Extravio de bagagem em voos cai 7,2% no mundo; prejuízo é de US$ 2,1 bi
O número total de malas extraviadas durante viagens de avião em todo o mundo caiu 7,2% em 2016 em relação ao ano anterior. Segundo relatório anual da Sita, empresa especializada em tecnologia para aeroportos, no ano passado foram 21,6 milhões de malas perdidas ou entregues com atraso para os passageiros, contra 23,3 milhões do ano anterior.
Não há dados disponíveis especificamente sobre o Brasil.
O índice de malas extraviadas para cada mil passageiros teve uma queda ainda maior, de 12,25%. Isso aconteceu porque ao mesmo tempo em que número total de malas perdidas caiu, a quantidade de passageiros transportados pelas companhias aéreas de todo o mundo cresceu 5,89%, pulando de 3,56 bilhões em 2015 para 3,77 bilhões em 2016. Com isso, o índice caiu de 6,53 malas extraviadas para cada mil passageiros em 2015 para 5,73 em 2016.
Na comparação com os últimos dez anos, a quantidade total de bagagem extraviada sofreu uma queda de 54%. Em 2007, haviam sido perdidas 46,9 milhões de malas, com um índice global de 18,88 malas para cada mil passageiros.
Os principais problemas de extravio de bagagem ocorrem durante voos de conexão, especialmente quando há um curto intervalo de tempo entre os dois voos. A troca da bagagem de um avião para outro representou 47% dos casos de extravio ou entrega das malas com atraso. Na sequência, aparecem casos de erro de carregamento no avião, com 16%, e problemas nas etiquetas e questões de segurança, com 15%. Problemas nos aeroportos geram 10% dos casos.
Mesmo os passageiros que não encontram sua bagagem logo após desembarcar do avião, dificilmente ficam sem a mala para sempre. Em 77% dos casos, as malas são entregues apenas com atraso aos passageiros. Em 16% das vezes, as malas não são entregues por terem sido completamente danificadas, enquanto que em 7% dos casos houve perda ou roubo da bagagem.
Prejuízos bilionários
As bagagens extraviadas geraram um prejuízo de US$ 2,1 bilhões para toda a indústria de aviação no último ano. Foram US$ 200 milhões a menos do que no ano anterior. Há dez anos, o prejuízo era o dobro do registrado em 2016. Os valores incluem os custos para recuperar e devolver as malas aos passageiros.
Para minimizar os danos aos passageiros e reduzir o prejuízo com o extravio de bagagem, uma nova resolução da Iata, associação que reúne a maioria das companhias aéreas do mundo, prevê que a partir de junho de 2018 toda mala deve ser rastreada e registrada em quatro pontos obrigatórios: check-in, embarque no avião, transferência entre companhias ou aviões e na entrega ao passageiro.
Com o rastreamento, os passageiros poderão acompanhar em tempo real se a sua bagagem está seguindo no voo correto. As empresas também terão maior controle sobre as bagagens. ""É frustrante para os passageiros e companhias aéreas quando as malas são extraviadas, mas os dias de não saber onde está sua bagagem será uma coisa do passado em breve. Estamos à beira de uma nova era na gestão de bagagens, porque as companhias aéreas do mundo estão se comprometendo a controlar a bagagem ao longo de sua jornada", afirma Ilya Gutlin, presidente da Sita para soluções de viagem aérea.
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