Air Berlin, Niki Air, Monarch: 22 companhias aéreas que faliram em 2017
Todos a Bordo
22/12/2017 04h00
Por Vinícius Casagrande
A aviação costuma ser um mercado bastante instável para as companhias aéreas por conta das pequenas margens de lucro e altos riscos. Nesse cenário, um deslize mais grave na parte administrativa ou mudanças bruscas no cenário econômico podem representar o fim da empresa. Foi o que aconteceu em 2017 com pelo menos 22 companhias aéreas que pararam de voar ao longo do ano e deixaram muitos passageiros esperando no chão.
O caso mais grave foi da companhia aérea britânica Monarch Airlines, fundada em 1967. A empresa decretou falência no início de outubro, pegando muitos passageiros de surpresa. Mais de 900 mil pessoas tiveram as passagens canceladas. Cerca de 100 mil britânicos estavam no exterior quando a Monarch anunciou o fim de seus voos.
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Empresa cancelou voos de mais de 100 mil britânicos que estavam no exterior (Divulgação)
Na Alemanha, o processo de encerramento das operações da Air Berlin, fundada em 1978, foi feito de forma mais lenta exatamente para não pegar os passageiros de surpresa e também para dar tempo aos funcionários. A empresa declarou em agosto que não conseguiria pagar suas dívidas. Um empréstimo do governo manteve os aviões no ar até o final de outubro, enquanto a Air Berlin ainda tentava negociar investimentos com outras companhias aéreas, como Lufthansa e easyJet.
Como consequência do fim das operações da Air Berlin, em dezembro a austríaca Niki Air também deixou de voar. A empresa fundada pelo ex-piloto de Fórmula 1 Niki Lauda em 2003 era uma subsidiária da Air Berlin.
A Lufthansa comprou os negócios da Air Berlin, mas não vai utilizar o nome da antiga empresa, apenas alguns aviões e rotas. Em relação à Niki Air, a companhia alemã desistiu da compra. Com isso, as duas marcas deixaram de existir em 2017.
A Europa foi o continente onde mais companhias aéreas foram fechadas em 2017, com 13 empresas que decretaram falência. A América do Norte vem na sequência, com seis companhias que encerram seus voos. Na Ásia, África e América Central, apenas uma companhia aérea de cada continente deixou de voar em 2017.
Algumas companhias aéreas mal completaram um ano de vida e já tiveram suas operações encerradas, como Azaljet, Fly Kiss e Go! Aviation. A italiana Fly Marche nem isso conseguiu. A empresa foi fundada em 2017 e fechou as portas no mesmo ano.
Por outro lado, algumas companhias tradicionais, embora pouco conhecidas no Brasil, também não resistiram. A empresa mais antiga e deixar de voar é a canadense Air Labrador, fundada em 1948. Outros casos são as norte-americanas Yute Air, de 1950, e a Wings of Alaska, de 1982, a canadense Innu Mikun Airlines, de 1972, ou a russa Bural, de 1993.
Confira a relação das companhias aéreas que faliram em 2017:
Air Berlin
País de origem: Alemanha
Fundação: 1978
Air Labrador
País de origem: Canadá
Fundação: 1948
Air Norway
País de origem: Noruega
Fundação: 2003
Azaljet
País de origem: Azerbaijão
Fundação: 2016
Bural
País de origem: Rússia
Fundação: 1993
Citywing
País de origem: Reino Unido
Fundação: 2012
Fly County Aviation
País de origem: Quênia
Fundação: 2015
Fly Kiss
País de origem: França
Fundação: 2016
Fly Marche
País de origem: Itália
Fundação: 2017
Go! Aviation
País de origem: Finlândia
Fundação: 2016
Höga Kusten Flyg
País de origem: Suécia
Fundação: 2007
Hummingbird Air
País de origem: Ilhas Virgens Americanas
Fundação: 2013
Innu Mikun Airlines
País de origem: Canadá
Fundação: 1972
Monarch Airlines
País de origem: Reino Unido
Fundação: 1967
NewLeaf
País de origem: Canadá
Fundação: 2015
Niki Air
País de origem: Áustria
Fundação: 2003
Pioneer Regional Airlines
País de origem: Rússia
Fundação: 1996
Sea Air
País de origem: Croácia
Fundação: 2015
Shuttle America
País de origem: Estados Unidos
Fundação: 1995
Tigerair Singapore
País de origem: Cingapura
Fundação: 2003
Wings of Alaska
País de origem: Estados Unidos
Fundação: 1982
Yute Air
País de origem: Estados Unidos
Fundação: 1950
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