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Pesquisa mostra perfil de dono de jatinho: patrimônio médio é de US$ 1,5 bi

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07/04/2018 04h00

Ser dono de um jato executivo próprio é algo exclusivo para os mais ricos entre os super-ricos. Um relatório conjunto das empresas Wealth-X e VistaJet apontou que o patrimônio médio de quem tem um jato executivo é de US$ 1,5 bilhão (R$ 5 bilhões).

A empresa Wealth-X, com sede em Cingapura, é especializada na análise de dados da população super-rica (patrimônio de mais de US$ 30 milhões, ou R$ 100 milhões), enquanto a VistaJet é uma empresa de aviação executiva. As empresas cruzaram seus dados para traçar o perfil dos usuários de jatos executivos em todo o mundo, além de consultar especialistas do setor.

O estudo mostra que o perfil típico dos proprietários de jatos executivos é formado por homens mais velhos e casados. A maioria tem mais de 60 anos e 75% deles criaram totalmente a sua própria riqueza. Entre os proprietários de jatos executivos, 19% deles fizeram sua fortuna no mercado financeiro, bancário ou de investimentos, seguido pelo mercado imobiliário (7%).

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Segundo o relatório, os usuários dos programas de assinaturas ou compra compartilhada são mais ricos do que a média dos super-ricos, sendo que 28% tem patrimônio de mais de US$ 500 milhões. O estudo aponta a forte participação de empresários dos setores financeiro, bancário e de investimento. No total, 21% fazem parte desses três mercados.

Maioria dos super-ricos não tem jato próprio

O estudo aponta que a maioria dos super-ricos prefere outras alternativas para usar jatos particulares  (veja as opções mais abaixo). É que os custos para aquisição e manutenção de um jato executivo podem ser altos até mesmo para os super-ricos. Os cinco jatos mais vendidos do mundo custam entre US$ 4,9 milhões (R$ 16,4 milhões) e US$ 62,5 milhões (R$ 209 milhões).

Bombardier Global 6000 é o jato executivo mais caro entre os mais vendidos do mundo (Divulgação)

Isso tem feito com que muitos milionários prefiram outras alternativas para evitar comprar seu próprio avião. Nos Estados Unidos, maior mercado de aviação executiva do mundo, enquanto a população de super-ricos cresceu 46% nos últimos dez anos, a quantidade de proprietários de aviões particulares teve aumento de 34%.

Na China, o número de donos de jatos executivos cresceu 347% nos últimos dez anos. Ainda assim, é bem menor do que a alta de 840% na população de super-ricos no mesmo período.

"Muito do crescimento da aviação executiva é resultado da explosão dos voos fretados sob demanda, programas de assinatura e compra compartilhada em todo o mundo. Essas opções atendem às necessidades das pessoas mais ricas do mundo e executivos empresariais", afirma o relatório.

Entenda como funcionam as opções para voar em um jato executivo

Voos fretados sob demanda: é quando o passageiro aluga um jato executivo em algum táxi-aéreo para uma determinada viagem. É mais utilizado por quem não viaja com tanta frequência.

Programas de assinaturas: é uma opção para quem precisa viajar constantemente em aviões privados. O usuário paga uma mensalidade que dá direito a uma determinada quantidade de horas de voo.

Compra compartilhada: É um misto entre programas de assinatura e ter o avião próprio. Nesse caso, o usuário compra apenas uma fração do avião, paga uma taxa mensal para manutenção e tem direito a uma determinada quantidade de horas de voo, pagando os custos de combustível.

Challenger 350 pode voar de São Paulo ou Rio para qualquer ponto da América do Sul (Divulgação)

Mesmo quem tem o seu próprio avião também utiliza os programas de assinatura. "Mais da metade dos proprietários também usam os programas de assinatura porque, em muitas ocasiões, isso pode ser mais eficiente que usar o avião próprio para alguns tipos de voo", afirma o relatório.

Entre os passageiros de jatos executivos que apenas alugam um avião quando há necessidade, o patrimônio médio é de US$ 67 milhões. "Isso sugere que ter um avião próprio ou fazer parte de um programa de assinatura de voos está fora do alcance até mesmo da grande maioria dos super-ricos do mundo", afirma o relatório.

O estudo aponta que esse grupo é formado por pessoas mais jovens, que ainda não tiveram tempo suficiente para criar sua própria fortuna, sendo que 12% herdaram a riqueza que possuem. Os setores financeiro, bancário e de investimento continuam no topo da lista de atividades econômicas, mas com participação menor, de 14%, em relação a quem freta um jato executivo. Na sequência, aparecem as áreas industrial (8%) e de tecnologia (7%).

Interior do Bombardier Challenger 350 (Divulgação)

Razões para usar jatos executivos

O relatório do perfil de passageiros de jatos executivos aponta também as cinco razões para a utilização de aviões particulares. São elas:

Economia de tempo: os empresários precisam de agilidade para se deslocar de um ponto a outro.

Controle: eles não querem o risco de terem voos cancelados ou enfrentar outros problemas comuns de passageiros de companhias aéreas.

Segurança: os super-ricos estão sempre preocupados com a segurança pessoal e acreditam que ao voarem em aviões privadas estão mais protegidos.

Privacidade: além da segurança pessoal, há a preocupação com a privacidade, reputação e segurança de informações críticas. É que durante os voos privados, empresários podem fazer reuniões durante a viagem, algo que não seria possível em aviões comerciais.

Custo-benefício: apesar de ser mais caro que voar em companhias aéreas, os empresários avaliam que a soma de todos os fatores faz com que o custo-benefício seja vantajoso, já que economizam tempo, têm mais segurança e podem continuar a fazer negócios enquanto se deslocam.

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Sobre o blog

Todos a Bordo é o blog de aviação do UOL. Aqui você encontra notícias sobre aviões, helicópteros, viagens, passagens, companhias aéreas e curiosidades sobre a fascinante experiência de voar.