Vintage Air Rally – Todos A Bordo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br Todos a Bordo é o blog de aviação do UOL. Aqui você encontra as últimas informações, análises e notícias sobre o movimentado mundo das companhias aéreas, das fabricantes de aviões e de empresas aeroportuárias. Tue, 07 Jul 2020 19:46:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Brasileiro fará rali aéreo de 42 dias, da Argentina aos EUA, em avião de 38 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/05/12/brasileiro-fara-rali-aereo-de-42-dias-da-argentina-aos-eua-em-aviao-de-38/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/05/12/brasileiro-fara-rali-aereo-de-42-dias-da-argentina-aos-eua-em-aviao-de-38/#respond Sat, 12 May 2018 07:00:16 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=7400

O piloto brasileiro Eddy Edgard Eipper com o avião Stearman de 1938 (Reprodução/Facebook)

O piloto brasileiro Eddy Edgard Eipper se prepara para participar de uma aventura pelos céus da América que acontecerá em novembro. Ele será o único representante do Brasil a participar do Vintage Air Rally, um rali aéreo com aviões antigos que partirá de Ushuaia (Argentina) com destino ao Estado da Flórida (EUA). A expectativa é que a viagem dure 42 dias.

Eddy participará do rali acompanhado do piloto uruguaio Rodrigo Damboriarena. Para participar da competição, a dupla disputou a preferência do público com outros 675 candidatos inscritos. A escolha foi feita de acordo com a popularidade dos candidatos dentro da página oficial do rali em uma rede social. No total, serão 15 equipes durante o rali.

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“Esse sempre foi um rali no qual se pagava para participar. A inscrição era de cerca de US$ 100 mil (R$ 350 mil). Neste ano, pela primeira vez, a organização ofereceu gratuitamente as 15 vagas. Os candidatos tinham de fazer uma campanha pelo Facebook e comecei a produzir vídeos. Nem acreditei quando avisaram que havia sido selecionado”, diz

Inicialmente, Eddy pretendia participar do rali com um avião Stinson Voyager 108-3 de 1948. “Durante o processo de seleção, a organização vendeu os direitos de imagem do rali para uma emissora de televisão dos Estados Unidos. Agora, vai se transformar também em um reality show. E a emissora colocou a exigência de que todos os aviões sejam biplanos [com asas duplas]. Assim, tivemos de procurar um novo avião”, conta.

A solução encontrada pela dupla foi um avião do modelo Stearman de 1938. Para aguentar as mais de 100 horas de voo previstas para o rali, foi necessária fazer uma restauração completa do avião. “Já estamos na fase final do trabalho. O avião já fez alguns voos de teste, mas ainda temos de esperar toda a documentação ficar pronta”, afirma.

Avião Stearman, de 1938, que será usado pelo piloto brasileiro durante o rali aéreo (Reprodução)

O avião foi fabricado pela Stearman Aircraft, uma divisão da Boeing, e fez grande sucesso durante a Segunda Guerra Mundial. O modelo foi criado para servir como treinador de pilotos da Força Aérea dos Estados Unidos. É um avião de apenas dois lugares.

Rali passará pelo Brasil

Enquanto termina os últimos ajustes no avião que será usado, Eddy se prepara estudando as possíveis rotas que serão seguidas durante o rali aéreo. O percurso completo ainda não foi divulgado pela organização, mas deve passar por pelo menos três cidades brasileiras.

O rali começa no dia 1º de novembro em Ushuaia e, segundo a organização, deve chegar ao Brasil no dia 14 de novembro, quando está previsto o pouso dos aviões na cidade de Bento Gonçalves (RS). No dia seguinte, o rali segue para Caçador (SC). A participação brasileira deve ser finalizada no dia 15 de novembro com a passagem por Foz do Iguaçu (PR).

O piloto brasileiro prevê algumas dificuldades pelo caminho, mas afirma estar preparado para a aventura. Eddy obteve sua licença de piloto de avião em 1974. Logo no início, chegou a voar profissionalmente por dois anos na região Norte do Brasil.

O piloto brasileiro Eddy Edgard Eipper no comando do avião (Reprodução/Facebook)

“Era uma época bem complicada para voar. Não tinha GPS e nenhum outro apoio. Tive quatro amigos pilotos que morreram, três em acidentes e um assassinado. Depois de dois anos, resolvi voltar para Santa Catarina”, diz.

Apesar de não seguir uma carreira profissional na aviação, Eddy conta que nunca deixou de voar. Uma de suas maiores aventuras na aviação foi fazer um traslado de um helicóptero de Miami (EUA) até Belo Horizonte (MG), em uma viagem de 15 dias.

“Gosto do lado aventureiro da vida. Participar de um rali aéreo de 42 dias é um sonho que poucos podem realizar. Cada etapa tem metas a serem cumpridas. No final, quem tiver mais pontos vence a competição. Mas o mais importante é chegar até a última etapa. Esse é o maior prêmio”, diz.

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