Topo

Nos EUA, empresas querem ‘popularizar’ voos em jatinhos particulares

Todos a Bordo

26/07/2015 06h00

O interior de um Citation XLS em foto publicada na página da JetSmarter no Facebook (Divulgação)

A notícia de que o jogador Neymar comprou um jatinho, divulgada na última semana, reforçou o imaginário de que apenas ricos e famosos têm acesso a regalias desse tipo. Ok, viajar em um voo privado, cheio de mordomias, ainda é privilégio de poucos. Mas algumas empresas nos Estados Unidos estão querendo mudar um pouco esse cenário.

Beacon, que prepara sua entrada no mercado, busca associados que paguem uma mensalidade em troca de voos entre Boston, Nova York, Hamptons e Nantucket, dois importantes destinos turísticos. A taxa mensal começa em US$ 2.000, valor ainda salgado, mas que pode valer a pena para viajantes frequentes.

"Há dois tipos de passageiros frequentes, os que voam sempre para destinos diferentes e os que viajam diariamente de casa para o trabalho. Este é o que queremos atender", disse ao Business Insider um dos fundadores da companhia, Wade Eyerly – que trabalhou na Casa Branca e foi espião no Iraque antes de investir no setor aéreo.

Os fundadores da Beacon já tinham experiência na área, por terem lançado em 2013 a Surf Air, que oferece um serviço semelhante, só que no outro extremo do país, atendendo várias localidades nos estados da Califórnia e de Nevada, entre elas Los Angeles, Las Vegas e Santa Barbara. O custo mensal é de US$ 1.750, mais uma taxa inicial de US$ 1.000 – que também é cobrada pela Beacon. As duas empresas oferecem condições especiais para pacotes familiares e para convidados de seus clientes.

A partir do que aprenderam na Surf Air, os donos da Beacon abriram mão de adquirirem uma frota e preferiram trabalhar em parceria com companhias que já operam voos privados. Nas duas empresas, os membros terão de fazer suas reservas a partir de rotas pré-determinadas e eventualmente dividir o avião com outros associados.

Há ainda outras formas de garantir lugar em um avião particular, sem necessariamente ter de bancar uma mensalidade, e muitas vezes pagando valores bem razoáveis. Em uma matéria recente, o site Market Watch, do Wall Street Journal, chamou a atenção para o preço de alguns voos privados, como os oferecidos pela JetSuite, que voa para mais de 2.000 aeroportos. A dica do Market Watch para conseguir os melhores preços é aproveitar as ofertas de última hora e fechar um grupo para reservar todos os lugares no avião.

Alguns preços mencionados: um voo para quatro pessoas desde Los Angeles até Cabo San Lucas, no México, custaria cerca de US$ 499, ou US$ 124 por pessoa. Uma viagem para seis pessoas de Teterboro, em New Jersey, perto de Nova York, para Nassau, nas Bahamas, sairia por US$ 1.074, ou aproximadamente US$ 179 por pessoa.

Na empresa Flite, um voo de Boston para Saratoga, em Nova York, pode sair por US$ 541 por pessoa, mas é preciso reservar todos os seis lugares do avião.

Um dos principais motivos para os preços baixarem é a ociosidade de alguns voos (que ocorre quando alguém compra só o voo de ida ou quando um avião precisa se deslocar para outro lugar para buscar um cliente, por exemplo). A dificuldade de se preencher os assentos nesses voos é grande, pois não é possível prever quando estarão disponíveis nem qual será a rota. Cientes de que a flexibilidade dos voos ofertados é baixa, as companhias tentam atrair compradores através do preço.

Aplicativos

Outra maneira de tentar preencher mais assentos nos jatinhos é investir em tecnologia. Muitas empresas com atuação também fora dos Estados Unidos apostam em aplicativos para facilitar a reserva nos aviões, dispensando intermediários e acabando com a burocracia no processo. Uma das que apostam nesse filão é a JetSmarter, que oferece voos para várias partes do mundo por meio de produtos como o JetDeals, serviço de reserva de voo privado, e o JetShuttle, que permite reservar assentos em um voo privado já agendado.

Outro site, o JetMe, funciona como uma espécie de 'leilão' de voos privativos. O usuário informa destino e data e o aplicativo indica os preços do mercado. É possível também enviar o próprio 'lance' para um voo, e o sistema indica até mesmo quais as chances de a oferta ser aceita pelos operadores, como destacou um recente artigo publicado pela rede americana CNN.

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Nos EUA, empresas querem ‘popularizar’ voos em jatinhos particulares - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade

Sobre o blog

Todos a Bordo é o blog de aviação do UOL. Aqui você encontra notícias sobre aviões, helicópteros, viagens, passagens, companhias aéreas e curiosidades sobre a fascinante experiência de voar.


Todos a bordo