tripulação – Todos A Bordo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br Todos a Bordo é o blog de aviação do UOL. Aqui você encontra as últimas informações, análises e notícias sobre o movimentado mundo das companhias aéreas, das fabricantes de aviões e de empresas aeroportuárias. Tue, 07 Jul 2020 19:46:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Piloto de avião ganha, em média, R$ 16 mil no Brasil; veja salários da área http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/02/07/media-salarial-profissionais-da-aviacao/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/02/07/media-salarial-profissionais-da-aviacao/#respond Thu, 07 Feb 2019 06:00:56 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8872

No Brasil, 66% dos pilotos de aeronaves ganham mais de R$ 11 mil (Divulgação)

Os pilotos de avião têm a maior média salarial entre 15 profissões relacionadas à aviação. No Brasil, a remuneração média da categoria é de R$ 16.470, segundo dados do Anuário Brasileiro de Recursos Humanos de 2018, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Aviação. Segundo o documento, 66% dos pilotos recebem salários acima de R$ 11 mil, mas há também 5% ganhando menos de R$ 1.000.

O anuário aponta que são 8.326 profissionais registrados exercendo a função de piloto, sendo 98% homens e 2% mulheres. Desse total, 66% trabalham em companhias aéreas, 9% em empresas de táxi-aéreo e 3% em companhias cargueiras. Metade dos pilotos brasileiros trabalha há mais de cinco anos na mesma empresa.

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Na lista de profissionais da aviação com os melhores salários do mercado, aparecem na sequência os engenheiros aeronáuticos, com média de R$ 12.657 (57% recebem mais de R$ 11 mil). Na terceira posição está o cargo de gerente de administração de aeroportos, com média salarial de R$ 11.671 (45% acima de R$ 11 mil).

A função da aviação com o maior número de profissionais é a de operador de atendimento aeroviário, que trabalha em aeroportos com serviço de check-in e retaguarda operacional, embarque e desembarque de passageiros, serviço de atendimento especial e setor de bagagens, entre outras. No total, são 11.812 profissionais, com uma média salarial de R$ 2.291, sendo que 81% recebem entre R$ 1.000 e R$ 3.000.

Em segundo lugar, estão os carregadores de aeronaves, profissionais responsáveis para carregar as bagagens dos passageiros e demais cargas dentro do avião. São 11.605 profissionais, com média salarial de R$ 1.683.

Os comissários de bordo ocupam a terceira posição em número de profissionais do setor, com 11.506 funcionários contratados. Segundo o anuário, 68% são mulheres e 32% são homens. A média salarial da categoria é de R$ 5.440 (43% recebem entre R$ 5.001 e R$ 7.000). Apenas 3% dos comissários brasileiros têm salário superior a R$ 11 mil.

Segundo o Instituto Brasileiro de Aviação, o objetivo do anuário é traçar um perfil detalhado do setor para traçar políticas para promover o desenvolvimento da aviação brasileira.

Média salarial de 15 profissões relacionadas à aviação civil:

  • Piloto de aeronaves: R$ 16.470
  • Engenheiro aeronáutico: R$ 12.657
  • Gerente de administração de aeroportos: R$ 11.671
  • Supervisor administrativo: R$ 7.747
  • Administrador: R$ 7.324
  • Controlador de tráfego aéreo civis: R$ 6.779
  • Técnico mecânico de aeronaves: R$ 6.240
  • Comissário de voo: R$ 5.440
  • Mecânico de manutenção de aeronaves: R$ 5.372
  • Auxiliar de escritório: R$ 4.503
  • Assistente administrativo: R$ 2.881
  • Operador de atendimento aeroviário: R$ 2.291
  • Agente de proteção de aeroportos: R$ 1.740
  • Agente de proteção de aviação civil: R$ 1.723
  • Carregador de aeronaves: R$ 1.683

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Avianca faz programa de licença e demissão voluntária para 600 tripulantes http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/01/24/avianca-licenca-demissao-voluntaria-pilotos-comissarios/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/01/24/avianca-licenca-demissao-voluntaria-pilotos-comissarios/#respond Thu, 24 Jan 2019 21:57:53 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8818

(Foto: Divulgação)

Os tripulantes da Avianca aprovaram nesta quinta-feira (24) o acordo de licença não remunerada e de demissão voluntária para 600 pilotos e comissários de bordo da companhia aérea, que está em recuperação judicial e irá diminuir o número de aviões da sua frota. A empresa tem 5.700 funcionários.

De acordo com a proposta da companhia, a prioridade é a licença não remunerados dos aeronautas. O acordo prevê o afastamento de 167 pilotos e 433 comissários. A licença não remunerada poderá ser de um ano, prorrogável por mais um ano, ou de três anos, sem prorrogação.

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Caso os pedidos de licença não remunerada não atinjam o número estabelecido no acordo, pilotos e comissários de bordo poderão optar pelo programa de demissão voluntária. Nesse caso, os aeronautas da companhia terão direito integral das verbas rescisórias correspondentes à dispensa sem justa causa. O acordo, no entanto, não prevê benefícios extras a quem optar pela demissão voluntária.

Com a aprovação do acordo de licença não remunerada e demissão voluntária, a Avianca se comprometeu a não efetuar demissões de aeronautas durante o mês de fevereiro.

Em nota, a Avianca afirmou que “permanece focada em garantir a continuidade de suas operações e a sustentabilidade do negócio e, por isso, segue trabalhando no plano de reestruturação da empresa” e que “continua operando normalmente, com seus pousos e decolagens mantidos dentro do cronograma previsto”.

Fim dos voos internacionais

A empresa entrou com pedido de recuperação judicial em dezembro. Na semana passada, a Avianca anunciou o fim de suas operações internacionais para Santiago (Chile), Miami (EUA) e Nova York (EUA) a partir de 31 de março. A empresa deverá devolver todos os aviões do modelo Airbus A330 que operavam nessas rotas.

A suspensão dos voos afetou cerca de 40 mil passageiros que já haviam comprado passagem para voar após o dia 31 de março. Segundo a empresa, todos os passageiros estão sendo contatados. Eles poderão trocar a passagem para outro voo de uma companhia parceira da Avianca ou solicitar o reembolso integral da passagem.

 

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Por que é incomum ver piloto com barba? Pode ser por segurança http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/12/09/por-que-e-incomum-ver-piloto-com-barba-pode-ser-por-seguranca/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/12/09/por-que-e-incomum-ver-piloto-com-barba-pode-ser-por-seguranca/#respond Sun, 09 Dec 2018 06:00:19 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8539

Deixar a barba crescer não é um hábito comum entre pilotos e comissários de linhas aéreas. Muitas vezes a razão é apenas estética, mas manter o rosto barbeado pode envolver também uma questão de segurança: o uso da máscara de oxigênio.

Um estudo realizado em 1987 pela FAA (Federal Aviation Administration), órgão dos Estados Unidos similar à brasileira Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), concluiu que o uso de barba por membros da tripulação, tanto pilotos quanto comissários, pode prejudicar a vedação das máscaras.

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A vedação incorreta pode fazer com que a falta de oxigênio afete a capacidade física e mental do tripulante. Com isso, o tempo de resposta da tripulação em uma emergência que demande o uso de máscara, como incêndio ou despressurização, aumentaria. Os procedimentos de emergência e, em última instância, os passageiros, poderiam ser prejudicados.

Novo estudo absolve barba

Um novo estudo divulgado em setembro deste ano, porém, diz que ter ou não um rosto barbado não faz diferença.

O trabalho de pesquisadores da Universidade Simon Fraser, no Canadá, analisou a eficiência das máscaras de oxigênio em simulações feitas em três grupos de pessoas: com barba de comprimento menor que 0,5 cm, com barba de tamanho considerado médio e com barba de comprimento superior a 40 cm.

As simulações foram feitas em uma câmara hipobárica (com pressão inferior à atmosférica), que simulava altitudes de cerca de 3 km (10 mil pés) e 7,5 km (25 mil pés).

Os pesquisadores não detectaram alteração no nível de oxigênio no sangue dos participantes dos três grupos. O resultado indica que os equipamentos modernos são seguros, inclusive para pilotos e tripulantes que tenham barba.

Em outro teste, foi utilizada uma substância que causa lacrimejamento e irritação nas vias aéreas, sintomas similares aos que ocorrem em situações de incêndio. As máscaras mantiveram a vedação perfeitamente, mesmo nos participantes com barbas mais longas.

Com o novo estudo, é possível que companhias aéreas que adotam restrições à barba por questões de segurança afrouxem as regras. É o caso, por exemplo, da Air Canada, que passou a permitir que os pilotos tenham barba.

Impacto da falta de oxigênio

A falta de oxigênio no sangue tem efeitos rápidos no ser humano. Dependendo da altitude, uma pessoa pode perder a consciência em questão de segundos.

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Por isso, os aviões são equipados, e os tripulantes são treinados para agir rapidamente em eventuais descompressões.

Se a aeronave estiver em voo de cruzeiro, sensores alertam os pilotos na cabine, que começam a reduzir a altitude. Os geradores de oxigênio dos aviões comerciais podem gerar oxigênio por cerca de 22 minutos, tempo suficiente para os pilotos descerem até uma altitude segura, na qual o ar é menos rarefeito.

Veja a política de algumas aéreas quanto às barbas dos pilotos e comissários:

American Airlines: É permitida, com restrições: deve ter entre 0,63 cm e 2,54 cm.

Avianca: É permitida, desde que esteja tratada e aparada.

Gol: Não há restrição ao uso de barba. A companhia recomenda que ela tenha um tamanho moderado, mas não especifica que tamanho é esse.

Latam: É permitida, desde que aparada e com comprimento que, segundo a companhia, possibilite a correta utilização das máscaras de oxigênio.

Azul: Não há restrições. A empresa diz apenas orientar que a barba esteja bem aparada por razões estéticas.

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No Dia do Aviador, ela conta o bastidor do trabalho de uma piloto de avião http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/23/dia-do-aviador-bastidores-piloto-de-aviao/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/23/dia-do-aviador-bastidores-piloto-de-aviao/#respond Tue, 23 Oct 2018 06:00:52 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8235

Comandante Claudine Melnik na cabine de um Airbs A300 (Divulgação)

No dia 23 de outubro de 1906, o brasileiro Alberto Santos Dumont realizava o primeiro voo com o 14-bis no campo de Bagatelle, em Paris (França). Para lembrar o feito, o Brasil celebra nesta terça-feira o Dia do Aviador, data que homenageia todos os pilotos de avião.

No Brasil, apenas 3% dos pilotos são mulheres (são 1.465 mulheres e 46.556 homens). Uma das pioneiras nessa aérea foi a comandante Claudine Melnik. Ela entrou na TAM em 1992 como comissária de bordo, enquanto terminava sua formação de piloto de avião.

Começo como comissária de bordo

“Eu já estava terminando toda a minha formação de piloto, e o curso de comissária foi uma forma mais rápida que encontrei de entrar em uma companhia aérea. Era uma época na qual a gente encontrava sempre o comandante Rolim [ex-presidente da empresa, 1942-2001], e eu sempre falava para ele que queria ser piloto”, afirmou.

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O plano de Claudine deu certo. Depois de um ano e meio como comissária, foi convidada a fazer parte do quadro de pilotos da antiga Brasil Central, uma subsidiária da TAM para voos regionais. Depois de um ano como copiloto, ela se tornaria comandante do turboélice Cessna Grand Caravan.

Primeira comandante em empresa regional

Claudine foi a primeira mulher no Brasil a ocupar o cargo de comandante em uma empresa aérea regional. “Dificilmente se via uma mulher como piloto em uma companhia aérea. Isso gerava curiosidade dos passageiros, mas nunca sofri preconceito”, disse.

Naquela época, as companhias aéreas brasileiras já contavam com mulheres pilotando jatos comerciais maiores, mas todas ainda na função de copilotos. Somente em 1996 a gaúcha Carla Roemmler assumiria o comando de um jato comercial, sendo a primeira brasileira a atingir esse feito. Carla foi comandante de Boeing 737-200 na extinta Vasp.

Na aviação, os requisitos para promoção de copiloto para comandante ou para mudança de avião são definidos pelo tempo de trabalho na empresa (o copiloto mais antigo na empresa será o próximo a assumir o cargo de comandante). Carla, Claudine e todas as mulheres passam pelo mesmo processo, sem distinção de gênero.

Voos nacionais são mais complicados para uma mãe

Em 1997, Claudine voltou para a TAM como copiloto do jato Fokker 100. No ano seguinte, integrou a primeira turma de pilotos do Airbus A330, incorporado na frota da companhia para voos internacionais de longo alcance. Em 2001, voltou ao Fokker 100, desta vez como a primeira comandante mulher de jatos da TAM.

Foi exatamente nessa época que Claudine teve seus dois filhos, hoje com 18 e 16 anos. “Quando eles nasceram, eu estava nos voos nacionais, que têm uma escala mais intensa. Era complicado porque tinha de deixar com a babá e nem sempre estava presente. Quando voltei aos voos internacionais, ficou mais tranquilo porque aí a gente passa mais dias em casa.”

Claudine teve seus dois filhos quando era comandante de Fokker 100 (Divulgação)

Os pilotos de voos nacionais podem chegar a ficar até seis dias consecutivos fora de casa voando pelo país e dormindo em hotéis, com dez dias de folga por mês. Nos voos internacionais, os pilotos realizam menos viagens. “Como são voos longos, a gente atinge o limite de horas mensais mais rapidamente”. Segundo a legislação, os pilotos só podem fazer até 85 horas de voo por mês (somente um voo de ida para a Europa pode ter mais de dez horas de duração).

Quatro a cinco voos ida e volta por mês

Atualmente no comando de um Airbus A350 da Latam (resultado da fusão da TAM com a LAN), Claudine disse que faz entre quatro e cinco voos de ida e volta por mês. Em outubro, dividiu os voos com treinamentos em simuladores. Assim, a escala do mês teve apenas três voos para Nova York (EUA), Madri (Espanha) e Barcelona (Espanha).

Nos voos para Barcelona, por exemplo, a tripulação decola de São Paulo na segunda-feira para chegar a Barcelona na madrugada do dia seguinte. Os pilotos e comissários passam a terça-feira na cidade e embarcam novamente na quarta de manhã, chegando a São Paulo no mesmo dia à tarde.

Dá tempo de conhecer as cidades?

“O descanso mínimo é de 16 horas, e a gente fica quase o tempo todo dentro do hotel. Além de precisar realmente descansar para o voo seguinte, os hotéis costumam ficar perto dos aeroportos para facilitar o deslocamento, o que dificulta os passeios na cidade”, disse.

Mas isso não impede completamente que os pilotos conheçam muito bem as cidades para as quais costumam voar. “Tendo a oportunidade e com um pouco mais de tempo na escala, a gente vai sim passear. É que depois de tantas vezes na mesma cidade, a gente já não tem aquela empolgação toda”, afirmou.

Principais mudanças em 20 anos

Em mais de 20 anos de carreira, Claudine afirmou que as principais mudanças que sentiu nesse período foram nos processos de treinamento dos pilotos e na segurança do voo.

“Não é que houvesse problemas naquela época, mas hoje os aviões têm equipamentos bem mais modernos, o que deixa tudo mais seguro”, afirmou. Aos 49 anos de idade, Claudine diz ter a certeza de que o pioneirismo valeu a pena.

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TAP contrata copilotos no Brasil com salário inicial de R$ 24,7 mil http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/17/tap-contrata-copilotos-no-brasil/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/17/tap-contrata-copilotos-no-brasil/#respond Wed, 17 Oct 2018 07:00:19 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8209

Companhia precisa de 300 pilotos até o final de 2019 (Divulgação)

A companhia aérea portuguesa TAP realiza nesta quarta-feira (17) um evento de seleção para copilotos brasileiros, em São Paulo. A empresa enfrenta falta de pilotos e precisa contratar cerca de 300 profissionais até o final do próximo ano.

Segundo a TAP, os copilotos da companhia recebem um salário médio anual de 80 mil euros (R$ 297 mil), equivalente a R$ 24,7 mil por mês. A alíquota do Imposto de Renda português para essa faixa salarial, no entanto, pode chegar a 48%.

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A empresa conta atualmente com pouco de mais de mil pilotos em seu quadro de funcionários. A TAP afirma que a contratação de novos profissionais é necessária em função dos planos de expansão da companhia, que passam pela abertura de 14 novos destinos no próximo ano.

Pilotos podem ser de qualquer nacionalidade

A empresa iniciou no começo do mês uma ofensiva mundial para atrair profissionais ao seu quadro de tripulantes. O primeiro evento de recrutamento de novos pilotos aconteceu no último dia 5, em Madri (Espanha).

As companhias aéreas europeias têm enfrentado uma baixa de pilotos nos últimos anos, que são atraídos por salários mais atrativos em empresas de Ásia e Oriente Médio. Na China, comandantes de grandes jatos podem receber mais de US$ 300 mil por ano (R$ 1,1 milhão), o equivalente a quase R$ 100 mil por mês.

Com a dificuldade de atrair novos pilotos, a TAP não colocou exigências mínimas de experiência de voo para participar da seleção, bastando ter todas as licenças de voo. No entanto, a empresa afirma que cerca de 80% dos pilotos recém-contratados são profissionais que trabalhavam em outras empresas.

“A TAP promove, assim, o repatriamento de portugueses que tinham emigrado para trabalhar em outros países e que têm agora uma nova oportunidade de voltar a Portugal, para uma empresa em grande crescimento e com uma intensa renovação da frota já em curso”, afirmou Luís Esteves, diretor de operações de voo da TAP, em comunicado.

Segundo a TAP, pilotos de qualquer nacionalidade podem participar do processo de seleção de novos tripulantes. A companhia afirma que o inglês fluente é obrigatório e trata o domínio do idioma português apenas como um fator preferencial.

Outros requisitos para a vaga são:

  • Licença PC/IFR/Multi (licença de piloto comercial, voo por instrumentos e de aviões multimotores)
  • Licença de piloto de linha aérea preferencial
  • Licença Easa CPL (A) preferencial (licença de piloto emitida pela União Europeia)
  • Certificado teórico de piloto de linha aérea
  • Certificado Médico Aeronáutico de primeira classe válido
  • Certificado de inglês ao nível Icao 4 ou superior
  • Data da seleção: nesta quarta-feira (17) das 15h às 17h
  • Local: Hotel Intercontinental (Alameda Santos, 1.123, São Paulo)

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Comissários de bordo podem ser baixos? Há idade limite? Conheça as regras http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/09/08/comissarios-de-bordo-altura-idade-regras-da-profissao/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/09/08/comissarios-de-bordo-altura-idade-regras-da-profissao/#respond Sat, 08 Sep 2018 07:00:06 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=7938

Comissários de bordo precisam ter, no mínimo, 18 anos e ensino médio completo (Vinícius Casagrande/UOL)

Por Vinícius Casagrande

Durante muito tempo as comissárias de bordo, chamadas antigamente de aeromoças, conviviam com o estereótipo de mulheres jovens, altas e bonitas. Com o fim do glamour das companhias aéreas e da popularização da aviação, muitos desses estereótipos já não existem mais. Para seguir a profissão, no entanto, sejam homens ou mulheres, ainda há algumas regras que são indispensáveis.

Uma das principais preocupações de quem pretende entrar na carreira é em relação à altura e à idade. Nos dois casos, porém, a gerente de tripulação comercial da Gol, Maria Rita Micheletto, disse que não há restrições específicas. “Não existe uma altura mínima. O candidato precisa apenas conseguir abrir o bagageiro da cabine de passageiros. Não lembro de ter reprovado ninguém por conta disso”, afirmou.

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Algumas escolas de aviação, no entanto, afirmam que é necessário ter uma altura mínima de 1,56 metro para se inscrever no curso de comissário de bordo. “Essa é uma exigência das próprias escolas, porque não existe nada na lei sobre isso”, declarou Maria Rita. Consultadas, a Azul e a Latam também afirmaram que não há exigência de altura mínima para os comissários de bordo.

A Avianca também afirmou que não há exigência de altura mínima ou máxima, mas que os profissionais são alocados levando em consideração a altura adequada à configuração de cada aeronave. “Dessa forma garantimos a segurança do profissional na execução de todas as funções exigidas para o cargo e para o voo”, afirmou, em nota.

Outra questão sobre a profissão é em relação à idade. Mas a gerente da Gol afirma que não há nenhum empecilho em permanecer na profissão durante toda a vida. “Temos um caso atual de uma seleção que estamos fazendo que é um comissário de 52 anos que trabalhou por 20 anos na British Airways e agora está entrando na Gol”, disse.

Outro exemplo é o da norte-americana Bette Nash. Considerada a comissária de bordo mais velha do mundo, com 82 anos, ela comemorou seus 60 anos de carreira na aviação, no ano passado.

A legislação exige apenas uma idade mínima de 18 anos para obter a licença profissional emitida pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

O estereótipo de que as comissárias de bordo precisavam ser quase modelos de moda também já ficou no passado. “O que a gente procura é a harmonia, e não há nenhuma restrição. Trabalhamos com a diversidade e temos pessoas de todos os biotipos e classe sociais, além da primeira comissária transgênero do Brasil”, afirmou a gerente de tripulação comercial da Gol.

Formação acadêmica e exames médicos

Para ser comissário de bordo, é necessário fazer um curso com duração entre quatro e seis meses em uma escola homologada pela Anac. No Aeroclube de São Paulo, localizado no aeroporto de Campo de Marte, o valor do curso é de R$ 2.880.

Para fazer a matrícula, o aluno deve ter 18 anos e ensino médio completo e obter também, antes do início das aulas, o Certificado Médico Aeronáutico de segunda classe. Os médicos credenciados pela Anac verificam uma série de exames médicos, como hemograma completo, eletroencefalograma, testes de audição e visão, entre outros.

Com os exames médicos aprovados, o aluno pode iniciar o curso. As aulas teóricas têm matérias como conhecimentos gerais de aeronaves, navegação aérea, meteorologia, segurança de voo, relações interpessoais, higiene, medicina aeroespacial e primeiros socorros. Durante o curso, há também aulas práticas de combate ao fogo e sobrevivência na selva e no mar.

Após a conclusão do curso, o aluno passa por uma prova de conhecimentos técnicos na Anac. Se aprovado, o aluno recebe a licença de comissário de bordo e já está apto a procurar emprego nas companhias aéreas ou de táxi aéreo.

Salário e rotina da profissão

O salário de um comissário de bordo é formado por uma parte fixa e outra variável, de acordo com as horas de voo realizadas no mês. Segundo a Azul, o salário médio inicial da função é de R$ 4.500. A Gol e a Latam afirmaram apenas que praticam a média do mercado. A Avianca disse que essa é uma questão estratégica da empresa e, por isso, não revela os valores.

“Depois de um ano de casa, e se houver vaga disponível, o comissário pode ser promovido a chefe de cabine, que tem a função de fazer o gerenciamento do voo e o elo entre a cabine de passageiros e os pilotos”, afirmou a gerente de tripulação comercial da Gol.

Na rotina da profissão, os comissários podem passar vários dias fora de casa. A legislação exige dez folgas por mês, mas é possível que haja somente um final de semana completo de descanso. Além disso, há casos em que a tripulação pode ficar até seis dias consecutivos fora da sua base, dormindo em outras cidades.

O planejamento social também pode ser um problema. A legislação exige que a escala de trabalho do mês seguinte seja divulgada com um mínimo de 48 horas antes da virada do mês. A Gol afirmou que repassa a escala aos funcionários com uma semana de antecedência, e a Azul diz que faz isso com 15 dias.

Ao longo da carreira, os comissários passam por treinamentos constantes de procedimentos operacionais e exames médicos. Como voar pode ser um risco para gestantes, as comissárias são afastadas dos voos assim que a gravidez é constatada.

Há vagas?

A gerente de tripulação comercial da Gol afirmou que a companhia tem processos seletivos periódicos para a contratação de novos comissários de bordo. Segundo Maria Rita, neste ano a Gol já contratou 75 novos profissionais e está finalizando o processo seletivo para mais 50 comissários de bordo.

A Azul afirmou que também está com processo seletivo em andamento para contratação de novos funcionários para a função. A Latam afirmou apenas que “os interessados em trabalhar na companhia devem verificar as oportunidades disponíveis e realizar o seu cadastro diretamente na seção Trabalhe Conosco, no site www.latam.com”.

A Avianca afirmou que as contratações previstas para esse ano aconteceram no primeiro semestre. “Nossos processos seletivos serão retomados em 2019”, disse a empresa, em nota.

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Aéreas oferecem salário de até R$ 100 mil, mas faltam pilotos de avião http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/06/08/aereas-oferecem-salario-de-ate-r-100-mil-mas-faltam-pilotos-de-aviao/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/06/08/aereas-oferecem-salario-de-ate-r-100-mil-mas-faltam-pilotos-de-aviao/#respond Fri, 08 Jun 2018 07:00:39 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=7505

Falta de pilotos afeta diversas companhias aéreas do mundo (Vinícius Casagrande/UOL)

Companhias aéreas de diversas regiões do mundo estão enfrentando um mesmo problema para continuar crescendo: a falta de pilotos comerciais de avião. Nos últimos meses, algumas das principais empresas tiveram que cancelar voos pela falta de tripulação. A crise afeta desde a australiana Qantas, a árabe Emirates Airlines, a low-cost europeia Ryanair até a pequena Great Lakes Airlines, que encerrou suas operações nos Estados Unidos por falta de tripulantes.

A Emirates, por exemplo, tem feito processos seletivos constantemente no país para contratar novos pilotos. Para atrair os profissionais brasileiros, a empresa oferece uma gama de benefício que inclui salário de mais de R$ 60 mil livre de impostos.

Na China, segundo a agência Reuters, as companhias aéreas oferecem salários de até US$ 314 mil por ano, o equivalente a cerca de R$ 100 mil por mês. E com rendimentos também livres de impostos.

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Os altos salários atraem profissionais do mundo inteiro. Para não perderem profissionais, muitas empresas são obrigadas a aumentar os salários de seus pilotos, algo que o diretor-geral de companhias aéreas da Ásia e Pacífico, Andrew Herdman, definiu como uma “guerra de salários”.

Crescimento do setor causa falta de funcionários

A falta de pilotos acontece por diversos fatores, mas um dos principais responsáveis é o forte crescimento da aviação nos mercados asiáticos. A região da Ásia e Pacífico respondeu por 33,7% do tráfego mundial no último ano, segundo dados da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo). Somente em 2017, a região teve um crescimento de 9,4% em comparação ao ano anterior. O crescimento médio no mundo foi de 7,6%.

Nos Estados Unidos, por exemplo, até 2026, deve haver um déficit de cerca de 15 mil pilotos nas principais companhias aéreas do país, segundo um estudo de 2016 do Departamento de Aviação da Universidade de Dakota do Norte. No país, o problema deve se agravar com a grande quantidade de pilotos com idade próxima à da aposentadoria e poucos jovens procurando formação profissional.

No Brasil, com a retração do mercado de aviação comercial nos últimos anos, as companhias aéreas chegaram a reduzir seu quadro de funcionários. Nos últimos meses, porém, o mercado começou a se recuperar novamente, e as contratações podem voltar a acontecer.

Segundo um relatório recente da Boeing, serão necessários 637 mil novos pilotos em todo o mundo para suprir o crescimento da aviação nos próximos 20 anos. Somente a região da Ásia e Pacífico vai precisar de 253 mil novos pilotos nesse período, ou 40% do total de novos profissionais. A América Latina vai demandar apenas um quinto dessa quantidade, ou 52 mil novos pilotos.

Jato da Embraer é utilizado na formação de novos pilotos da Emirates (Divulgação)

Empresas criam programas de treinamento

Um dos problemas enfrentados para a formação de novos pilotos são os altos custos de treinamento. No Brasil, por exemplo, da matrícula no curso teórico de piloto privado de avião até receber a licença de piloto comercial, o futuro profissional vai ter de desembolsar entre R$ 90 mil e R$ 140 mil.

Para facilitar o acesso de jovens na carreira, diversas companhias aéreas têm investido em centros próprios de treinamento de pilotos. A Emirates, por exemplo, inaugurou no final do ano passado sua escola de formação de novos pilotos, chamada de Emirates Flight Training Academy. A escola utiliza até o jato executivo Phenom 100EV, da Embraer, no treinamento dos pilotos.

Também localizada nos Emirados Árabes Unidos, a Etihad tem um centro semelhante ao da rival Emirates. Outra empresa que deve criar uma escola de formação é a australiana Qantas.

Em abril, a American Airlines anunciou um programa de treinamento e financiamento para candidatos a pilotos. Os alunos selecionados para a nova Academia de Cadetes da American Airlines treinariam por até 18 meses em uma das três escolas de aviação vinculadas à empresa aérea. Os estudantes teriam a opção de obter financiamento para o custo total, incluindo hospedagem e alimentação, por meio da Discover Financial Services.

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Gol faz voo com equipe só de mulheres e comissária transgênero http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/03/08/gol-tripulacao-feminina-comissaria-transgenero/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/03/08/gol-tripulacao-feminina-comissaria-transgenero/#respond Thu, 08 Mar 2018 21:27:28 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=7043

Tripulação do voo Gol 1020 em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres (Vinícius Casagrande/UOL)

Por Vinícius Casagrande

A Gol fez nesta quinta-feira (8) um voo especial para comemorar o Dia Internacional da Mulher. A bordo do voo 1020, entre os aeroportos de Congonhas (São Paulo) e Santos Dumont (Rio de Janeiro), estava uma tripulação exclusivamente feminina, incluindo uma comissária transgênero –a única da empresa e, segundo a Gol, a primeira do Brasil.

Nicole Cavalcante, 34, entrou na companhia aérea ainda com sua identidade masculina, há oito anos. Quatro anos depois, afastou-se do trabalho por causa de uma depressão.Submetida a tratamento médico, foi diagnosticada com transexualidade.

“A transexualidade a gente sabe desde criança, mas nessa minha depressão fiz tratamento e terapia, e descobri que a depressão vinha disso, de não me assumir. Aí o médico disse: ‘ou você vai ser quem você é ou vai passar a vida toda infeliz e tomando medicação. Hoje, estou supersatisfeita, feliz e realizada”, diz.

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Comissária Nicole Cavalcante faz demonstração dos procedimentos de segurança antes do voo (Vinícius Casagrande/UOL)

Nicole ficou afastada para o tratamento por três anos e voltou ao trabalho há cerca de seis meses. “Antes de voltar a voar, trabalhei internamente [na área administrativa] porque estava trocando a minha documentação. A empresa ainda estava meio sem saber como fazer porque era o primeiro caso, mas foi tudo feito da melhor forma”, diz.

Nicole foi a primeira funcionária transexual da Gol. Hoje, já há mais duas funcionárias transexuais trabalhando na companhia aérea. Como comissária, Nicole ainda é a única.

Durante todo o processo e desde que voltou às atividades de comissária de bordo, Nicole afirma que sempre foi bem recebida. “Quem não sabe da minha história nem percebe. Para quem sabe eu sou super bem aceita”, afirma. “Fui contratada de um jeito e hoje estou de outro, mas a empresa me recebeu super bem. Não tenho o que reclamar de preconceito. Isso não aconteceu comigo e tive essa sorte”, diz.

Nicole (esq.) diz que nunca sofreu preconceito no trabalho por ser transexual (Vinícius Casagrande/UOL)

Para ela, fazer parte de um voo especial em comemoração ao Dia Internacional da Mulher foi emocionante. “Me sinto feliz e honrada de poder mostrar o que eu sou e ser reconhecida por isso. Independentemente de ser transexual ou cisgênera, eu sou uma mulher. Essa homenagem caiu super em boa hora. É assim que a gente quer ser reconhecida”, comemora.

Agora, Nicole torce para que outras pessoas transexuais possam ter as mesmas oportunidades que ela. “A gente tem qualificação profissional e capacidade para exercer qualquer profissão. Só que, infelizmente, o preconceito das pessoas acaba deixando a gente de lado”, diz.

Comissárias de bordo do voo especial da Gol (Vinícius Casagrande/UOL)

Voo especial só com mulheres

A bordo do voo 1020 especial desta quinta-feira estavam a comandante Gabriela Duarte, a copiloto Danielle Chiazza e as comissárias Evelyn Takeda, Juliana Thomas, Vanessa Coelho e Nicole Cavalcante. Enquanto aguardava a autorização para decolagem, a comandante Gabriela anunciou que aquele seria um voo especial.

“Hoje, no Dia Internacional da Mulher, parabenizo todos os clientes e colaboradores. Aproveito também para informar que toda a tripulação deste voo é composta apenas por mulheres, que, juntas com todo o time, ajudam a construir a história da companhia. Aqui na Gol, mais do que gênero, somos diversidade de pensamento e capacidade”, afirmou.

Fora de ocasiões especiais, pode ser raro encontrar um voo com a tripulação exclusivamente feminina. Isso ocorre porque ainda há poucas mulheres com licença de piloto de avião. Segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), no Brasil há apenas 41 mulheres com a habilitação de Piloto de Linha Aérea, requisito obrigatório para ser comandante de aviões comerciais.

Comandante Gabriela Duarte (esq.) e Danielle Chiazza (dir.) na cabine do voo 1020 (Vinícius Casagrande/UOL)

Mulheres com licença de piloto

No entanto, esse é um cenário que tende a mudar no futuro. De 2015 a 2017, o número total de mulheres com licença de piloto de avião dobrou.

O avanço maior aconteceu na categoria de piloto privado, o estágio inicial da formação de piloto. O número total de mulheres saltou de 279 parra 740, aumento de 165% nessa categoria.

Entre mulheres que estão iniciando a carreira como pilotos de helicóptero, o aumento foi ainda maior. O número de licenças de piloto privado de helicóptero para mulheres saltou de 47 em 2015 para 167 em 2017, ou crescimento de 255% no período.

No total, o Brasil tem 1.465 mulheres pilotos contra 46.556 profissionais masculinos. As mulheres representam apenas 3% de todas as licenças de pilotos emitidas no país.

‘Basta querer’, diz comandante Gabriela

A comandante Gabriela Duarte afirma que hoje é apenas uma questão de opção para as mulheres se tornarem pilotos de avião. “Acho que hoje não tem mais desafio. Basta você querer, se capacitar e fazer suas horas de voo para conseguir. Tinha muita barreira antigamente, mas hoje as mulheres estão se interessando e estão conseguindo. Por isso, tem esse boom de dobrar o número de licenças de piloto para as mulheres”, diz.

Gabriela afirma que até os anos 1970 as companhias aéreas se recusavam a contratar mulheres para o cargo de pilotos de avião. Desde que essa barreira foi quebrada, no entanto, o avanço ainda é muito lento. “Não sei se é falta de interesse, mas talvez um retardo por todo esse tempo que ficamos barradas”, diz.

Para ela, esse passado pode ter criado o estereótipo de que a profissão de piloto de avião é algo masculino, um pensamento que já está mudando. “Agora, basta a guria querer. Pelo menos foi assim comigo há 16 anos”, diz.

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Mulheres pilotos fazem sucesso no Instagram com fotos de avião e biquínis http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/01/17/mulheres-pilotos-de-aviao-fazem-sucesso-com-fotos-sensuais-e-de-bastidores/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/01/17/mulheres-pilotos-de-aviao-fazem-sucesso-com-fotos-sensuais-e-de-bastidores/#respond Wed, 17 Jan 2018 06:00:08 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=6755

Pilotos mulheres fazem sucesso com fotos dos bastidores da aviação (Reprodução/Instagram)

As mulheres ainda são minoria entre os pilotos de avião, mas muitas delas têm feito bastante sucesso nas redes sociais ao compartilhar com milhares de seguidores fotos do cotidiano da profissão, de biquíni e de lugares por onde passam entre um voo e outro.

No Brasil, apenas 5% de todas as novas licenças de piloto são obtidas por mulheres. Na aviação comercial, o percentual é ainda menor. A participação feminina na cabine de comando dos jatos comerciais é de apenas 2%. Também em outros países as mulheres são minoria. A média mundial é de pouco mais de 5%. Países como Finlândia (12%) e Suécia (8%) lideram o ranking.

Muitas dessas pilotos resolveram aproveitar as redes sociais para quebrar o preconceito e incentivar novas mulheres a abraçar a profissão, ou simplesmente para se manter conectadas com a famílias durante os dias fora de casa.

“Abri minha conta no Instagram para poder compartilhar meu trabalho e minhas viagens com minha família e amigos. Como piloto de avião, você está sempre longe e era difícil manter todos atualizados das minhas viagens”, escreveu em um de seus posts a sueca Maria Pettersson, que tem 453 mil seguidores.

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Além de uma conta no Instagram com 87 mil seguidores, a holandesa Michelle, que não revela o sobrenome, também tem um site com dicas para quem quer se tornar piloto de avião. “Percebi que a ideia de ser uma piloto de avião é cercada de conceitos errados. Meu objetivo é mostrar às pessoas como esse mercado é de verdade. Aviação não é só relaxar na praia e ganhar dinheiro. É um mercado de paixão e que exige trabalho duro para conquistar seus objetivos. Estou tentando mostrar que, com um pouco de sorte, todo mundo pode ser um piloto, desde que você se dedique 200%”, diz.

Além de fotos do dia a dia da profissão, as pilotos mulheres que fazem sucesso nas redes sociais também abusam das fotos em momentos de relaxamento entre os voos. Como estão sempre em lugares diferentes ao redor do mundo, há sempre novidades.

Pilot Maria – 453 mil seguidores

A sueca Maria Pettersson é copiloto de Boeing 737 em uma companhia aérea europeia. Sua conta no Instagram tem fotos dentro da cabine de comando e de seus momentos de relaxamento.

Maria The Pilot – 363 mil seguidores

A também sueca Maria Fagerstrom tem 25 anos e atualmente mora nas Ilhas Canárias, na Espanha. Ela é piloto de Boeing 737 na companhia aérea Ryanair.

Pilot van Dam – 119 mil seguidores

holandesa Helen van Dam é copiloto de Boeing 737 na companhia Norwegian Airways e atualmente mora na Espanha. A maioria das fotos está relacionada aos bastidores da aviação.

Pilot Lindy – 116 mil seguidores

holandesa Lindy vive atualmente na Itália, onde trabalha como piloto de Boeing 717 para a companhia aérea de baixo custo Volotea em rotas de curta distância na Europa. Nas horas vagas, também pilota aviões de pequeno porte.

Echo Sierra 85 – 99,9 mil seguidores

Eser Aksan Erdogan é copiloto de Boeing 737 na companhia aérea turca Pegasus. Para os quase 100 mil seguidores, ela já deixa claro que é casada e feliz. O marido, aliás, também é piloto de avião e os dois viajam constantemente juntos.

Fly with Eva – 92,7 mil seguidores

holandesa Eva Claire começou sua carreira na companhia aérea Rynair pilotando aviões Boeing 737. Recentemente, Eva se mudou para Hong Kong, onde estará na cabine de comando do jumbo 747.

Dutch Pilot Girl – 87,3 mil seguidores

Além da conta no Instagram, a holandesa Michelle tem um blog e um canal no YouTube com dicas para quem pretende ser piloto de avião.

Voe com elas – 47,4 mil seguidores

O perfil Voe com elas, do Instagram, reúne fotos de diversas mulheres brasileiras que são pilotos de avião. A página já conta com mais de 1.400 fotos publicadas.

Cris Machiba – 38,1 mil seguidores

brasileira Cris Machiba trabalha como copiloto do jato Embraer 190 na companhia aérea Azul. A página do Instagram reúnes fotos na cabine de comando, com a tripulação e em diversos locais do Brasil.

Uma publicação compartilhada por @crismacahiba em

Uma publicação compartilhada por @crismacahiba em

Aşkım Pelin Doğan – 32,3 mil seguidores

turca Aşkım Pelin Doğan é copiloto de Airbus A320 na companhia aérea Onur Air. Além de fotos no Instagram, também publica vídeos no YouTube com os bastidores dos voos.

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Escola de pilotos da Emirates tem jato brasileiro e aeroporto exclusivo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2017/11/18/escola-piloto-emirates-jato-embraer-phenom-100/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2017/11/18/escola-piloto-emirates-jato-embraer-phenom-100/#respond Sat, 18 Nov 2017 06:00:54 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=6495

Jato da Embraer será utilizado na formação de novos pilotos (Divulgação)

A companhia aérea Emirates, dos Emirados Árabes Unidos, inaugurou nesta semana sua escola de formação de novos pilotos, chamada de Emirates Flight Training Academy, que pretende ser a mais avançada do mundo. Para preparar os futuros pilotos, a empresa utilizará aviões monomotores Cirrus SR22 e a nova versão do jato executivo Phenom 100EV, da brasileira Embraer, uma evolução do Phenom 100E.

O jato executivo da Embraer é o primeiro da categoria a contar com painéis com telas sensíveis ao toque. Segundo a fabricante brasileira, o novo sistema “oferece aos pilotos mais recursos e substitui uma variedade de interruptores e botões tradicionais por telas de toque maiores e centralizadas”. O avião também recebeu um motor atualizado, que melhora o desempenho na decolagem em altas temperaturas.

Além dos aviões de última geração, a escola de aviação da Emirates terá modernos simuladores de voo e equipamentos digitais nas salas de aula. A companhia recebeu um suporte da Boeing para criação do currículo acadêmico.

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Avião é da nova versão do jato executivo da Embraer (Divulgação)

A estrutura foi construída em uma área de 164 mil metros quadrados (equivalente a 23 campos de futebol), que fica em um aeroporto privado da companhia, em Dubai. O espaço irá abrigar 36 salas de aula, simuladores de voo, hangares para os 27 aviões da frota (22 Cirrus SR22 e cinco Embraer Phenom 100EV), refeitórios e alojamento individual para os estudantes.

O aeroporto tem pista de 1.800 metros, maior que a do Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com torre de controle própria e equipamentos de auxílio à navegação aérea.

Os cursos poderão ser concluídos entre 21 meses e 42 meses, com 1.100 horas de aulas teóricas e 315 horas de treinamento de voo, incluindo os voos em simuladores.

Após as primeiras aulas teóricas, os alunos iniciam os voos no monomotor Cirrus SR22. Depois de aprender os conceitos básicos de pilotagem, pulam direto para o jato da Embraer. Normalmente, os alunos começam com um avião monomotor e depois fazem mais algumas horas em bimotores com motor a pistão e hélice, que são mais lentos, menos complexos para voar e tem custo operacional mais baixo.

Avião Cirrus SR22 utilizado nas primeiras horas de voo de treinamento (Divulgação)

O vice-presidente da escola da Emirates, comandante Abdulla al Hammadi, afirma que o avião brasileiro foi escolhido para facilitar a transição para os padrões de pilotagem de jatos comerciais. “Decidimos pelo jato porque a transição para um avião maior será mais fácil e mais suave. O Phenom 100EV é muito similar aos jatos comerciais, especialmente os comandos de voo”, afirma.

A Emirates Flight Training Academy atende cidadãos dos Emirados Árabes Unidos e alunos estrangeiros. Para se inscrever, é necessário ter pelo menos 17 anos, ter completado o ensino médio e obter, no mínimo, a nota 510 no exame de inglês TOEFL.

Após a conclusão do curso, os cidadãos dos Emirados Árabes Unidos são contratados pela companhia aérea como copilotos. Para os estudantes internacionais, não há essa garantia e eles precisam passar pelo processo seletivo para a contratação.

Escola de aviação da Emirates foi inaugurada nesta semana em Dubai (Divulgação)

Em julho, a Emirates fez um evento para seleção de pilotos brasileiros para a sua frota de aviões Airbus A380 e Boeing 777. Os salários de pilotos na companhia aérea variam entre R$ 22 mil e R$ 51 mil.

A Emirates não revelou o custo para a formação de pilotos dentro da sua nova escola. A primeira turma internacional deve começar as aulas somente a partir do ano que vem. No Brasil, a formação básica de um piloto de avião pode variar entre R$ 90 mil e R$ 140 mil.

Avião foi montado na fábrica da Embraer nos Estados Unidos

O primeiro Phenom 100EV da Emirates Flight Training Academy foi entregue à companhia em 8 de novembro. O jatinho foi produzido na fábrica da Embraer na cidade de Melbourne, no Estado da Flórida (EUA). O avião da nova versão do Phenom 100EV é o oitavo a ser produzido no mundo.

A viagem de Melbourne até Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, durou oito dias, em um trajeto de 16 mil quilômetros que passou por 11 países. Sob o comando de dois pilotos da Embraer, o avião saiu dos Estados Unidos e passou por Canadá, Groenlândia, Islândia, Escócia, Alemanha, Hungria, Grécia, Egito, Arábia Saudita, até chegar aos Emirados Árabes Unidos.

A Emirates Flight Training Academy tem mais quatro Phenom 100EV a receber. O avião é um dos jatos leves mais populares do mundo em função da facilidade operacional e baixos custos. Atualmente, são mais de 350 aviões do modelo em operação em mais de 40 países.

Etihad também utiliza o Phenom 100, da Embraer, em sua escola de aviação (Divulgação)

Jatinho é usado por outras escolas

A escola de aviação da Emirates não é a única que utiliza o jatinho para a formação de pilotos. Em junho do ano passado, a Etihad Flight College, também nos Emirados Árabes Unidos, recebeu o seu primeiro avião do modelo para o treinamento dos alunos. A escola opera com quatro aviões Phenom 100E, a versão anterior do modelo.

O jato também foi selecionado para realizar o treinamento dos pilotos das forças armadas do Reino Unido em aeronaves multimotoras. O governo britânico fechou contrato para a compra de cinco aviões. Além disso, a Embraer afirma que o jatinho é utilizado em escolas de voo e instruções nos Estados Unidos, Finlândia e Austrália.

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