Bonecas "possuídas" ganham assento e comida em voo na Tailândia
As bonecas Luk Thep, ou "crianças-anjo", como são popularmente conhecidas, estão virando uma febre no sudeste asiático. A primeira vista, tratam-se de bonecos comuns, com feições infantis, bem vestidos e até maquiados.
Mas a diferença é que os donos dessas bonecas acreditam que elas estão possuídas por um espírito e que, se bem tratadas, podem trazer prosperidade para seus proprietários. Por isso, muitos compram roupas de marca e outros bens e as tratam como verdadeiras crianças na esperança de serem abençoados.
Parece estranho? Pois bem, os "mimos" são levados tão a sério, que a companhia aérea tailandesa Smile Airways (uma subsidiária da Thai Airways) passou a tratar as bonecas como crianças reais, com direito a assento no voo, refeição e bebidas.
A companhia também exige que todas as regras de segurança do voo, como usar cinto de segurança e não sentar em saídas de emergência, sejam cumpridas também pelo brinquedo.
Tudo isso, desde que (claro) os "pais" comprem um assento extra para a sua criança-anjo. Agora, se as bonecas forem trazidas a bordo sem o bilhete aéreo, elas são tratadas como bagagem de mão, o que significa que devem ser armazenadas nos compartimentos superiores ou sob o assento.
A companhia aérea tomou a decisão depois de cerca de 40 passageiros terem trazido as bonecas para os aviões. Além das novas instruções, um memorando da empresa que foi distribuído aos funcionários dizia que as bonecas deveriam ser tratadas como crianças porque passaram por um processo de "espiritualização", o que dava vida ao brinquedo.
O assunto ficou tão sério que, de acordo com o jornal tailandês Bangkok Post, autoridades da aviação civil do país estão preocupados com a possibilidade da decisão da Smile Airways ser adotada por outras companhias.
Por isso, uma reunião com representante dos aeroportos e das companhias aéreas foi convocada para os próximos dias para discutir medidas a serem tomadas sobre o assunto. Até agora, sabe-se que as bonecas terão que passar pelos scanners de raio-x e pelos processos normais de segurança nos aeroportos.
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