Sala de crise em Cumbica tem até fax para enfrentar apagão tecnológico
O Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, mantém uma sala planejada e equipada para reuniões de prevenção, acompanhamento e reação a episódios de crise de qualquer natureza – acidentes, ataques, grandes eventos, manifestações e catástrofes naturais, entre outras possibilidades. Por precaução, o ambiente conta com sistemas de comunicação "em redundância" – o que inclui itens tidos como ultrapassados, como aparelhos de fax e rádio, que podem substituir tecnologias contemporâneas em caso de falhas eventuais.
A "sala de situação" é o núcleo do Complexo de Gerenciamento de Crises (CGC) de Cumbica e foi apelidada como "sala de crise". Além da ampla mesa de reunião com computadores, telefones e cadeiras ergonômicas, há um video-wall (parede de vídeo) de um lado e um telão do outro, para que gestores de diferentes áreas do aeroporto (do país ou do mundo, de acordo com caso) possam tomar decisões em conjunto, a partir da visualização de imagens dos terminais, websites ou mesmo noticiários de televisão.
De acordo com a assessoria de imprensa do GRU Airport, marca adotada pela concessionária que administra o aeroporto, o ambiente foi concebido "para o controle do potencial de impacto de cada situação possível numa indústria tão complexa como a aeronáutica".
Nesse contexto, entende-se "crise" como qualquer evento que possa atingir a capacidade produtiva da organização – ou sua reputação –, preferencialmente de forma preventiva, com base em cinco princípios da sigla C5I: comando, controle, comunicação, computação, colaboração e inteligência. Ainda segundo a concessionária, "o ambiente vem sendo aperfeiçoado desde o início da concessão (2012) e hoje se encontra em 'estado de arte"'. O formato atual foi concluído em agosto de 2014.
Ênfase no conforto
"A sala tem proteção acústica e controle de temperatura e luminosidade, para que seja o mais confortável possível permanecer ali por muitas horas, caso necessário", explica o diretor de operações, Miguel Dau, responsável pela área. Também há um serviço de alimentação integrado, que pode ser acionado a qualquer momento.
Há também duas alas laterais, separadas do ambiente principal por janelões de vidro, com um total de 12 estações de trabalho, equipadas com ramais dedicados e pontos de rede, para que técnicos, consultores ou outros profissionais possam trabalhar em paralelo aos gestores em reunião. O usuário pode, dependendo do caso, utilizar o próprio notebook ou um equipamento do aeroporto, desde que cumpra as regras de segurança estabelecidas.
Embora Cumbica não tenha passado por crises graves desde a instalação da sala de situação, o ambiente vem sendo utilizado desde a implantação, em episódios como o das manifestações de junho de 2013, da Copa do Mundo de 2014 e da erupção do vulcão Calbuco, no Chile, ao final de abril.
Leandro Quintanilha – leandroq@gmail.com
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