O que significam as placas, faixas e luzes nas pistas dos aeroportos?
Por Vinícius Casagrande
No caminho entre o portão de embarque e a pista de decolagem, os passageiros podem observar pela janela do avião diversas placas de sinalização, luzes coloridas e faixas pintadas no chão. Esses sinais são essenciais para os pilotos se orientarem enquanto ainda estão em solo ou até mesmo em voo.
O percurso pelas pistas do aeroporto é determinado pela torre de controle, que orienta não somente os aviões que estão voando, mas também aqueles que se deslocam em solo. Antes mesmo de deixarem o portão de embarque ou pousarem, os pilotos devem consultar a Carta de Aeródromo, um mapa com as pistas internas do aeroporto. Isso ajuda a se localizarem e entenderem melhor as orientações da torre de controle.
Marcações na pista de pouso e decolagem
Os aeroportos podem ter uma ou mais pistas de pouso e decolagem. Em Guarulhos, por exemplo, são duas pistas, enquanto Viracopos, em Campinas (SP) há apenas uma. Em todos os casos, no entanto, há várias pistas de taxiamento, que são as ruas internas do aeroporto que levam do terminal de embarque até a pista de pouso e decolagem.
Cada pista de pouso e decolagem tem duas cabeceiras, que são as extremidades da pista. Cada cabeceira é designada por um número, que varia de 01 a 36 e que indica a orientação magnética da bússola.
Quando a cabeceira recebe o número 09, isso significa que ela está apontando para o leste (o que equivale a 090º na bússola). Isso auxilia os pilotos a se localizarem melhor na aproximação para o pouso e após as decolagens.
Quando há duas pistas paralelas em um mesmo aeroporto, elas ganham as letras L ou R para diferenciar as pistas da esquerda (Left) e da direita (Right) na visão do piloto. Se houver três pistas paralelas, a central ganha a letra C (Center).
Na cabeceira, ainda há listras pintadas de branco que lembram uma faixa de pedestres. Elas indicam que a pista começa naquele ponto. A quantidade de listras pintadas pode variar de acordo com a largura da pista. Em Guarulhos, são 12 listras pintadas, o que indica a largura de 45 metros. Já no aeroporto de Jundiaí (SP), são oito listras e 30 metros de largura da pista.
Em todo o comprimento da pista, há uma linha tracejada, semelhante à que divide as faixas de carros nas ruas da cidade. A função dela nas pistas dos aeroportos, no entanto, é apenas sinalizar aos pilotos o eixo central da pista. O ideal é que o trem de pouso do nariz, a roda localizada na frente do avião, percorra a pista sobre essa linha.
As faixas com três listras à frente do número da cabeceira da pista marcam o início da zona de toque do avião durante os pousos. Já a faixa mais grossa é o ponto ideal onde deve encostar o trem de pouso. Essa área tem uma cor bem mais escura, mas não é nenhuma pintura feita na pista. Ao tocar o asfalto, os pneus sofrem desgaste. O acúmulo de borracha é o que dá esse tom mais escuro.
Durante a noite, a pista de pouso e decolagem é iluminada com luzes brancas, que formam três linhas ao longo da pista, sendo duas nas laterais e uma central.
Pistas de taxiamento dos aviões
Nas pistas de taxiamento dos aviões, as faixas são pintadas na cor amarela. As luzes utilizadas para indicar o centro da pista durante a noite, no entanto, são verdes. As lâmpadas ficam instaladas dentro do asfalto e protegidas por uma cobertura que resista à passagem dos aviões sobre elas.
A identificação das pistas de taxiamento dos aeroportos é feita por letras. Durante a comunicação entre a torre de controle e os pilotos, quando a torre indica os caminhos que o avião deve seguir dentro do aeroporto, é utilizada a designação do alfabeto fonético internacional: Alfa para A, Bravo para B, Charlie para C até Zulu para Z.
Além da localização pela Carta de Aeródromo, há também placas amarelas ao lado das pistas de taxiamento indicando os nomes de cada uma delas.
Ao se aproximar da pista de pouso e decolagem, há duas linhas contínuas e duas linhas tracejadas amarelas que cruzam a pista de taxiamento. Aqui, a lógica é até semelhante à da sinalização das estradas.
Quem vai em direção às linhas contínuas não pode cruzá-las sem a autorização da torre de controle. Já para quem está no sentido oposto pode cruzar as linhas tracejadas sem autorização prévia. Na prática, quem vai decolar espera a autorização para entrar na pista e quem pousou deve deixar a pista livre o mais rápido possível.
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