Aeroporto Internacional de Guarulhos – Todos A Bordo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br Todos a Bordo é o blog de aviação do UOL. Aqui você encontra as últimas informações, análises e notícias sobre o movimentado mundo das companhias aéreas, das fabricantes de aviões e de empresas aeroportuárias. Tue, 07 Jul 2020 19:46:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Parede de aço e concreto faz barreira de som para teste de avião em SP http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/03/23/barreira-acustica-aeroporto-guarulhos-latam/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/03/23/barreira-acustica-aeroporto-guarulhos-latam/#respond Sat, 23 Mar 2019 07:00:03 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=9443

A Latam inaugurou no início do ano um novo centro de manutenção dentro do aeroporto de Guarulhos (SP). A principal inovação do local foi a construção de um sistema inédito no Brasil para permitir que a empresa faça testes de motores a qualquer hora do dia ou da noite. É uma parede acústica de aço e concreto, que desvia e reduz o barulho para incomodar menos os vizinhos. Veja o vídeo acima.

Quando um motor precisa passar por reparos, como troca de alguma peça, resolver algum tipo de vazamento ou corrigir problemas causados por entrada de algum objeto ou pássaro, o motor é retirado da asa e substituído por outro reserva. Isso é feito para que o avião fique parado o menor tempo possível.

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Antes de o motor voltar a ser usado, no entanto, é necessário fazer alguns testes para ver se tudo está funcionando normalmente. Durante o teste, o motor é ligado e acelerado entre 80% e 100% da potência máxima para que os mecânicos avaliem todas as condições de funcionamento.

O problema é que um motor em potência máxima gera um barulho muito forte. A cerca de 300 metros do novo centro de manutenção da Latam há um bairro residencial, o que restringiria os horários permitidos para os testes.

Barreira acústica de concreto tem 17 metros de altura e 88 de comprimento (Vinícius Casagrande/UOL)

Barreira reduz incômodo para vizinhos

Os motores de um avião Airbus A350-900, por exemplo, geram cerca de 110 decibéis de ruído, o equivalente a estar próxima à caixa de som em um show de rock. A barreira acústica barra boa parte da disseminação de som. Com apenas alguns passos de distância, a medição atrás da barreira acústica registra cerca de 85 decibéis, equivalente a som de um despertador. O número parece pouco, mas o alívio para os ouvidos é grande, como constatou a reportagem do Todos a Bordo.

“Com isso, vamos atingir no bairro, que é uma área residencial atrás da barreira, os níveis de ruído aceitáveis para uma área urbana. O ruído que chega na comunidade é igual ao ruído urbano normal”, afirmou Sérgio Novato, diretor de manutenção da Latam.

Sem essa barreira, os testes tinham de ser feitos em áreas livres do aeroporto, como as pistas de manobra dos aviões. O problema é que a empresa dependia de autorização da torre de controle para não atrapalhar o fluxo do tráfego aéreo.

A primeira camada é feita por uma barreira defletora, que joga os gases para o alto (Vinícius Casagrande/UOL)

17 m de altura e 88 m de comprimento

A barreira acústica é formada por duas camadas. Na primeira parte, foi instalada uma barreira defletora. Ela serve para desviar para o alto a maior parte dos gases expelidos pelos motores e parte das ondas sonoras.

Construída em aço galvanizado, essa barreira tem uma fundação de cerca de 30 metros para aguentar a força do deslocamento de ar gerado pelos motores. Os aviões de grande porte geram uma força de até 100 mil libras (45,3 mil quilos).

A segunda camada é feita pela barreira acústica propriamente dita. Trata-se uma parede de 17 metros de altura e 88 metros de comprimento feita de concreto. A parte frontal da parede é revestida com uma tela que protege as mantas acústicas que ajudam a reduzir o ruído.

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Aeroporto de Guarulhos tem coworking por R$ 50/hora, mais R$ 40 para banho http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/12/08/coworking-aeroporto-de-guarulhos/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/12/08/coworking-aeroporto-de-guarulhos/#respond Sat, 08 Dec 2018 06:00:03 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8551

Espaço pode ser uma alternativa ao uso de salas vip (Divulgação)

O aeroporto de Guarulhos inaugurou nesta semana o primeiro espaço de coworking para os passageiros e visitantes. A área de 350 metros quadrados conta com estações de trabalho, lounge para descanso e até banheiros com chuveiro.

O preço é de R$ 50 para a primeira hora e R$ 40 nas demais horas. Para utilizar a ducha, é necessário pagar mais R$ 40. O acesso às salas vips da GRU Airport ou da Star Alliance tem um custo de US$ 70 (R$ 272) para os passageiros que não tem direito ao acesso gratuito. No entanto, elas só podem ser usadas por passageiros em voos internacionais.

A ideia é que seja um misto entre área de trabalho compartilhada, conceito principal dos coworkings, mas também uma opção de sala VIP aos passageiros que não têm acesso aos espaços oferecidos pelas companhias aéreas dentro da área de embarque do aeroporto.

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O uso pode ser contratado por hora por qualquer passageiro ou visitante do aeroporto. O coworking está na aérea pública do terminal 2, antes do controle do raio-x dos passageiros. Não é necessário fazer reserva com antecedência para nenhuma aérea do coworking. Mais de 200 mil pessoas circulam todos os dias pelo aeroporto de Guarulhos.

Coworking tem 70 estações de trabalho (Divulgação)

Segundo a Urban Cowork, empresa de coworking com sede em Guarulhos e que desenvolveu o espaço dentro do aeroporto, foi feito um investimento de R$ 1,5 milhão. O local tem capacidade para receber até 80 pessoas simultaneamente, com cinco salas de reunião, duas salas de treinamento, 70 posições de trabalho e para relaxamento, como sofás e espreguiçadeiras, além de um lounge com vista para a pista de pouso do aeroporto.

Durante a permanência no coworking, os usuários têm direito a água mineral, café expresso, chá, brigadeiro e balas. Além disso, há máquinas para venda de refrigerante, cerveja e diversos snacks. Os usuários também podem contratar serviços de impressão, concierge e catering (serviço de alimentação para eventos). Os valores variam de acordo com o tipo de serviço.

“A ideia de levar o Urban para o maior aeroporto do Brasil atende uma demanda do público, que procura cada vez mais por serviços diferenciados. Pessoas de todo o mundo que passam por aqui terão acesso a uma experiência única, por meio de soluções práticas e um ambiente inovador, onde é possível trabalhar e descansar com total comodidade, conforto e segurança”, afirmou Paulo Futami, fundador do Urban Cowork, que tem outra unidade no centro de Guarulhos.

Área de descanso do coworking tem vista para o pátio de aeronaves (Divulgação)

Ambiente corporativo

Além dos passageiros ou visitantes que passam pelo aeroporto de Guarulhos, a Urban Cowork também pretende atrair empresas, tanto para uso das salas de reunião como para fechar pacotes para funcionários.

“Estamos oferecendo cotas limitadas a empresas que queiram oferecer a experiência de uma sala VIP gratuita a seus clientes, parceiros e colaboradores, além da possibilidade de exposição e ativação da marca no local”, disse Futami.

No plano mais completo, uma empresa pode comprar 300 horas por mês para distribuir aos funcionários ou clientes que estejam em viagem pelo aeroporto de Guarulhos. O plano inclui seis horas de uso da sala de reunião por um valor total de R$ 9.800 por mês.

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Bombeiros têm 90s para agir em acidente aéreo; veja simulação em Guarulhos http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/12/06/treinamento-resgate-acidente-aereo-aeroporto-guarulhos/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/12/06/treinamento-resgate-acidente-aereo-aeroporto-guarulhos/#respond Thu, 06 Dec 2018 06:00:26 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8516
Um Airbus A330 avisa à torre de controle do aeroporto de Guarulhos (SP) que está se aproximando para o pouso com fogo no motor. Imediatamente, os bombeiros são avisados da situação de emergência e se preparam para agir. Quando o avião pousa, acaba derrapando, sai da pista principal e para somente na pista de táxi, com diversos passageiros feridos. Esse foi o cenário de um treinamento realizado na última sexta-feira (30) no maior aeroporto do país.

O exercício envolveu mais de cem pessoas, de 26 organizações, como Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Defesa Civil, Cruz Vermelha Brasileira, Polícia Federal e hospitais da região. Além de caminhões de combate a incêndio e ambulâncias, foram usados dois helicópteros para o resgate das vítimas. Tudo foi acompanhado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para certificar o cumprimento das regras internacionais.

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Esse tipo de treinamento deve ser feito pelo menos uma vez por ano, segundo o diretor de Operações do aeroporto de Guarulhos, comandante Miguel Dau. “Isso é importante para que todos estejam preparados para o caso de uma emergência real. Nos preparamos para o pior e rezamos para o melhor”, afirmou.

Caminhão dos bombeiros do aeroporto de Guarulhos pode produzir até 12,5 mil litros de água (Marcio Komesu/UOL)

90 segundos para os bombeiros chegarem

Segundo o diretor do aeroporto de Guarulhos, quando um avião se acidenta na pista, o Corpo de Bombeiros do próprio terminal deve chegar até a aeronave em até 90 segundos, e o atendimento deve começar em até três minutos.

O anúncio do início do treinamento e o som das sirenes dos caminhões dos bombeiros foram ouvidos de forma praticamente simultânea. Em poucos segundos, já era possível avistar na pista do aeroporto os dois caminhões Panther Rosembauer 6×6, usados para o combate ao incêndio.

Ao chegar ao local, os caminhões acionaram imediatamente os jatos de água, que podem atingir até 90 metros de distância. Cada caminhão pode transportar até 12,5 mil litros de água e 1.500 litros de LGE (Líquido Gerador de Espuma), que, ao serem misturados, podem produzir até 60 mil litros de espuma. O Panther Rosembauer tem câmeras térmicas que ajudam a encontrar com precisão o foco do incêndio, além de braços mecânicos que podem perfurar a fuselagem e injetar o material de combate ao fogo dentro da aeronave.

Vítimas recebem primeiros atendimentos no gramada ao lado da pista do aeroporto (Vinícius Casagrande/UOL)

Resgate das vítimas

Com o fogo controlado, foi a vez de as equipes de resgate darem início ao tratamento das vítimas. Durante o treinamento, 43 voluntários estava devidamente maquiados, simulando ferimentos e queimaduras em diversas partes do corpo.

Vestidos com equipamentos de proteção contra o fogo, que inclui até cilindros de oxigênio, os bombeiros fazem a remoção dos feridos dos destroços do avião acidentado. O resgate utiliza o método Start (simples triagem e rápida remoção).

Depois, os passageiros feridos são colocados em macas e entregues aos médicos e enfermeiros, que prestam os primeiros socorros. Os feridos são colocados em lonas espalhadas no gramado ao lado da pista de táxi do aeroporto. São lonas de três cores diferentes: amarela, para feridos intermediários, vermelha, para feridos com necessidade de atendimento urgente, e preta, que fica mais afastada, para o caso de mortes. Nesse espaço, as vítimas aguardam a remoção para os hospitais.

Para os casos mais graves, o resgate conta com o auxílio de helicópteros da Polícia Militar e da Polícia Civil. O primeiro helicóptero pousou no aeroporto de Guarulhos 12 minutos após o início do treinamento, quando nem todas as vítimas ainda haviam sido retiradas do avião.

Treinamento envolve mais de cem pessoas de 26 organizações (Marcio Komesu/UOL)

Treinamento dura cerca de uma hora

O trabalho para remover do avião 43 pessoas levou 22 minutos. No total, o treinamento durou uma hora e só terminou quando o último passageiro ferido saiu de ambulância do local do acidente simulado.

“Se você não treina e não coordena as entidades, na hora, as pessoas acabam dando muita cabeçada uns com os outros, e essa perda de tempo implica em perda de vidas”, afirmou o diretor de Operações do aeroporto.

Diversos avaliadores estão ali só para analisar todos os passos do treinamento e fazer uma avaliação completa de erros e acertos no atendimento.

Equipe celebra o fim do treinamento com batismo dos bombeiros (Marcio Komesu/UOL)

Batismo para comemorar

Durante o treinamento, o clima de tensão é permanente em todos os participantes. A sensação é que não é apenas uma simulação, mas um acidente de verdade. Bombeiros, médicos e enfermeiros só relaxam mesmo quando a última vítima é retirada.

Depois de todo esforço, é hora de guardar uma recordação do treinamento: todos se reúnem em frente ao avião para uma foto oficial. O caminhão Panther Rosembauer aciona novamente seu jato de água, dessa vez apenas para dar um banho em todos os participantes. É o batismo, e a prova de que estão preparados caso seja necessário agir em uma situação real.

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Voo de Congonhas (SP) para Europa demora quase 3h mais do que por Guarulhos http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/09/28/tempo-de-voo-europa-saida-congonhas-guarulhos/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/09/28/tempo-de-voo-europa-saida-congonhas-guarulhos/#respond Fri, 28 Sep 2018 07:00:35 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8049

KLM tem voos em Guarulhos (SP), Rio de Janeiro e Fortaleza (CE) (Foto: Divulgação)

Por Vinícius Casagrande

As companhias aéreas Air France e KLM intensificaram nos últimos dias uma campanha para incentivar uma nova opção de voos para a Europa saindo do aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Os voos são feitos em parceria com a brasileira Gol, com conexão no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, ou em Fortaleza (CE).

A opção pelas saídas de Congonhas é vendida como uma comodidade aos passageiros, que não precisariam enfrentar o trânsito da capital paulista para chegar até o aeroporto internacional de Guarulhos (SP). A economia de tempo, no entanto, pode não compensar em relação ao tempo total de viagem.

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“Essa novidade de conectar Congonhas com as nossas outras origens no Brasil, Rio de Janeiro e Fortaleza, e de lá para a Europa, traz mais possibilidades ao viajante corporativo ou de lazer que busca comodidade de deslocamento, aliada aos voos que mais atendem suas necessidades”, afirma Jean-Marc Pouchol, diretor-geral do grupo Air France-KLM para América do Sul, em nota.

Mas, na prática, um voo saindo de Congonhas demora quase três horas a mais do que um que parta de Guarulhos. O voo direto da KLM entre Guarulhos e Amsterdã (Holanda) tem duração de 11 horas e 45 minutos na ida. Saindo de Congonhas, a viagem tem duração total de 14 horas e 35 minutos, com conexões em Fortaleza na ida e no Rio de Janeiro na volta. O tempo total já inclui o período no qual o passageiro fica parado no aeroporto de conexão.

O voo direto entre Guarulhos e Paris (França) pela Air France tem duração de 11 horas e 15 minutos na ida e de 11 horas e 40 minutos na volta. Com saída do aeroporto de Congonhas e conexão no Galeão, a viagem dura 14 horas e 20 minutos na ida e 14 horas e 45 minutos na volta.

O diretor-geral do grupo Air France-KLM afirma que a procura pelos voos com saída de Congonhas está acima do esperado. “Essa era uma demanda dos nossos clientes e estamos muito felizes em poder proporcionar mais esta opção para eles, em parceria com a Gol. O resultado está muito acima das nossas expectativas, o que demonstra que para alguns sair de Congonhas, mesmo com uma conexão, atende melhor as necessidades”, diz, também em nota.

Voo de Congonhas exige troca de avião

Além de o voo demorar mais, a saída pelo aeroporto de Congonhas exige troca de avião nos aeroportos do Galeão ou de Fortaleza. Os passageiros embarcam em São Paulo em um voo doméstico da Gol. Após a primeira parada, o passageiro tem de fazer todo o processo burocrático de saída do Brasil.

Somente após a verificação de passaporte para saída do país é que o passageiro embarca em um avião da Air France ou da KLM com destino a Paris ou Amsterdã, respectivamente. São necessárias cerca de duas horas entre os voos para realizar todo esse trâmite.

É o mesmo procedimento necessário para passageiros de qualquer outra cidade brasileira que não conta com voos internacionais. É diferente de um voo com escala, quando há apenas uma parada intermediária, mas sem a necessidade de troca de avião.

Com a conexão, há também o risco maior de extravio de bagagem, já que as malas também precisam trocar de avião. Na saída do Brasil, esse processo é feito diretamente entre os funcionários das companhias aéreas.

Na volta, por exigência da Receita Federal, o passageiro precisa retirar sua mala na esteira de bagagem, passar pela verificação da Receita no aeroporto e depois fazer um novo processo de despacho de bagagem no guichê da companhia aérea. Um processo que demanda ainda mais tempo do passageiro.

Além de ter mais burocracia e de perder mais tempo, o passageiro ainda pode ter de pagar a mais por isso. No material divulgado pela KLM, o voo direto para Amsterdã saindo de Guarulhos custa R$ 3.211, enquanto o voo com conexão saindo de Congonhas custa R$ 3.465. Segundo a Air France, o voo direto de Guarulhos para Paris custa R$ 3.550, contra R$ 3.615 do voo com conexão com saída de Congonhas.

Na prática, no entanto, esses valores podem mudar dependendo das datas da viagem. Em determinados dias, a viagem com conexão pode ficar mais econômica.

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Por que os aeroportos de Guarulhos e Galeão não foram afetados com a greve? http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/05/28/por-que-os-aeroportos-de-guarulhos-e-galeao-nao-foram-afetados-com-a-greve/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/05/28/por-que-os-aeroportos-de-guarulhos-e-galeao-nao-foram-afetados-com-a-greve/#respond Mon, 28 May 2018 22:07:21 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=7471

Aviões de companhias aéreas brasileiras no aeroporto de Guarulhos (Vinícius Casagrande/UOL)

Por Vinícius Casagrande

Os aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, e do Galeão, no Rio de Janeiro, são os dois únicos do Brasil que não foram afetados diretamente com a greve dos caminhoneiros. Enquanto muitos aeroportos do país ficaram com as reservas em estado crítico ou até mesmo sem nenhum combustível, os dois terminais continuaram operando normalmente.

Isso só foi possível porque os dois aeroportos recebem o combustível que abastece os aviões diretamente por dutos subterrâneos da Petrobras. Em todos os outros aeroportos brasileiros, o fornecimento de combustível é feito com o transporte de caminhões-tanque.

Segundo a Plural, associação que reúne as distribuidoras de combustíveis e lubrificantes, o sistema de distribuição por dutos subterrâneos funciona desde que os aeroportos de Guarulhos e Galeão foram inaugurados. Guarulhos começou suas operações em 1985, e o Galeão foi inaugurado oficialmente em 1977.

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No caso do aeroporto de Guarulhos, o combustível é enviado diretamente da refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (97 km a nordeste de São Paulo). A refinaria abastece 80% da demanda de querosene de aviação no mercado paulista e 100% do aeroporto de Guarulhos, segundo a Petrobras.

O combustível segue por dutos até o terminal Guarulhos da Petrobras e, então, é direcionado ao aeroporto. São 9,5 quilômetros de dutos dedicados ao aeroporto. No total, os dutos têm cerca de 120 quilômetros de extensão.

Dentro do terminal, o querosene de aviação é armazenado. Diariamente, o aeroporto de Guarulhos consome cerca de 8 milhões de litros de querosene de aviação. Em caso de interrupção do serviço, o aeroporto tem um estoque de reserva para três dias de operação, o que representa 24 milhões de litros. No entanto, a GRU Airport, administradora do aeroporto, afirma que a capacidade total é de 50 milhões de litros.

O combustível fornecido permite um total de 90 mil decolagens por ano no aeroporto de Guarulhos. No ano passado, 37,7 milhões de passageiros circularam pelo maior aeroporto do país.

Caminhão faz a ligação entre os dutos dos aeroportos até o tanque dos aviões (Divulgação)

Galeão

Para abastecer o aeroporto do Galeão, o querosene de aviação é enviado diretamente da refinaria Duque de Caxias (Reduc). São 11 quilômetros de dutos subterrâneos com capacidade para até 9 milhões de litros de combustível todos os dias.

O aeroporto do Galeão consome atualmente cerca de 4 milhões de litros de querosene de aviação, segundo a Plural. Assim como no caso do aeroporto paulista, o Galeão também conta com taques de armazenamento com estoque de reserva para até três dias em caso de interrupção do fornecimento, o que representa 12 milhões de litros de combustível.

Essas reservas foram úteis para reduzir os problemas causados pelo desabastecimento de outros aeroportos brasileiros. Segundo a RIOgaleão, administradora do aeroporto, desde a terça-feira (22), 35 aviões fizeram uma escala não programada no Galeão para reabastecimento.

O combustível fornecido ao aeroporto internacional do Rio de Janeiro permite a realização de 45 mil decolagens por ano. No ano passado, foram 16,2 milhões de passageiros transportados.

Dutos vão até o ponto de abastecimento

Mesmo dentro dos aeroportos, o querosene de aviação continua sendo transportado por dutos subterrâneos até chegar aos tanques dos aviões. No portão de embarque ou pátio de estacionamento, um caminhão servidor liga o duto de combustível à asa do avião.

Esse caminhão não armazena o combustível. Ele funciona apenas como uma bomba para transportar o querosene dos dutos até os tanques do avião. Além disso, o caminhão tem filtros, medidor volumétrico e equipamento para amostragem do produto para garantir a sua qualidade.

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Aeroportos e aéreas brasileiras caem em ranking de pontualidade http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/01/04/aeroportos-companhias-aereas-ranking-pontualidade/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/01/04/aeroportos-companhias-aereas-ranking-pontualidade/#respond Thu, 04 Jan 2018 18:18:02 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=6695

Aviões de companhias aéreas brasileiras no aeroporto de Guarulhos (foto: Vinícius Casagrande/UOL)

Por Vinícius Casagrande

Os principais aeroportos brasileiros perderam posições no ranking internacional de pontualidade realizado pela consultoria inglesa OAG. Dos dez aeroportos que aparecem no ranking, sete tiveram queda no índice de voos que decolaram dentro do horário previsto e apenas dois melhoraram a pontualidade (Galeão e Santos Dumont, ambos no Rio de Janeiro). O aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), aparece pela primeira vez na lista.

Com a piora dos aeroportos no ranking, as companhias aéreas brasileiras também tiveram queda nos índices de pontualidade. Apenas Gol e Avianca constavam do relatório anual de 2016 da OAG. A Azul não aparecia no ranking anterior e agora é a brasileira mais pontual. O índice da Latam engloba as subsidiárias de todos os países no qual a empresa atua, como Chile, Argentina e Peru.

Azul: segundo lugar na América Latina com 84,14% (não constava no ranking de 2016)

Gol: quinto lugar na América Latina com 81,73% (era terceira colocada em 2016 com 84,63%)

Avianca: sexto lugar na América Latina com 81,44% (era quarta colocada em 2016 com 82,3%)

Latam: sétimo lugar na América Latina com 79,39% (não constava no ranking de 2016)

A OAG tem tolerância de até 15 minutos de atraso na decolagem para considerar o voo dentro do horário previsto. A consultoria avalia somente as companhias aéreas com mais de 30 mil voos por ano, e aeroportos com embarque de mais de 2,5 milhões de passageiros no ano de 2017.

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Guarulhos é o 18º entre os aeroportos com mais de 20 milhões de passageiros

Guarulhos perde 16 posições

O aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, caiu da segunda posição em 2016 para a 18ª colocação em 2017 entre os aeroportos com embarque de mais de 20 milhões de passageiros por ano*. O índice de pontualidade do terminal paulista caiu de 85,28% para 79,7%.

Entre os terminais acima de 30 milhões de passageiros, o aeroporto japonês de Haneda, em Tóquio, segue na primeira posição do ranking com índice de pontualidade de 86,75% (em 2016 era 87,49%). Na categoria entre 20 milhões e 30 milhões, o aeroporto de Minneapolis (EUA) lidera com pontualidade de 85,72%.

Terminal de Brasília se manteve em quarto lugar entre aeroportos grandes (foto: Divulgação)

Aeroportos grandes

Na categoria de aeroportos grandes, que têm entre 10 milhões e 20 milhões de embarques por ano, o brasileiro mais bem classificado é o terminal de Brasília, apesar da queda no índice de pontualidade. Nessa categoria, o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, melhorou sua posição. Congonhas também caiu no ranking.

O líder da categoria é o terminal de Osaka, no Japão, com 88,45% dos voos decolando dentro do horário previsto.

Brasília: quarto lugar com 84,58% (era o quarto colocado em 2016 com 87,07%)

Galeão: quinto lugar com 84,25% (era o 12º colocado em 2016 com 82,96%)

Congonhas: oitavo lugar com 82,32% (era o sexto colocado em 2016 com 85,4%)

Aeroporto de Confins (MG) teve queda na pontualidade para 84,96% (foto: Divulgação)

Aeroportos médios

Na categoria de aeroportos médios, com embarque entre 5 milhões e 10 milhões de passageiros, Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), teve piora no índice de pontualidade, mas se manteve na quarta posição mundial. O aeroporto de Santos Dumont subiu oito posições, enquanto o terminal de Viracopos, em Campinas (SP), apareceu no ranking pela primeira vez.

O líder entre os aeroportos médios é o de Birmingham, no Reino Unido, com pontualidade de 89,52%.

Confins: quarto lugar com 84,96% (era o quarto colocado em 2016 com 88,49%)

Santos Dumont: sexto lugar com 84,33% (era o 14º colocado em 2016 com 83,72%)

Viracopos: 12º lugar com 83,14% (não constava no ranking de 2016)

Aeroportos pequenos

Na categoria de aeroportos com embarque entre 2,5 milhões e 5 milhões de passageiros, os três terminais brasileiros presentes no ranking – Curitiba (PR), Recife (PE) e Porto Alegre (RS) – tiveram piora no índice de pontualidade. Os aeroportos de Fortaleza (CE) e Salvador apareciam na 17ª e 19ª posições, respectivamente, e em 2017 deixaram a lista dos 20 terminais mais pontuais.

O aeroporto de Tenerife Norte, na Espanha, lidera na categoria dos aeroportos pequenos com 90,05% de pontualidade. O terminal foi o mais pontual do mundo em 2017 e o único a atingir mais de 90% de pontualidade.

Curitiba: 14º lugar com 84,65% (era o nono colocado em 2016 com 86,77%)

Recife: 17º lugar com 83,61% (era o 15º colocado em 2016 com 85,26%)

Porto Alegre: 20º lugar com 83,45% (era o 11º colocado em 2016 com 85,91%)

* Nesse ano, a consultoria OAG dividiu a categoria dos grandes aeroportos entre os terminais com embarque entre 20 milhões e 30 milhões de passageiros (aeroportos principais) e acima de 30 milhões (mega-aeroportos). No último ano, havia apenas a categoria acima dos 20 milhões de passageiros. Entre os aeroportos principais, Guarulhos está na 11ª colocação, mas para melhor comparação com o ranking anterior, há sete aeroportos na categoria de mega-aeroportos com índice melhor que o de Guarulhos.

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Hangar da Vasp em Guarulhos vira oficina da Latam e terá até teste de motor http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2017/12/30/centro-de-manutencao-latam-aeroporto-de-guarulhos/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2017/12/30/centro-de-manutencao-latam-aeroporto-de-guarulhos/#respond Sat, 30 Dec 2017 06:00:38 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=6681

Centro de manutenção deve ser entregue até novembro de 2018 (Divulgação)

Por Vinícius Casagrande

A companhia aérea Latam iniciou no final deste ano a construção de um novo centro de manutenção de aviões no aeroporto de Guarulhos, no local onde funcionava o hangar da extinta Vasp. Com custo estimado em R$ 130 milhões e um espaço de 65 mil metros quadrados, o local poderá fazer reparos em todos os aviões da empresa, desde troca de pneus até consertos e testes nos motores das aeronaves.

A expectativa da Latam é que o primeiro pátio seja entregue entre fevereiro e março de 2018, quando já deverá ser utilizado para manutenção e estacionamento de aviões. A conclusão definitiva das obras deve acontecer até novembro de 2018.

Segundo o diretor sênior de manutenção da Latam, Sérgio Novato, as oficinas de pneus e de motores que atualmente funcionam no aeroporto de Congonhas devem ser transferidas para Guarulhos, para ganhar agilidade e reduzir custos. As revisões gerais das aeronaves, que podem demorar até um mês, continuarão a ser feitas no centro de manutenção de São Carlos, no interior de São Paulo.

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Funcionários da Latam desmontam a roda de um avião em Congonhas (Vinícius Casagrande/UOL)

Hoje, diversas peças dos aviões de grande porte da Latam têm de ser retiradas quando o avião pousa em Guarulhos, enviadas para as oficinas de Congonhas e depois transportadas novamente para Guarulhos.

Além disso, a empresa não terá mais tantas restrições de horários para efetuar alguns serviços. “Vou fazer muito mais coisas em menos tempo. O ganho de eficiência será de, no mínimo, 20%. Sem grandes esforços, já vamos poder fazer a manutenção em um avião a mais no mesmo tempo”, diz.

“Em Guarulhos podemos atender 100% da frota da Latam, enquanto em Congonhas temos várias restrições. A cereja do bolo é a oficina de motores, que vai ter uma barreira acústica que permitirá fazer testes de motores a qualquer horário do dia ou da noite. Em Congonhas, faço da troca do motor e tenho de esperar a liberação do aeroporto para fazer os testes. Às vezes, um trabalho de manutenção de quatro ou cinco horas deixa o avião indisponível por até 24 horas”, afirma Novato.

Apesar das mudanças, a oficina de Congonhas deverá continuar em atividade para atender as necessidades dos aviões que operam regularmente no aeroporto da capital paulista e precisam de reparos eventuais.

Capacidade para até 19 aviões ao mesmo tempo

O novo centro de manutenção de Guarulhos terá capacidade para até sete aeronaves de dois corredores (wide body) simultaneamente, como os Boeing 777, 767 e 787 e o novo modelo Airbus A350, ou até 19 aviões de um único corredor (narrow body) da família Airbus A320. O local irá empregar cerca de 600 funcionários em três turnos de trabalho.

Além dos aviões da Latam Brasil, o centro de manutenção de Guarulhos também deverá atender aeronaves da Latam de outros países. Dependendo das necessidades e acordos comerciais, o local também poderá prestar serviços a outras companhias aéreas internacionais que voem para São Paulo.

Atualmente, quando os aviões da Latam que operam em Guarulhos precisam receber algum tipo de manutenção, o trabalho é feito ao ar livre no pátio nove do aeroporto, localizado próximo à cabeceira que está no lado oposto ao terminal de passageiros. O diretor sênior de manutenção da Latam diz que mesmo ao ar livre todos os serviços necessários podem ser realizados integralmente pelos mecânicos da companhia.

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Aeroporto de Guarulhos tem sala de crise inspirada na Casa Branca http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2017/12/01/bastidores-aeroporto-de-guarulhos-sala-de-crise-cameras-bombeiros/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2017/12/01/bastidores-aeroporto-de-guarulhos-sala-de-crise-cameras-bombeiros/#respond Fri, 01 Dec 2017 06:00:36 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=6565

Aviões de companhias aéreas brasileiras no aeroporto de Guarulhos (foto: Vinícius Casagrande/UOL)

Por Vinícius Casagrande

O aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, movimenta todos os dias mais de 100 mil passageiros em até 900 voos diários nos períodos de alta temporada. O fluxo de pessoas e de aviões é monitorado 24 horas por dia pelo Centro de Controle Operacional (CCO), em uma sala do quinto andar de um prédio localizado no Terminal 2, logo atrás dos balcões do check-in de passageiros.

Dentro do CCO, funcionários do aeroporto e das principais companhias aéreas trabalham em conjunto para coordenar o fluxo de operações do maior aeroporto do Brasil. Todos os voos previstos, independentemente da companhia aérea, são acompanhados por toda a equipe.

“A gente atua aqui para garantir que o fluxo aconteça. Trocamos ideias e informações o tempo inteiro. Quando qualquer mudança acontece, todos ficam sabendo”, afirma Wilson Souza, coordenador do Centro de Controle Operacional de Guarulhos.

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Centro de Controle Operacional do aeroporto de Guarulhos (Foto: Lucas Lima/UOL)

Entre as funções do CCO, está o acompanhamento dos horários dos voos de chegada e saída. Tudo deve ser monitorado para que os técnicos do aeroporto possam determinar onde cada avião irá estacionar para o embarque e desembarque dos passageiros. Normalmente, os aviões já têm lugares predeterminados, mas qualquer imprevisto pode mudar os planos.

“Quando um voo chega com antecedência, o passageiro fica sempre feliz. Para nós, isso é um grande problema, porque é provável que o local que estava destinado a ele ainda esteja ocupado e temos de correr para fazer todas as mudanças de posição”, afirma Souza.

O aeroporto de Guarulhos conta com uma capacidade máxima de 52 operações de pouso e decolagem por hora. O horário de pico dura cerca de oito horas por dia, em dois períodos, à noite e no início da manhã. Esses são os momentos de maior tensão, já que qualquer deslize pode afetar voos em um efeito cascata.

Aeroporto de Guarulhos tem 45 pontes de embarque de passageiros (Foto: Lucas Lima/UOL)

Além de manter os voos no horário programado, outro desafio do CCO é fazer o maior número de movimento de passageiros pelas 45 pontes de embarque que ligam os terminais à porta dos aviões. O contrato de concessão assinado pela GRUAirport com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) prevê que 95% dos passageiros em voos internacionais sejam embarcados pelas pontes dos terminais. Atualmente, esse índice está em 88%. Já nos voos nacionais, o contrato prevê que o fluxo de 65% dos passageiros seja pelas pontes de embarque. Nesse caso, o índice atual é de 71%. Os demais passageiros são levados de ônibus até a porta do avião.

Mais de 2.000 câmeras de vigilância nos terminais

Não são apenas os aviões que são monitorados o tempo inteiro dentro do Centro de Controle Operacional do aeroporto de Guarulhos. Nos três terminais de passageiros, há mais de 2.000 câmeras monitorando todo o movimento do aeroporto.

As imagens são transmitidas ao vivo para um grande telão instalado dentro do CCO. Os técnicos acompanham os passos de todos os passageiros, podem aproximar a imagem para ver mais detalhes e, em caso de alguma atitude suspeita, acionam a área de segurança do aeroporto.

Mais de 2.000 câmeras monitoram todos os pontos do aeroporto (foto: Vinícius Casagrande/UOL)

As câmeras também estão presentes na área externa do aeroporto, desde a Rodovia Hélio Smidt, que dá acesso aos terminais, até as alças de embarque e desembarque. Segundo o coordenador do CCO, esse monitoramento é importante para saber como está o fluxo de chegada dos passageiros. Em dias com trânsito excessivo, as companhias podem tentar adotar medidas para evitar que muitos passageiros percam o voo.

Além de acompanhar o que acontece no trânsito, as câmeras também contribuem para diminuir as infrações, especialmente em casos de estacionamento irregular nas áreas de embarque e desembarque de passageiros. As imagens capturadas pelo aeroporto podem ser acessadas também pela prefeitura de Guarulhos, que pode aplicar multas de trânsito pelas infrações cometidas pelos motoristas.

Sala de crise inspirada na Casa Branca

Quando acontece um evento extraordinário que pode afetar completamente as operações do aeroporto, é na sala de crise, chamada oficialmente de Complexo de Gerenciamento de Crises (CGC), que se reúnem os administradores do aeroporto, membros das companhias aéreas e, dependendo do caso, membros da Polícia Federal, Receita Federal e Vigilância Sanitária.

O local pode ser utilizado para reuniões de prevenção, acompanhamento e reação a episódios de qualquer natureza, como acidentes, ataques terroristas, organização de grandes eventos, manifestações públicas e catástrofes naturais.

Sala de crise do aeroporto foi inspirada na da Casa Branca (foto: Vinícius Casagrande/UOL)

Alguns dos casos que exigiram o uso da sala de crise foram as grandes manifestações de junho de 2013, que atrasaram a chegada de passageiros ao aeroporto; a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Rio em 2016, em virtude do aumento do movimento do aeroporto; a erupção do vulcão Calbuco, no Chile, no final de abril de 2015, que afetou diversos voos dentro da América do Sul; além do dia do primeiro pouso do Airbus A380, o maior avião de passageiros do mundo, que atraiu mais de 1.400 fãs de aviação para acompanhar a chegada da aeronave.

A sala foi pensada para funcionar mesmo nas situações mais dramáticas. Segundo a administração do aeroporto, todo o projeto foi estruturado tendo como base sala de crise que serve a Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos.

A grande mesa de reuniões é voltada para um telão no qual os coordenadores das operações podem selecionar as diversas câmeras do aeroporto, fazer videoconferências, acessar a internet e acompanhar as notícias pelos telejornais da TV aberta ou a cabo. Em caso de pane nos sistemas de comunicação, como telefones celulares ou internet, a sala de crise conta com aparelhos de fax e rádios de comunicação.

Nas laterais da sala principal, há ainda outros ambientes menores para o trabalho das equipes de apoio. No total, são 12 estações de trabalho.

Corpo de Bombeiros tem caminhão utilizado no filme Transformers

A situação mais crítica que o aeroporto pode enfrentar é o acidente de algum avião durante os pousos e decolagens. Para atender a essas ocorrências, o Corpo de Bombeiros do aeroporto conta com 108 soldados da Força Aérea Brasileira especialmente treinados para essa função, que se revezam em turnos.

Quando são acionados, eles precisam chegar ao local da ocorrência em, no máximo, três minutos. Para agilizar ainda mais o atendimento, o Corpo de Bombeiros de Guarulhos recebeu recentemente dois caminhões Panther Rosembauer 6×6 – o terceiro deve ser entregue em janeiro do próximo ano. O modelo, produzido na Áustria ao custo de 1 milhão de euros (R$ 3,3 milhões), fez parte das gravações do filme Transformers e é utilizado em mais de 80 aeroportos de grande porte do mundo.

Novo caminhão do Corpo de Bombeiros do aeroporto de Guarulhos (foto: Vinícius Casagrande/UOL)

Para agilizar o atendimento das ocorrências, o caminhão conta com um botão de acionamento de emergência. Quando ele é apertado, as portas se abrem automaticamente e o motor é ligado. Os bombeiros só precisam entrar no caminhão e acelerar. “Isso economiza cerca de 10 segundos, que pode parecer pouco, mas é fundamental dependendo do caso”, afirma João Carlos Bottairi, coordenador de combate a incêndio e salvamento.

O caminhão pode transportar até 12,5 mil litros de água e 1.500 litros de LGE (Líquido Gerador de Espuma), que ao serem misturados podem produzir até 60 mil litros de espuma. O Panther Rosembauer conta ainda com câmeras térmicas para que os bombeiros possam encontrar com mais precisão o foco do incêndio.

Os braços mecânicos instalados na parte superior do caminhão têm um perfurador de fuselagem de avião para injetar o material de combate ao fogo diretamente dentro da aeronave. Os jatos de água podem atingir distâncias de até 90 metros.

O Corpo de Bombeiros do aeroporto conta, ainda, com outros quatro caminhões dos modelos antigos que auxiliam no combate ao incêndio e também fazem serviços de rescaldo.

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Após privatização, aeroportos pioraram ou melhoraram? Especialistas avaliam http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2017/08/31/aeroporto-privatizacao-concessao-guarulhos-confins-galeao-brasilia/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2017/08/31/aeroporto-privatizacao-concessao-guarulhos-confins-galeao-brasilia/#respond Thu, 31 Aug 2017 07:00:41 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=6076

Capacidade do aeroporto de Brasília subiu para 25 milhões de passageiros (foto: Divulgação)

Por Vinícius Casagrande

O governo federal anunciou na semana passada a intenção de privatizar mais 14 aeroportos brasileiros. O destaque nessa rodada de privatização deve ser o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, atualmente o maior terminal operado pela Infraero. Além disso, o governo pretende vender a participação de 49% que tem, por meio da Infraero, em quatro aeroportos parcialmente privatizados.

Ao todo, dez aeroportos já estão sob controle de empresas privadas. Desses dez, seis – Guarulhos (SP), Galeão (RJ), Confins (MG), Brasília (DF), Natal (RN) e Viracopos (SP) – foram concedidos entre 2011 e 2013. Desde então, receberam mais de R$ 12,1 bilhões de investimentos para a construção de novos terminais de passageiros e estacionamentos, ampliação do pátio de aviões e melhorias nas pistas de pouso e decolagem, entre outros.

Eles também tiveram aumento significativo na capacidade de passageiros. Antes das concessões, os seis terminais podiam transportar 93,9 milhões de passageiros ao ano. Hoje, essa capacidade pulou para 161 milhões, um aumento de 71,5%.

Investimentos já realizados pelos aeroportos privatizados

Guarulhos – R$ 4 bilhões (capacidade aumentou de 36,6 milhões para 50,5 milhões de passageiros)

Viracopos – R$ 3 bilhões (capacidade aumentou de 9,3 milhões para 25 milhões de passageiros)

Galeão – R$ 2 bilhões (capacidade aumentou de 17 milhões para 37 milhões de passageiros)

Brasília – R$ 1,7 bilhão (capacidade aumentou de 14 milhões para 25 milhões de passageiros)

Confins – R$ 900 milhões (capacidade aumentou de 11 milhões para 22 milhões de passageiros)

Natal – R$ 500 milhões (capacidade para 6 milhões de passageiros – o aeroporto atual foi construído do zero e o antigo, desativado)

Novas pontes de embarque do terminal 3 de Guarulhos (Foto: Lucas Lima/UOL)

Especialistas dizem que houve melhorias

Para especialistas ouvidos pelo Todos a Bordo, os investimentos feitos nos aeroportos já privatizados melhoraram a infraestrutura aeroportuária do país, algo que, segundo eles, não seria possível casos permanecessem sob controle da Infraero.

“Os aeroportos tendem a funcionar melhor e o capital privado é muito mais ágil para fazer os investimentos. Em Guarulhos, por exemplo, tinha um aeroporto que era uma lástima e hoje funciona bem”, afirma o engenheiro aeronáutico e professor de transporte aéreo e aeroportos da Escola Politécnica da USP, Jorge Eduardo Leal Medeiros.

Mais do que a parte estética e o conforto dos passageiros, o especialista em direito aeronáutico Guilherme Amaral, sócio do escritório ASBZ Advogados, destaca a eficiência operacional dos novos aeroportos. “As pessoas não perdem mais voo porque ficaram presas em filas burocráticas de segurança, de imigração e Polícia Federal como acontecia no passado. O aeroporto novo é mais adaptado e eficiente”, afirma.

Outro ponto importante está na capacidade de operação dos aviões. Em Guarulhos, por exemplo, o número de vagas para estacionamento dos aviões subiu de 79 para 123, enquanto as pontes de embarque que dão acesso aos aviões pularam de 25 para 45. Em Confins, as pontes de embarque subiram de nove para 26.

O vice-presidente da Avianca, Tarcísio Gargioni, afirma que sem os investimentos feitos nos aeroportos concedidos à iniciativa privada, o crescimento da companhia teria sido limitado. “Para a companhia aérea, o que é bom é o cliente ser bem atendido e a companhia ter capacidade para voar para onde for necessário. Antes, a gente estava estrangulado”, afirma.

Na semana passada, a Avianca inaugurou uma nova rota entre Guarulhos e o aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). “Os investimentos geram aumento de capacidade, o que permite voar mais. Se não tivesse o aeroporto de Guarulhos e aqui (Confins) privatizados, não estaríamos com quatro voos diários. A quantidade de voos que existe em Brasília não seria possível sem ter acontecido a privatização” afirma Gargioni.

Aeroporto de Confins (MG) teve queda no fluxo de passageiros (foto: Divulgação)

Lava Jato, Infraero e queda de passageiros trouxeram problemas

Apesar das melhorias apontadas na infraestrutura dos aeroportos, alguns terminais enfrentam graves dificuldades financeiras. O caso mais emblemático é do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). Depois de investir R$ 3 bilhões e acumular dívidas, os acionistas decidiram devolver a concessão ao governo.

Os grupos que venceram as licitações dos primeiros aeroportos privatizados tinham como participantes grandes empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato. Para o professor da USP, a presença de empresas que não tinham como foco a administração de aeroportos foi um problema.

“Essas primeiras concessões tiveram uma participação forte das empreiteiras, que queriam resultado a curto prazo e isso não foi possível porque houve uma queda de demanda. Isso resultou em um problema grave com saída de algumas delas e a devolução de Viracopos”, afirma.

Após investir R$ 3 bilhões, controladora de Viracopos decidiu devolver o aeroporto (foto: Divulgação)

Além disso, uma cláusula que obrigava a participação acionária de 49% para a Infraero também é vista pelos especialistas consultados como algo negativo para as concessionárias.

“Você carrega um sócio pesado e ineficiente com quase metade do seu negócio. Sem ele, tem mais liberdade de investimento e de gerenciamento e mais possibilidade de retorno. Você vai abrir um restaurante que pode te dar R$ 15 mil de lucro, mas se você tiver que dar metade disso para alguém que não te ajuda, o negócio fica menos interessante”, afirma Guilherme Amaral.

Essa questão, no entanto, foi alterada na última licitação para os aeroportos de Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre. O controle desses terminais não terá mais a participação da Infraero. “Acho que essas novas concessões serão muito bem-sucedidas. O modelo que foi feito é muito mais profissional”, avalia o professor Jorge Eduardo Leal Medeiros.

As concessionárias também sofreram com a queda no movimento nos aeroportos por causa da crise econômica. As companhias aéreas registraram 18 meses de baixa no número de passageiros transportados entre agosto de 2015 e janeiro de 2017. Nos últimos meses, o mercado tem apresentado uma recuperação.

“Tivemos uma retração de quase 15% no movimento de passageiros, mas somos investidores de longo prazo. Nossos acionistas acreditam no crescimento da demanda e continuamos com a melhoria na infraestrutura e planejando os próximos passos”, afirma Adriano Pinho, diretor-presidente da BH Airport, controladora do aeroporto de Confins.

Aeroporto de Congonhas deve ser a estrela do próximo lote de privatização (Foto: Agência Brasil)

Próximos passos

Na próxima rodada de privatização, os 14 aeroportos devem ser divididos em quatro blocos:

— Um bloco inclui somente o aeroporto de Congonhas, o segundo maior do país, com movimento de 21 milhões de passageiros por ano;

— O bloco do Nordeste incluirá os aeroportos de Recife (PE), Maceió (AL), João Pessoa (PB), Aracaju (SE), Juazeiro do Norte (CE) e Campina Grande (PB);

— O bloco do Mato Grosso incluirá os terminais de Várzea Grande (MT), Rondonópolis (MT), Sinop (MT), Barra do Garças (MT) e Alta Floresta (MT);

— Um quarto bloco terá os aeroportos de Vitória (ES) e de Macaé (RJ)

“Acho complicado fazer a concessão de um bloco de aeroportos do Nordeste todos juntos. Não sei até que ponto isso vai ficar de pé e quem vai estar interessado. Por outro lado, acho que tem vários aeroportos regionais que tem atraído interesse”, afirma o professor Jorge Eduardo Leal Medeiros.

Para o aeroporto de Congonhas, Guilherme Amaral avalia que, em virtude da localização do aeroporto, não há muitas possibilidades de investimento para ampliação de voos. “Serão investimentos mais voltados para o conforto dos passageiros, com mais áreas e lojas”, diz.

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Maior avião do mundo, A380 estreia no Brasil com 1ª classe a R$ 57 mil http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2017/03/26/maior-aviao-do-mundo-a380-estreia-no-brasil-com-1a-classe-a-r-57-mil/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2017/03/26/maior-aviao-do-mundo-a380-estreia-no-brasil-com-1a-classe-a-r-57-mil/#respond Sun, 26 Mar 2017 07:00:40 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=5354

Por Vinícius Casagrande

O maior avião de passageiros do mundo, o Airbus A380 inicia neste domingo (26) os voos diários para o Brasil. A chegada ao aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, está prevista para ocorrer às 16h30.

Logo após o pouso do gigante, é esperado o tradicional batismo do avião com jatos de água. O ritual é tradicional em todo o mundo quando uma nova companhia, rota ou avião inicia suas operações em um determinado aeroporto.

O A380 deve permanecer em solo por cerca de nove horas. O gigante deve decolar com destino a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, à 1h25.

Uma passagem para o voo inagural do A380 custa R$ 2.840 na classe econômica, R$ 14.238 na executiva e R$ 28.468 na primeira classe. Os valores são somente para o trecho de ida. Para outras datas, os valores podem sofrer alterações.

Para viagens no mês de junho, com ida no dia 6 e retorno ao Brasil no dia 20, as passagens custam R$ 4.223 na classe econômica, R$ R$ 17.572 na executiva e R$ 56.920 na primeira classe.

Voos diários da Emirates com o Airbus A380 começam neste domingo (Foto: Divulgação)

Aumento de capacidade

O Airbus A380-800 da companhia aérea Emirates passa a operar a rota entre São Paulo e Dubai em substituição ao Boeing 777-300ER, utilizado na mesma rota por quase dez anos.

Com a mudança de avião, a Emirates aumentou a capacidade do voo em 137 assentos. O A380 poderá transportar 491 passageiros, divididos em três classes, sendo 14 nas suítes da primeira classe, 76 na executiva e 401 na econômica.

A entrada em serviço do maior avião de passageiros coincide com o encerramento das operações de outra companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos. Também neste domingo, a Etihad deixa de realizar os voos diários entre São Paulo e Abu Dhabi.

Embarque e desembarque será feito pelo portão 605 (Foto: Lucas Lima/UOL)

Reforma das pistas em Guarulhos

A operação do A380 só foi possível após uma série de reformas nas pistas do aeroporto de Guarulhos. Para que a operação do avião fosse viabilizada, as pistas de pouso e decolagem e de manobras em terra tiveram de ser alargadas em 15 metros, passando de 45 metros para 60 metros de largura.

Com as pistas mais estreitas, havia o risco de que os motores mais próximos às pontas das asas passassem sobre a área gramada, com o perigo de que detritos pudessem ser sugados para dentro dos motores. Com a nova largura, os motores ficam dentro da área pavimentada.

Durante o embarque e desembarque dos passageiros, serão utilizados dois fingers (túneis para passageiros) simultaneamente. O acesso de todos os passageiros deverá ser feito somente pelo piso inferior do avião. Um finger deve ser acoplado na porta dianteira, próxima ao nariz do avião, e o segundo na porta do meio, perto da asa.

Em 2015, a Emirates já havia feito um voo de testes com o A380 para o Brasil. Além de Guarulhos, o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, também já recebeu o avião. Durante os Jogos Olímpicos do ano passado, a Air France realizou um voo para buscar os atletas franceses. Apenas 13 companhias aéreas de todo o mundo voam com o A380, que tem preço de tabela de US$ 432,6 milhões (R$ 1,3 bilhão).

Emirates fará mudanças no bar a bordo do A380 (Foto: Divulgação)

Luxo a bordo

A Emirates foi eleita pelo ranking Skytrax World Airline Awards a melhor companhia aérea do mundo. Os passageiros que embarcarem no A380 da empresa em São Paulo poderão conferir alguns dos itens que levaram a companhia a ostentar esse título.

O A380 da Emirates é famoso pelo spa a bordo, com chuveiro para os clientes da primeira classe. Para aproveitar o espaço, os passageiros recebem um kit com uma linha exclusiva criada pela marca irlandesa Voya. São itens como xampu, condicionador, sabonete líquido, hidratante corporal e creme para as mãos, entre outros.

Recentemente, a companhia passou a oferecer novos mimos para os passageiros da primeira classe, como pijamas hidratantes. O tecido usado na fabricação da roupa libera um composto de algas marinhas que, de acordo com a aérea, minimiza a desidratação e estimula a circulação.

A empresa também planeja remodelar o lounge bar destinado a passageiros da primeira classe e da executiva. O espaço terá cortinas à prova de som separando o lounge das outras áreas do avião, além de cores mais claras e nova iluminação.

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