KLM – Todos A Bordo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br Todos a Bordo é o blog de aviação do UOL. Aqui você encontra as últimas informações, análises e notícias sobre o movimentado mundo das companhias aéreas, das fabricantes de aviões e de empresas aeroportuárias. Tue, 07 Jul 2020 19:46:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Potência dos motores do Airbus A380 equivale a 386 carros de Fórmula 1 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/05/05/potencia-motor-a380-comparacao-formula-1/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/05/05/potencia-motor-a380-comparacao-formula-1/#respond Sun, 05 May 2019 07:00:35 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=9873

Divulgação

Um Airbus A380, o maior avião de passageiros do mundo, virou um fracasso comercial e não será mais fabricado. Mesmo assim, seus números ainda causam curiosidade. Ele pode decolar com peso máximo de 575 toneladas. Para tirar esse gigante do chão, os quatro motores Engine Alliance GP7200 que equipam o avião precisam estar em potência máxima. Mas qual a força necessária para decolar um A380?

A medida de força dos motores de avião é diferente da dos automóveis por conta da forma de funcionamento de cada um deles. Os carros utilizam motores a pistão, que geram a força necessária para girar as rodas. Os aviões utilizam o conceito de lei da ação e reação, cujo deslocamento do ar na saída dos motores empurra a aeronave para frente.

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Os motores de carros medem a potência em cavalos-força, enquanto os motores aeronáuticos medem a força de impulso ou empuxo, geralmente em libras. Isso dificulta a comparação entre as potências de carros e aviões.

Comparando carros e aviões

Alguns cálculos, no entanto, permitem converter essas medidas para uma comparação bastante próxima entre as forças dos motores de carros e aviões.

Se forem levados em consideração o peso, a velocidade e o arrasto da aeronave (a resistência da aeronave se movendo pelo ar), é possível calcular um número teórico de watts produzidos pelos motores. Um megawatt é igual a 1.341 cavalos de potência.

Segundo cálculos do gerente de manutenção da companhia aérea holandesa KLM, Rob Duivis, durante a decolagem os quatro motores GP7200 do Airbus A380 produzem juntos 230 megawatts de potência total. Isso equivale a 308.430 cavalos de potência durante a decolagem.

Um carro médio produz 100 cavalos de potência, enquanto um motor de Fórmula 1 tem cerca de 800 cavalos. Isso significa que os 308.430 cavalos dos quatro motores do A380 na decolagem equivalem à força de 386 motores de carros de Fórmula 1, diz Duivis.

Veja como é feita a lavagem externa de um A380 da Emirates

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Voos internacionais em Fortaleza dobraram em 1 ano; o que está acontecendo? http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/11/voos-internacionais-fortaleza/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/11/voos-internacionais-fortaleza/#respond Thu, 11 Oct 2018 07:00:22 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8181

Barracas da Praia do Futuro, tradicional ponto de movimentação de Fortaleza (Jaque Queiroz/MTur)

A cidade de Fortaleza (CE) tem demonstrado potencial para ser um novo centro de conexão de voos internacionais no Nordeste, atendendo diversas companhias aéreas internacionais. Somente no mês de agosto, o aumento no número de voos internacionais em Fortaleza foi de 96,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, enquanto total de passageiros cresceu 60,8%. Qual o segredo desse aumento?

De janeiro a agosto, a capital cearense apresentou um aumento de 46,4% de voos e de 38,7% no número de passageiros em viagens internacionais em relação ao mesmo período do ano passado.

Dados do Ministério do Turismo apontam que até abril de 2019 o número de voos internacionais em Fortaleza deve triplicar em relação a 2017. No ano passado, a cidade tinha, em média, 14 voos internacionais por semana, que chegavam a oito destinos no exterior. Até abril do ano que vem, deverão ser 48 voos internacionais por semana para 14 cidades da América, Europa e África.

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Somente neste ano, três companhias aéreas estrangeiras já iniciaram operações internacionais tendo Fortaleza como destino: Air France, KLM e Copa, com voos para Paris (França), Amsterdã (Holanda) e Cidade do Panamá (Panamá). A Air France e a KLM começaram com dois voos semanais cada. No final deste mês, serão três voos por semana de cada empresa. Em abril, a KLM terá sua quarta frequência semanal.

No início de novembro, a Gol estreia dois voos diários a partir de Fortaleza para Miami e Orlando, ambas nos Estados Unidos. No ano que vem, deve ser a vez de a Air Europa começar a voar de Fortaleza para Madri (Espanha).

O secretário de turismo do Ceará, Arialdo Pinho, esteve em Estocolmo (Suécia) no início de setembro para uma reunião com a diretora de Comunicação e Relações Públicas da Norwegian, Charlotte Holmbergh Jacobsson, para apresentar Fortaleza com uma opção de destino para as futuras operações da companhia no Brasil.

O segredo: estado está cobrando menos impostos

O secretário de turismo do Ceará afirmou que a cidade tem aumentado sua campanha de promoção no exterior com o objetivo de atrair mais turistas. No entanto, para atrair companhias aéreas estrangeiras, era preciso aumentar também a conectividade com as empresas nacionais.

Para aumentar o número de voos domésticos, o governo do Ceará criou um programa de incentivos fiscais para reduzir a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o querosene de aviação e outros custos de operação aérea.

Caso a empresa tenha operações internacionais em Fortaleza, a alíquota do ICMS sobre o combustível cai de 25% para 12%. Para empresas nacionais, o ICMS vai a zero se houver mais de 50 voos domésticos por dia.

“Hoje, as quatro empresas brasileiras já têm voos internacionais a partir de Fortaleza”, afirmou o secretário de turismo do Ceará.

Esses benefícios atraíram especialmente a Gol e Latam. A Gol aproveitou sua parceira com a Air France e KLM para ampliar suas operações na capital cearense em cerca de 35%. A Gol afirmou que já tem 50 voos diários em Fortaleza com destino a 15 cidades.

Para atender ao aumento do número de voos, a Gol criou uma base de tripulantes em Fortaleza. “A função dela é gerar mais flexibilidade às operações da Gol no hub [centro de conexão de voos] cearense. Com essa base, a companhia passa a ter tripulações residentes no Ceará oferecendo mais comodidade a todos eles, que passam a iniciar e terminar suas programações de voos sempre na cidade”, afirmou a empresa, em nota.

Segundo a empresa, atualmente são 71 tripulantes, entre pilotos e comissários, na base de Fortaleza. Até janeiro, a empresa afirmou que esse número deve subir para 583, sendo 82 contratações e as demais promoções e movimentações internas.

Localização

Fortaleza também tem uma das menores distâncias entre uma capital brasileira e a Europa. A distância entre Fortaleza e Lisboa (Portugal) é de 5.600 quilômetros. São 250 quilômetros a menos que Recife e 2.350 quilômetros a menos que São Paulo.

Na região Nordeste, também tem posição privilegiada para chegar aos Estados Unidos. São 5.550 quilômetros entre Fortaleza e Miami, contra mais de 6.000 de Recife ou Salvador.

Segundo o Ministério do Turismo, na primeira temporada de férias após o início das operações do hub da Air France-KLM e Gol, além dos novos voos da Latam, cerca de 440 mil turistas desembarcaram no Ceará em julho, o que representa um aumento de 10,9% em relação ao mesmo período de 2017.

O fluxo internacional no Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, cresceu 60% em julho deste ano. Segundo o Ministério do Turismo, foram 42 mil visitantes, sendo 15,8 mil passageiros a mais que em julho de 2017, o maior índice já registrado desde o início da série histórica medida pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) desde o ano 2000.

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Voo de Congonhas (SP) para Europa demora quase 3h mais do que por Guarulhos http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/09/28/tempo-de-voo-europa-saida-congonhas-guarulhos/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/09/28/tempo-de-voo-europa-saida-congonhas-guarulhos/#respond Fri, 28 Sep 2018 07:00:35 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8049

KLM tem voos em Guarulhos (SP), Rio de Janeiro e Fortaleza (CE) (Foto: Divulgação)

Por Vinícius Casagrande

As companhias aéreas Air France e KLM intensificaram nos últimos dias uma campanha para incentivar uma nova opção de voos para a Europa saindo do aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Os voos são feitos em parceria com a brasileira Gol, com conexão no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, ou em Fortaleza (CE).

A opção pelas saídas de Congonhas é vendida como uma comodidade aos passageiros, que não precisariam enfrentar o trânsito da capital paulista para chegar até o aeroporto internacional de Guarulhos (SP). A economia de tempo, no entanto, pode não compensar em relação ao tempo total de viagem.

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“Essa novidade de conectar Congonhas com as nossas outras origens no Brasil, Rio de Janeiro e Fortaleza, e de lá para a Europa, traz mais possibilidades ao viajante corporativo ou de lazer que busca comodidade de deslocamento, aliada aos voos que mais atendem suas necessidades”, afirma Jean-Marc Pouchol, diretor-geral do grupo Air France-KLM para América do Sul, em nota.

Mas, na prática, um voo saindo de Congonhas demora quase três horas a mais do que um que parta de Guarulhos. O voo direto da KLM entre Guarulhos e Amsterdã (Holanda) tem duração de 11 horas e 45 minutos na ida. Saindo de Congonhas, a viagem tem duração total de 14 horas e 35 minutos, com conexões em Fortaleza na ida e no Rio de Janeiro na volta. O tempo total já inclui o período no qual o passageiro fica parado no aeroporto de conexão.

O voo direto entre Guarulhos e Paris (França) pela Air France tem duração de 11 horas e 15 minutos na ida e de 11 horas e 40 minutos na volta. Com saída do aeroporto de Congonhas e conexão no Galeão, a viagem dura 14 horas e 20 minutos na ida e 14 horas e 45 minutos na volta.

O diretor-geral do grupo Air France-KLM afirma que a procura pelos voos com saída de Congonhas está acima do esperado. “Essa era uma demanda dos nossos clientes e estamos muito felizes em poder proporcionar mais esta opção para eles, em parceria com a Gol. O resultado está muito acima das nossas expectativas, o que demonstra que para alguns sair de Congonhas, mesmo com uma conexão, atende melhor as necessidades”, diz, também em nota.

Voo de Congonhas exige troca de avião

Além de o voo demorar mais, a saída pelo aeroporto de Congonhas exige troca de avião nos aeroportos do Galeão ou de Fortaleza. Os passageiros embarcam em São Paulo em um voo doméstico da Gol. Após a primeira parada, o passageiro tem de fazer todo o processo burocrático de saída do Brasil.

Somente após a verificação de passaporte para saída do país é que o passageiro embarca em um avião da Air France ou da KLM com destino a Paris ou Amsterdã, respectivamente. São necessárias cerca de duas horas entre os voos para realizar todo esse trâmite.

É o mesmo procedimento necessário para passageiros de qualquer outra cidade brasileira que não conta com voos internacionais. É diferente de um voo com escala, quando há apenas uma parada intermediária, mas sem a necessidade de troca de avião.

Com a conexão, há também o risco maior de extravio de bagagem, já que as malas também precisam trocar de avião. Na saída do Brasil, esse processo é feito diretamente entre os funcionários das companhias aéreas.

Na volta, por exigência da Receita Federal, o passageiro precisa retirar sua mala na esteira de bagagem, passar pela verificação da Receita no aeroporto e depois fazer um novo processo de despacho de bagagem no guichê da companhia aérea. Um processo que demanda ainda mais tempo do passageiro.

Além de ter mais burocracia e de perder mais tempo, o passageiro ainda pode ter de pagar a mais por isso. No material divulgado pela KLM, o voo direto para Amsterdã saindo de Guarulhos custa R$ 3.211, enquanto o voo com conexão saindo de Congonhas custa R$ 3.465. Segundo a Air France, o voo direto de Guarulhos para Paris custa R$ 3.550, contra R$ 3.615 do voo com conexão com saída de Congonhas.

Na prática, no entanto, esses valores podem mudar dependendo das datas da viagem. Em determinados dias, a viagem com conexão pode ficar mais econômica.

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Acompanhamos a entrega de um avião 0 km da Embraer até a Holanda http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/05/05/acompanhamos-a-entrega-de-um-aviao-0-km-da-embraer-ate-a-holanda/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/05/05/acompanhamos-a-entrega-de-um-aviao-0-km-da-embraer-ate-a-holanda/#respond Sat, 05 May 2018 07:00:11 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=7383

Novo Embraer E175 da KLM chega ao aeroporto de Shciphol, em Amsterdã (Divulgação)

Por Vinícius Casagrande

A companhia aérea holandesa KLM recebeu na semana passada o 49º e último avião da encomenda que havia feito à fabricante brasileira Embraer. O avião modelo E175 será usado pela subsidiária KLM Cityhopper em rotas regionais dentro da Europa.

Antes de chegar à nova casa, no entanto, o novo avião da KLM teve de fazer uma jornada de dois dias de viagem entre São José dos Campos (97 km a nordeste de São Paulo), sede da fábrica da Embraer, até o aeroporto de Schiphol, em Amsterdã (Holanda), sede da KLM. O blog Todos a Bordo acompanhou o voo do avião até a Europa.

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Com autonomia de 4.074 quilômetros, o Embraer E175 precisa fazer três paradas para reabastecimento antes de completar a viagem de cerca de 9.700 quilômetros. Depois de decolar da fábrica da Embraer, o avião para em Recife (PE), Ilha do Sal (Cabo Verde) e Faro (Portugal).

Um voo sem passageiros

Depois de pronto, o avião sai da fábrica para os primeiros testes em voo. Aprovado pela equipe técnica da companhia aérea e com toda a documentação liberada, os pilotos da empresa têm a missão de levar o avião novinho para casa.

Tripulação e avião com detalhes em laranja em homenagem ao Dia do Rei (Vinícius Casagrande/UOL)

A entrega do último avião da encomenda da KLM junto à Embraer aconteceu exatamente no dia em que a Holanda comemorava o Dia do Rei (28 de abril). Para celebrar a data, o E175 recebeu uma pintura especial, com corações laranja (uma das cores que representam a Holanda) e a inscrição “Regards to the king” (Saudações ao rei).

A tripulação, composta por oito funcionários holandeses da KLM, embarcou no avião pouco antes das 8h, usando camisetas laranja também em homenagem ao rei. No total, eram apenas 12 pessoas (havia também quatro convidados) dentro do avião com capacidade para 88 passageiros.

Por se tratar de um voo especial, a bagagem não é despachada no porão do avião. Mesmo as malas maiores vão dentro da cabine de passageiros. O único detalhe é que elas devem ficar nos últimos assentos do avião. Isso é importante para balancear o peso. Tripulantes e convidados ficam acomodados na parte da frente do avião.

Porta da cabine fica aberta durante o voo

Sem passageiros pagantes a bordo, o clima dentro do avião fica bastante informal. Apesar de ser um avião comercial, o voo de traslado funciona bem mais ao estilo de um jato executivo. Um dos pontos mais curiosos é que a porta da cabine dos pilotos fica o tempo inteiro aberta.

Sem a presença de passageiros, porta da cabine fica sempre aberta (Vinícius Casagrande/UOL)

Após o avião atingir a velocidade e altitude de cruzeiro (cerca de 900 km/h e 10 km de altitude), os quatro convidados do voo (os únicos que não estavam acostumados com essa situação) não resistem em se aproximar para ver bem de perto como é o trabalho dos pilotos durante o voo.

Com o piloto automático ligado, resta aos pilotos apenas monitorarem todos os sistemas do avião, como consumo de combustível, sistemas hidráulico e elétrico e rota percorrida, além de ficarem atentos às comunicações do controle de tráfego aéreo. No lado de fora do avião, o ar calmo deixava o voo ainda mais tranquilo.

Paradas para reabastecimento e descanso da tripulação

Ao pousar em Recife, enquanto o avião é reabastecido, tripulantes e convidados precisam ir até o terminal do aeroporto para fazer o procedimento de saída do país. Apesar de não haver mais nenhum passageiro na área de imigração, o processo demora um pouco mais do que o normal. É que, além de verificar os passaportes, há também os últimos detalhes burocráticos da exportação do avião.

De Recife, o E175 inicia a travessia do oceano Atlântico. O próximo destino é a ilha do Sal, uma das que formam o arquipélago de Cabo Verde. São quase quatro horas de viagem. Para fazer esse trajeto sobre o mar, o avião recebe uma antena de alta frequência HF para comunicação de longa distância. Essa antena é usada somente no voo de entrega e retirada após a chegada a Amsterdã, já que o avião fará apenas voos curtos sobre o continente europeu.

O avião chega à Ilha do Sal já no final da tarde. Logo após o pouso, o Embraer E175 é reabastecido e levado a uma área de estacionamento, onde passará a noite. O avião não segue viagem imediatamente para permitir o descanso dos pilotos. Nos voos regulares de longo alcance, são utilizados três pilotos, que se revezam na cabine de comando. No voo de traslado do novo jato, havia dois pilotos a bordo.

Localizada no meio do oceano Atlântico, a ilha do Sal recebe poucos voos diários. Do Brasil, há um voo semanal saindo de Fortaleza (CE) e Recife (PE) para Cabo Verde. O destino, no entanto, é a cidade de Praia, na ilha de Santiago, e distante a cerca de 250 quilômetros da ilha do Sal.

Último dia da viagem

Depois de uma noite de descanso, o último dia da viagem para a entrega do avião Embraer E175 à KLM começa bem cedo. Às 7h, a tripulação já está pronta para seguir ao aeroporto. Ao chegar à porta do avião, o engenheiro de solo Berny Koomen fica responsável para fazer a inspeção visual em toda a área externa do avião. Ele verifica todas as estruturas do avião, como trem de pouso, motores, asas e fuselagem.

Engenheiro Berny Koomen verifica condições do avião antes da decolagem (Vinícius Casagrande/UOL)

Dentro da cabine de comando, os pilotos holandeses Ronald Vermerris e Thijs v.d. Zanden fazem as programações para o voo. Todo o plano de voo, com a rota a ser seguida, é repassado para o computador de bordo. É ele que vai orientar o piloto automático durante a viagem. Com tudo pronto, o avião decola poucos minutos depois das 8h.

Após cerca de três horas de voo, o E175 faz seu primeiro pouso no continente europeu. A chegada a Faro ocorre por volta das 13h30 no horário local (há duas horas de fuso entre Cabo Verde e Portugal). É a parada mais rápida do trajeto inteiro.

Em Faro, apenas os pilotos descem do avião para acompanhar o reabastecimento do Embraer E175. Enquanto isso, dentro do avião, os demais tripulantes e convidados recebem o almoço (os pilotos também almoçam depois do reabastecimento). Outra raridade que só acontece nesse tipo de voo é você receber o serviço de bordo somente quando o avião está parado no solo.

Depois de uma hora do pouso em Faro, o avião decola para Amsterdã, seu destino final. São mais duas horas e meia de voo. A tripulação já está ansiosa para chegar em casa. No meio do caminho, os pilotos trocam de roupa e, pela primeira vez durante a viagem, vestem o tradicional uniforme. Até então, estavam normalmente vestidos com calça jeans e camiseta.

Os pilotos Ronald Vermerris e Thijs v.d. Zanden na chegada a Amsterdã (Vinícius Casagrande/UOL)

O pouso em Amsterdã acontece às 18h no horário local. Em vez de se dirigir ao terminal de passageiros, o último Embraer a ser incorporado à frota da KLM segue para o pátio de estacionamento dos jatos executivos. Os pilotos se aproximam acenando a bandeira brasileira para os familiares que esperam no terminal VIP. Não há nenhum tripulante brasileiro e a bandeira é uma referência ao país onde o avião foi fabricado.

Primeiro voo comercial ocorre 36 horas depois da chegada

O novo Embraer E175 ficou parado no aeroporto de Amsterdã apenas 36 horas antes de fazer seu primeiro voo comercial com passageiros. Foi o tempo necessário para acertar a documentação e realizar a última inspeção pelos técnicos da KLM.

O primeiro voo do E175 decolou de Amsterdã às 6h50 do dia 30 de abril com destino a Bruxelas (Bélgica), um trajeto de apenas meia hora. Naquele dia, o novo avião fez um total de nove voos, com viagens para Frankfurt (Alemanha), Bremen (Alemanha) e Gdansk (Polônia), além de outro voo para Bruxelas.

Familiares aguardam os tripulantes no pátio do aeroporto (Vinícius Casagrande/UOL)

Preços dos novos Embraer não estão atrativos, diz KLM

A Embraer criou novos modelos de avião que prometem gastar 17,3% menos combustível, mas custam mais caro. Como o preço do petróleo no mercado mundial está baixo, esses novos aparelhos podem ter dificuldade de venda.

A avaliação é do gerente de frota da KLM, Gertjan Lichtenveldt. “Com os valores atuais do petróleo, a economia de combustível não faz tanta diferença e, por enquanto, talvez não compense o investimento a mais para os aviões da nova geração”, diz. A KLM é atualmente a maior operadora de aviões da Embraer na Europa.

Um Embraer E175 custa em torno de US$ 42 milhões (R$ 148 milhões), enquanto o E175-E2 da nova geração sai por volta de US$ 50 milhões (R$ 176 milhões). Outro modelo utilizado pela KLM, o E190 custa cerca de US$ 50 milhões (R$ 176 milhões). O valor do novo E190-E2 sai por volta de US$ 58 milhões (R$ 204 milhões).

(O jornalista viajou a convite da KLM)

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Jato da Embraer é o único a pousar na ilha de Napoleão com vento de 90 km/h

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O caminho de um avião 0 km do interior de SP até Amsterdã http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/02/24/o-caminho-de-um-aviao-0-km-do-interior-de-sp-ate-amsterda/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/02/24/o-caminho-de-um-aviao-0-km-do-interior-de-sp-ate-amsterda/#respond Sat, 24 Feb 2018 07:00:31 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=6932

Avião Embraer 175 na fábrica de São José dos Campos (Vinícius Casagrande/UOL)

Por Vinícius Casagrande

Quem compra um carro novo precisa esperar pouco mais de uma semana para sair dirigindo da concessionária. É o tempo necessário para uma última revisão do veículo e o emplacamento no Detran. No dia da retirada, basta assinar alguns documentos, receber instruções sobre o veículo e pronto.

Já as companhias aéreas enfrentam um processo bem mais complexo para comprar um avião novo. Somente o processo de escolha do modelo pode demorar mais de um ano. Quando vai introduzir um novo tipo de aeronave à sua frota, a companhia aérea avalia as opções de diversos fabricantes.

São levados em conta aspectos como adequação às rotas da empresa, custos operacionais, manutenção, treinamento da tripulação, capacidade de carga e conforto do passageiro. “Fazemos vários voos de demonstração e os executivos preenchem um questionário sobre vários pontos e características do avião”, afirma Hans Werner, vice-presidente de serviços técnicos e desenvolvimento de frota da KLM.

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Com a decisão tomada, ainda pode levar alguns anos para a empresa receber todos os aviões que comprou. A companhia aérea holandesa KLM, por exemplo, optou pelos jatos E175 e E190, da Embraer, há mais de dez anos.

De um pedido total de 49 aviões, a empresa já recebeu 45 deles – os dois mais novos foram entregues na semana passada na fábrica de São José dos Campos, no interior de São Paulo, sendo um E190 e um E175. A empresa deve receber os quatro últimos aviões do pedido até abril.

Pilotos e mecânicos fazem testes em voo e no solo antes de receber um avião novo (Divulgação)

Vistoria do avião dura três dias

Quando o avião fica pronto na fábrica, a companhia aérea envia pelo menos seis pessoas para fazer a liberação da aeronave e levá-la para a sede da empresa. No caso da KLM, foram dois pilotos, dois mecânicos, uma pessoa responsável por analisar toda a documentação no Brasil e outra para fazer o registro do avião junto às autoridades holandesas.

Além da parte burocrática, os pilotos e mecânicos também fazem diversas avaliações para garantir a qualidade do avião. No primeiro dia de testes, a nova aeronave faz um voo de cerca de duas horas para os pilotos verificarem os comandos de voo. Depois do pouso, os mecânicos fazem uma avaliação dos motores do avião.

No segundo dia, o avião passar por mais testes. No solo, a aeronave é erguida por macacos hidráulicos. Com o avião suspenso, os mecânicos fazem diversos testes nos trens de pouso, comandos das asas e estabilizadores.

O último dia é destinado a avaliar a condição de toda a fuselagem do avião, incluindo detalhes da pintura. Se algum problema for encontrado, a aeronave é enviada de volta ao hangar para reparo do problema.

Somente depois que o novo avião é aprovado pelos pilotos e mecânicos, a companhia aérea faz o pagamento final. Um Embraer 190, por exemplo, custa cerca de US$ 50 milhões (R$ 162 milhões). Com o pagamento confirmado, o avião passa a exibir a matrícula (letras de registro, como a placa do carro) do país de origem da companhia aérea.

Cerimônia oficial de entrega de um novo avião na fábrica da Embraer (Vinícius Casagrande/UOL)

De São José dos Campos para Amsterdã

Os novos aviões da KLM decolaram na manhã da última sexta-feira (23) da fábrica da Embraer em São José dos Campos (SP) com destino a Amsterdã, na Holanda. Com não têm autonomia para fazer um voo direto, as aeronaves precisam fazer de duas a três paradas para reabastecimento.

O Embraer 190 faz o primeiro pouso em Recife (PE). Além de reabastecer o avião, pilotos, mecânicos e eventuais convidados também fazem todo o processo alfandegário de saída do país. De Recife, o avião viaja até Tenerife, nas Ilhas Canárias, já em território espanhol. Tripulação e convidados passam a noite em Tenerife e somente no dia seguinte fazem a última perna da viagem, até Amsterdã.

Como o Embraer 175 tem autonomia menor, é necessário fazer uma parada a mais. Assim, o avião sai de São José dos Campos, passa por Recife e depois segue para a Ilha do Sal, em Cabo Verde. No dia seguinte, o avião voa até Faro, em Portugal, para o último reabastecimento, antes de seguir até Amsterdã.

Quando chega à sede da companhia aérea, o avião passa por mais uma inspeção técnica antes de começar a realizar os voos regulares pela empresa.

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Nordeste terá 50% mais de voos internacionais, para Argentina, EUA e Europa

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Nordeste terá 50% mais de voos internacionais, para Argentina, EUA e Europa http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/02/18/novos-voos-internacionais-nordeste-argentina-eua-europa/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/02/18/novos-voos-internacionais-nordeste-argentina-eua-europa/#respond Sun, 18 Feb 2018 07:00:50 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=6882

Serão mais 35 voos internacionais por semana a partir do Nordeste em 2018 (Divulgação)

Por Vinícius Casagrande

A região Nordeste do Brasil tem atraído a atenção das companhias aéreas como uma nova ligação para voos internacionais. Em 2018, os voos para o exterior com saídas a partir de cidades do Nordeste devem ter um aumento de 50%.

Segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), atualmente há 70 voos regulares internacionais por semana a partir de aeroportos da região. Para 2018, está prevista a criação de pelo menos mais 35 novos voos regulares, o que elevaria para 105 decolagens semanais rumo ao exterior. Os dados não consideram voos temporários ou de fretamento.

O crescimento será feito por companhias aéreas que já operam voos internacionais na região. Atualmente, 11 empresas têm voos para o exterior a partir do Nordeste. Em 2018, o número passará para 13. A região também ganhará dois novos destinos internacionais: Fort Lauderdale, nos Estados Unidos, e Rosário, na Argentina.

Todos os novos voos sairão de Fortaleza (CE), Recife (PE) ou Salvador (BA), cidades que já contam com voos internacionais. Além delas, outras cinco cidades do Nordeste também têm voos para exterior, mas que devem permanecer com as mesmas operações atuais. São elas: Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Natal (RN) e Porto Seguro (BA).

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KLM terá três voos semanais entre Fortaleza e Amsterdã (Divulgação)

Fortaleza é campeã de novos voos

Fortaleza é a principal responsável pelo aumento dos voos internacionais no Nordeste. Somente a capital cearense tem prevista a estreia de 24 voos por semana. O crescimento internacional de Fortaleza começou quando o grupo Air France-KLM anunciou o início de novos voos para Paris, na França, e Amsterdã, na Holanda.

A ideia inicial era que fossem três voos semanais entre Fortaleza e Amsterdã e dois entre Fortaleza e Paris. Após o início das vendas dos bilhetes, o grupo decidiu incluir um terceiro voo para Paris. Nos voos para a capital francesa, o grupo Air France-KLM irá utilizar aviões de sua nova companhia aérea, a Joon, criada no ano passado.

Uma passagem entre Fortaleza e Paris em voos diretos, com ida dia 13 de maio e volta dia 20 de maio, custa R$ 3.027. Se a mesma viagem fosse feita com conexão em São Paulo ou Rio de Janeiro, o valor subiria para R$ 3.988.

Na rota entre Fortaleza e Amsterdã em voos diretos, com ida de 10 de maio e volta dia 19 de maio, a passagem custa R$ 2.489. Em voos com conexão em São Paulo ou no Rio de Janeiro, a viagem subiria para R$ 3.932.

Novo Boeing 737 MAX terá autonomia para voar de Fortaleza a Miami sem escala (Foto: Divulgação/Gol)

Parceira do grupo franco-holandês, a brasileira Gol reforçou suas operações em Fortaleza para facilitar a conexão de passageiros. “A Gol vai aumentar sua oferta na região e oferecer mais de 60 mil novos assentos por mês de e para a cidade, com um incremento de 35% da oferta de assentos”, afirma Celso Ferrer, vice-presidente de planejamento da Gol.

Aproveitando a presença maior na capital cearense, a Gol escolheu a cidade para retomar os voos para os Estados Unidos. A companhia terá um voo diário entre Fortaleza e Orlando e outro voo diário entre Fortaleza e Miami. No total, serão 14 voos semanais a partir de novembro. A empresa também terá voos para Miami e Orlando a partir de Brasília (DF).

O voo direto da Gol entre Fortaleza e Miami, com ida dia 4 de novembro (voo inaugural) e volta dia 11 de novembro, custa R$ 2.122,98. Na rota entre Fortaleza e Orlando, nas mesmas datas, a passagem custa R$ 2.219,62.

“Fortaleza possui localização privilegiada, facilitando as possibilidades de conexões rápidas e eficientes com os demais destinos. O potencial de desenvolvimento do seu aeroporto, economia e turismo também contribuem para o aumento das operações no Estado. Todos estes benefícios foram decisivos para a escolha de Fortaleza como sede do hub em parceria com a Air France KLM”, afirma o vice-presidente da Gol.

Latam terá novos voos a partir de Fortaleza, Recife e Salvador (Foto: Divulgação)

Latam entra na disputa em Fortaleza

Em resposta às inciativas da parceria da Gol com o grupo Air France-KLM em Fortaleza, a Latam anunciou a criação de dois novos voos semanais entre Fortaleza e Orlando e o aumento de um para dois voos semanais na rota entre Fortaleza e Miami.

Durante o anúncio, o CEO da Latam, Jerome Cadier, aproveitou para cutucar a rival. Na ocasião, a Gol ainda não havia anunciado seus voos próprios para os Estados Unidos. “O Nordeste precisa ser mais do que um simples ponto de conexão com empresas parceiras de outros continentes. Com voos diretos próprios, vamos aproximar ainda mais a região de outros destinos no mundo”, disse na época.

Além de Fortaleza, a Latam criou um voo semanal entre Salvador e Miami, aumentou a frequência na rota entre Recife e Miami e transformou de temporário para definitivo o voo semanal entre Salvador e Buenos Aires, na Argentina.

Para viagens entre Recife e Miami em maio, a passagem custa R$ 1.767. Na rota entre Fortaleza e Orlando, no voo inaugural direto de 5 de julho, a passagem de ida e volta sai por R$ 3.722. No trecho entre Salvador e Miami, a passagem de ida no dia 29 de abril (voo inaugural) e volta em 6 de maio, a passagem custa R$ 1.763.

A Latam já teve planos de criar um hub (centro de distribuição de voos no Nordeste). No entanto, a crise econômica brasileira fez a companhia congelar esse projeto, que segue sem data para ser implementado. “A companhia entende que um verdadeiro hub demandaria um mercado aquecido e sustentável no longo prazo que justifique a criação de uma base de voos e alocação de frota na região”, afirma a empresa em nota.

Azul reforça operação internacional em Recife (Divulgação)

Azul terá mais um destino nos Estados Unidos

A Azul passará a voar a partir de Recife para Fort Lauderdale, na região de Miami. Serão dois voos semanais a partir de maio, ganhando uma terceira frequência por semana em junho. Atualmente, a companhia já conta com quatro voos semanais entre Recife e Orlando.

Segundo a empresa, os voos de Recife para os Estados Unidos permitirão uma rápida conexão para os passageiros que saem de Salvador, João Pessoa, Maceió, Natal, Fortaleza, Aracaju e Rio de Janeiro. Os voos diretos com ida dia 13 de maio e volta dia 19 de maio custa R$ 2.070.

A companhia aérea também terá voos para dois novos destinos na Argentina a partir da capital pernambucana. Os voos saindo de Recife para as cidades de Rosário e Córdoba serão uma vez por semana.

“Nossa malha no Recife vem crescendo a cada dia, permitindo que a companhia ofereça conexões rápidas e convenientes para vários destinos no país e no mundo”, afirma John Rodgerson, presidente da Azul.

Copa Airlines terá novos voos entre Panamá e Fortaleza e Recife (Divulgação)

Copa terá voos do Panamá para Fortaleza e Salvador

A companhia aérea panamenha Copa Airlines, que já voa para sete cidades brasileiras, também deve reforçar sua presença no Nordeste. A empresa já tem dois voos semanais entre Recife e Cidade do Panamá. A partir de julho, serão mais dois voos por semana entre o Panamá e Fortaleza e outros dois voos do Panamá para Salvador.

A Copa Airlines utiliza seu hub na Cidade do Panamá para conectar os passageiros a 78 cidades em 32 países da América do Norte, Central e do Sul e no Caribe.

Veja os novos voos a partir da região Nordeste do Brasil para 2018:

Gol: Fortaleza – Miami (sete voos semanais)

Gol: Fortaleza – Orlando (sete voos semanais)

Latam: Fortaleza – Orlando (dois voos semanais)

Latam: Fortaleza – Miami (aumento de mais um voo semanal)

Latam: Salvador – Miami (um voo semanal)

Latam: Salvador – Buenos Aires (um voo semanal – era temporário e vira definitivo)

Latam: Recife – Miami (aumento de mais um voo semanal)

Azul: Recife – Fort Lauderdale (três voos semanais)

Azul: Recife – Rosário (um voo semanal)

Azul: Recife – Córdoba (um voo semanal)

KLM: Fortaleza – Amsterdã (três voos semanais)

Air France: Fortaleza – Paris (três voos semanais)

Copa Airlines: Fortaleza – Cidade do Panamá (dois voos semanais)

Copa Airlines: Salvador – Cidade do Panamá (dois voos semanais)

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Pior acidente da aviação mundial, com 583 mortos, completa 40 anos http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2017/03/27/pior-acidente-da-aviacao-mundial-com-583-mortos-completa-40-anos/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2017/03/27/pior-acidente-da-aviacao-mundial-com-583-mortos-completa-40-anos/#respond Mon, 27 Mar 2017 07:00:14 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=5363

Colisão de dois Boeings 747 foi o acidente com o maior número de mortos (Foto: Domínio Público)

Por Vinícius Casagrande

No dia 27 de março de 1977, há exatos 40 anos, a aviação mundial presenciava o pior acidente de sua história, jamais superado até hoje. No aeroporto de Tenerife, na Espanha, dois aviões Boeing 747 se chocaram na pista de decolagem, deixando 583 mortos. Apenas 65 pessoas, entre passageiros e tripulantes, sobreviveram.

Os dois aviões que se envolveram no acidente pertenciam à companhia aérea holandesa KLM e à já extinta norte-americana Pan Am. Todos os sobreviventes estavam a bordo do Boeing da Pan Am.

Ameaça de bomba em Las Palmas

Os dois aviões não estavam previstos para pousar no aeroporto de Tenerife. Ambos tinham como destino final o aeroporto de Las Palmas, também na Espanha. Naquele dia, porém, uma ameaça de bomba em um dos terminais forçou as autoridades a suspender todas as operações no aeroporto local. Assim, os aviões tiveram de ser desviados para Tenerife.

Muitos aviões chegaram a ficar horas parados esperando a reabertura do aeroporto de Las Palmas. O aeroporto de Tenerife passou a viver um certo caos. Com um tráfego de aviões muito superior ao registrado normalmente, não havia espaço para estacionamento de todas as aeronaves. Assim, alguns aviões tiveram de ficar parados nas pistas de táxi, dificultando a circulação de outras aeronaves.

Baixa visibilidade e falha de comunicação

Já era o final da tarde quando os aviões começaram a receber autorização para decolar rumo a Las Palmas. Um novo imprevisto, no entanto, dificultava novamente as operações. Naquele momento, uma forte neblina cobria o aeroporto de Tenerife, reduzindo a visibilidade do pilotos e dos controladores de tráfego aéreo.

Apesar da dificuldade, o Boeing 747 da KLM foi autorizado a prosseguir até a cabeceira da pista e aguardar novas ordens. Instantes depois, o avião da Pan Am recebeu instruções para cruzar a pista e seguir a um ponto perto da cabeceira, já que seria um dos próximos a decolar.

Os pilotos da KLM, porém, não compreenderam a mensagem corretamente (provavelmente por conta da pronúncia ruim do inglês dos controladores espanhóis) e assim que chegaram à cabeceira da pista iniciaram o procedimento de decolagem. Com a baixa visibilidade, os pilotos não viram que havia outro Boeing 747 fazendo uma manobra.

Desespero no Boeing da Pan Am

Enquanto cruzavam a pista, os pilotos da Pan Am conseguiram perceber que as luzes do Boeing da KLM estavam se aproximando e tentaram acelerar para sair da pista antes da chegada do outro avião.

“Comecei a gritar para sairmos da pista e o capitão começou a virar o avião. Olhei para a minha janela, do lado direito, e vi ele decolando da pista. Então, fechei os olhos, me abaixei e, basicamente, fiz uma oração curta na esperança de que ele não nos atingisse”, afirmou o copiloto do Boeing da Pan Am, Robert Bragg, em uma entrevista à BBC no ano passado.

Nesse momento, o avião da KLM já atingia uma velocidade de 250 km/h. O choque foi inevitável.

“Quando ele nos atingiu foi uma batida muito curta. Nenhum barulho muito alto, nenhum chacoalhão forte. Eu pensei, ‘graças a Deus, ele não nos acertou’. Então olhei para cima, para os controles de combate a incêndio, e foi quando eu notei que o teto do avião não estava mais lá”, disse.

Fuga do avião em chamas

O copiloto conseguiu saltar da cabine a uma altura de cerca de 12 metros do chão. A maioria dos passageiros sobreviventes saiu pela asa esquerda do avião e também teve de saltar. Somente os primeiros a sair do avião conseguiram se salvar, antes que o tanque central de combustível explodisse.

Após o impacto, o Boeing da KLM se despedaçou no chão e a fuselagem só parou totalmente cerca de 800 metros após o ponto de impacto.

Causas e consequências do acidente

As investigações apontaram diversas causas para o pior acidente da aviação mundial, e todas estão relacionadas a fatores humanos. As principais são falhas de comunicação entre os pilotos e o controle de tráfego aéreo, erros na pronúncia do inglês por parte dos controladores, cansaço dos pilotos e problemas de relacionamento entre os pilotos da KLM.

Depois do acidente, a aviação estabeleceu diversas mudanças nos procedimentos padrões. Os termos utilizados pelos controladores passaram a contar com uma fraseologia padrão em todo o mundo, há testes de inglês mais rigorosos e o treinamento para evitar conflitos dentro da cabine foi aprimorado.

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Na hora do pouso do avião, nem sempre o mais suave é o melhor http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2016/11/26/na-hora-do-pouso-do-aviao-nem-sempre-o-mais-suave-e-o-melhor/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2016/11/26/na-hora-do-pouso-do-aviao-nem-sempre-o-mais-suave-e-o-melhor/#respond Sat, 26 Nov 2016 08:00:26 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=4298 Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Não é incomum ver passageiros animados (ou aliviados) aplaudirem o comandante depois de um pouso. Ou por ter conseguido aterrissar em segurança, ou porque a manobra foi feita de forma bastante confortável, quase sem atritos na pista.

A surpresa é que nem sempre um pouso suave é um bom pouso, como escreve o piloto Jonathan Franklin no blog da companhia aérea KLM. “Uma das grandes falácias da aviação é que um pouso suave é um bom pouso. Isso nem sempre é verdade. Mesmo sendo mais confortável para os passageiros, a menos que as condições estejam perfeitas e a pista seja longa, um pouso suave pode ser algo ruim”.

Ele afirma que, em um pouso muito suave, o avião continua meio que voando, então precisa ser controlado com ainda mais atenção. Além disso, se a pista estiver molhada, o piloto também deverá fazer uma aterrissagem firme. “Por conta da velocidade do pouso, a água da pista não consegue se dispersar por baixo dos pneus em um pouso suave, e o trem de pouso vai patinar na superfície da água”.

Se a pista for bastante longa, a necessidade de aterrissar de forma mais firme será amenizada. De qualquer forma, seja o pouso suave ou mais duro, o passageiro deve saber que foi realizado de forma segura, como destaca o comandante da Gol, Leonardo Constant. “O bom pouso é o pouso seguro, feito com a manobra correta, com o toque na pista no ponto certo. A partir daí, podem ser mais macios ou mais duros, mas está dentro dos parâmetros de segurança”.

Ventos

Outro fator que interfere nas condições de pouso é a direção do vento. “Às vezes o passageiro questiona: ‘o dia está sem nuvem e o piloto teve de arremeter?’ Isso acontece por causa do vento”, diz o comandante da Gol Leonardo Constant.

O vento de proa, aquele que atinge o avião de frente, auxilia o processo de frenagem, facilitando o pouso. Neste caso, mais uma vez, o comprimento da pista também deve ser considerado porque, em uma pista curta, a frenagem do avião terá de ser mais forte.

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A internet está cheia de vídeos impressionantes de pousos em condições difíceis relacionadas ao vento, mas muitas vezes a imagem assusta mais quem está vendo do lado de fora do que o passageiro que está dentro do avião. “A imagem dos vídeos é impressionante, mas do lado de dentro a sensação é mais de uma turbulência, uma percepção de balanço”, diz Constant.

Só acaba quando termina

Outro aspecto para o qual o piloto da KLM chama a atenção é o fato de que o pouso não termina quando o avião toca o solo. “Apesar de ser raro qualquer coisa dar errado neste ponto, o avião ainda está em alta velocidade e, portanto, um pouco instável”.

“O pouso só acaba quando nós livramos a pista e iniciamos o taxiamento”, confirma Constant. Por isso, é muito importante seguir o aviso de manter os cintos afivelados até que o sinal luminoso seja desligado.

Piloto automático

O comandante Franklin diz ser mito que os pilotos utilizam o piloto automático o tempo todo. “Embora os aviões sejam capazes de pousar automaticamente, o piloto automático deve ser usado em condições de má visibilidade”.

“Mesmo quando o pouso é feito com o piloto automático, um dos pilotos ainda estará de olho nos controles, para o caso de alguma coisa indesejada acontecer. Isso garante que o pouso será finalizado com segurança”, diz.

O comandante da Gol explica que há aviões preparados para o uso do piloto automático no momento da aterrissagem, e pistas também preparadas para o uso do sistema, já que o processo também depende de instrumentos localizados no chão.

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Aérea faz vídeo de segurança com animação em famosos azulejos artesanais http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2015/10/23/companhia-aerea-usa-animacao-em-novo-video-de-seguranca/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2015/10/23/companhia-aerea-usa-animacao-em-novo-video-de-seguranca/#respond Fri, 23 Oct 2015 19:05:33 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=1866

A tendência de fazer vídeos de segurança que captem a atenção dos passageiros está testando a criatividade das companhias aéreas. As novas criações contam com celebridades, música, danças, situações cômicas. E também animação, como no vídeo que a KLM passará a exibir a partir de novembro.

As instruções sobre os procedimentos de segurança foram retratadas em desenhos inspirados na técnica utilizada nas porcelanas de Delft, na Holanda. Mais de 1.000 azulejos foram utilizados no vídeo.

Todo o roteiro obrigatório de segurança foi transformado em uma série de ilustrações feitas manualmente. A técnica de animação stop-motion foi usada para filmar azulejo por azulejo para o vídeo.

A aeromoça que serviu de modelo para os artesãos é funcionária da KLM e é a voz dela que se ouve durante a animação.

O novo vídeo de segurança será exibido a partir do dia 1º em todos os voos internacionais da KLM partindo de Amsterdã.

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Aérea pagará R$ 100 mil a homem impedido de embarcar com cadeira de rodas http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2015/07/16/aerea-pagara-r-100-mil-a-homem-impedido-de-embarcar-com-cadeira-de-rodas/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2015/07/16/aerea-pagara-r-100-mil-a-homem-impedido-de-embarcar-com-cadeira-de-rodas/#respond Thu, 16 Jul 2015 23:08:30 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=1290 A Justiça de São Paulo condenou a companhia aérea KLM a pagar R$ 100.000,00 de indenização a um passageiro que foi impedido de embarcar para a França por causa de sua cadeira de rodas. Na sentença, o juiz Wander Benassi Junior afirma que a atitude configurou uma “violação à dignidade e a igualdade de oportunidades”. A empresa informou que vai recorrer da decisão.

Em setembro de 2013 o professor universitário Wilton Azevedo iria à Paris, para dar uma palestra. Mas não pôde embarcar porque, segundo a KLM, teria de ter avisado sobre a deficiência com uma antecedência de no mínimo 48 horas. A companhia aérea alegou que teria de ter um acompanhante para ficar à disposição do passageiro e que a cadeira de rodas elétrica que utiliza é considerada material perigoso, e precisa de transporte especial.

No processo, Azevedo afirmou que os funcionários da companhia fizeram “chacota”, ao dizerem, diante de sua família e de outros passageiros, que “o problema não era a paraplegia, mas a cadeira”. A empresa alegou que as informações foram passadas ao cliente de forma cordial e negou que seus empregados tenham sido grosseiros.

A sentença destaca que a falta de informação sobre a necessidade de assistência especial não inviabiliza o embarque, como prevê resolução da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). “Sendo assim, havendo o assento disponível na aeronave e declarando-se o autor totalmente capaz de viajar sozinho, não há qualquer razão válida que justifique a recusa apresentada pelas rés”.

O juiz considerou “evidente que o autor sofreu dano a direitos da personalidade”, uma vez que foi impedido de embarcar com base “exclusivamente no fato de ser pessoa com deficiência, o que configura violação a sua dignidade e à igualdade de oportunidades”.

Na época em que foi barrado no voo, o professor publicou um vídeo no YouTube com sua versão sobre o caso.

(Claudia Andrade)

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