Este avião é o campeão nas rotas mais longas do mundo, com mais de 16h
Por Vinícius Casagrande
O Boeing 777 é o avião que mais faz as rotas ultralongas na aviação mundial. Dos dez trechos com mais de 16 horas de viagem, o modelo está presente em sete deles. O Boeing 777 faz, inclusive, a rota com o maior tempo de viagem, entre Auckland, na Nova Zelândia, e Doha, no Catar, pela companhia aérea Qatar Airways. São 17h40 para percorrer 14.522 km.
A nova rota mais longa do mundo foi lançada no mês passado. Até então, a liderança era do voo entre São Francisco e Cingapura. A rota é operada pelas companhias aéreas United Airlines, que utiliza o Boeing 787-9, e pela Singapore Airlines, que voa com o Airbus A350-900.
Na terceira e quarta posições do ranking estão dois voos do Airbus A380-800. A Emirates voa de Auckland para Dubai, enquanto a australiana Qantas faz a rota entre Dallas e Sydney. Os dois voos têm o tempo estimado de viagem em 17h05.
Além da liderança, a partir da quinta posição o domínio do Boeing 777 é total, sendo o escolhido para voar todas as demais rotas de longa duração. Na movimentada rota entre Dubai e Los Angeles, a Emirates tem dois voos diários, um com o Boeing 777-200LR e outro com o Airbus A380-800. Os dois aviões fazem o trajeto em 16h15.
O tempo estimado da viagem foi pesquisado no site das próprias companhias aéreas, seguindo o ranking da consultoria OAG. O tempo total prevê o horário de saída e chegada dos voos. Em geral, duração do voo é estimada contando também o tempo dos deslocamentos dentro dos aeroportos. Os voos podem, ainda, ter um tempo maior ou menor de acordo com as condições do clima durante a rota.
Liderança ameaçada
A liderança do Boeing 777 nas rotas mais longas do mundo, no entanto, pode estar ameaçada. A Singapore Airlines já anunciou que pretende lançar no próximo ano uma nova rota mais longa do mundo. O voo com o Airbus A350-900ULR ligando Cingapura a Nova York deve levar 18h30 para percorrer 15.340 km.
Também em 2018, a Qantas planeja um voo entre Perth e Londres a bordo de um Boeing 787-900. Com uma distância de 14.495 km, a viagem entre as duas cidades tem previsão de durar 17 horas.
Para o analista sênior da OAG, John Grant, os aviões mais modernos permitem que as companhias aéreas de todo o mundo criem rotas cada vez mais longas. Isso acontece porque os novos aviões são mais eficientes e consomem menos combustível, o que permite aumentar o alcance dos voos.
"O padrão industrial do Boeing 777 tem sido capaz de voar essas distâncias por algum tempo, mas as novas tecnologias de aviões têm custos operacionais menores", afirma.
Para aumentar a autonomia dos voos, as companhias devem adotar configurações internas dos aviões com menos capacidade de passageiros. Isso aconteceria aumentando a quantidade de assentos da primeira classe e da executiva. É que quanto mais passageiros, maior o peso do avião e, consequentemente, maior o consumo de combustível, o que diminui a autonomia.
VÍDEO REGISTRA POUSO DO BOEING 777 DURANTE TEMPESTADE
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