voo os pilotos mais experientes. No ar, há ainda um avião líder, que orienta o momento exato de cada manobra. "O avião líder é aquele que coordena todos os movimentos dentro e fora da esquadrilha. A segurança é garantida em todas as etapas", afirma Thierry Diez, piloto de testes da Airbus em um dos vídeos de divulgação da empresa.

"Voos em formação requerem uma concentração permanente e contínua, o que exige demais dos pilotos, mas também é uma forma muito gratificante de voar para todos nós", diz Karl-Heinz Mai, outro piloto de testes da Airbus.

Os aviões comerciais, no entanto, não conseguem realizar as manobras acrobáticas comuns em shows aéreos como os da Esquadrilha da Fumaça, já que a estrutura dos grandes jatos não foi desenvolvida para esse tipo de manobra.

Nem por isso as manobras radicais precisam ser totalmente deixadas de lado nessas apresentações. É comum também que os aviões comerciais sejam acompanhados por uma esquadrilha inteira. O número total de aviões pode variar de acordo com a apresentação. Durante uma apresentação em Dubai (nos Emirados Árabes Unidos), por exemplo, a esquadrilha aérea Al Fursan fez uma apresentação ao lado de um Airbus A380 e de um Boeing 777 da Emirates.

Os grandes jatos também podem produzir efeitos especiais, soltando um rastro de fumaça no ar, ou dar rasantes próximos à pista do aeroporto. Seja qual for a manobra, os aviões comerciais estão aptos para fazer um grande espetáculo.

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