economia – Todos A Bordo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br Todos a Bordo é o blog de aviação do UOL. Aqui você encontra as últimas informações, análises e notícias sobre o movimentado mundo das companhias aéreas, das fabricantes de aviões e de empresas aeroportuárias. Tue, 07 Jul 2020 19:46:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 País tem relatos de óvnis desde 1950, incluindo ‘noite dos discos voadores’ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/11/30/pais-tem-relatos-de-ovnis-desde-1950-incluindo-noite-dos-discos-voadores/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/11/30/pais-tem-relatos-de-ovnis-desde-1950-incluindo-noite-dos-discos-voadores/#respond Fri, 30 Nov 2018 06:00:29 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8441 Já faz mais de 30 anos, mas até hoje não se sabe bem o que aconteceu nos céus do Brasil na noite de 19 de maio de 1986, conhecida como “noite oficial dos óvnis”.

Pilotos, controladores de voo e operadores de radar relataram ter observado objetos que voavam em rotas aéreas em São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro e Paraná. Foram classificados como óvnis (objetos voadores não identificados). Sempre que um aviador tentava se aproximar, as luzes fugiam, segundo os relatos.

Ademar José Gevaerd, editor da revista “UFO” (sigla corresponde a óvni, em inglês), diz que o episódio é um marco até hoje. “Foi um dos mais importantes eventos ufológicos do país e está na lista dos dez mais importantes do mundo. Foram inúmeros pilotos e militares treinados que participaram das perseguições aos UFOs e os rastrearam em radares de bordo e de terra”, disse.

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Registros desde os anos 1950

O episódio está longe de ser o único registro de óvnis no Brasil. O Arquivo Nacional contabiliza mais de 700 aparições no país, registradas oficialmente pela Aeronáutica pelo menos desde a década de 1950.

O caso mais antigo no banco de dados do governo federal data de 1952, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Diversas fotos mostram um objeto arredondado similar a um pires ou aos discos voadores vistos em filmes (veja no álbum acima).

O registro mais recente é de 2016 e consiste em fotos e um questionário respondido por um piloto militar da FAB (Força Aérea Brasileira).

Caças perseguiram luzes por 4 horas

Os primeiros relatos da noite conhecida como “noite oficial dos óvnis” foram feitos pelo controlador de voo Sérgio Mota da Silva, que disse ter detectado pontos luminosos no céu e, em seguida, na tela do radar da torre de controle do aeroporto de São José dos Campos (SP).

Em seguida, pilotos também passaram a relatar informações semelhantes. Um deles foi Alcir Pereira da Silva, que voava pela rota dos objetos levando a bordo o coronel Ozires Silva, cofundador da Embraer.

O UOL procurou o controlador de voo e o coronel Silva, mas eles não quiseram dar entrevista.

Os relatos registrados na época descreviam os objetos como de cor predominante vermelha e com alterações para amarelo, verde e alaranjado.

Como os pontos luminosos também foram detectados pelo radar e poderiam colocar em risco a navegação dos aviões na região, foram acionados caças F-5 e Mirage, partindo do Rio de Janeiro e de Anápolis (GO), para acompanharem as luzes de perto. Foram cerca de quatro horas de “perseguição”, segundo os registros.

Um dos pilotos das aeronaves interceptadoras descreveu o que via como um objeto que emitia forte luz branca, a uma altitude de cerca de 5 quilômetros. O piloto, diz o relato, acompanhou o objeto até uma altitude de 10 quilômetros, quando sua cor mudou para vermelha, depois para verde, e para branca mais uma vez, permanecendo assim.

“Bem-vindos ao festival dos discos voadores”

Visivelmente impressionado, em um momento das gravações, o controlador de voo Sérgio Mota da Silva diz: “Brasília? Boa noite e bem-vindos ao festival dos discos voadores! Tá uma loucura isso aqui, cara!”.

O mesmo tipo de relato sobre pontos luminosos ocorreu também em outros estados brasileiros nessa noite, até que as luzes sumiram definitivamente dos radares e da vista dos pilotos.

Ouça os relatos da noite de 19 de maio de 1986

O controlador de voo Sérgio Mota disse ao comando em Brasília que um piloto havia visto um objeto acompanhar o avião com movimentos sincronizados.

Mota relata o momento em que o óvni some e aparece de novo: “Pô, cara, ele é bonito, rapaz.”

“Com toda segurança, vi umas três ou quatro vezes esses objetos com uma certa clareza”, disse o controlador de voo.

Visivelmente impressionado, Mota contata Brasília com o cumprimento “boa noite e bem-vindos ao festival dos discos voadores”.

Abaixo, ouça as gravações na íntegra:

Velocidade, altitude, cor e aceleração

O relatório final de ocorrências, apresentado à época ao Ministério da Aeronáutica, reunia as seguintes informações sobre os objetos:

  • Sua altitude oscilava entre menos de 1,5 km e mais de 12 km
  • Eram visualizados pelos pilotos devido às cores branca, verde e vermelha, mas também se movimentavam com as luzes apagadas
  • Eram capazes de acelerar e desacelerar de maneira brusca

Relatório admitia possibilidade de “inteligência”

O relatório concluiu a possibilidade de haver inteligência por trás daqueles objetos. “Como conclusão dos fatos constantes observados, em quase todas as apresentações, este Comando é de parecer, que os fenômenos são sólidos e refletem de certa forma inteligência, pela capacidade de acompanhar e manter distância dos observadores como também voar em formação, não forçosamente tripulados.”

Gevaerd, da revista “UFO””, diz que “o mais impressionante foi que, no dia seguinte ao evento, estes militares foram reunidos pelo brigadeiro Octávio Moreira Lima, então ministro da Aeronáutica, e puderam contar à imprensa tudo o que ocorreu. Isso é algo inédito e único até hoje no mundo”.

Relatos de óvnis no Pará e no litoral de SP

Quando um objeto voador não identificado é avistado no Brasil, a Aeronáutica registra o relato e analisa os possíveis impactos para a navegação aérea. Após um período, estes registros são entregues ao Arquivo Nacional, que mantém um acervo dedicado a todas estas aparições. Veja outros casos relatados:

  • Operação Prato: Habitantes de Ananindeua, Belém, Colares e Mosqueiro, no Pará, disseram que foram atacados por “raios luminosos” que partiram do céu, em 1977. Procuravam ajuda médica relatando anemia, febre e tontura, além de marcas de queimaduras. Os “raios luminosos” foram chamados de “luz vampira”. Realizada pela Aeronáutica, a Operação Prato mobilizou soldados, que utilizavam binóculos, câmeras e filmadoras, para investigar os fenômenos. Após um longo período de observações, as investigações foram encerradas sem que houvesse um relatório de conclusão.
  • Forte de Itaipu: Em 1957, soldados da guarda do forte, localizado no município de Praia Grande (SP), teriam observado um objeto circular de 30 metros de diâmetro descendo do céu em alta velocidade e parando a cerca de 300 metros de distância do local onde os sentinelas estavam. Nesse momento, os soldados dizem ter ouvido um forte zumbido e sentido uma onda de calor, que teria queimado suas roupas. As Forças Armadas não divulgaram um relatório conclusivo sobre o episódio.

Arquivo Nacional reúne documentos

Para ter acesso a todo o conteúdo disponibilizado pela Aeronáutica, acesse o site do Sistema de Informações do Arquivo Nacional, faça um cadastro, vá em favoritos e, em seguida, clique em “Objetos Voadores Não Identificados”. Lá, é possível encontrar áudios, relatórios, imagens e dossiês de todos os registros de aparições de óvnis feitos até hoje no Brasil.

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Aérea poupa R$ 10 mi em combustível com menos vinho a bordo e revista leve http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/02/04/aerea-economia-combustivel-menos-vinho-revista-leve/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/02/04/aerea-economia-combustivel-menos-vinho-revista-leve/#respond Sun, 04 Feb 2018 06:00:18 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=6844

Boeing 787 da United Airlines é mais econômico que modelos anteriores (Divulgação)

Por Vinícius Casagrande

O combustível é o principal custo de uma companhia aérea, variando entre 30% e 40% das despesas totais das empresas. Para reduzir o gastos, as empresas adotam as mais diversas estratégias. Uma das alternativas mais viáveis é reduzir o peso do avião. É que quanto mais leve, menos combustível o avião consome. Uma redução aparentemente insignificante pode gerar uma economia considerável.

A companhia aérea norte-americana United Airlines, por exemplo, afirmou que vai economizar cerca de US$ 3,2 milhões (R$ 10,3 milhões) em combustível por ano apenas com a redução do peso de alguns produtos que costumava levar a bordo de seus aviões. Entre as medidas, está o uso de folhas mais finas nas revistas de bordo, redução de refrigerantes e vinhos oferecidos e fim das vendas de perfumes e joias.

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Juntas, as mudanças vão resultar em aproximadamente 30 mil toneladas a menos de dióxido de carbono lançados no ar a cada ano. Esse montante é equivalente a 6.400 carros a menos em circulação”, afirma a empresa.

Revista de bordo mais leve

A United espera economizar 463 mil litros de combustível por ano, o equivalente a US$ 290 mil (R$ 931 mil) anuais, somente com a redução de 28,5 gramas no peso total da sua revista de bordo “Hemispheres”. A revista vai manter o mesmo número de páginas, mas a United passou a adotar um tipo de papel mais leve. A publicação está presente nas poltronas dos aviões da empresa.

A United Airlines tem mais de 740 aviões em sua frota. As aeronaves podem levar a partir de 37 passageiros, como o Embraer 145 e o Bombardier Q300, até 366 passageiros, caso do Boeing 777-300ER. Por dia, a empresa realiza mais de 4.500 voos. São 1,6 milhão de voos por ano.

No caso do maior avião da companhia, a redução do peso da revista de bordo representa 10 kg a menos dentro do avião. O principal modelo usado pela empresa é o Boeing 737. São cerca de 330 aviões do modelo, com capacidade para até 179 passageiros. Com a mudança no tipo de papel usado na revista de bordo, os aviões ficaram 5 kg mais leve.

“Além disso, a United também realizou um projeto de redução de peso similar em seu guia de serviços disponível no encosto das poltronas”, afirma a empresa.

Redução do estoque de produtos do serviço de bordo gerou economia de R$ 2,2 milhões (Divulgação)

O fim da venda de produtos e redução no serviço de bordo

O maior impacto na redução do peso dos aviões, no entanto, veio com o fim da venda de produtos duty-free durante os voos, como perfumes, relógios e bebidas.

A companhia não informou o peso total desses produtos, mas estima que tirá-los de dentro do avião reduziu o consumo anual de combustível em 5,3 milhões de litros, o equivalente a US$ 2,3 milhões (R$ 7,3 milhões) em economia.

A United afirmou que também realizou algumas mudanças em seu estoque de produtos usado no serviço de bordo dos voos. Entre as iniciativas, está a redução de refrigerantes e sucos em voos para China e Japão e a redução da quantidade de vinhos no serviço de degustação. “Esses e outros ajustes resultaram em uma economia de mais de US$ 673 mil (R$ 2,1 milhões)”, diz a empresa.

Instalação de winglets na ponta das asas ajuda a economizar combustível (Divulgação)

Mudanças nos aviões

A companhia aérea também tem feito mudança na sua frota de aviões como forma de reduzir os gastos com combustível. Em outubro do ano passado, a empresa fez seu último voo regular com o avião Boeing 747, conhecido como jumbo. O modelo é considerado grande, com capacidade para mais de 400 passageiros, e tem alto consumo de combustível.

Para as rotas de longo curso, a empresa tem utilizado os modelos Boeing 777 e o novo Boeing 787, mais moderno, eficiente e com menos consumo de combustível. Em junho do ano passado, a empresa também encomendou 100 aviões do modelo Boeing 737 MAX 10, que deverão ser entregues a partir de 2020.

“Em outra iniciativa, a companhia aérea iniciou a instalação de winglets Split Scimitar em 41 dos Boeings 757-200. Esse equipamento, além de melhorar a aerodinâmica das asas – local onde é instalado – ajuda na economia de combustível; em média 113 litros por voo”, afirma a empresa.

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