preço – Todos A Bordo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br Todos a Bordo é o blog de aviação do UOL. Aqui você encontra as últimas informações, análises e notícias sobre o movimentado mundo das companhias aéreas, das fabricantes de aviões e de empresas aeroportuárias. Tue, 07 Jul 2020 19:46:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Aéreas cobram R$ 1.000 por 1 mala de 23 kg em voo internacional ida e volta http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/04/21/preco-despacho-de-bagagem-voos-internacionais/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/04/21/preco-despacho-de-bagagem-voos-internacionais/#respond Sun, 21 Apr 2019 07:00:26 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=9698

Pelo menos dez companhias aéreas já cobram despacho de bagagem em voos internacionais (Pedro França-Agência Senado)

Companhias aéreas cobram até R$ 533 para o despacho de uma mala 23 kg em voos internacionais a partir do Brasil. O preço é só para um trecho da viagem. Se for ida e volta, é o dobro, ou seja, R$ 1.066. Pelo menos dez empresas já cobram o transporte de malas em viagens ao exterior.

O valor mais alto é cobrado pela espanhola Air Europa, que tem voos de Madri (Espanha) para São Paulo (SP), Salvador (BA) e Recife (PE). As passagens na tarifa “Lite” permitem apenas o transporte gratuito de uma bagagem de mão de até 10 kg.

Caso o passageiro queira adquirir o direito de despachar uma mala de até 23 kg, é necessário pagar 100 euros (R$ 444) se o pagamento for feito online no site da companhia aérea. Se a compra do serviço for feita somente no momento do check-in no aeroporto, o valor sobe para 120 euros (R$ 533).

Esses preços são só de ida. Se incluir a volta, os valores dobram. Isso representa quase metade do preço de uma passagem ida e volta São Paulo-Milão, em outubro deste ano, pela Air Europa (R$ 2.356).

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A cobrança de bagagem em voo foi liberada em junho de 2017, quando entrou em vigor uma nova resolução da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) que acabou com a franquia obrigatória de bagagem. Até então, todos os passageiros tinham direito ao transporte de até duas malas de 32 kg cada.

A portuguesa TAP foi a primeira companhia aérea com operações no Brasil a cobrar pelo transporte de bagagem em voos para a Europa. A nova taxa passou a ser cobrada dos passageiros que compraram passagens a partir de 1º de agosto de 2017 na classe tarifária mais barata da companhia, chamada de “Discount”. Atualmente, a empresa cobra US$ 92 (R$ 362) para pagamento online ou US$ 120 (R$ 472) no aeroporto para uma mala de até 23 kg.

Mesmo companhias que ainda permitem o despacho de bagagem sem custo adicional também reduziram o limite máximo de malas ou peso que o passageiro pode transportar. Na maioria das empresas que operam no Brasil, o máximo permitido varia entre uma ou duas malas de até 23 kg, e não mais os 32 kg anteriores.

Quando a medida entrou em vigor, as companhias aéreas chegaram a afirmar que a medida ajudaria a reduzir o preço das passagens. Após quase dois anos, no entanto, não houve mudanças significativas no valor dos bilhetes aéreos. A justificativa das companhias é que os principais custos estão atrelados ao dólar e ao preço do petróleo, que registraram alta no mesmo período.

Veja o valor cobrado pelas companhias aéreas para o despacho de bagagem em voos internacionais. Os preços abaixo são só de ida. Se incluir a volta, os valores dobram:

Latam

Voos para a América do Sul, América Central e Caribe:

  • Entre US$ 20 (R$ 78) e US$ 30 (R$ 118), dependendo da rota para pagamento com menos de seis horas antes do voo
  • Entre US$ 40 (R$ 157) e US$ 60 (R$ 236), dependendo da rota para pagamento com menos de seis horas antes do voo

Voos para a Europa:

  • US$ 55 (R$ 216) para pagamento com antecedência de seis horas antes do voo
  • US$ 75 (R$ 295) para pagamento com menos de seis horas antes do voo

Gol

  • R$ 60 nos canais digitais
  • R$ 120 no balcão de check-in do aeroporto

Azul

América do Sul:

  • US$ 20 (R$ 78) com antecedência
  • US$ 30 (R$ 118) no aeroporto

Aerolíneas Argentinas

  • US$ 20 (R$ 78) com antecedência de até três horas
  • US$ 40 (R$ 157) no aeroporto

Air Europa

  • 100 euros (R$ 444) para pagamento online
  • 120 euros (R$ 533) no aeroporto

Air France

  • US$ 60 (R$ 236) para pagamento online
  • US$ 70 (R$ 275) no aeroporto

British Airways

  • US$ 90 (R$ 354) para pagamento online
  • US$ 100 (R$ 393) no aeroporto

Iberia

  • 55 euros (R$ 244) para pagamento online
  • 60 euros (R$ 266) no aeroporto

KLM

  • US$ 60 (R$ 236) para pagamento online
  • US$ 70 (R$ 275) no aeroporto

TAP

  • US$ 92 (R$ 362) para pagamento online
  • US$ 120 (R$ 472) no aeroporto

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Norwegian Air começa a vender passagem do Rio a Londres. Preço vale a pena? http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/11/27/norwegian-air-voos-rio-de-janeiro-a-londres/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/11/27/norwegian-air-voos-rio-de-janeiro-a-londres/#respond Tue, 27 Nov 2018 13:37:14 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8408

Voos da Norwegian Air entre Rio de Janeiro e Londres começam dia 31 de março (Divulgação)

A companhia aérea europeia de baixo custo Norwegian Air iniciou nesta terça-feira (27) as vendas de passagem para seu novo voo direto entre Londres (Reino Unido) e o Rio de Janeiro. A empresa anunciou que seu primeiro voo para o Brasil será no dia 31 de março do próximo ano.

Segundo a empresa, as passagens entre Londres e Rio de Janeiro terão preço a partir de R$ 1.200 por trecho. No site da companhia, a tarifa mais baixa para o voo inaugural do Rio de Janeiro para Londres custa US$ 349,90 (R$ 1.366), somente o trecho de ida. Passagens de ida e volta (ida em 31 de março e volta em 8 de abril) saem por US$ 699,80 (R$ 2.732).

Na British Airways, companhia que também realiza voos diretos entre o Rio de Janeiro e Londres, e que não é considerada “de baixo custo”, a passagem para viajar nas mesmas datas custa US$ 728,54 (R$ 2.841), uma diferença de apenas R$ 109. Na Latam, a viagem sai por R$ 3.822, mas são necessárias duas conexões na ida e uma conexão na volta.

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Diferentemente de outras companhias aéreas, a Norwegian não cobra a mais caso o passageiro adquira somente o trecho de ida. Na British Airways, se o passageiro comprar somente a ida do Rio de Janeiro a Londres, o valor é bem mais alto do que comprar ida e volta. Comprando só o trecho de ida na British Airways, o valor fica em US$ 2.410 (R$ 9.342). Isso pode beneficiar quem tem pontos nos programas de fidelidade para apenas um trecho da viagem, por exemplo.

“Nossa nova rota no Rio de Janeiro quebra o monopólio dos voos diretos entre o Reino Unido e o Brasil, já que estamos comprometidos em reduzir as tarifas e tornar as viagens mais acessíveis para turistas e viajantes de negócios”, afirmou Bjorn Kjos, CEO do grupo Norwegian.

Passageiro tem de pagar bagagem e até comida

Passageiros que compram uma passagem na tarifa Low Fare, a mais baixa da empresa, precisam pagar US$ 45 (R$ 175) para o transporte de uma mala de até 20 kg em cada trecho. Se o passageiro precisar transportar duas malas de até 20 kg, o valor total sobe para US$ 115 (R$ 447).

Para ter direito à alimentação servida pelos comissários de bordo, é necessário pagar mais US$ 45 (R$ 175), também em cada trecho. Se o passageiro quiser escolher o assento com antecedência, há mais uma taxa de US$ 45 (R$ 175).

Na tarifa mais baixa da British Airways, o passageiro tem direito somente a uma mala de mão. A empresa cobra US$ 55 (R$ 213) para uma mala de até 23 kg. Caso queira levar duas malas de até 23 kg, o valor total sobe para US$ 145 (R$ 563). O valor para marcar assento com antecedência é de US$ 32 (R$ 124), mas todas as refeições servidas a bordo já estão incluídas.

Quatro voos por semana

Os voos da Norwegian Air serão operados quatro vezes por semana (segunda-feira, quarta-feira, sexta-feira e domingo). O voo decola às 22h25 do Rio de Janeiro e chega às 13h35 do dia seguinte em Londres. No sentido contrário, o voo sai às 12h00 de Londres e chega às 19h25 do mesmo dia no Rio de Janeiro.

A empresa irá usar aviões Boeing 787-9 Dreamliner com capacidade para até 344 passageiros, divididos nas classes econômica e econômica premium. A Norwegian não tem primeira classe nem executiva em seus aviões.

Veja outras comparações de preço, com saída do Rio de Janeiro

Ida em 1º de maio e volta em 12 de maio

  • Norwegian: US$ 689,90 (R$ 2.681,60)
  • British Airways: US$ 698,54 (R$ 2.715)
  • KLM (conexão em Amsterdã): R$ 4.004

Ida em 2 de junho e volta em 16 de junho

  • Norwegian: US$ 729,80 (R$ 2.834)
  • British Airways: US$ 698,54 (R$ 2.715)
  • TAP (conexão em Lisboa): R$ 3.700

Ida em 6 de julho e volta em 21 de julho

  • Norwegian: US$ 1.069,80 (R$ 4.163)
  • British Airways: US$ 1.435,54 (R$ 5.586)
  • Lufthansa (conexão em Frankfurt): R$ 5.304

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Azul tem maior preço médio de passagem no Brasil; alta foi de 8,5% em 1 ano http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/10/azul-preco-medio-de-passagem-aerea-no-brasil/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/10/azul-preco-medio-de-passagem-aerea-no-brasil/#respond Wed, 10 Oct 2018 07:00:33 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8172

Preços das passagens da Azul teve alta de 8,5% no primeiro semestre (Divulgação)

A Azul teve o maior preço médio de passagem em voos nacionais durante o primeiro semestre deste ano, de R$ 422,56. A Latam teve a tarifa média mais baixa, de R$ 294,33.

Os dados constam do último relatório de tarifas da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Tarifas médias das companhias aéreas no 1º semestre:

  • Azul: R$ 422,56
  • Avianca: R$ 347,01
  • Gol: R$ 321,85
  • Latam: R$ 294,33
  • Média nacional: R$ 342,94

A agência analisa o valor real de todas as passagens vendidas pelas companhias aéreas no país, sem considerar taxas de embarque ou outros serviços. Os valores são informados pelas próprias empresas, e cabe à Anac fiscalizar a veracidade dos dados.

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Ainda segundo a Anac, a Azul também foi a que teve o maior reajuste de preços nos primeiros seis meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado. Enquanto na média nacional houve um aumento de 1,5%, a tarifa média da Azul subiu 8,5%. A Gol foi a única que apresentou queda de preço (-2,6%).

Variação da tarifa média em cada companhia aérea:

  • Azul: + 8,5%
  • Avianca: + 0,8%
  • Latam: + 0,5%
  • Gol: – 2,6%
  • Média nacional: +1,5%

Considerando apenas o valor médio por quilômetro pago pelo passageiro, índice chamado de yield, a Azul é novamente a empresa com os maiores valores. O índice da companhia no período ficou em R$ 0,42415 por quilômetro, com um aumento de 2,4% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

Yield médio de cada companhia aérea:

  • Azul: R$ 0,42415 por quilômetro (+ 2,4%)
  • Avianca: R$ 0,29897 por quilômetro (+ 1,1%)
  • Gol: R$ 0,27082 por quilômetro (- 0,3%)
  • Latam: R$ 0,22813 por quilômetro ( -0,9%)
  • Média nacional: R$ 0,29548 por quilômetro (+ 0,2%)

Em nota, a Azul afirmou que diversos fatores influenciam no preço da passagem. “Em relação à política tarifária, em geral, os preços variam de acordo com alguns fatores importantes como trecho, sazonalidade, combustível (preço do petróleo), câmbio e infraestrutura aeroportuária, por exemplo”, disse.

Mais da metade das passagens abaixo de R$ 300

Apesar de o valor médio das passagens ser de R$ 342,92, a maioria dos passageiros paga valores menores para viajar de avião. Segundo a Anac, 8% das passagens aéreas vendidas no primeiro semestre custaram menos de R$ 100, 26,2% custaram entre R$ 100 e R$ 200, e 21,5%, entre R$ 200 e R$ 300. No total, 55,7% das passagens foram vendidas por menos de R$ 300. As passagens acima de R$ 1.500 representaram 0,6% do total.

Durante o primeiro semestre, o mês de março foi o que apresentou a maior alta de preços, de 10,3%, enquanto em junho houve a maior queda, de 11,6%. Dos seis primeiros meses do ano, quatro apresentaram elevação de preços e, em apenas dois, houve queda (abril e junho).

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Preço das passagens aéreas nacionais sobe 1,5% no 1º semestre, aponta Anac http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/04/precos-das-passagens-aereas-nacionais-no-1o-semestre/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/04/precos-das-passagens-aereas-nacionais-no-1o-semestre/#respond Thu, 04 Oct 2018 19:50:35 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8113 O preço das passagens aéreas em voos nacionais subiu 1,5% no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em média, o valor da tarifa foi de R$ 342,94.

De janeiro a junho, 8% das passagens aéreas foram vendidas com tarifa abaixo de R$ 100, e 55,7% dos bilhetes tiveram preço inferior a R$ 300. As passagens acima de R$ 1.500 representaram 0,6% do total.

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Considerando apenas o segundo trimestre (abril a junho), o preço das passagens caiu 3,9% em relação ao mesmo período de 2017.

As informações foram divulgadas pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) nesta quinta-feira (4).

De acordo com a agência, combustível e aluguel, manutenção e seguro dos aviões representaram, juntos, 48% das despesas do setor aéreo no segundo trimestre.

Graças a uma resolução da Anac, desde junho de 2017, as companhias aéreas passaram a cobrar dos passageiros tarifas pela bagagem despachada. A cobrança foi defendida pelas companhias aéreas com a justificativa de que, com a medida, os preços das passagens cairiam.

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Passagem aérea não poderia variar mais que 50% num mesmo voo, prevê projeto http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/04/19/passagem-aerea-limite-variacao-de-preco-mesmo-voo/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/04/19/passagem-aerea-limite-variacao-de-preco-mesmo-voo/#respond Thu, 19 Apr 2018 07:00:54 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=7285

Aviões de companhias aéreas brasileiras no aeroporto de Guarulhos (Vinícius Casagrande/UOL)

Um projeto de lei em tramitação no Senado Federal quer limitar a diferença dos preços dos bilhetes vendidos pelas companhias aéreas em um mesmo voo para uma mesma classe a, no máximo, 50%. Hoje, não há limite para essa variação. A proposta foi apresentada pelo senador Airton Sandoval (MDB-SP) na semana passada e encaminhada para análise das comissões de Constituição e Justiça e de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor.

A limitação valeria só para passagens da mesma classe (econômica, executiva ou primeira). As diferenças entre as classes continuariam livres. O projeto não tem data para ser votado.

A proposta tenta modificar a legislação atual que dá total liberdade tarifária para as companhias aéreas. Segundo a lei que criou a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), as empresas podem determinar suas próprias tarifas, inclusive as variações de preços em um mesmo voo. Os valores devem apenas ser comunicados à Anac.

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A Anac afirmou que não comenta projetos em tramitação no Congresso Nacional. No entanto, é comum a agência se manifestar publicamente afirmando que foi a liberdade tarifária que permitiu a redução dos preços das passagens aéreas a partir de 2001, quando a medida começou a ser implementada, e o aumento no número de passageiros transportados.

O próprio autor do projeto afirma isso em sua justificativa. “Segundo técnicos da área, a implementação desse regime possibilitou a diminuição no valor das passagens aéreas, levando a uma maior democratização na utilização deste transporte”, diz o senador.

Com a regra atual, passagens compradas com antecedência e em dias de baixa procura costumam ter preços inferiores. Por outro lado, se a compra for feita nas vésperas do voo ou para dias de alta demanda, como feriados prolongados, a tendência é que os preços sejam bem mais altos.

Senador diz que variação é injustificável

O parlamentar alega que essa grande variação de preços dentro de um mesmo voo é algo injustificável e que não permite que os passageiros acompanhem a evolução dos preços.

“Ocorre que as empresas utilizam, hoje em dia, uma avançada tecnologia, aplicando a chamada metodologia de precificação dinâmica. Com isso, reprecificam a tarifa, minuto a minuto, causando desconforto e insegurança aos usuários, pois os valores aumentam sem justificativas razoáveis, impedindo que o usuário acompanhe e avalie a evolução dos preços”, diz na justificativa do projeto.

O autor do projeto alega, ainda, que as empresas utilizam inteligência artificial para determinar o preço das passagens. “São incontáveis as reclamações e acusações, por parte de consumidores e das respectivas associações defensivas, no sentido de que as companhias aéreas possam estar manipulando a oferta de preços com base em algoritmos e inteligência artificial”, afirma.

empresa de tecnologia Pros já desenvolveu um programa para criar preços dinâmicos de passagens aéreas. Assim, dois passageiros pesquisando simultaneamente preços para um mesmo voo poderiam encontrar tarifas diferentes. O sistema já começou a ser testado por 11 companhias aéreas em todo o mundo.

No Brasil, a Anac afirma que nenhuma companhia aérea brasileira adota esse sistema de preços até o momento. No entanto, não haveria nenhum impedimento legal para que isso fosse feito aqui, de acordo com a legislação atual.

Associação de empresas aéreas defende a liberdade tarifária

A Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas) afirma que a liberdade tarifária é “um dos sustentáculos da aviação moderna no Brasil e no mundo” e defende que não haja um controle no preço das passagens aéreas. Segundo a associação, desde que os preços foram liberados no país, os valores das passagens aéreas caíram quase pela metade.

“No início dos anos 2000, em valores atuais, uma passagem custava mais de R$ 700 em média. Menos de 30 milhões de brasileiros viajam de avião a cada ano. Desde a desregulamentação tarifária, em cerca de uma década e meia o número de passageiros triplicou. Um bilhete doméstico custa hoje aproximadamente R$ 360 em média”, afirma a Abear em nota. “É raro encontrar comportamento semelhante em relação aos preços de quaisquer outros produtos e serviços no Brasil neste mesmo período”, completa.

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Programa usa dados pessoais e fará passagem aérea variar segundo seu perfil http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/03/01/passagem-aerea-tarifa-preco-dinamico-perfil-passageiro/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/03/01/passagem-aerea-tarifa-preco-dinamico-perfil-passageiro/#respond Thu, 01 Mar 2018 07:00:15 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=6950

Sistema quer cobrar passagem de acordo com o perfil do passageiro (Merelize/FreeRange)

A forma como você pesquisa preços de passagens aéreas pode ter de mudar radicalmente no futuro. Um novo software oferecido às companhias aéreas pretende criar preços dinâmicos de passagens aéreas. Assim, dois passageiros pesquisando simultaneamente preços para um mesmo voo poderiam encontrar tarifas diferentes.

A proposta do sistema desenvolvido pela empresa de tecnologia Pros é que o valor da tarifa seja atrelado ao perfil do passageiro, e não apenas a questões como procura, data e antecedência do voo, como acontece atualmente.

A ideia é que o sistema capture dados de navegação dos passageiros, avalie os voos anteriores e identifique se ele está inscrito nos programas de fidelidade da companhia aérea para, então, determinar o preço da passagem. Outros pontos como frequência de viagens e tempo de permanência no destino também podem influenciar no valor final do bilhete.

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Um passageiro que faz muitos voos na mesma companhia aérea, por exemplo, poderá receber um desconto. Já um passageiro que vai fazer um voo de ida e volta no mesmo dia poderá encontrar uma tarifa mais alta. Nesse caso, o sistema entenderá que aquela é uma viagem de negócios, o que permite que a companhia aérea cobre um preço mais alto. O valor será baseado na necessidade e capacidade de pagamento do cliente.

A Pros tem 80 companhias aéreas como clientes no mundo. Dessas, apenas 11 já começaram a implementar o sistema de preços dinâmicos baseado no perfil do passageiro. A empresa, no entanto, diz que por questões contratuais não pode revelar quais são essas companhias.

“Com base em nosso portfólio de projetos, haverá um grande número de companhias aéreas que devem migrar para o sistema de precificação dinâmica”, afirma John McBride, diretor de gerenciamento de produtos da Pros em entrevista ao site Travel Weekly.

Seus dados usados contra você

Se as companhias aéreas realmente começarem a adotar as tarifas dinâmicas para as passagens, os usuários precisarão ter atenção redobrada na hora de pesquisar os preços. Para coletar os dados do usuário, o sistema utiliza os cookies de navegação na internet. É basicamente a mesma tecnologia que os sites já usam para mostrar uma propaganda que se encaixe melhor no perfil do usuário.

Atualmente, já existe um mito de que, se você limpar os cookies do navegador ou fizer a pesquisa em uma janela anônima, os preços ficam mais baixos. A reportagem do Todos a Bordo fez várias pesquisas de preço utilizando essa técnica e nunca encontrou valores diferentes.

Com o sistema de preços dinâmicos, é possível que esse método finalmente gere algum efeito sobre o valor da passagem. Será preciso ter cuidado e fazer alguns testes antes de comprar a passagem.

“Se você achava que comprar passagens aéreas já era um desafio, só vai ficar ainda pior”, escreveu o jornalista especializado George Hobica em artigo para o jornal norte-americano “USA Today”.

Além de críticas de passageiros, Hobica afirma que o novo sistema também pode encontrar resistência dos órgãos reguladores e de entidades de defesa dos consumidores se realmente for implementado pelas companhias aéreas.

Cobrança seria legal no Brasil?

Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), nenhuma companhia aérea brasileira adota o sistema de preços dinâmicos até o momento. No entanto, não haveria nenhum impedimento legal para que isso fosse feito aqui, de acordo com a Anac e o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).

“Destacamos que se trata de tipo de conduta que ainda não é realizada pelas empresas aéreas aqui no Brasil. É importante observar também que a precificação [definição dos preços] dos bilhetes aéreos é feita pelas companhias aéreas, tendo em vista o regime de liberdade tarifária no setor, instituído pelo governo federal em 2001 e ratificado por meio da Lei n° 11.182/2005”, afirma a Anac.

O advogado e pesquisador em telecomunicações do Idec, Rafael Zanatta, afirma que, apesar de não haver impedimento legal para preços dinâmicos, o problema estaria na forma de coleta de dados pessoais dos usuários.

“O modelo de precificação somente funciona se houver ampla coleta de dados pessoais. Em se tratando de aplicação de internet, o Marco Civil da Internet obriga que processos de coleta de dados tenham informações claras sobre as finalidades específicas do tratamento de dados pessoais. Empresas que coletam e processam dados pessoais para elaboração de preços dinâmicos devem informar explicitamente que realizam preços dinâmicos com base na coleta de dados pessoais”, afirma.

O advogado do Idec também defende uma mudança na legislação brasileira para proteger os dados dos usuários. “Usuários de aplicativos e navegadores não sabem que existem cookies em suas máquinas coletando metadados e informações pessoais para formar um preço variável. O Idec defende a aprovação de uma Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais e normas claras para que empresas informem, obrigatoriamente, quando utilizarem metadados e dados pessoais para discriminação de preço”, diz.

A Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas) afirmou que a decisão de adotar o sistema de preços dinâmicos no futuro dependerá da estratégia de negócios e política de comercialização de cada empresa.

“Conceitualmente, sobre o tema geral, a Abear é defensora do livre mercado, realidade que começou a ser implantada no setor aéreo brasileiro a partir de meados da década de 1990 – e que ainda vem gradualmente sendo aprimorada até hoje. Dentro dos elementos de livre mercado na aviação nacional, a liberalização tarifária, em vigor plenamente desde 2002, é o pilar central da democratização do uso do avião no país. Ela criou o ambiente de real concorrência entre as companhias aéreas, levou à modernização do setor, à redução dos preços pela metade e à triplicação da quantidade de consumidores atendidos anualmente ao longo de pouco mais de uma década”, afirma a entidade.

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Airbus faz reajuste e A380 fica R$ 30 milhões mais caro; veja outros preços http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/01/15/airbus-reajuste-preco-avioes-comerciais/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/01/15/airbus-reajuste-preco-avioes-comerciais/#respond Mon, 15 Jan 2018 14:47:27 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=6748

Airbus A380 passa a custar R$ 1,425 bilhão (Foto: Divulgação)

A Airbus anunciou nesta segunda-feira (15) um reajuste de 2% em todos os seus jatos comerciais para o transporte de passageiros. Maior e mais valioso avião da fabricante europeia, o A380 ficou R$ 30 milhões mais caro. O modelo passa a custar US$ 445,6 milhões (R$ 1,425 bilhão). No ano passado, o preço do A380 era de US$ 436,9 milhões (R$ 1,395 bilhão).

No outro lado da tabela, o avião mais barato da Airbus é o A318, com capacidade para cerca de 130 passageiros e voltado para viagens curtas. O modelo passa a ter valor de tabela de US$ 77,4 milhões (R$ 247,52 milhões) – o A318 custava no ano passado US$ 75,9 milhões (R$ 242,77 milhões).

“Nossos novos preços para 2018 refletem os investimentos contínuos nos programas de aeronaves para maximizar o valor para a satisfação dos clientes, com combinação de performance, economia operacional e experiência do passageiro”, afirma John Leahy, diretor comercial da Airbus.

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Todos os valores são os chamados “preço de lista”, uma referência para todo o mercado. Cada avião que sai da fábrica, no entanto, pode ter um valor maior ou menor. O preço final depende da configuração exigida e das negociações entre a fabricante e as companhias aéreas.

Recorde de vendas e possível fim do A380

O anúncio do reajuste de preços dos aviões comerciais acontece logo após a Airbus divulgar as vendas recordes registradas no ano passado. A fabricante europeia recebeu 1.109 pedidos de novos aviões em 2017, contra 912 vendas da Boeing, sua principal concorrente.

No entanto, a Airbus perdeu para a Boeing no número total de aviões efetivamente produzidos no último ano. A fabricante norte-americana entregou 763 novas aeronaves, enquanto a Airbus produziu 718 aviões.

O diretor comercial da Airbus anunciou também que a companhia pode se ver obrigada a encerrar a produção do A380 caso não receba novas encomendas nos próximos anos. “Honestamente, se não chegarmos a um acordo com a Emirates [principal cliente do A380], não teremos outro remédio a não ser parar o programa”, disse Leahy, durante a apresentação do informe comercial 2017 do grupo nesta segunda-feira.

Veja os novos valores dos aviões da Airbus:

A318: US$ 75,9 milhões (R$ 242,77 milhões)

A319: US$ 92,3 milhões (R$ 295,05 milhões)

A320: US$ 101 milhões (R$ 322,86 milhões)

A319neo: US$ 101,5 milhões (R$ 324,65 milhões)

A320neo: US$ 110,6 milhões (R$ 353,75 milhões)

A321: US$ 118,3 milhões (R$ 378,16 milhões)

A321neo: US$ 129,5 milhões (R$ 414,33 milhões)

A330-200: US$ 238,5 milhões (R$ 763,08 milhões)

A330-200 (cargueiro): US$ 241,7 milhões (R$ 773,32 milhões)

A330-800neo: US$ 259,9 milhões (R$ 831,55 milhões)

A330-300: US$ 264,2 milhões (R$ 845,31 milhões)

A350-800: US$ 280,6 milhões (R$ 897,78 milhões)

A330-900neo: US$ 296,4 milhões (R$ 948,33 milhões)

A350-900: US$ 317,4 milhões (R$ 1015,52 milhões)

A350-1000: US$ 366,5 milhões (R$ 1172,62 milhões)

A380: US$ 445,6 milhões (R$ 1,425 bilhão)

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