Aviões antigos fazem rali de 35 dias por lugares como pirâmides e rio Nilo
Começa neste sábado (12) um rali aéreo pelo continente africano com 12 aviões antigos, construídos antes de 1949. A aventura deve passar por dez países durante 35 dias de viagem e sobrevoar alguns dos principais cartões-postais africanos, como as pirâmides do Egito, o rio Nilo, o Monte Kilimanjaro, as Cataratas de Vitória e reservas naturais como o Serengueti. Serão 13 mil km de viagem.
O Vintage Air Rally terá início na ilha de Creta, na Grécia. Depois de cruzar o mar Mediterrâneo, os aviões farão o primeiro pouso na cidade de Mersa Matruh, no Egito, ainda neste sábado.
No domingo, os aviões partem para a capital Cairo e devem pousar nas areias do deserto. Em mais de 50 anos, este foi o primeiro rali a receber autorização para pousar os aviões bem ao lado das antigas pirâmides do Egito.
Nos dias seguintes, o rali segue em direção ao sul do continente, passando por Sudão, Etiópia, Quênia, Tanzânia, Zâmbia, Zimbábue, Botsuana até chegar à África do Sul. A aventura termina no dia 16 de dezembro na Cidade do Cabo.
Rali inédito
É a oitava vez que a empresa Prepare2Go organiza um rali aéreo pela África. A participação exclusiva de aviões antigos, no entanto, é um fato inédito.
Além dos 12 aviões, o rali conta também com uma equipe de apoio para prestar suporte em eventuais problemas mecânicos que possam ocorrer. O risco de falhas nos motores é o que mais preocupa os organizadores.
"São todos aviões monomotores e não há reserva de segurança. O lado positivo é que os aviões voam relativamente devagar e tocam o chão bem lentamente. Então, só precisam de um pequeno pedaço de terra, um trecho de estrada ou um campo de futebol para pousar", afirmou Sam Rutherford, organizador do Vintage Air Rally.
Modelos utilizados
Todos os aviões que participam do Vintage Air Rally são modelos biplanos (com duas asas). As equipes são formadas por pilotos e navegadores da Inglaterra, Irlanda, Canadá, França, Alemanha, África do Sul e Estados Unidos.
Alguns dos modelos que voarão durante o rali são o Travel Air 4000, produzido nos Estados Unidos e que chegou a ser utilizado como avião militar; o DH82A Tiger Moth, de origem britânica e utilizado nos anos de 1930 como avião instrução de pilotagem militar; e o Stampe SV.4, de produção belga e também criado para o treinamento de pilotos.
Causa humanitária
O rali é muito mais uma aventura do que uma corrida de aviões. Segundo os organizadores, parte do dinheiro arrecadado durante a jornada, entre taxas dos participantes e patrocínios, será revertido para instituições de caridade.
Entre os projetos beneficiados estão a Unicef e a Birdlife International, que trabalha para evitar a extinção de aves abutres na África. Durante o rali, os aviões também deverão jogar do céu sementes em áreas de reflorestamento sob responsabilidade da Seed Bombing.
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