teste – Todos A Bordo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br Todos a Bordo é o blog de aviação do UOL. Aqui você encontra as últimas informações, análises e notícias sobre o movimentado mundo das companhias aéreas, das fabricantes de aviões e de empresas aeroportuárias. Tue, 07 Jul 2020 19:46:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Parede de aço e concreto faz barreira de som para teste de avião em SP http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/03/23/barreira-acustica-aeroporto-guarulhos-latam/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/03/23/barreira-acustica-aeroporto-guarulhos-latam/#respond Sat, 23 Mar 2019 07:00:03 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=9443

A Latam inaugurou no início do ano um novo centro de manutenção dentro do aeroporto de Guarulhos (SP). A principal inovação do local foi a construção de um sistema inédito no Brasil para permitir que a empresa faça testes de motores a qualquer hora do dia ou da noite. É uma parede acústica de aço e concreto, que desvia e reduz o barulho para incomodar menos os vizinhos. Veja o vídeo acima.

Quando um motor precisa passar por reparos, como troca de alguma peça, resolver algum tipo de vazamento ou corrigir problemas causados por entrada de algum objeto ou pássaro, o motor é retirado da asa e substituído por outro reserva. Isso é feito para que o avião fique parado o menor tempo possível.

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Antes de o motor voltar a ser usado, no entanto, é necessário fazer alguns testes para ver se tudo está funcionando normalmente. Durante o teste, o motor é ligado e acelerado entre 80% e 100% da potência máxima para que os mecânicos avaliem todas as condições de funcionamento.

O problema é que um motor em potência máxima gera um barulho muito forte. A cerca de 300 metros do novo centro de manutenção da Latam há um bairro residencial, o que restringiria os horários permitidos para os testes.

Barreira acústica de concreto tem 17 metros de altura e 88 de comprimento (Vinícius Casagrande/UOL)

Barreira reduz incômodo para vizinhos

Os motores de um avião Airbus A350-900, por exemplo, geram cerca de 110 decibéis de ruído, o equivalente a estar próxima à caixa de som em um show de rock. A barreira acústica barra boa parte da disseminação de som. Com apenas alguns passos de distância, a medição atrás da barreira acústica registra cerca de 85 decibéis, equivalente a som de um despertador. O número parece pouco, mas o alívio para os ouvidos é grande, como constatou a reportagem do Todos a Bordo.

“Com isso, vamos atingir no bairro, que é uma área residencial atrás da barreira, os níveis de ruído aceitáveis para uma área urbana. O ruído que chega na comunidade é igual ao ruído urbano normal”, afirmou Sérgio Novato, diretor de manutenção da Latam.

Sem essa barreira, os testes tinham de ser feitos em áreas livres do aeroporto, como as pistas de manobra dos aviões. O problema é que a empresa dependia de autorização da torre de controle para não atrapalhar o fluxo do tráfego aéreo.

A primeira camada é feita por uma barreira defletora, que joga os gases para o alto (Vinícius Casagrande/UOL)

17 m de altura e 88 m de comprimento

A barreira acústica é formada por duas camadas. Na primeira parte, foi instalada uma barreira defletora. Ela serve para desviar para o alto a maior parte dos gases expelidos pelos motores e parte das ondas sonoras.

Construída em aço galvanizado, essa barreira tem uma fundação de cerca de 30 metros para aguentar a força do deslocamento de ar gerado pelos motores. Os aviões de grande porte geram uma força de até 100 mil libras (45,3 mil quilos).

A segunda camada é feita pela barreira acústica propriamente dita. Trata-se uma parede de 17 metros de altura e 88 metros de comprimento feita de concreto. A parte frontal da parede é revestida com uma tela que protege as mantas acústicas que ajudam a reduzir o ruído.

Por que a Boeing pediu que aéreas não usem seu avião

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Maior avião do mundo atinge melhor velocidade no chão e deve voar em 2019 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/03/01/maior-aviao-do-mundo-bate-recorde-de-velocidade-em-teste-em-solo-veja/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/03/01/maior-aviao-do-mundo-bate-recorde-de-velocidade-em-teste-em-solo-veja/#respond Thu, 01 Mar 2018 19:55:58 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=6986

Captured new video of @Stratolaunch plane as it reached a top taxi speed of 40 knots (46 mph) with all flight surfaces in place on Sunday. The team verified control responses, building on the first taxi tests conducted in December. pic.twitter.com/OcH1ZkxZRA

— Paul Allen (@PaulGAllen) 26 de fevereiro de 2018

O gigante Stratolaunch, um avião de fuselagem dupla que pode se tornar o maior do mundo, realizou nesta semana mais uma etapa de testes em solo. Foi mais um passo antes de realizar o primeiro teste de voo, marcado para o ano que vem.

Na atual fase, necessária antes de realizar o primeiro voo, o avião só se movimenta no chão, sem decolar. Fazendo isso, ele atingiu, no último domingo (25) a velocidade de 75 km/h em terra. Foi a melhor velocidade que ele conseguiu até agora. Em outro teste de solo em dezembro, havia feito 45 km/h. Os testes são importantes para verificar os diversos comandos do avião, como controle direcional, motores e freios.

O avião não é destinado ao transporte de passageiros, mas sim para o lançamento de foguetes ao espaço.

“A equipe verificou as respostas dos controles, com base no primeiro teste de taxiamento fez em dezembro”, escreveu no Twitter o idealizador do projeto Paul Allen, um dos fundadores da Microsoft.

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Expectativa é que o avião faça seu primeiro voo em 2019 (Divulgação)

O Stratolaunch foi apresentado em junho do ano passado e fez seu primeiro teste em solo em dezembro do ano passado. Na ocasião, o avião tinha atingido a velocidade máxima de 45 km/h. Além disso, o gigante tem feito testes constantes dos motores e partes elétricas e hidráulicas.

O Stratolaunch tem 117 metros de envergadura (distância entre as pontas das asas), 72,5 metros de comprimento e 15 metros de altura. O avião tem seis motores Pratt & Whitney PW4056 (o mesmo modelo do Boeing 747). O peso máximo de decolagem do avião é de 590 toneladas, sendo 227 toneladas de carga.

O avião é equipado com fuselagem dupla, que dá a impressão de serem dois aviões conectados por uma asa única. A fuselagem da direita abriga a tripulação de voo, enquanto a da esquerda leva os sistemas de dados de voo.

Testes são feitos no aeroporto de Mojave, na Califórnia, nos Estados Unidos (Divulgação)

Lançador de foguetes

A empresa afirma que o objetivo é que o avião seja uma plataforma de lançamento aérea para tornar o acesso ao espaço mais conveniente, confiável e rotineiro. A intenção é que seja uma alternativa mais simples e barata para o lançamento de foguetes e satélites ao espaço.

Os foguetes seriam acoplados na asa central, entre as duas fuselagens, e lançados na baixa órbita terrestre. Após serem soltos, os foguetes passariam a usar seus próprios motores para atingir o espaço. A empresa afirma que esse sistema reduz significativamente os custos e os riscos de atrasos e cancelamentos por sofrer menos problemas causados pelas condições meteorológicas e de tráfego aéreo.

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Jato da Embraer é único a pousar na ilha de Napoleão; assista abaixo

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Avião militar cai 7x mais rápido que o normal em teste; Embraer nega danos http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2017/11/08/aviao-militar-cai-7x-mais-rapido-que-o-normal-em-teste-embraer-nega-danos/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2017/11/08/aviao-militar-cai-7x-mais-rapido-que-o-normal-em-teste-embraer-nega-danos/#respond Wed, 08 Nov 2017 18:20:33 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=6452

Avião teve queda brusca de altitude durante testes (foto: Divulgação)

Por Vinícius Casagrande

O protótipo do avião militar KC-390, da Embraer, sofreu uma queda de 2.600 metros em apenas 24 segundos durante um teste de voo (os dados são do site FlighRadar24*). Essa velocidade é praticamente sete vezes maior que o normal para um avião, mesmo durante os testes de perda de sustentação.

O incidente aconteceu em 12 de outubro, mas ganhou repercussão nesta quarta-feira (8) após publicação de reportagem pelo site da revista AeroMagazine, parceiro do UOL. No dia, o avião fazia testes de perda de sustentação (chamados de testes de estol) com simulação de formação de gelo nas asas.

Segundo a Embraer, o avião “experimentou um evento além do limite planejado no teste de uma das várias configurações experimentadas”. Após o incidente, a aeronave conseguiu pousar em segurança na pista de Gavião Peixoto, no interior de São Paulo, uma das sedes da empresa.

“Após inspeções detalhadas, nenhum dano à estrutura principal da aeronave foi encontrado. Algumas carenagens externas e janelas de inspeção foram danificadas e precisarão ser reparadas antes que a aeronave retorne aos voos”, afirma a empresa.

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Uma das estruturas danificadas é o sponson, uma espécie de porta do compartimento do trem de pouso do avião. Como a Embraer ainda não deu início à produção em série do cargueiro militar, não há estoque das peças que precisam ser substituídas e, por isso, o avião ainda não voltou a voar.

A Embraer afirma que o incidente não deve atrasar a entrada em operação da aeronave, que tem como principal cliente a Força Aérea Brasileira. “O cronograma de certificação do Embraer KC-390 não foi afetado e a entrada em serviço está confirmada para 2018 com a entrega da primeira aeronave de produção para a Força Aérea Brasileira”, afirma.

Entenda o que aconteceu

O avião já estava havia quase uma hora no ar fazendo testes de perda de sustentação com simulação de formação de gelo nas asas quando houve a queda brusca de altitude: queda de 2.600 metros em apenas 24 segundos.

Durante os testes anteriores ou até mesmo numa aproximação normal para pouso, o avião geralmente desce a uma razão entre 700 metros e 1.000 metros por minuto. Isso significa que, em um voo padrão, nos mesmos 24 segundos ele deveria descer somente entre 280 metros e 400 metros.

Segundo dados do site FlighRadar24, que faz o monitoramento em tempo real de voos em todo o mundo, às 13:25:40, o avião estava a uma altitude de 19.900 pés (6.065 metros). Apenas 24 segundos depois, às 13:26:04, a altitude registrada era de 11.375 pés (3.467 metros).

Dados do site FlightRadar24 mostram queda brusca do avião (linha azul) (foto: Reprodução)

Após essa queda brusca, o avião continuou em descida por mais dois minutos, porém menos acentuada, com uma razão de 1.250 metros por minuto –próxima aos padrões normais do avião. Às 13:28:05, o KC-390 se estabilizou na altitude de 3.175 pés (967 metros). O avião pousou na pista da fábrica da Embraer em Gavião Peixoto, no interior de São Paulo, 14 minutos depois, às 13:42.

“A tripulação executou os procedimentos de recuperação recomendados e conseguiu retornar ao ângulo de ataque normal de voo, porém, as características e a duração das manobras resultaram em uma perda de altitude substancial excedendo limites operacionais tanto de velocidade como de fator de carga. O teste foi interrompido e a aeronave pousou normalmente no site de teste da Embraer Gavião Peixoto. Todos os sistemas da aeronave se comportaram conforme o esperado durante todo o voo”, afirma a Embraer.

Testes colocam avião em situações extremas

O avião militar KC-390 começou a ser desenvolvimento em 2009 e realizou seu primeiro voo no dia 3 de fevereiro de 2015. Atualmente, há dois aviões do modelo fazendo voos de teste.

O processo para certificação de um novo modelo de avião inclui testes para levar o avião além da capacidade para a qual foi projetado. É uma forma de as fabricantes e as autoridades aeronáuticas garantirem que o avião possa suportar as situações mais críticas durante as operações normais do avião.

Assim, os aviões são testados em situações extremas, como locais muito quentes e muito frios e com pista encharcada. Durante os voos todos os limites do avião são testados, como subidas, descidas e curvas acentuadas. Os testes de perda de sustentação avaliam o comportamento do avião em baixa velocidade e a recuperação ao voo normal.

Quando o avião não se comporta exatamente conforme o esperado, o fabricante ainda pode fazer alguns ajustes para corrigir o problema ou fazer modificações nos manuais de operação do avião para garantir a segurança do voo.

* O site FlightRadar24 utiliza tecnologia ADS-B. Os aviões mais modernos emitem sinais que são captados por receptores instalados em solo e alimentam a base de dados do sistema. Embora não seja algo oficial, os dados são bastante precisos.

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