jato executivo – Todos A Bordo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br Todos a Bordo é o blog de aviação do UOL. Aqui você encontra as últimas informações, análises e notícias sobre o movimentado mundo das companhias aéreas, das fabricantes de aviões e de empresas aeroportuárias. Tue, 07 Jul 2020 19:46:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Embraer irá transformar jato executivo em avião militar de vigilância aérea http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/06/18/novo-aviao-militar-embraer/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/06/18/novo-aviao-militar-embraer/#respond Tue, 18 Jun 2019 15:01:51 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10298

Novo avião militar da Embraer usará plataforma do Praetor 600 (Divulgação)

Com a venda da divisão de aviões comerciais para a Boeing, a Embraer deve focar sua atuação nas áreas de aviação militar e executiva. O primeiro produto dessa nova era da fabricante brasileira une exatamente essas duas áreas. A Embraer anunciou hoje o desenvolvimento de um novo jato de uso militar baseado no avião executivo Praetor 600.

O novo P600 AEW (Alerta Aéreo Antecipado) será usado para vigilância e reconhecimento aéreo. O projeto é fruto de um acordo de cooperação estratégica assinado hoje em Paris (França) entre a Embraer Defesa & Segurança e a ELTA Systems Ltd (ELTA), subsidiária da Israel Aerospace Industries (IAI).

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A Embraer fornecerá a plataforma aérea, sistemas de solo, sistemas de comunicações e integração de aeronaves. A IAI-ELTA será responsável pelo radar de alerta antecipado, sensores de coleta de informações e outros sistemas eletrônicos.

O Praetor 600 faz parte da categoria “super midsize”, com autonomia de voo de 7.215 quilômetros e capacidade para até nove passageiros. Na nova versão de uso militar, os radares e sistemas serão montados em um casulo localizado na parte superior da fuselagem do jato.

O P600 AEW pode fornecer imagens, monitorando a atividade aérea em áreas fora da cobertura dos radares terrestres. Pode executar várias missões, como defesa aérea, alerta antecipado, comando e controle, eficiência da frota de combate, defesa territorial e vigilância marítima.

A Embraer não divulgou o preço do novo avião, que pode variar de acordo com a necessidade de cada cliente. A versão executiva do jato custa a partir de US$ 22 milhões.

“Esta plataforma oferece desempenho e flexibilidade superiores resultando na melhor proposta de valor em sua categoria”, disse Jackson Schneider, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. “Ele pode ser facilmente configurado para atender às necessidades do cliente e poder executar uma ampla variedade de missões de uma maneira mais eficiente e econômica.”

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Manutenção anual de jato executivo custa R$ 300 mil e dura três semanas http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/04/03/manutencao-jato-executivo/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/04/03/manutencao-jato-executivo/#respond Wed, 03 Apr 2019 07:00:04 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=9575

Jato executivo em manutenção no hangar da TAM em Jundiaí (Vinícius Casagrande/UOL)

Ter um jato executivo é um privilégio para poucos. Além do investimento inicial na compra do avião, o proprietário precisa investir na contratação de pilotos, hangar de estacionamento, combustível e, principalmente, na manutenção do jato. No caso de um Cessna Citation Sovereign, avaliado em cerca de US$ 18 milhões, por exemplo, somente a manutenção anual obrigatória consome, em média, cerca de R$ 300 mil.

Esse valor é uma estimativa para um avião do modelo que tenha operado em condições normais. A manutenção de um jatinho do modelo que tenha sofrido algum dano ou desgaste excessivo pode chegar a R$ 1 milhão. “Tudo depende do local onde o avião voa e dos cuidados durante a operação”, afirmou Ruy Amparo, diretor de manutenção da TAM Aviação Executiva.

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Neymar tem jato de US$ 16,6 mi; veja aviões de outros boleiros milionários

Jato executivo da Boeing pode voar para qualquer lugar do mundo sem parada

Independentemente das condições de uso, todos os aviões precisam passar anualmente por uma oficina credenciada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para a renovação da IAM (Inspeção Anual de Manutenção). É um documento obrigatório que garante que o avião está em boas condições de voo.

Troca de peças mesmo em bom estado

Durante a manutenção, os mecânicos avaliam diversas peças do avião de acordo com os manuais produzidos pelo fabricante, como motor, trem de pouso, pneus, parte da fuselagem, equipamentos eletrônicos, entre outros. Dependendo das condições e tempo de uso, o avião é quase todo desmontado, e a manutenção anual pode levar até três semanas para ser concluída.

Cada peça do avião tem um ciclo de vida, que pode ser medido de acordo com o número de pousos e decolagens, horas de voo ou tempo de uso. Quando chega ao prazo de validade, essas peças precisam ser trocadas, mesmo que estejam em boas condições. “A filosofia é de prevenção e não de resolver os problemas”, afirmou Amparo.

Com telefone, wi-fi e projetores, avião executivo é extensão do escritório

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Neymar tem jato de US$ 16,6 mi; veja aviões de outros boleiros milionários http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/02/20/neymar-tem-jato-de-us-166-mi-veja-avioes-de-outros-boleiros-milionarios/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/02/20/neymar-tem-jato-de-us-166-mi-veja-avioes-de-outros-boleiros-milionarios/#respond Wed, 20 Feb 2019 07:00:38 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8885 A vida de luxo faz parte do cotidiano dos jogadores de futebol. Além de carrões, mansões e festas, os jatinhos também estão presentes na vida dos boleiros mais famosos do mundo.

Veja nas fotos mais abaixo os jatinhos dos jogadores, o valor aproximado e a quantidade de passageiros que cada um comporta. As fotos não necessariamente representam os aviões que os jogadores adquiriram, mas os modelos.

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Cristiano Ronaldo

Aeronave: Gulfstream G650
Preço: US$ 65 milhões
Velocidade máxima: 982 km/h
Capacidade: Até 19 passageiros

Arte sobre imagens do Freepik/Montagem: Divulgação das empresas e Instagram dos jogadores

Lionel Messi

Aeronave: Embraer Legacy 650
Preço: US$ 26 milhões
Velocidade máxima: 870 km/h
Capacidade: Até 14 passageiros

Arte sobre imagens do Freepik/Montagem: Divulgação das empresas e Instagram dos jogadores

Neymar

Aeronave: Embraer Legacy 450
Preço: US$ 16,6 milhões
Velocidade máxima: 870 km/h
Capacidade: Até nove passageiros

Arte sobre imagens do Freepik/Montagem: Divulgação das empresas e Instagram dos jogadores

Paul Pogba

Aeronave: Gulfstream G280
Preço: US$ 24,5 milhões
Velocidade máxima: 865 km/h
Capacidade: Até dez passageiros

Arte sobre imagens do Freepik/Montagem: Divulgação das empresas e Instagram dos jogadores

Alexis Sanchez

Aeronave: Cessna Citation CJ4
Preço: US$ 9,41 milhões
Velocidade máxima: 835 km/h
Capacidade: Até dez passageiros

Arte sobre imagens do Freepik/Montagem: Divulgação das empresas e Instagram dos jogadores

Gareth Bale

Aeronave: Cessna Citation XLS
Preço: US$ 12 milhões
Velocidade máxima: 817 km/h
Capacidade: Até nove passageiros

Arte sobre imagens do Freepik/Montagem: Divulgação das empresas e Instagram dos jogadores

Memphis Depay

Aeronave: Gulfstream G200
Preço: US$ 4 milhões
Velocidade máxima: 900 km/h
Capacidade: Até dez passageiros

Arte sobre imagens do Freepik/Montagem: Divulgação das empresas e Instagram dos jogadores

Ronaldinho Gaúcho

Aeronave: Embraer Phenom 100
Preço: US$ 4,5 milhões
Velocidade máxima: 857 km/h
Capacidade: Até sete passageiros

Arte sobre imagens do Freepik/Montagem: Divulgação das empresas e Instagram dos jogadores

Kaká

Aeronave: Cessna Citation CJ3 Plus
Preço: US$ 8 milhões
Velocidade máxima: 770 km/h
Capacidade: Até nove passageiros

Arte sobre imagens do Freepik/Montagem: Divulgação das empresas e Instagram dos jogadores

Emmanuel Adebayor

Aeronave: Gulfstream G150
Preço: US$ 4,5 milhões
Velocidade máxima: 880 km/h
Capacidade: Até sete passageiros

Arte sobre imagens do Freepik/Montagem: Divulgação das empresas e Instagram dos jogadores

Didier Drogba

Aeronave: Gulfstream G200
Preço: US$ 5 milhões
Velocidade máxima: 900 km/h
Capacidade: Até dez passageiros

Arte sobre imagens do Freepik/Montagem: Divulgação das empresas e Instagram dos jogadores

Andy Carroll

Aeronave: Embraer Phenom 100
Preço: US$ 4,5 milhões
Velocidade máxima: 857 km/h
Capacidade: Até sete passageiros

Arte sobre imagens do Freepik/Montagem: Divulgação das empresas e Instagram dos jogadores

Robin van Persie

Aeronave: Honda HA-420
Preço: US$ 4 milhões
Velocidade máxima: 781 km/h
Capacidade: Até cinco passageiros

Arte sobre imagens do Freepik/Montagem: Divulgação das empresas e Instagram dos jogadores

Raheem Sterling

Aeronave: Cessna Citation Excel
Preço: US$ 5 milhões
Velocidade máxima: 816 km/h
Capacidade: Até dez passageiros

Arte sobre imagens do Freepik/Montagem: Divulgação das empresas e Instagram dos jogadores

Karim Benzema

Aeronave: Cessna Citation CJ4
Preço: US$ 11 milhões
Velocidade máxima: 835 km/h
Capacidade: Até dez passageiros

Arte sobre imagens do Freepik/Montagem: Divulgação das empresas e Instagram dos jogadores

David Beckham

Aeronave: Bombardier Challenger 350
Preço: US$ 18 milhões
Velocidade máxima: 891 km/h
Capacidade: Até oito passageiros

Arte sobre imagens do Freepik/Montagem: Divulgação das empresas e Instagram dos jogadores

Wayne Rooney

Aeronave: Dassault Falcon 900LX
Preço: US$ 20 milhões
Velocidade máxima: 890 km/h
Capacidade: Até 14 passageiros

Arte sobre imagens do Freepik/Montagem: Divulgação das empresas e Instagram dos jogadores

Zlatan Ibrahimović

Aeronave: Cessna Citation Longitude
Preço: US$ 26 milhões
Velocidade máxima: 881 km/h
Capacidade: Até 12 passageiros

Arte sobre imagens do Freepik/Montagem: Divulgação das empresas e Instagram dos jogadores

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Projetos preveem aviões supersônicos que voem 5 vezes a velocidade do som http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/01/29/novos-projetos-avioes-comerciais-supersonicos/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/01/29/novos-projetos-avioes-comerciais-supersonicos/#respond Tue, 29 Jan 2019 06:00:44 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8832

Projeto de jato supersônico da Boom Supersonic (Divulgação)

Os voos comerciais com jatos supersônicos deixaram de ser uma realidade há mais de 15 anos, com a  aposentadoria do Concorde, em outubro de 2003. Além do Concorde, apenas o avião russo Tupolev TU-144 chegou a fazer viagens com passageiros acima da velocidade do som. O TU-144, no entanto, ficou em operação por pouco mais de seis meses, entre 1977 e 1978.

Nos últimos anos, começaram a surgir novos projetos para tentar viabilizar o retorno dos voos supersônicos na aviação comercial. Ainda deve demorar para que os primeiros voos de teste sejam iniciados.

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O mercado sonha em criar um novo avião supersônico porque os atuais jatos que fazem voos de passageiros não conseguem voar mais rápido. Esses aviões devem demorar anos ainda, porque são caros.

Conheça quatro projetos:

Boom Supersonic

(Divulgação)

Anunciou no início do ano um investimento de US$ 100 milhões. O avião deverá ter capacidade para até 55 passageiros e voar à velocidade mach 2.2 (2,2 vezes a velocidade do som, cerca de 2.400 km/h).

Segundo a empresa, uma viagem entre Sydney (Austrália) e Los Angeles (EUA), que atualmente dura cerca de 15 horas, seria reduzida para 6h45. O tempo da viagem entre Nova York (EUA) e Londres (Reino Unido) seria reduzido de sete horas para 3h15.

A fabricante afirma que o objetivo é criar um avião que seja viável para as companhias aéreas. “O preço das passagens será equivalente a um bilhete de classe executiva. Nosso objetivo é fazer voos de alta velocidade acessível para todos”, afirma a empresa.

O primeiro voo está programado para 2023. No entanto, a empresa está finalizando um protótipo reduzido, com um terço do tamanho original, que deverá testar os principais conceitos do novo avião. O primeiro voo desse protótipo deve acontecer até o final do ano.

Boeing

(Divulgação)

Apresentou em junho do ano passado o seu avião conceito para viagens supersônicas. A intenção é voar cinco vezes mais rápido que a velocidade do som, ou cerca de 5.500 km/h.

Segundo a empresa, o novo avião poderia ser utilizado tanto pela aviação comercial como em missões militares. A Boeing não dá muitos detalhes sobre o projeto e diz apenas que os engenheiros de toda a empresa trabalham para desenvolver a tecnologia necessária para quando o mercado estiver pronto para os voos supersônicos.

O pesquisador sênior e cientista-chefe de hipersônicos da Boeing, Kevin Bowcutt, afirmou que avião supersônico de passageiros da Boeing só deve ser viável daqui a 20 ou 30 anos.

Spike S-512

(Divulgação)

Divulgação

Com capacidade entre 12 e 18 passageiros, o jato executivo supersônico Spike S-512 quer reduzir o tempo das viagens de avião pela metade. O jato está sendo projetado para voar a velocidade Mach 1.6, cerca de 1.700 km/h, com uma autonomia de voo para mais de 11 mil quilômetros de distância. O jato poderia voar de São Paulo a Londres em 5h30.

A empresa afirma que um dos principais diferenciais em relação aos antigos aviões supersônicos, como o Concorde, é o baixo nível de ruído, mesmo ao quebrar a barreira do som. O avião também está sendo projetado para ter um interior luxuoso. As janelas seriam substituídas por enormes telas, que podem transmitir imagens externas, um filme ou qualquer outra apresentação.

Originalmente, a empresa tinha a intenção de fazer o primeiro voo do jato supersônico em 2021, com as entregas para 2023. O projeto, no entanto, está atrasado.

Aerion Supersonic

(Divulgação)

(Divulgação)

O jato executivo AS2, da Aerion Supersonic, deve realizar seu primeiro voo de testes em 2023, para ser entregue aos primeiros clientes em 2025. O jato terá capacidade para 12 passageiros, com velocidade máxima de Mach 1.4, cerca de 1.500 km/h, e autonomia de 7.800 quilômetros de distância.

Quando estiver sobrevoando áreas terrestres, no entanto, o jato viajaria abaixo da velocidade do som por conta do estrondo gerado ao romper a barreira do som. Com isso, o avião é um misto entre supersônico e subsônico. Em uma viagem de Nova York a São Paulo, por exemplo, haveria uma economia de 2h09.

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A Embraer que sobrou, com avião executivo, é lucrativa e vai sobreviver? http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/12/20/embraer-boeing-lucro-nova-empresa/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/12/20/embraer-boeing-lucro-nova-empresa/#respond Thu, 20 Dec 2018 06:00:20 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8657

Praetor 600, novo jato executivo da Embraer (Roosevelt Cássio/UOL)

A Embraer vendeu a sua parte mais lucrativa (aviação comercial) para a Boeing e ficou com um pedaço que rende menos (aviação executiva e de defesa e segurança, excluído o projeto do avião KC-390). Será que essa empresa que restou será financeiramente sustentável?

Para ter sucesso, o principal desafio da Embraer, será fazer uma reestruturação total, de acordo com analistas do setor ouvidos pelo blog Todos a Bordo. Uma das dificuldades será a possível perda de engenheiros, considerados o cérebro da empresa. Para encarar o desafio, terá de fazer novos produtos, como um táxi voador em estudo.

Maior parte da receita foi embora

A área de aviação comercial é a principal fonte de receitas da Embraer. De acordo com o balanço financeiro do último ano, a divisão foi responsável por 58% das receitas da empresa. A aviação executiva teve 26% de participação, enquanto o setor de defesa e segurança representou 16% das receitas.

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“A sustentabilidade da empresa depende de uma reestruturação. A única certeza é que a maior parte da receita foi embora. Agora, precisa ver qual parte da despesa vai embora também”, afirmou Shailon Ian, engenheiro aeroespacial, ex-tenente da Força Aérea Brasileira e presidente da consultoria Vinci Aeronáutica.

Para analista, é sustentável

Robertson Emerenciano, especialista em fusões e aquisições e sócio do escritório Emerenciano, Baggio e Associados, afirmou acreditar que, apesar de a negociação com a Boeing envolver a maior parte da receita da Embraer, a parte remanescente de aviação executiva e defesa continuará sustentável.

“O negócio foi anunciado como fusão, mas, na verdade, é uma operação de venda da área de aviação comercial. Se uma área fosse totalmente dependente da outra, a venda implicaria o total do negócio da Embraer. Não creio que os acionistas atuais da Embraer venderiam uma parte substancial da companhia para ficar com um negócio que não pudesse continuar operacional”, afirmou.

Redução causa dificuldades

Por outro lado, o especialista em direito aeronáutico e sócio do escritório ASBZ Advogados, Guilherme Amaral, ressalta que a diminuição do portfólio de produtos pode trazer dificuldades à Embraer.

“Acho que existe a possibilidade de ser sustentável. A Embraer tem mercado e espaço, mas terá um desafio gigantesco pela frente de desencaixar essa parte mais glamourosa da aviação comercial. É muito desafiador porque já não era um mercado fácil atuando em todas as frentes de negócios”, disse.

Demitir engenheiros é perder o cérebro da empresa

O que foi divulgado até o momento não deixa claro, por exemplo, como serão divididos os funcionários entre a parte com a Boeing e o capital remanescente da Embraer. Uma das incertezas é saber se os engenheiros que desenvolvem novos aviões ficarão na nova ou na antiga empresa.

“Sozinhas, as aéreas de aviação executiva e defesa não têm receita para bancar a equipe de engenharia atual. Se perder os engenheiros, perde o cérebro da empresa. A Embraer precisa de projetos e inovação, mas isso custa muito dinheiro”, disse Shailon Ian.

A equipe de engenheiros da Embraer é vista pelo mercado como um dos grandes atrativos da empresa brasileira. A Boeing tem enfrentado dificuldades nos últimos anos para renovar sua equipe. Já os engenheiros brasileiros são valorizados pela capacidade de desenvolver novos aviões dentro dos prazos e orçamento estabelecidos.

Por outro lado, Shailon Ian ressalta que a equipe de testes em voo pode enfrentar dificuldades. “A Boeing já tem uma equipe grande para seus testes, mas também não justifica ficar na Embraer”, afirmou.

Tem de fazer novos produtos, como táxi voador

Para Shailon Ian, uma das formas de a “velha” Embraer ser sustentável sem a dependência da Boeing é investir em novos produtos e segmentos da aviação. “Acho que deveria pegar esse dinheiro que vai receber e investir pesado no desenvolvimento de novos produtos, como drones ou robótica. Tem de investir pesado na engenharia e inovação”, afirmou.

Um dos projetos já em desenvolvimento pela Embraer é a produção de um eVTOL (veículo elétrico de pouso e decolagem vertical, na sigla em inglês). A nova aeronave é uma espécie de drone para passageiros, ou táxi elétrico voador, e está sendo desenvolvida em parceria com a Uber.

As primeiras imagens do protótipo da Embraer foram apresentadas em maio, durante um evento da Uber em Los Angeles, na Califórnia (EUA). Ainda não há uma data para a Embraer apresentar oficialmente o primeiro protótipo operacional.

Conceito de eVTOL criado pela Embraer (Divulgação)

Negociação conjunta para peças pode ser vantagem

Uma das possibilidades é que o contrato entre Boeing e Embraer preveja termos de cooperação de novos projetos entre as duas empresas. “Normalmente, nas operações de fusões e aquisições a empresa remanescente continua compartilhando as sinergias. Certamente o acordo deve estar prevendo o compartilhamento de estrutura ou a remuneração do uso dessa estrutura”, afirmou Robertson Emerenciano, especialista em fusões e aquisições.

Outro ponto que pode fazer parte dos acordos de sinergia entre a nova e a velha Embraer está na negociação com os fornecedores de peças para a fabricação dos aviões. Caso isso ocorra, as áreas de aviação executiva e de defesa podem se beneficiar do maior poder de negociação para ter uma redução de custos.

“Vai ser interessante saber como o negócio de aviação executiva vai interagir com a aviação comercial e como as diversas produções vão conversar entre elas. É preciso saber se haverá um isolamento total entre as áreas ou se até as negociações para compra de motor e tecnologia poderão ser conjuntas”, afirmou Guilherme Amaral, especialista em direito aeronáutico.

No entanto, uma separação completa pode significar até mesmo uma perda de imagem da marca Embraer, que poderia atrapalhar especialmente futuras vendas de jatos executivos. “É mais fácil vender um jato executivo quando se tem a confiança dos jatos comerciais. Aviação é muito de reputação, de construção da marca e histórico”, declarou Amaral.

Mudanças só no fim de 2019

Segundo Emerenciano, todo o trabalho para adaptação das novas estruturas das duas empresas começa a ser feito antes mesmo da assinatura final do acordo e da aprovação dos diversos órgãos regulatórios. No entanto, as mudanças só podem ser efetivamente colocadas em prática quando tudo estiver aprovado.

A Boeing e a Embraer dizem que todo o processo deve ser concluído até o final de 2019. Somente a partir daí é que a aviação comercial será totalmente separada do restante da Embraer.

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Voamos no novo jato executivo da Embraer; veja os detalhes do Praetor 600 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/11/05/novos-jatos-executivos-embraer-praetor-500-praetor-600/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/11/05/novos-jatos-executivos-embraer-praetor-500-praetor-600/#respond Mon, 05 Nov 2018 18:06:48 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8290

A Embraer lançou no mês passado dois novos jatos executivos durante uma feira de aviação em Orlando (EUA). Nesta semana, a empresa inicia uma série de apresentações dos novos Praetor 500 e Praetor 600 no mercado brasileiro. Nesta segunda-feira (5), o blog Todos a Bordo fez um voo no Praetor 600 entre São José dos Campos (SP) e o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, para conhecer os detalhes dos novos aviões.

Os jatos Praetor 500 e 600 são versões modificadas dos atuais Legacy 450 e 500, respectivamente. A principal diferença entre eles está no aumento da capacidade de combustível com a inclusão de novos tanques, mudança nas asas com novas winglets (aletas aerodinâmicas colocadas nas extremidades das asas), atualização do software de controle dos motores e novos interiores.

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O Praetor 600 tem autonomia de voo de 7.215 quilômetros, contra 5.787 quilômetros do Legacy 500. Segundo a Embraer, o jato permite voos sem escala entre São Paulo e Cidade do Cabo (África do Sul), de Fortaleza (CE) a Madri (Espanha) ou entre Manaus (AM) e Nova York (EUA). Com todos os opcionais, o preço final do jato é de US$ 22,5 milhões (R$ 83,5 milhões).

Baseado no Legacy 500, Praetor 600 ganhou novas winglets (Roosevelt Cássio/UOL)

No caso do Praetor 500, a autonomia é de 6.019 quilômetros, contra 5.370 quilômetros do Legacy 450. Decolando de Brasília (DF), o jato pode voar para qualquer cidade da América do Sul sem paradas para reabastecimento. O avião tem preço total de US$ 18,5 milhões (R$ 68,7 milhões), também com todos os opcionais.

Segundo o diretor de vendas da Embraer Aviação Executiva para a América Latina, Gustavo Teixeira, os novos jatos foram desenvolvidos para atender a uma exigência de clientes que precisam de aviões com capacidade para fazer voos mais longos.

Os novos jatos estão em processo de certificação pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). A expectativa da Embraer é de que o Praetor 600 receba certificação no segundo trimestre de 2019, e que o Praetor 500 seja homologado no terceiro trimestre do ano que vem.

Decolagem do Praetor 500 vista de dentro do Praetor 600 (Roosevelt Cássio/UOL)

Como é voar no Praetor 600

O Praetor 600 decolou nesta segunda-feira do aeroporto de São José dos Campos com destino a Congonhas. Pouco antes das 7h30, os motores do novo jato executivo foram acionados em um dos pátios de estacionamento da fábrica da Embraer. Do lado de dentro, no entanto, quase não se ouvia o giro dos motores por conta de melhorias feitas pela Embraer para diminuir o ruído interno.

Mesmo no momento da decolagem, com os motores em potência máxima, o barulho dentro do avião permanecia mínimo. E potência não falta aos motores do novo jatinho. Uma das mudanças feitas pela Embraer foi no sistema de controle do motor, chamado de Fadec, para melhorar a eficiência operacional.

Logo após deixar a pista de São José dos Campos, o Praetor 600 sobe com uma inclinação de 25 graus, ganhando cerca de 1.500 metros de altitude por minuto. A inclinação é tão grande que fica até difícil levantar da poltrona. Foram menos de dois minutos para chegar à altitude de cruzeiro do voo, de 2.750 metros. Em voos longos, o jato pode chegar a até 13.700 metros de altitude.

Os passageiros, no entanto, não podem reclamar de desconforto a bordo. O ar da cabine é pressurizado com a densidade equivalente à altitude de 1.700 metros, menos do que nos aviões comerciais, que costumam ser pressurizados a 2.400 metros.

O jato executivo também é equipado com um novo conceito de acabamento interno. Os assentos receberam um novo revestimento em couro, com uma costura que lembra o desenho do calçadão da praia de Ipanema, no Rio de Janeiro. O jato também utiliza novos materiais, como fibra de carbono, nas mesas, painéis e outros detalhes do acabamento interno.

Com capacidade para até nove passageiros, a versão utilizada para a apresentação do novo jato executivo é equipada com seis poltronas (que podem formar três camas de solteiro) e um sofá de três lugares. Toda a configuração interna, no entanto, pode ser modificada de acordo com a necessidade do proprietário.

Jato Praetor 600 ganhou novo acabamento interno, com costura das poltrona inspirada em Ipanema (Roosevelt Cássio/UOL)

Espaço e conforto

Com lotação máxima, o Praetor 600 ainda tem espaço de sobra. As amplas poltronas são afastadas umas das outras, o que garante espaço confortável para as pernas mesmo com dois passageiros sentados frente a frente.

Com o tráfego aéreo intenso no início da manhã em Congonhas, o Praetor 600 teve de voar mais lentamente ainda fazer procedimento de espera para pousar em Congonhas. No total, o voo entre São José dos Campos e Congonhas levou 31 minutos.

Acima de cada assento, os passageiros podem acompanhar em uma tela do tamanho de um celular os detalhes do voo, como horário de saída, altitude, velocidade e previsão de chegada. E ainda podem usar o seu próprio smartphone para controlar a iluminação interna e acessar o sistema de entretenimento do avião.

Em um voo curto como o desta segunda-feira, nem houve tempo de testar a conectividade a bordo. Mas o Praetor 600 é equipado com um novo sistema de acesso à internet chamado de banda Ka, com velocidade de 16 Mbps. Durante o voo, os passageiros pode ver emails, acessar sites e assistir a filmes na Netflix.

O diretor de vendas da Embraer afirma que já há encomendas dos novos jatos no mercado externo, mas não revela números. Com as apresentações dessa semana, a Embraer espera vender os novos Praetor 500 e Praetor 600 também para clientes brasileiros.

O texto informava inicialmente o nome incorreto dos novos jatos da Embraer. O correto é Praetor 500 e Praetor 600.  O texto foi corrigido.

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Fretar jato executivo no Brasil pode custar mais de R$ 200 mil; veja preços http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/09/25/jato-executivo-preco-fretamento/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/09/25/jato-executivo-preco-fretamento/#respond Tue, 25 Sep 2018 07:00:36 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8018

Jato Gulfstream G550 tem capacidade para 18 passageiros (Divulgação)

Por Vinícius Casagrande

Viajar em um jato executivo não é apenas uma questão de luxo. Muitos empresários utilizam os aviões particulares para ganhar agilidade e voar para locais onde não há operação das companhias aéreas regulares. No Brasil, há mais de 3.600 pistas de pouso homologadas, mas apenas 137 recebem voos comerciais.

Além disso, em um jato executivo, o passageiro pode definir com antecedência exatamente o horário em que pretende viajar, pode chegar ao aeroporto minutos antes da decolagem e não precisa passar por toda a burocracia, como check-in, raio-x e fila para o embarque se estiver fazendo um voo nacional.

Aviões executivos ainda dão mais privacidade aos empresários para realizarem negócios enquanto voam. Muitos jatos contam com sistema para acesso à internet e telefonia via satélite. É como se o avião fosse uma extensão do escritório.

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Toda essa comodidade, no entanto, tem um preço bem elevado. Os valores variam não apenas de acordo com a distância percorrida, mas também com o modelo de avião a ser utilizado na viagem. Um voo entre São Paulo e Salvador (BA), por exemplo, pode variar de R$ 30,4 mil a R$ 131,9 mil. Um voo de São Paulo a Fortaleza num jato Gulfstream G550 (18 passageiros) sai por R$ 205.180.

Os valores constam no aplicativo da Flapper, empresa que trabalha com a venda de assentos em aviões executivos que fazem rotas fixas e com o fretamento de aeronaves de operadoras de táxi-aéreo.

Para viajar de São Paulo a Salvador nesta sexta-feira (28), a tarifa mais barata é de R$ 430 voando com a Latam. Com o avião mais barato disponível no aplicativo da Flapper (Grand Caravan EX para nove pessoas), o valor é de R$ 30.450 (média de R$ 3.380 por passageiro). No mais caro (Gulfstream G550 para 18 pessoas), o preço total é de R$ 131.945 (média de R$ 7.330 por passageiro).

Veja o preço para alugar um avião em cinco rotas pelo Brasil.

Congonhas (São Paulo) – Santos Dumont (Rio de Janeiro)

– Turboélice Grand Caravan (nove passageiros): R$ 11.550
– Jato Learjet 35A (sete passageiros): R$ 16.930
– Helicóptero Agusta A109E (seis passageiros): R$ 17.820
– Jato Legacy 600 (12 passageiros): R$ 41.200
– Jato Gulfstream G550 (18 passageiros): R$ 70.040
– Voo comercial para a próxima sexta-feira (28): R$ 861 por pessoa (Avianca)

Congonhas (São Paulo) – Pampulha (Belo Horizonte – MG)

– Turboélice Grand Caravan (nove passageiros): R$ 14.520
– Helicóptero Esquilo B2 (cinco passageiros): R$ 19.330
– Jato Citation CJ3 (sete passageiros): R$ 20.685
– Jato Legacy 600 (12 passageiros): R$ 48.620
– Jato Gulfstream G550 (18 passageiros): R$ 56.950
– Voo comercial para a próxima sexta-feira (28) para o aeroporto de Confins (não há voos comerciais de São Paulo para o aeroporto da Pampulha): R$ 651 por pessoa (Avianca)

Congonhas (São Paulo) – Porto Alegre (RS)

– Turboélice Grand Caravan EX (nove passageiros): R$ 18.800
– Jato Learjet 35A (sete passageiros): R$ 32.476
– Jato Legacy 600 (12 passageiros): R$ 65.510
– Jato Gulfstream G550 (18 passageiros): R$ 79.210
– Voo comercial para a próxima sexta-feira (28): R$ 940 por pessoa (Azul)

Congonhas (São Paulo) – Fortaleza (CE)

– Turboélice Grand Caravan (nove passageiros): R$ 59.740
– Jato Learjet 35A (sete passageiros): R$ 96.480
– Jato Legacy 600 (12 passageiros): R$ 166.240
– Jato Gulfstream G550 (18 passageiros): R$ 205.180
– Voo comercial para a próxima sexta-feira (28): R$ 882 por pessoa (Gol)

Santos Dumont (Rio de Janeiro) – Brasília (DF)

– Jato Phenom 100 (quatro passageiros): R$ 29.900
– Turboélice Grand Caravan EX (nove passageiros): R$ 33.785
– Jato Learjet 35A (sete passageiros): R$ 32.476
– Jato Hawker 800 (nove passageiros): R$ 53.460
– Voo comercial para a próxima sexta-feira (28): R$ 1.041 por pessoa (Avianca)

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App quer lançar assinatura de voo em aviões executivos por R$ 8.000 ao mês http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/08/24/flapper-assinatura-voos-executivos-aplicativo/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/08/24/flapper-assinatura-voos-executivos-aplicativo/#respond Fri, 24 Aug 2018 07:00:08 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=7834

Modelo Cessna Grand Caravan é usado nas rotas a partir de São Paulo (Divulgação)

Por Vinícius Casagrande

O aplicativo de voos compartilhados em aviões e helicópteros executivos Flapper pretende lançar no início do ano que vem um novo pacote de assinatura para voos ilimitados. Segundo o CEO e cofundador da Flapper, Paul Malicki, a assinatura terá uma taxa mensal de R$ 8.000 com acesso a todos os voos disponíveis no aplicativo da empresa.

A Flapper oferece até o momento apenas três rotas, com voos às sextas e segundas-feiras.

– São Paulo (Congonhas) – Rio de Janeiro (aeroporto de Jacarepaguá): R$ 750 por pessoa
– São Paulo (aeroporto Campo de Marte) – Angra dos Reis (RJ): R$ 680 por pessoa
– Rio de Janeiro (aeroporto de Jacarepaguá) a Búzios (RJ): R$ 700 por pessoa

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Nos voos com saída de São Paulo ou chegada a cidade, a empresa utiliza o avião Cessna Grand Caravan, um turboélice monomotor com capacidade para nove passageiros. Na ligação entre Rio de Janeiro e Búzios, o voo é feito com um helicóptero S-76 com capacidade para 12 passageiros.

Até o ano que vem, a Flapper pretende lançar novas rotas em Minas Gerais e em Mato Grosso. Além das rotas fixas, a empresa trabalha também com a venda de assentos nas chamadas “pernas vazias”. Isso acontece quando uma empresa de táxi aéreo é contratada somente para realizar um voo de ida. “Para o avião não voltar vazio, a gente vende os assentos no voo de retorno”, afirmou Malicki.

Fretamento de aviões e helicópteros

A Flapper trabalha em parceria com 27 empresas de táxi aéreo no Brasil. Além dos voos fixos, os clientes podem fretar mais de 120 modelos de aviões e helicópteros diretamente pelo aplicativo. Um voo de São Paulo a Brasília em um Grand Caravan para nove passageiros sai pelo valor total de R$ 22.145. Se a opção for viajar em um jato executivo Embraer Phenom 300 para sete passageiros, o valor sobe para R$ 41.715.

Segundo Malicki, os clientes que tiverem a assinatura mensal de voos ilimitados para as rotas fixas oferecidas pelo aplicativo da Flapper terão desconto para o fretamento de aviões quando quiserem voar para outros destinos.

Empresários e celebridades

Nascido na Polônia, o CEO da Flapper disse que decidiu criar o aplicativo de voos compartilhados em aviões executivos em virtude da falta de opções de luxo no mercado aéreo brasileiro. “A Flapper é uma resposta para a falta de primeira classe nos aviões comerciais brasileiros.”

Malicki afirma que os principais clientes da Flapper são empresários e celebridades que querem exclusividade ou evitar o assédio de fãs durante os voos. “São pessoas que não podem ficar esperando no aeroporto. Eles chegam alguns minutos antes e já embarcam direto, sem todos os controles”, disse. Na aviação executiva, não é necessário fazer check-in nem passar pelo raio-x.

A escolha de operar no aeroporto de Jacarepaguá surgiu para evitar as rotas já operadas pelas companhias aéreas, o que poderia trazer problemas em virtude da regulação do setor. “Mas o principal é que nossos passageiros fazem negócio ou moram na região da Barra da Tijuca, e o aeroporto de Jacarepaguá fica mais próximo”, afirmou Malicki.

Segundo o CEO da Flapper, a empresa tem atualmente cerca de 80 mil usuários cadastrados, mas não revela quantos efetivamente utilizam o sistema da empresa. A Flapper tem uma previsão de receita para este ano de R$ 6 milhões a R$ 8 milhões.

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Jato mais barato do mundo pode ser financiado em 60x; veja valor da parcela http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/08/20/leasing-jato-executivo-mais-barato-do-mundo-cirrus-vision-jet/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/08/20/leasing-jato-executivo-mais-barato-do-mundo-cirrus-vision-jet/#respond Mon, 20 Aug 2018 07:00:49 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=7819

Jatinho da Cirrus tem só um motor em cima da cabine de passageios (foto: Divulgação)

Por Vinícius Casagrande

O jato executivo Cirrus SF50 Vision Jet foi uma das novidades da Labace, feira de aviação executiva que aconteceu na última semana em São Paulo. Foi a primeira vez que o jatinho mais barato do mundo esteve em exposição no Brasil. O avião tem preço básico nos Estados Unidos de US$ 2 milhões (R$ 7,8 milhões). No Brasil, o jato chega pelo valor de US$ 2,5 milhões (R$ 9,7 milhões).

Segundo o diretor de marketing e eventos da Cirrus no Brasil, André Touloubre, 62 aviões do modelo já foram vendidos no país desde o jato foi apresentado pela primeira vez em 2008. O primeiro Cirrus SF50 Vision Jet deve ser entregue a um cliente brasileiro em janeiro do próximo ano. “Cerca de 10% das vendas mundiais estão no Brasil. O que ajuda são as condições de leasing para esse tipo de avião”, afirma.

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A pedido do blog Todos a Bordo, Ana Portela, gerente de produção do Banco Alfa para segmento VIP, fez uma simulação de leasing para a compra de um jatinho Cirrus SF50 Vision Jet. Os cálculos consideraram uma taxa de câmbio de R$ 3,89, com entrada de 20%, taxa de juros de 0,4% ao mês mais DI e parcelamento em 36 meses (prazo mínimo) e 60 meses (prazo máximo).

Valor total: R$ 9,725 milhões
Entrada de 20%: R$ 1,945 milhão
Leasing em 36 meses: R$ 245 mil ao mês
Leasing em 60 meses: R$ 155 mil ao mês

Crise política e instabilidade do dólar prejudicam vendas

Apesar de considerar um sucesso as vendas do jato no Brasil, o diretor da Cirrus avalia que a crise do país atrapalha a conquista de novos clientes. “O problema do Brasil é político. Desde 2014, quando começou essa situação, o empresário se retraiu. Não fosse isso, as vendas poderiam ser muito melhores”, afirma.

Para Ana Portela, as oscilações econômicas geram incerteza para a tomada de decisão dos empresários. “Para esse tipo de produto, o dólar comanda a decisão. Por isso, a estabilização da moeda é importante. Pode até ficar alto, mas o importante é que esteja estável para uma maior garantia do empresário”, diz.

Jato tem só um motor e paraquedas de emergência

O Vision Jet é considerado um avião da categoria de jatos pessoais. Nos Estados Unidos, é comum os empresários comprarem esse tipo de avião para eles mesmos pilotarem, sem a necessidade de contratação de pilotos. No Brasil, o diretor da Cirrus afirma que não é possível determinar um perfil semelhante. “São empresários que precisam de um jato para se deslocar. Podem ou não ser pilotos”, diz.

O Cirrus SF50 Vision Jet é o único jato executivo monomotor do mundo e o único a contar com um sistema que aciona um paraquedas de emergência para o avião em caso de alguma falha do motor.

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Feira em SP tem jato executivo de R$ 220 mi que voa até Moscou sem escala http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/08/12/labace-feira-aviacao-executiva-jatos-de-luxo/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/08/12/labace-feira-aviacao-executiva-jatos-de-luxo/#respond Sun, 12 Aug 2018 07:00:41 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=7786

Dassault Falcon 8X voa de São Paulo a Moscou sem escala (Divulgação)

Por Vinícius Casagrande

O aeroporto de Congonhas, em São Paulo, recebe nesta semana a maior feira de aviação executiva da América Latina. Em sua 15ª edição, a Labace (Latin American Business Aviation Conference & Exhibition) será aberta na terça-feira (14) com a expectativa de retomada no mercado da aviação de negócios no Brasil e de movimentar mais de R$ 1 bilhão em negócios.

No total, a feira deve reunir 47 aviões e helicópteros. Das mais de 90 empresas participantes da feira, 20 estarão na Labace pela primeira vez.

Um dos grandes destaques será o Dassault Falcon 8X, avaliado em US$ 57,5 milhões (R$ 222,2 milhões). Com capacidade para até 19 passageiros, o jato de três motores tem autonomia para voar de São Paulo a Moscou (Rússia) sem parar para reabastecer.

O jato tem cabine interna dividida em três áreas, além de uma cozinha completa e banheiro. Os dois sofás podem ser abertos e transformados em uma cama de casal. Os passageiros contam ainda com sistema individual de entretenimento a bordo, que permite acessar a Netflix.

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A Embraer expõe pela primeira vez na Labace os jatos executivos Phenom 100EV, Phenom 300E e Legacy 650E com interior completo. Os aviões receberam recentemente inovações tecnológicas para melhorar o desempenho e uma nova configuração interna para aumentar o conforto dos passageiros.

Cabine interna do Citation Longitude, uma das novidades da Labace (Divulgação)

Outra novidade da feira é o Cessna Citation Longitude. Será a primeira vez que o jato vem ao Brasil. Com capacidade para até 12 passageiros, o jato tem velocidade de cruzeiro de 880 km/h e pode percorrer mais de 6.000 quilômetros. É o maior jato executivo fabricado pela Cessna.

O helicóptero Bell 505 Jet Ranger X também vem ao Brasil pela primeira vez. Com capacidade para quatro passageiros, além do piloto, e velocidade máxima de 230 km/h, o helicóptero recebeu a certificação operacional no ano passado e tem mais de 30 encomendas no mercado brasileiro. O modelo é avaliado em US$ 1,1 milhão (R$ 4,2 milhões).

Avaliado em US$ 62,3 milhões (R$ 240 milhões), o Bombardier Global 6000 é o jato mais caro da Labace neste ano. Segundo a fabricante, o jato pode ligar São Paulo a Lisboa, Madrid, Nice ou Londres sem escalas, com oito passageiros e quatro tripulantes a bordo.

Primeiros sinais de recuperação do setor

O Brasil é dono da segunda maior frota do mundo da aviação geral, que inclui jatos executivos, helicópteros e aviões de pequeno porte. Dados de maio deste ano mostram que são 15.419 aeronaves em operação no país, sendo 769 jatos, 1.325 turboélices, 2.084 helicópteros, 11.201 aeronaves convencionais de pequeno porte e 40 aviões anfíbios.

Apesar de o tamanho da frota brasileira se manter estável nos últimos anos, o número de operações de pouso e decolagem vinha apresentando queda desde 2012. No ano passado, no entanto, o setor deu os primeiros sinais de recuperação, com crescimento de 13%. Em 2017, foram 583 mil pousos e decolagens, contra 514 mil do ano anterior.

O volume total de voos, no entanto, ainda está bem abaixo do pico de 2012. Naquele ano, houve 772 mil operações de pousos e decolagens na aviação geral. Os dados foram compilados pelo Instituto Brasileiro de Aviação nos 33 principais aeroportos do país, que abrangem 80% dos voos no Brasil.

Setor agrícola puxa crescimento

“Nosso negócio é totalmente ligado à economia do país. Com a perspectiva de crescimento, já vemos alguns sinais de melhora”, afirma Leonardo Fiuza, presidente do conselho da Abag (Associação Brasileira de Aviação Geral), organizadora da Labace.

O diretor-geral da Abag, Flavio Pires, afirma que o setor agrícola tem sido o responsável por garantir o crescimento da aviação geral no país. “A tendência é de melhora para os próximos meses graças ao setor agrícola”, afirma.

O presidente do conselho da Abag afirma que, apesar dos sinais de recuperação, ainda há incertezas do que pode acontecer no país nos próximos meses por conta das eleições. “Nosso crescimento depende de como a economia vai ser impactada com as eleições. Dependendo do impacto, a aviação geral também será afetada”, diz.

Labace (Latin American Business Aviation Conference & Exhibition)

Dias 14, 15 e 16 de agosto de 2018
Aeroporto de Congonhas – acesso pela Rua Tamoios, 361, Jardim Aeroporto, São Paulo
Horário: das 12h às 20h (dia 14) – das 12h às 19h (dias 15 e 16)
Ingressos: R$ 450 (compras somente pela internet)
www.labace.com.br

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