passagem aérea – Todos A Bordo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br Todos a Bordo é o blog de aviação do UOL. Aqui você encontra as últimas informações, análises e notícias sobre o movimentado mundo das companhias aéreas, das fabricantes de aviões e de empresas aeroportuárias. Tue, 07 Jul 2020 19:46:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Avianca terá mais de 50 voos cancelados por dia a partir de segunda-feira http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/04/14/avianca-brasil-voos-cancelados/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/04/14/avianca-brasil-voos-cancelados/#respond Sun, 14 Apr 2019 20:04:16 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=9670

Avianca passa por processo de recuperação judicial desde o final de 2018 (Divulgação)

O cancelamento de voos da Avianca Brasil deve se intensificar a partir desta segunda-feira (15). Serão mais de 50 voos suspensos por dia. Na última sexta-feira (12), a empresa anunciou o cancelamento de 179 voos até a próxima quarta-feira (17), mas novos voos podem ser adicionados à lista.

Em recuperação judicial, a Avianca teve de suspender os voos após a companhia aérea ser obrigada a devolver dez aviões que estavam com o pagamento de leasing atrasado. A posse desses aviões vinha sendo alvo de uma disputa judicial desde dezembro, quando a empresa entrou com o pedido de recuperação judicial.

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Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), os passageiros afetados com o cancelamento dos voos têm direito a receber o reembolso integral do valor pago ou reacomodação em outro voo da própria Avianca Brasil e ou de outra companhia aérea.

A Avianca tem divulgado em seu site a lista completa dos voos cancelados para os próximos dias. “Caso seu voo não esteja na lista, fique tranquilo. Nenhuma ação é necessária e seu voo será mantido conforme o programado”, afirma a empresa.

Os passageiros afetados pelos cancelamentos e que compraram o bilhete pelo site, aplicativo, call center ou lojas da Avianca Brasil podem solicitar seu reembolso na página www.avianca.com.br/reembolso. No formulário, é necessário selecionar o motivo “Cancelamento de voo gerado pela Avianca”. Os passageiros que compraram passagens em agências de viagem devem procurar as empresas que venderam os bilhetes.

Passageiros reclamam de atendimento

Nas redes sociais, muitos passageiros têm reclamado de falta de informação e de demora no atendimento por parte da Avianca Brasil.

Passageiros também reclamam que a única opção oferecida pela Avianca Brasil é o reembolso do valor pago, mas querem a reacomodação em voos de outra companhia aérea. No entanto, a Avianca Brasil tem respondido apenas que até o momento não há nenhum acordo com outras companhias aéreas para a reacomodação dos passageiros que tiveram voos cancelados.

A resolução 400 da Anac, que trata dos direitos e deveres dos passageiros, diz que o passageiro tem o direito de escolher a melhor opção. “O transportador deverá oferecer as alternativas de reacomodação, reembolso e execução do serviço por outra modalidade de transporte, devendo a escolha ser do passageiro”, afirma o texto.

“Caso o passageiro se sinta prejudicado ou tenha seus direitos desrespeitados, deve procurar a empresa aérea contratada para reivindicar seus direitos como consumidor. Se as tentativas de solução do problema pela empresa não apresentarem resultado, o usuário poderá registrar sua reclamação por meio do site www.consumidor.gov.br. Pela ferramenta o consumidor pode se comunicar diretamente com as empresas, que têm o compromisso de receber, analisar e responder as reclamações em até 10 dias”, afirma a Anac.

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Após polêmica com a Boeing, site que busca passagens permite escolher avião http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/03/15/busca-passagem-aerea-escolha-modelo-aviao-kayak-boeing/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/03/15/busca-passagem-aerea-escolha-modelo-aviao-kayak-boeing/#respond Fri, 15 Mar 2019 19:57:57 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=9350

Novo modelo da Boeing já conta com cerca de 5.000 pedidos realizados (Divulgação)

O site de comparação de preços de passagens aéreas Kayak lançou hoje um recurso que permite aos passageiros escolher o modelo de avião no qual querem viajar.

O filtro de pesquisa foi criado após a polêmica com o Boeing 737 Max. O modelo foi impedido de voar na maioria dos países após sofrer dois acidentes com características semelhantes nos últimos cinco meses. A própria Boeing recomendou suspensão do avião.

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Como funciona

Após iniciar a busca pela passagem, o usuário encontra o filtro na barra à esquerda da página. No campo “aeronave”, o site mostra todos os modelos de aviões utilizados pelas companhias aéreas naquela rota.

A busca começa com todos os modelos já selecionados. Caso o passageiro não queira viajar em determinado avião, basta desmarcar a opção. Assim, todos os voos, diretos ou com conexão, que utilizem esse modelo deixarão de aparecer na página de pesquisa de preços.

Em um voo de São Paulo a Belo Horizonte, por exemplo, as companhias aéreas utilizam diversos modelos, como os Airbus A318, A319, A320 e A321, os Boeing 737-700 e 737-800 e os Embraer 190 e 195. Se o passageiro desmarcar os aviões da Airbus, irão aparecer somente os voos da Gol com os aviões da Boeing e os da Azul com os modelos da Embraer.

Também é possível escolher o modelo específico do avião. Uma viagem de São Paulo ao Rio de Janeiro normalmente utiliza aviões de Boeing, Airbus e Embraer. Mas seo passageiro quiser voar em um turboélice da ATR, por exemplo, basta deixar apenas esse modelo marcado.

Nesse caso, a única opção disponível é um voo da Passaredo saindo de Guarulhos, em São Paulo, como uma conexão em Ribeirão Preto (SP), antes de prosseguir para o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.

Viagens internacionais

Para viagens internacionais, o processo de busca de passagem é o mesmo.

Muitos destinos têm apenas uma opção de voo direto. Na maioria dos casos, é necessário fazer uma conexão, o que geralmente exige o uso de dois modelos diferentes de aviões.

Em uma viagem de São Paulo a Berlim (Alemanha) entre 7 e 14 de maio, por exemplo, a opção mais barata sai por R$ 2.467. Como não há voos diretos entre as duas cidades, a viagem precisa obrigatoriamente de uma conexão na Europa. Nesse caso, o voo sai de São Paulo em um Boeing 777-300 da Latam até Londres (Reino Unido). Depois, o passageiro embarca em um Airbus A321 para Berlim.

Por que os voos com o 737 Max foram suspensos no mundo

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Funcionários de aérea viajam de graça e podem levar parentes e até amigos http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/16/companhias-aereas-beneficio-de-viagens-aos-funcionarios/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/16/companhias-aereas-beneficio-de-viagens-aos-funcionarios/#respond Tue, 16 Oct 2018 07:00:13 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8203

Companhias oferecem passagem grátis para funcionários (Divulgação)

Trabalhar em uma companhia aérea pode ser uma boa alternativa para quem gosta de viajar bastante. As empresas contam com pacotes de benefícios que permitem aos funcionários viajarem de graça ou com descontos consideráveis. Para usufruir desse benefício, no entanto, é preciso seguir algumas regras.

Nas passagens com desconto de 100% no valor da tarifa, o funcionário tem de pagar apenas as taxas de embarque dos aeroportos. Nessas condições, a reserva é feita em regime de standby. Isso significa que ele só pode embarcar no voo se houver lugar vazio no avião. A confirmação da viagem pode acontecer somente no portão de embarque do aeroporto.

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Para ter a certeza da viagem, os funcionários têm a opção de comprar das companhias aéreas passagens promocionais com reserva garantida. Nesse caso, os descontos aplicados podem chegar a até 90% do valor do bilhete. Em casos de overbooking (quando há mais passagens vendidas do que o número de assentos disponíveis no avião), o funcionário é o primeiro a ter o embarque negado.

Os benefícios de desconto em viagens ainda podem se estender a parentes mais próximos e até a amigos, dependendo da companhia aérea. Além disso, as viagens não precisam ficar restritas aos destinos nos quais a empresa opera. Os funcionários podem adquirir passagens com desconto para voar com companhias aéreas parceiras.

Veja as principais regras das companhias brasileiras:

Azul

A Azul afirmou que todos os funcionários da empresa, além dos dependentes diretos (filhos e cônjuge), podem viajar de forma ilimitada para todos os destinos nos quais a companhia opera pagando somente a taxa de embarque. Nesse caso, as reservas são feitas na condição de standby, desde que haja assento vago no momento do embarque.

No caso de reservas com garantia de embarque, a Azul afirma que o funcionário e seus dependentes diretos podem ter até 90% de desconto se a tarifa do benefício estiver disponível. A passagem pode ser comprada com dez dias de antecedência da data da viagem.

Além dos destinos operados pela própria Azul, a companhia tem acordos com outras empresas aéreas internacionais que oferecem descontos aos funcionários da empresa. Há também parcerias para descontos em hotéis e para aluguel de carros, segundo a Azul.

Gol

Na Gol, os funcionários têm direito de 30 a 50 cotas de viagens (passagens de ida e volta) por ano, de acordo com o tempo de serviço. As cotas podem ser utilizadas por familiares e até três amigos.

Segundo a Gol, o benefício consiste na oferta de passagens aéreas com valor diferenciado, estabelecido de acordo com uma tabela que varia conforme a distância do trecho. Além disso, o desconto também é diferenciado dependendo para quem é a reserva. Funcionários, cônjuges e filhos são classificados em uma categoria, pais e irmãos em uma segunda categoria e amigos em uma terceira.

Os funcionários podem ter passagens grátis, pagando somente a taxa de embarque, quando tiram férias (uma cota por ano) e para viagens de lua-de-mel.

Para os destinos nos quais a Gol não opera, a empresa tem acordo com mais de 90 companhias aéreas internacionais. Segundo a empresa, funcionários, familiares e amigos cadastrados podem obter passagens com valores diferenciados tanto em regime de standby ou de assento confirmado.

Latam

A Latam afirmou apenas que seus funcionários possuem cotas anuais de passagens aéreas que variam entre 50% e 100% de desconto em todas as rotas da companhia, e que também estão disponíveis descontos especiais em companhias aéreas parceiras. O embarque pode estar sujeito à disponibilidade de assentos no voo ou ter assento confirmado, conforme cada cota.

Avianca

Os funcionários da Avianca têm direito a sete passagens de ida e volta por ano para destinos nacionais operados pela empresa pagando somente as taxas de embarque e de emissão. As reservas são feitas no regime de standby.

Outra opção é a Tarifa Colaborador, sem limite de utilização e com reserva garantida de assento. Nesse caso, os funcionários recebem até 70% de desconto e podem viajar também para os destinos internacionais da empresa.

Segundo a Avianca, todos benefícios de viagem são estendidos para os familiares cadastrados dos funcionários, como pais, cônjuge e filhos. Irmãos dos funcionários podem utilizar somente a Tarifa Colaborador.

No caso de viagens internacionais operadas por companhias aéreas parceiras, os descontos variam de acordo com os trechos e tarifas. Essa modalidade pode ser utilizada de maneira ilimitada pelo funcionário, mas há restrição na quantidade de assentos liberados por voo.

Em casos de doenças terminais, óbitos, calamidade pública ou acidentes com risco de morte envolvendo os familiares de seus funcionários, a Avianca também fornece passagens gratuitas para os destinos nacionais. Em viagens de lua-de-mel, o funcionário também pode escolher um destino internacional.

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Azul tem maior preço médio de passagem no Brasil; alta foi de 8,5% em 1 ano http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/10/azul-preco-medio-de-passagem-aerea-no-brasil/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/10/azul-preco-medio-de-passagem-aerea-no-brasil/#respond Wed, 10 Oct 2018 07:00:33 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8172

Preços das passagens da Azul teve alta de 8,5% no primeiro semestre (Divulgação)

A Azul teve o maior preço médio de passagem em voos nacionais durante o primeiro semestre deste ano, de R$ 422,56. A Latam teve a tarifa média mais baixa, de R$ 294,33.

Os dados constam do último relatório de tarifas da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Tarifas médias das companhias aéreas no 1º semestre:

  • Azul: R$ 422,56
  • Avianca: R$ 347,01
  • Gol: R$ 321,85
  • Latam: R$ 294,33
  • Média nacional: R$ 342,94

A agência analisa o valor real de todas as passagens vendidas pelas companhias aéreas no país, sem considerar taxas de embarque ou outros serviços. Os valores são informados pelas próprias empresas, e cabe à Anac fiscalizar a veracidade dos dados.

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Ainda segundo a Anac, a Azul também foi a que teve o maior reajuste de preços nos primeiros seis meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado. Enquanto na média nacional houve um aumento de 1,5%, a tarifa média da Azul subiu 8,5%. A Gol foi a única que apresentou queda de preço (-2,6%).

Variação da tarifa média em cada companhia aérea:

  • Azul: + 8,5%
  • Avianca: + 0,8%
  • Latam: + 0,5%
  • Gol: – 2,6%
  • Média nacional: +1,5%

Considerando apenas o valor médio por quilômetro pago pelo passageiro, índice chamado de yield, a Azul é novamente a empresa com os maiores valores. O índice da companhia no período ficou em R$ 0,42415 por quilômetro, com um aumento de 2,4% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

Yield médio de cada companhia aérea:

  • Azul: R$ 0,42415 por quilômetro (+ 2,4%)
  • Avianca: R$ 0,29897 por quilômetro (+ 1,1%)
  • Gol: R$ 0,27082 por quilômetro (- 0,3%)
  • Latam: R$ 0,22813 por quilômetro ( -0,9%)
  • Média nacional: R$ 0,29548 por quilômetro (+ 0,2%)

Em nota, a Azul afirmou que diversos fatores influenciam no preço da passagem. “Em relação à política tarifária, em geral, os preços variam de acordo com alguns fatores importantes como trecho, sazonalidade, combustível (preço do petróleo), câmbio e infraestrutura aeroportuária, por exemplo”, disse.

Mais da metade das passagens abaixo de R$ 300

Apesar de o valor médio das passagens ser de R$ 342,92, a maioria dos passageiros paga valores menores para viajar de avião. Segundo a Anac, 8% das passagens aéreas vendidas no primeiro semestre custaram menos de R$ 100, 26,2% custaram entre R$ 100 e R$ 200, e 21,5%, entre R$ 200 e R$ 300. No total, 55,7% das passagens foram vendidas por menos de R$ 300. As passagens acima de R$ 1.500 representaram 0,6% do total.

Durante o primeiro semestre, o mês de março foi o que apresentou a maior alta de preços, de 10,3%, enquanto em junho houve a maior queda, de 11,6%. Dos seis primeiros meses do ano, quatro apresentaram elevação de preços e, em apenas dois, houve queda (abril e junho).

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Preço das passagens aéreas nacionais sobe 1,5% no 1º semestre, aponta Anac http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/04/precos-das-passagens-aereas-nacionais-no-1o-semestre/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/04/precos-das-passagens-aereas-nacionais-no-1o-semestre/#respond Thu, 04 Oct 2018 19:50:35 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8113 O preço das passagens aéreas em voos nacionais subiu 1,5% no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em média, o valor da tarifa foi de R$ 342,94.

De janeiro a junho, 8% das passagens aéreas foram vendidas com tarifa abaixo de R$ 100, e 55,7% dos bilhetes tiveram preço inferior a R$ 300. As passagens acima de R$ 1.500 representaram 0,6% do total.

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Considerando apenas o segundo trimestre (abril a junho), o preço das passagens caiu 3,9% em relação ao mesmo período de 2017.

As informações foram divulgadas pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) nesta quinta-feira (4).

De acordo com a agência, combustível e aluguel, manutenção e seguro dos aviões representaram, juntos, 48% das despesas do setor aéreo no segundo trimestre.

Graças a uma resolução da Anac, desde junho de 2017, as companhias aéreas passaram a cobrar dos passageiros tarifas pela bagagem despachada. A cobrança foi defendida pelas companhias aéreas com a justificativa de que, com a medida, os preços das passagens cairiam.

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Conheça as rotas com voos mais lotados e mais vazios no Brasil http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/01/conheca-as-rotas-com-voos-mais-lotados-e-mais-vazios-no-brasil/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/01/conheca-as-rotas-com-voos-mais-lotados-e-mais-vazios-no-brasil/#respond Mon, 01 Oct 2018 07:00:28 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8044

Aviões de companhias aéreas brasileiras no aeroporto de Guarulhos (foto: Vinícius Casagrande/UOL)

Por Vinícius Casagrande

Viajar de avião sem ter ninguém ao seu lado é o sonho de muitos passageiros. Quando isso acontece, é possível até mesmo transformar as poltronas ao lado em quase uma cama. Já nos voos lotados, há sempre aquelas brigas silenciosas para apoiar o braço no encosto do assento ou aquele incômodo sempre que alguém precisa levantar.

Antes de embarcar no avião, é quase impossível saber se haverá mais alguém ao seu lado. No entanto, de acordo com a rota da viagem, há mais ou menos chance de fazer uma viagem solitária.

Nas rotas nacionais, quem viajava entre o aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), e Goianá (MG) dificilmente teria uma companhia ao lado. Essa é a rota com a menor taxa de ocupação no Brasil. Em média, os aviões decolaram com apenas 19,02% dos assentos ocupados. A rota foi operada pela Gol entre 25 de março a 2 de agosto.

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Por outro lado, quem viaja entre Natal (RN) e o aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), quase nunca irá sem ninguém ao lado. A rota tem 90,81% de ocupação dos assentos.

Todos os dez voos mais vazios passam por cidades do interior. Entre os mais cheios, quatro passam pelo aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.

Entre as rotas internacionais, considerando apenas os voos de empresas brasileiras, a mais cheia do ano foi entre o aeroporto de Guarulhos e San Carlos de Bariloche (Argentina), com 94,12% de ocupação média. É uma rota feita na alta temporada de inverno, que teve apenas 46 voos neste ano. A mais vazia foi entre Buenos Aires (Argentina) e Manaus (AM), com 36,17%. Foram apenas 33 voos nessa rota.

Guarulhos domina a lista de voos internacionais mais cheios, com sete rotas. Os Estados Unidos têm apenas dois voos entre os mais lotados. São as rotas entre Fort Lauderdale, na Flórida (EUA), e Recife (PE) e entre Orlando, na Flórida, e Campinas (SP). Já a Europa conta com sete rotas entre as dez mais cheias no Brasil.

Nas rotas mais vazias, Miami (EUA), um dos destinos preferidos dos brasileiros, está entre as que operam com voos mais vazios no Brasil. Todas saem ou chegam à região Norte do país. As regiões Norte e Nordeste concentram oito dos dez voos internacionais mais vazios.

Os dados constam de um levantamento feito pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para o blog Todos a Bordo. Foram adotados como critérios para o levantamento o período de janeiro a agosto deste ano, somente em empresas brasileiras, voos regulares (sem considerar fretamentos) e, no mínimo, 64 decolagens para rotas domésticas, com pelo menos dois voos semanais, e 32 decolagens para rotas internacionais, com pelo menos um voo semanal.

Rotas com voos nacionais mais cheios:

1. Natal (RN) a Confins (MG): 90,81% de ocupação
2. Confins (MG) a Natal (RN): 90,2% de ocupação
3. Aracaju (SE) a Guarulhos (SP): 89,75% de ocupação
4. Maceió (AL) a Guarulhos (SP): 89,08% de ocupação
5. Maceió (AL) a Confins (MG): 88,91% de ocupação
6. Porto Seguro (BA) a Campinas (SP): 88,75% de ocupação
7. João Pessoa (PB) a Guarulhos (SP): 88,6% de ocupação
8. Recife (PE) a Guarulhos (SP): 88,54% de ocupação
9. Boa Vista (RR) a Brasília (DF): 88,48% de ocupação
10. João Pessoa (PB) a Campinas (SP): 88,44% de ocupação

Rotas com voos nacionais mais vazios:

1. Pampulha, em Belo Horizonte (MG), a Goianá (MG): 19,02% de ocupação (não há mais voos nessa rota)
2. Goianá (MG) a Pampulha, em Belo Horizonte (MG): 19,93% de ocupação (não há mais voos nessa rota)
3. Três Lagoas (MS) a São José do Rio de Preto (SP): 25,87% de ocupação (não há mais voos nessa rota)
4. São José do Rio Preto (SP) a Três Lagoas (MS): 29,42% de ocupação (não há mais voos nessa rota)
5. Parauapebas (PA) a Marabá (PA): 40,74% de ocupação
6. Campos dos Goytacazes (RJ) a Santos Dumont, no Rio de Janeiro (RJ): 42,25% de ocupação
7. Santos Dumont, no Rio de Janeiro (RJ) a Campos dos Goytacazes (RJ): 42,45% de ocupação
8. São José do Rio Preto (SP) a Ribeirão Preto (SP): 44,4% de ocupação
9. Brasília (DF) a Barreiras (BA): 45,82% de ocupação
10. Ribeirão Preto (SP) a Pampulha, em Belo Horizonte (MG): 46,21% de ocupação (não há mais voos nessa rota)

Rotas com voos internacionais mais cheios:

1. Guarulhos (SP) a San Carlos de Bariloche (Argentina): 94,12% de ocupação (não há mais voos nessa rota)
2. Campinas (SP) a Lisboa (Portugal): 93,77% de ocupação
3. Guarulhos (SP) a Paris (França): 92,14% de ocupação
4. Guarulhos (SP) a Barcelona (Espanha): 92,06% de ocupação
5. Guarulhos (SP) a Frankfurt (Alemanha): 91,93% de ocupação
6. Guarulhos (SP) a Madri (Espanha): 91,86% de ocupação
7. Fort Lauderdale (EUA) a Recife (PE): 91,47% de ocupação
8. Guarulhos (SP) a Roma (Itália): 91,24% de ocupação
9. Guarulhos (SP) a Londres (Reino Unido): 91,22% de ocupação
10. Orlando (EUA) a Campinas (SP): 90,66% de ocupação

Rotas com voos internacionais mais vazios:

1. Buenos Aires (Argentina) a Manaus (AM): 36,17% de ocupação
2. Guarulhos (SP) a Punta del Este (Uruguai): 51,11% de ocupação
3. Punta del Este (Uruguai) a Guarulhos (SP): 52,96% de ocupação
4. Miami (EUA) a Belém (PA): 56,01% de ocupação
5. Belém (PA) a Miami (EUA): 56,65% de ocupação
6. Miami (EUA) a Manaus (AM): 61,16% de ocupação
7. Salvador (BA) a Bogotá (Colômbia): 61,99% de ocupação
8. Buenos Aires (Argentina) a Porto Seguro (BA): 62,06% de ocupação
9. Bogotá (Colômbia) a Salvador (BA): 62,43% de ocupação
10. Zanderij (Suriname) a Belém (PA): 63,5% de ocupação

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Enviar mala lá fora custa 164% mais, só que passagem aqui é 178% mais cara http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/09/07/preco-bagagem-passagem-aerea-brasil-europa-estados-unidos/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/09/07/preco-bagagem-passagem-aerea-brasil-europa-estados-unidos/#respond Fri, 07 Sep 2018 07:00:43 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=7934

Empresas cobram R$ 30 para o despacho de uma mala de 23 kg (Foto: Lucas Lima/UOL)

Por Vinícius Casagrande

Mais de um ano após o início da cobrança pelo despacho de bagagem em voo no Brasil, a nova taxa continua sendo criticada por passageiros de avião. A prática, no entanto, é bastante comum há alguns anos em diversas companhias aéreas de todo mundo. E as taxas extras só tendem a aumentar. Maior companhia aérea de baixo custo da Europa, a Ryanair começou neste mês a cobrar até mesmo pela bagagem de mão.

No exterior, despachar bagagem custa caro, até 164% mais do que no Brasil. Mas, em compensação, as passagens no Brasil custam 178% a mais do que lá fora.

Aqui vão exemplos práticos desses percentuais: o despacho de uma mala de até 23 kg custa R$ 110 na Latam se for pago no aeroporto. Entre as companhias estrangeiras pesquisadas pelo blog Todos a Bordo, os valores chegam a 60 euros (R$ 290,60) no check-in do aeroporto, uma diferença de 164%.

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Mas uma passagem numa distância similar é muito mais cara no Brasil: um voo São Paulo-Florianópolis (rota aérea de 514 quilômetros) sai por R$ 195 na Azul. Uma passagem Milão (Itália) – Paris (França), com 599 quilômetros na rota aérea, custa 14,47 euros (R$ 70,08) na Ryanair (a data de ambos os voos é 23 de outubro). No Brasil, custa 178% a mais.

As companhias aéreas afirmam que a cobrança é necessária para reduzir o valor das tarifas, ou pelo menos evitar aumentos maiores em virtude da alta dos combustíveis e da cotação do dólar, principais custos das empresas.

No Brasil, as taxas para o despacho de uma mala de até 23 kg variam entre R$ 40 (Avianca) e R$ 60 (Azul) se o pagamento for feito com antecedência. Caso o passageiro deixe para fazer o pagamento somente no check-in do aeroporto, o valor chega a R$ 110 (Latam).

Em companhias aéreas europeias e norte-americanas, as taxas para o despacho de bagagem podem ser bem maiores. No levantamento do Todos a Bordo, os valores foram de 8 libras (R$ 43,06) para pagamento antecipado a 60 euros (R$ 290,60) no check-in do aeroporto.

Em algumas situações, o transporte da bagagem pode ficar mais caro do que o próprio valor da passagem. Um voo da Ryanair entre Milão e Paris para o dia 23 de outubro custa a partir de 14,47 euros (R$ 70,08). Para levar uma mala de até 20 kg, a empresa cobra 25 euros (R$ 121,08) de taxa.

Comparação entre Brasil, Europa e Estados Unidos

Uma passagem na Easyjet para voar no dia 23 de outubro entre Milão e Paris custa 16,26 euros (R$ 78,75). Em média, o voo demora uma hora e seis minutos para percorrer 599 quilômetros na rota aérea. Levando uma mala de até 20 kg e pagando a taxa antes do check-in, o valor total a ser gasto fica em 34,45 euros (R$ 166,80).

Diversos fatores influenciam no preço da passagem, mas o tempo da viagem e a distância são semelhantes a um voo entre São Paulo e Florianópolis (SC). Os 514 quilômetros da rota aérea são percorridos, em média, em uma hora e dois minutos. A tarifa mais barata encontrada pelo blog para o mesmo dia pesquisado sai por R$ 195 na Azul. Ao acrescentar uma mala de até 23 kg, o valor total sobe para R$ 255, ou 52,8% a mais que a passagem da Easyjet.

Nos Estados Unidos, uma passagem entre Los Angeles e San Francisco, ambas na Califórnia, custa US$ 52 (R$ 214,49) nas companhias United, Delta, American e Alaska. O voo percorre 543 quilômetros na rota aérea e demora, em média, 56 minutos. Com uma mala de 23 kg, o custo total sobe para US$ 77 (R$ 317,65), ou 24,5% mais caro que um trecho semelhante no Brasil considerando apenas o tempo de voo e a distância.

Voos intercontinentais

A cobrança de bagagem teve início com as companhias aéreas de baixo custo. Atualmente, empresas mais tradicionais como Delta, United, American Airlines, TAP e Air France, entre outras, também cobram a taxa extra em voos domésticos mais curtos. Nos voos saindo do Brasil para a Europa e os Estados Unidos, a maioria das companhias aéreas não cobra pelo despacho de bagagem.

Na portuguesa TAP, as tarifas mais baixas não incluem o transporte de malas. A empresa cobra 70 euros (R$ 335,38) para compra antecipada e 85 euros (R$ 407,24) no momento do check-in. Na espanhola Air Europa, os valores são de 100 euros (R$ 479,22) para compras online e 150 euros (R$ 718,83) para pagamento no aeroporto.

Veja os valores cobrados por algumas companhias aéreas da Europa e dos Estados Unidos:

Vueling (até 23 kg):
13 euros (R$ 62,96) para pagamento online
50 euros (R$ 242,17) para pagamento no aeroporto

Easyjet (até 20 kg):
18,19 euros (R$ 88,05) para pagamento online
47 euros (R$ 227,64) para pagamento no aeroporto

Air France (até 23 kg):
25 euros (R$ 121,08) para pagamento online ou no aeroporto

Ryanair (até 20 kg):
25 euros (R$ 121,08) para pagamento online
40 euros (R$ 193,74) para pagamento no aeroporto

Air Italy (até 20 kg):
25 euros (R$ 121,08) para pagamento online
50 euros (R$ 242,17) para pagamento no aeroporto

Air Europa (até 20 kg):
30 euros (R$ 145,30) para pagamento online
60 euros (R$ 290,60) para pagamento no aeroporto

Norwegian (até 20 kg):
De 8 libras (R$ 43,06) a 35 libras (R$ 188,40) para pagamento online (valor depende da rota)
40 libras (R$ 215,31) para pagamento no aeroporto

Alaska (até 23 kg):
US$ 25 (R$ 104,04) para pagamento online ou no aeroporto

Delta (até 23 kg):
US$ 25 (R$ 104,04) para pagamento online ou no aeroporto

American Airlines (até 23 kg):
US$ 25 (R$ 104,04) para pagamento online ou no aeroporto

United (até 23 kg):
US$ 30 (R$ 124,85) para pagamento online ou no check-in do aeroporto
US$ 55 (R$ 228,89) para pagamento no portão de embarque (caso a mala de mão seja maior do que o permitido)

Spirit (até 23 kg):
US$ 30 (R$ 124,85) para pagamento online
US$ 50 (R$ 208,09) para pagamento no check-in do aeroporto
US$ 65 (R$ 270,51) para pagamento no portão de embarque (caso a mala de mão seja maior do que o permitido)

Veja os preços das companhias aéreas brasileiras para uma mala de até 23 kg:

Avianca:
R$ 40 para pagamento online
R$ 80 para pagamento no aeroporto

Latam:
R$ 49 para pagamento online
R$ 110 para pagamento no aeroporto

Gol:
R$ 50 para pagamento online
R$ 100 para pagamento no aeroporto

Azul:
R$ 60 para pagamento online
R$ 80 para pagamento no aeroporto

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Passagem aérea não poderia variar mais que 50% num mesmo voo, prevê projeto http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/04/19/passagem-aerea-limite-variacao-de-preco-mesmo-voo/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/04/19/passagem-aerea-limite-variacao-de-preco-mesmo-voo/#respond Thu, 19 Apr 2018 07:00:54 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=7285

Aviões de companhias aéreas brasileiras no aeroporto de Guarulhos (Vinícius Casagrande/UOL)

Um projeto de lei em tramitação no Senado Federal quer limitar a diferença dos preços dos bilhetes vendidos pelas companhias aéreas em um mesmo voo para uma mesma classe a, no máximo, 50%. Hoje, não há limite para essa variação. A proposta foi apresentada pelo senador Airton Sandoval (MDB-SP) na semana passada e encaminhada para análise das comissões de Constituição e Justiça e de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor.

A limitação valeria só para passagens da mesma classe (econômica, executiva ou primeira). As diferenças entre as classes continuariam livres. O projeto não tem data para ser votado.

A proposta tenta modificar a legislação atual que dá total liberdade tarifária para as companhias aéreas. Segundo a lei que criou a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), as empresas podem determinar suas próprias tarifas, inclusive as variações de preços em um mesmo voo. Os valores devem apenas ser comunicados à Anac.

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A Anac afirmou que não comenta projetos em tramitação no Congresso Nacional. No entanto, é comum a agência se manifestar publicamente afirmando que foi a liberdade tarifária que permitiu a redução dos preços das passagens aéreas a partir de 2001, quando a medida começou a ser implementada, e o aumento no número de passageiros transportados.

O próprio autor do projeto afirma isso em sua justificativa. “Segundo técnicos da área, a implementação desse regime possibilitou a diminuição no valor das passagens aéreas, levando a uma maior democratização na utilização deste transporte”, diz o senador.

Com a regra atual, passagens compradas com antecedência e em dias de baixa procura costumam ter preços inferiores. Por outro lado, se a compra for feita nas vésperas do voo ou para dias de alta demanda, como feriados prolongados, a tendência é que os preços sejam bem mais altos.

Senador diz que variação é injustificável

O parlamentar alega que essa grande variação de preços dentro de um mesmo voo é algo injustificável e que não permite que os passageiros acompanhem a evolução dos preços.

“Ocorre que as empresas utilizam, hoje em dia, uma avançada tecnologia, aplicando a chamada metodologia de precificação dinâmica. Com isso, reprecificam a tarifa, minuto a minuto, causando desconforto e insegurança aos usuários, pois os valores aumentam sem justificativas razoáveis, impedindo que o usuário acompanhe e avalie a evolução dos preços”, diz na justificativa do projeto.

O autor do projeto alega, ainda, que as empresas utilizam inteligência artificial para determinar o preço das passagens. “São incontáveis as reclamações e acusações, por parte de consumidores e das respectivas associações defensivas, no sentido de que as companhias aéreas possam estar manipulando a oferta de preços com base em algoritmos e inteligência artificial”, afirma.

empresa de tecnologia Pros já desenvolveu um programa para criar preços dinâmicos de passagens aéreas. Assim, dois passageiros pesquisando simultaneamente preços para um mesmo voo poderiam encontrar tarifas diferentes. O sistema já começou a ser testado por 11 companhias aéreas em todo o mundo.

No Brasil, a Anac afirma que nenhuma companhia aérea brasileira adota esse sistema de preços até o momento. No entanto, não haveria nenhum impedimento legal para que isso fosse feito aqui, de acordo com a legislação atual.

Associação de empresas aéreas defende a liberdade tarifária

A Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas) afirma que a liberdade tarifária é “um dos sustentáculos da aviação moderna no Brasil e no mundo” e defende que não haja um controle no preço das passagens aéreas. Segundo a associação, desde que os preços foram liberados no país, os valores das passagens aéreas caíram quase pela metade.

“No início dos anos 2000, em valores atuais, uma passagem custava mais de R$ 700 em média. Menos de 30 milhões de brasileiros viajam de avião a cada ano. Desde a desregulamentação tarifária, em cerca de uma década e meia o número de passageiros triplicou. Um bilhete doméstico custa hoje aproximadamente R$ 360 em média”, afirma a Abear em nota. “É raro encontrar comportamento semelhante em relação aos preços de quaisquer outros produtos e serviços no Brasil neste mesmo período”, completa.

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Programa usa dados pessoais e fará passagem aérea variar segundo seu perfil http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/03/01/passagem-aerea-tarifa-preco-dinamico-perfil-passageiro/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/03/01/passagem-aerea-tarifa-preco-dinamico-perfil-passageiro/#respond Thu, 01 Mar 2018 07:00:15 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=6950

Sistema quer cobrar passagem de acordo com o perfil do passageiro (Merelize/FreeRange)

A forma como você pesquisa preços de passagens aéreas pode ter de mudar radicalmente no futuro. Um novo software oferecido às companhias aéreas pretende criar preços dinâmicos de passagens aéreas. Assim, dois passageiros pesquisando simultaneamente preços para um mesmo voo poderiam encontrar tarifas diferentes.

A proposta do sistema desenvolvido pela empresa de tecnologia Pros é que o valor da tarifa seja atrelado ao perfil do passageiro, e não apenas a questões como procura, data e antecedência do voo, como acontece atualmente.

A ideia é que o sistema capture dados de navegação dos passageiros, avalie os voos anteriores e identifique se ele está inscrito nos programas de fidelidade da companhia aérea para, então, determinar o preço da passagem. Outros pontos como frequência de viagens e tempo de permanência no destino também podem influenciar no valor final do bilhete.

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Um passageiro que faz muitos voos na mesma companhia aérea, por exemplo, poderá receber um desconto. Já um passageiro que vai fazer um voo de ida e volta no mesmo dia poderá encontrar uma tarifa mais alta. Nesse caso, o sistema entenderá que aquela é uma viagem de negócios, o que permite que a companhia aérea cobre um preço mais alto. O valor será baseado na necessidade e capacidade de pagamento do cliente.

A Pros tem 80 companhias aéreas como clientes no mundo. Dessas, apenas 11 já começaram a implementar o sistema de preços dinâmicos baseado no perfil do passageiro. A empresa, no entanto, diz que por questões contratuais não pode revelar quais são essas companhias.

“Com base em nosso portfólio de projetos, haverá um grande número de companhias aéreas que devem migrar para o sistema de precificação dinâmica”, afirma John McBride, diretor de gerenciamento de produtos da Pros em entrevista ao site Travel Weekly.

Seus dados usados contra você

Se as companhias aéreas realmente começarem a adotar as tarifas dinâmicas para as passagens, os usuários precisarão ter atenção redobrada na hora de pesquisar os preços. Para coletar os dados do usuário, o sistema utiliza os cookies de navegação na internet. É basicamente a mesma tecnologia que os sites já usam para mostrar uma propaganda que se encaixe melhor no perfil do usuário.

Atualmente, já existe um mito de que, se você limpar os cookies do navegador ou fizer a pesquisa em uma janela anônima, os preços ficam mais baixos. A reportagem do Todos a Bordo fez várias pesquisas de preço utilizando essa técnica e nunca encontrou valores diferentes.

Com o sistema de preços dinâmicos, é possível que esse método finalmente gere algum efeito sobre o valor da passagem. Será preciso ter cuidado e fazer alguns testes antes de comprar a passagem.

“Se você achava que comprar passagens aéreas já era um desafio, só vai ficar ainda pior”, escreveu o jornalista especializado George Hobica em artigo para o jornal norte-americano “USA Today”.

Além de críticas de passageiros, Hobica afirma que o novo sistema também pode encontrar resistência dos órgãos reguladores e de entidades de defesa dos consumidores se realmente for implementado pelas companhias aéreas.

Cobrança seria legal no Brasil?

Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), nenhuma companhia aérea brasileira adota o sistema de preços dinâmicos até o momento. No entanto, não haveria nenhum impedimento legal para que isso fosse feito aqui, de acordo com a Anac e o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).

“Destacamos que se trata de tipo de conduta que ainda não é realizada pelas empresas aéreas aqui no Brasil. É importante observar também que a precificação [definição dos preços] dos bilhetes aéreos é feita pelas companhias aéreas, tendo em vista o regime de liberdade tarifária no setor, instituído pelo governo federal em 2001 e ratificado por meio da Lei n° 11.182/2005”, afirma a Anac.

O advogado e pesquisador em telecomunicações do Idec, Rafael Zanatta, afirma que, apesar de não haver impedimento legal para preços dinâmicos, o problema estaria na forma de coleta de dados pessoais dos usuários.

“O modelo de precificação somente funciona se houver ampla coleta de dados pessoais. Em se tratando de aplicação de internet, o Marco Civil da Internet obriga que processos de coleta de dados tenham informações claras sobre as finalidades específicas do tratamento de dados pessoais. Empresas que coletam e processam dados pessoais para elaboração de preços dinâmicos devem informar explicitamente que realizam preços dinâmicos com base na coleta de dados pessoais”, afirma.

O advogado do Idec também defende uma mudança na legislação brasileira para proteger os dados dos usuários. “Usuários de aplicativos e navegadores não sabem que existem cookies em suas máquinas coletando metadados e informações pessoais para formar um preço variável. O Idec defende a aprovação de uma Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais e normas claras para que empresas informem, obrigatoriamente, quando utilizarem metadados e dados pessoais para discriminação de preço”, diz.

A Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas) afirmou que a decisão de adotar o sistema de preços dinâmicos no futuro dependerá da estratégia de negócios e política de comercialização de cada empresa.

“Conceitualmente, sobre o tema geral, a Abear é defensora do livre mercado, realidade que começou a ser implantada no setor aéreo brasileiro a partir de meados da década de 1990 – e que ainda vem gradualmente sendo aprimorada até hoje. Dentro dos elementos de livre mercado na aviação nacional, a liberalização tarifária, em vigor plenamente desde 2002, é o pilar central da democratização do uso do avião no país. Ela criou o ambiente de real concorrência entre as companhias aéreas, levou à modernização do setor, à redução dos preços pela metade e à triplicação da quantidade de consumidores atendidos anualmente ao longo de pouco mais de uma década”, afirma a entidade.

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Aeroportos e aéreas brasileiras caem em ranking de pontualidade http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/01/04/aeroportos-companhias-aereas-ranking-pontualidade/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/01/04/aeroportos-companhias-aereas-ranking-pontualidade/#respond Thu, 04 Jan 2018 18:18:02 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=6695

Aviões de companhias aéreas brasileiras no aeroporto de Guarulhos (foto: Vinícius Casagrande/UOL)

Por Vinícius Casagrande

Os principais aeroportos brasileiros perderam posições no ranking internacional de pontualidade realizado pela consultoria inglesa OAG. Dos dez aeroportos que aparecem no ranking, sete tiveram queda no índice de voos que decolaram dentro do horário previsto e apenas dois melhoraram a pontualidade (Galeão e Santos Dumont, ambos no Rio de Janeiro). O aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), aparece pela primeira vez na lista.

Com a piora dos aeroportos no ranking, as companhias aéreas brasileiras também tiveram queda nos índices de pontualidade. Apenas Gol e Avianca constavam do relatório anual de 2016 da OAG. A Azul não aparecia no ranking anterior e agora é a brasileira mais pontual. O índice da Latam engloba as subsidiárias de todos os países no qual a empresa atua, como Chile, Argentina e Peru.

Azul: segundo lugar na América Latina com 84,14% (não constava no ranking de 2016)

Gol: quinto lugar na América Latina com 81,73% (era terceira colocada em 2016 com 84,63%)

Avianca: sexto lugar na América Latina com 81,44% (era quarta colocada em 2016 com 82,3%)

Latam: sétimo lugar na América Latina com 79,39% (não constava no ranking de 2016)

A OAG tem tolerância de até 15 minutos de atraso na decolagem para considerar o voo dentro do horário previsto. A consultoria avalia somente as companhias aéreas com mais de 30 mil voos por ano, e aeroportos com embarque de mais de 2,5 milhões de passageiros no ano de 2017.

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Guarulhos é o 18º entre os aeroportos com mais de 20 milhões de passageiros

Guarulhos perde 16 posições

O aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, caiu da segunda posição em 2016 para a 18ª colocação em 2017 entre os aeroportos com embarque de mais de 20 milhões de passageiros por ano*. O índice de pontualidade do terminal paulista caiu de 85,28% para 79,7%.

Entre os terminais acima de 30 milhões de passageiros, o aeroporto japonês de Haneda, em Tóquio, segue na primeira posição do ranking com índice de pontualidade de 86,75% (em 2016 era 87,49%). Na categoria entre 20 milhões e 30 milhões, o aeroporto de Minneapolis (EUA) lidera com pontualidade de 85,72%.

Terminal de Brasília se manteve em quarto lugar entre aeroportos grandes (foto: Divulgação)

Aeroportos grandes

Na categoria de aeroportos grandes, que têm entre 10 milhões e 20 milhões de embarques por ano, o brasileiro mais bem classificado é o terminal de Brasília, apesar da queda no índice de pontualidade. Nessa categoria, o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, melhorou sua posição. Congonhas também caiu no ranking.

O líder da categoria é o terminal de Osaka, no Japão, com 88,45% dos voos decolando dentro do horário previsto.

Brasília: quarto lugar com 84,58% (era o quarto colocado em 2016 com 87,07%)

Galeão: quinto lugar com 84,25% (era o 12º colocado em 2016 com 82,96%)

Congonhas: oitavo lugar com 82,32% (era o sexto colocado em 2016 com 85,4%)

Aeroporto de Confins (MG) teve queda na pontualidade para 84,96% (foto: Divulgação)

Aeroportos médios

Na categoria de aeroportos médios, com embarque entre 5 milhões e 10 milhões de passageiros, Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), teve piora no índice de pontualidade, mas se manteve na quarta posição mundial. O aeroporto de Santos Dumont subiu oito posições, enquanto o terminal de Viracopos, em Campinas (SP), apareceu no ranking pela primeira vez.

O líder entre os aeroportos médios é o de Birmingham, no Reino Unido, com pontualidade de 89,52%.

Confins: quarto lugar com 84,96% (era o quarto colocado em 2016 com 88,49%)

Santos Dumont: sexto lugar com 84,33% (era o 14º colocado em 2016 com 83,72%)

Viracopos: 12º lugar com 83,14% (não constava no ranking de 2016)

Aeroportos pequenos

Na categoria de aeroportos com embarque entre 2,5 milhões e 5 milhões de passageiros, os três terminais brasileiros presentes no ranking – Curitiba (PR), Recife (PE) e Porto Alegre (RS) – tiveram piora no índice de pontualidade. Os aeroportos de Fortaleza (CE) e Salvador apareciam na 17ª e 19ª posições, respectivamente, e em 2017 deixaram a lista dos 20 terminais mais pontuais.

O aeroporto de Tenerife Norte, na Espanha, lidera na categoria dos aeroportos pequenos com 90,05% de pontualidade. O terminal foi o mais pontual do mundo em 2017 e o único a atingir mais de 90% de pontualidade.

Curitiba: 14º lugar com 84,65% (era o nono colocado em 2016 com 86,77%)

Recife: 17º lugar com 83,61% (era o 15º colocado em 2016 com 85,26%)

Porto Alegre: 20º lugar com 83,45% (era o 11º colocado em 2016 com 85,91%)

* Nesse ano, a consultoria OAG dividiu a categoria dos grandes aeroportos entre os terminais com embarque entre 20 milhões e 30 milhões de passageiros (aeroportos principais) e acima de 30 milhões (mega-aeroportos). No último ano, havia apenas a categoria acima dos 20 milhões de passageiros. Entre os aeroportos principais, Guarulhos está na 11ª colocação, mas para melhor comparação com o ranking anterior, há sete aeroportos na categoria de mega-aeroportos com índice melhor que o de Guarulhos.

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