joint venture – Todos A Bordo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br Todos a Bordo é o blog de aviação do UOL. Aqui você encontra as últimas informações, análises e notícias sobre o movimentado mundo das companhias aéreas, das fabricantes de aviões e de empresas aeroportuárias. Tue, 07 Jul 2020 19:46:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Azul pode se beneficiar com a fusão da Embraer com a Boeing, diz presidente http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/12/17/embraer-boeing-azul-beneficiada/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/12/17/embraer-boeing-azul-beneficiada/#respond Mon, 17 Dec 2018 17:51:44 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8645

Embraer 195 da Azul; companhia tem 51 pedidos da versão E2 (Divulgação)

A Azul, única companhia brasileira a operar jatos da Embraer, pode sair beneficiada com a fusão entre Boeing e Embraer, segundo seu presidente, John Rodgerson. Em entrevista ao Todos a Bordo no final de novembro, ele afirmou que o negócio deve gerar benefícios à Azul com a redução do preço dos aviões e de outros serviços, como manutenção.

“Acho que muda a habilidade para negociar. O fato é que a Embraer vai ter muito mais escala. Quando a Boeing senta com a GE ou com a Pratt & Whitney [fabricantes de motores de avião] para negociar, é uma outra conversa do que quando a Embraer senta com eles. Quem você acha que vai ter melhor negociação de preço, quem fabrica cem aeronaves por ano ou quem faz 60 aeronaves por mês?”, afirmou Rodgerson.

Leia também:

A Azul tem a maior carteira de pedidos do novo E195-E2 (51 aviões), que está em fase final de testes, e deverá ser a primeira companhia do mundo a receber o novo modelo da Embraer. Nos últimos anos, a empresa passou a voar também com aviões Airbus A320neo.

“Nós temos o maior pedido de compra do Embraer E2 do mundo e estamos animados com a aeronave. O Airbus A320 está ajudando a gente a crescer, mas o carro-chefe vai continuar sendo o Embraer. Não pense que nós vamos abandonar o Embraer. Para o ano que vem, vamos receber de seis a oito aviões E2”, disse.

O presidente da Azul avaliou, ainda, que a fusão da Embraer com a Boeing era essencial após a Airbus ter comprado a Bombardier.

“Acho que [a fusão] é saudável. Quando a Airbus comprou a Bombardier, não era uma disputa justa mais por conta de todo o poder de negociação que a Airbus tem. O interessante é que a Airbus comprou a Bombardier por 1 dólar canadense, e a Embraer está sendo vendida por bilhões de dólares. Isso mostra que, na última década, quem fez melhor foi a Embraer. A Embraer vendeu muito mais e teve tanto sucesso que a Bombardier teve de ser vendida. Mas é difícil a Embraer competir com a Airbus, porque o volume deles é muito maior”, afirmou.

A negociação da Airbus com a Bombardier foi feita em outubro do ano passado. A Airbus ficou com 50,01% da C-Series Aircraft Limited Partnership (CSALP), que fabrica e vende os aviões. A Bombardier ficou com 31%, enquanto a Investissement Québec tem 19% no negócio.

A negociação não envolveu custos para a Airbus. Em troca, os aviões da Bombardier, que não vinham recebendo encomendas, ganharam uma grande vitrine comercial.

Em julho, os modelos CS100 e CS300 foram rebatizados para Airbus A220-100 e A220-300. No mesmo dia, a companhia aérea norte-americana JetBlue anunciou a substituição de toda a sua frota da Embraer pelo novo modelo da Airbus. A JetBlue foi fundada por David Neeleman, o mesmo fundador da Azul.

Leia também:

]]>
0
Acordo entre Embraer e Boeing envolve área que dá mais receita à brasileira http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/07/05/acordo-entre-embraer-e-boeing-envolve-area-que-da-mais-receita-a-brasileira/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/07/05/acordo-entre-embraer-e-boeing-envolve-area-que-da-mais-receita-a-brasileira/#respond Thu, 05 Jul 2018 20:15:55 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=7588

Jato comercial Embraer E190-E2 começou a ser entregue esse ano (Divulgação)

Por Vinícius Casagrande

A Embraer e a Boeing anunciaram nesta quinta-feira (5) a assinatura de um memorando de entendimento para a criação de uma joint venture que envolve a área de aviação comercial da companhia brasileira. Trata-se do principal setor da Embraer, responsável por 58% da receita líquida da empresa no ano passado.

Em 2017, a Embraer teve uma receita total de US$ 5,839 bilhões, segundo dados do relatório financeiro do último ano. Desse total, a área de aviação comercial foi responsável por US$ 3,387 bilhões.

Leia também:

Embraer diz que Boeing não acessará tecnologia em nova empresa de defesa
Jato executivo da Embraer bate recorde de velocidade em voo transatlântico
Acompanhamos a entrega de um avião 0 km da Embraer até a Holanda

A receita da aviação comercial é mais do que o dobro da aviação executiva, que arrecadou US$ 1,518 bilhão. Por último, o setor de defesa e segurança da Embraer teve receita de US$ 934,29 milhões no ano passado.

O negócio entre a Embraer e a Boeing foi fixado em US$ 4,75 bilhões. Para adquirir 80% da aviação comercial da Embraer, a Boeing pagará US$ 3,8 bilhões.

#uolbr_geraModulos(‘embed-infografico’,’/2018/compra-embraer-1530814265708.vm’)

Aviação comercial tem aviões maiores e mais caros

Apesar de ter mais do dobro de receita, a aviação comercial produziu menos aviões que a área de aviação executiva da Embraer. Foram 101 jatos comerciais contra 109 jatos executivos no último ano.

A diferença financeira ocorre por conta do porte e valor dos aviões. A área de aviação comercial produz jatos maiores, utilizados pelas companhias aéreas para o transporte de passageiros. Os modelos da fabricante brasileira têm capacidade entre 76 e 124 passageiros.

A área de aviação executiva fabrica aviões de menor porte, usados para o transporte particular. São aviões com capacidade para entre quatro e 19 passageiros.

O preço dos aviões comerciais varia entre US$ 42 milhões, caso do Embraer E175, até US$ 58 milhões, como o novo Embraer E190-E2, que começou a ser entregue neste ano. No ano passado, a Embraer entregou 79 unidades do modelo E175, 12 do E190 e dez do E195.

Os aviões executivos são bem mais baratos, comparativamente. O menor jatinho produzido pela Embraer, o Phenom 100, custa US$ 4,5 milhões. Modelo mais vendido da Embraer, o Phenom 300 tem valor de US$ 9,4 milhões.

Há aviões bem mais caros, como o top de linha Lineage 100, que custa até US$ 55 milhões. O avião, no entanto, é uma adaptação para o mercado executivo do jato comercial E190, com mudanças na configuração interna. É também o menos vendido da Embraer. No último ano, foi apenas uma unidade entregue.

Entre os jatos executivos, a Embraer produziu no ano passado 54 unidades do modelo Phenom 300, 18 do Phenom 100, 15 do Legacy 500 e 14 do Legacy 450.

Leia também:

Embraer entrega primeiro avião do modelo E190-E2 a uma companhia aérea
Embraer apresenta projeto de táxi aéreo elétrico feito em parceria com Uber
Jato da Embraer é o único a pousar na ilha de Napoleão com vento de 90 km/h

]]>
0
Embraer diz que Boeing não acessará tecnologia em nova empresa de defesa http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/07/05/embraer-boeing-joint-venture-empresa-de-defesa-kc-390/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/07/05/embraer-boeing-joint-venture-empresa-de-defesa-kc-390/#respond Thu, 05 Jul 2018 18:44:39 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=7581

Nova empresa pretende aumentar as vendas do KC-390 (Divulgação)

Por Vinícius Casagrande

A Embraer e a Boeing anunciaram nesta quinta-feira (5) uma associação para criar duas empresas. A principal vai ficar com a aviação comercial (aviões maiores). A outra vai cuidar de produtos e serviços na área de defesa. Isso criou uma dúvida porque há questões de segurança envolvendo esse setor.

Segundo a Embraer, a produção de aviões militares não será vendida. Essa nova empresa vai cuidar de aspectos comerciais da venda de aviões militares e deverá ser controlada pela empresa brasileira.

A separação da aviação comercial da área de defesa era justamente uma das exigências do governo brasileiro para a aprovação da parceria entre Embraer e Boeing. O governo temia que a empresa norte-americana tivesse acesso a dados e tecnologia sensíveis para a segurança nacional. A Embraer é privada, mas o governo tem participação com direito a decisões estratégicas.

Leia também:

Jato executivo da Embraer bate recorde de velocidade em voo transatlântico
Presidente da Embraer diz que novo incidente não deve atrasar avião militar
Embraer apresenta projeto de táxi aéreo elétrico feito em parceria com Uber

A Embraer afirma, no entanto, que a joint venture formada com a Boeing na área de defesa terá como foco questões comerciais para a venda do novo cargueiro militar KC-390, sem acesso à tecnologia de desenvolvimento dos produtos de defesa. A Embraer afirma que a nova empresa deve ampliar o mercado exportador do novo avião.

O KC-390 foi desenvolvido a pedido da Força Aérea Brasileira, que encomendou 28 unidades do avião. O KC-390 começou a ser projetado em 2009 e fez o primeiro voo em 2015. Em fase final de desenvolvimento, o primeiro avião deve ser entregue entre o final deste ano e início de 2019.

A Embraer tem negociado a venda do cargueiro com forças aéreas de outros países. Até o momento, no entanto, nenhum outro negócio foi efetivamente concluído. As negociações mais avançadas acontecem com o governo de Portugal, que já demonstrou interesse em adquirir cinco aviões.

Boeing e Embraer já tinham um acordo comercial, desde 2016, para a venda do KC-390. Segundo o acordo, as empresas podem explorar em conjunto novas oportunidades de negócios, tanto para a comercialização da aeronave quanto para o seu suporte e manutenção. A Embraer fabrica a aeronave, e a Boeing é responsável pelo suporte operacional, como serviços de manutenção, mas sem acesso à tecnologia de desenvolvimento do avião. Com a joint venture, esse acordo dá um passo a mais.

“As empresas também irão criar outra joint venture para promoção e desenvolvimento de novos mercados e aplicações para produtos e serviços de defesa, em especial o avião multimissão KC-390, a partir de oportunidades identificadas em conjunto”, disseram as duas empresas no comunicado conjunto.

“Os investimentos conjuntos na comercialização global do KC-390, assim como uma série de acordos específicos nas áreas de engenharia, pesquisa e desenvolvimento e cadeia de suprimentos, ampliarão os benefícios mútuos e aumentarão ainda mais a competitividade da Boeing e da Embraer”, disse Nelson Salgado, vice-presidente executivo financeiro e de relações com investidores da Embraer, no comunicado.

#uolbr_geraModulos(‘embed-infografico’,’/2018/compra-embraer-1530814265708.vm’)
Leia também:

Caça da Boeing que faria Brasil-Japão em 3h só será viável em 10 a 20 anos
Boeing 737 atinge marca de 10 mil unidades e é o jato mais popular do mundo
Embraer entrega primeiro avião do modelo E190-E2 a uma companhia aérea

]]>
0