Os tripulantes da Avianca Brasil manifestaram, durante assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (13), apoio à proposta da Azul para comprar a empresa e decretaram greve a partir das 6h de sexta-feira (17). A categoria, formada por pilotos e comissários, enfrenta uma série de demissões iniciada hoje.

Segundo Ondino Dutra, piloto e presidente do SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas), a proposta da Azul causaria menos demissões de empregados da Avianca. De acordo com Dutra, a Azul informou ao sindicato que manteria funcionários da Avianca suficientes para a operação de, pelo menos, dez aviões, enquanto Latam e Gol não teriam dado nenhuma garantia semelhante.

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Hoje, a Avianca opera com apenas seis aviões em sua frota, com 38 voos diários nas seguintes rotas:

• Brasília (DF) – Congonhas (SP)
• Brasília – Santos Dumont (RJ)
• Congonhas – Salvador (BA)
• Congonhas – Santos Dumont

Greve em SP e Rio

A greve dos tripulantes da Avianca está prevista para começar às 6h da sexta-feira (17) nos aeroportos de Congonhas e de Santos Dumont, com as atividades sendo paralisadas nos demais conforme os voos com destino a esses dois locais forem pousando.

Para Dutra, a condição de trabalho atual é crítica. "Lamento termos chegado a esse ponto, mas é preciso uma posição drástica da categoria para garantir a segurança dos passageiros e dos tripulantes. Essa indefinição com relação ao futuro é insuportável", disse.

"O que está em jogo é a instabilidade emocional de um grupo de tripulantes que está voando sem saber o dia de amanhã, e isso não pode acontecer. A gente tem de ter um basta, e esse basta pode até precipitar o fim da empresa. Mas antes precipitar o fim de uma empresa do que de vidas", declarou Dutra.

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