Latam anuncia tarifa promocional sem direito a bagagem e reserva de assento
A Latam anunciou nesta sexta-feira (12) uma nova classe tarifária para voos nacionais na qual o passageiro não terá direito a despachar bagagem, reservar assento antecipadamente e não poderá acumular pontos no programa de fidelidade da companhia. Segundo a empresa, a nova tarifa deve entrar em operação dentro de 50 dias.
Os passageiros que comprarem passagens na tarifa promocional e quiserem despachar uma mala de até 23 kg terão de pagar um valor adicional de R$ 30. Inicialmente, a Latam havia anunciado o valor de R$ 50. Com a mudança do preço, a empresa iguala o mesmo valor que será cobrado pelas concorrentes Azul e Gol.
A Latam terá quatro perfis de tarifas nos voos nacionais: Promo, Light, Plus e Top. As faixas de preço de cada perfil de tarifa irão variar de acordo com os pacotes de benefícios que oferecem, como despacho de bagagem, acúmulo de pontos no programa Latam Fidelidade, reserva antecipada de assento, Espaço+ e remarcação ou reembolso do bilhete.
Para os voos internacionais, as mudanças começam para passagens vendidas a partir do próximo dia 18 de maio. Os clientes que adquirirem bilhetes da Latam para Europa e Estados Unidos passam a ter o direito de despachar gratuitamente duas malas de até 23 kg – o limite atual é de duas malas de até 32 kg.
Nas viagens para destinos na América da Sul, os passageiros terão direito a somente uma mala de até 23 kg. Caso queira despachar uma segunda mala, será cobrado o valor de US$ 90 (R$ 286).
Excesso de bagagem
A Latam também divulgou valores fixos para os casos de excessos de bagagem. Até então, era cobrado um percentual da tarifa-base da passagem, o que nem sempre deixa claro o valor dobrado.
De 24 kg a 33 kg:
— Voos domésticos: R$ 120
— Voos para América do Sul: US$ 90 (R$ 280)
— Voos para demais destinos internacionais: US$ 100 (R$ 312)
De 34 kg a 45 kg:
— Voos domésticos: R$ 200
— Voos para América do Sul: US$ 180 (R$ 560)
— Voos para demais destinos internacionais: US$ 200 (R$ 624)
Disputa judicial
A Latam pretendia implementar as mudanças em março, quando passaria a vigorar a nova resolução da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) que permitiu a cobrança de bagagem em voo. No entanto, uma liminar da Justiça Federal suspendeu a resolução. No último dia 28, a Justiça liberou novamente a cobrança.
Uma das alegações para a decisão inicial era de que não havia garantia de que a medida reduziria o valor das passagens aéreas no Brasil. No comunicado divulgado nesta sexta-feira, a Latam não fala em queda imediata dos preços, mas projeta uma redução das tarifas em até 20% até 2020. "Nossa meta é aumentar em 50% nossos passageiros transportados até 2020", afirma Jerome Cadier, presidente da Latam Airlines Brasil.
O problema é que os preços das passagens variam constantemente, de acordo com a demanda e data do voos. Com isso, não é possível para o consumidor ter certeza se houve o desconto ou não. Por exemplo, uma passagem que tivesse o custo atual de R$ 500 deveria sair por R$ 470 para quem não despachasse bagagem (desconto de R$ 30). No entanto, nada impediria que as empresas cobrassem R$ 530 com bagagem e R$ 500 sem bagagem. Para o usuário, pareceria um desconto, mas, na verdade, não haveria desconto nenhum, apenas acréscimo.
Segundo a empresa, todas as alterações serão feitas de forma gradual para ajudar o cliente a se adaptar a esta nova dinâmica. "A partir desta mudança, o cliente que viajar sem despachar a mala em voos dentro do Brasil vai pagar tarifas mais acessíveis", afirma Cadier.
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