Congonhas – Todos A Bordo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br Todos a Bordo é o blog de aviação do UOL. Aqui você encontra as últimas informações, análises e notícias sobre o movimentado mundo das companhias aéreas, das fabricantes de aviões e de empresas aeroportuárias. Tue, 07 Jul 2020 19:46:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Além de Congonhas e Campo de Marte: 10 aeroportos dentro de grandes cidades http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/12/05/aeroportos-dentro-de-grandes-cidades-pelo-mundo/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/12/05/aeroportos-dentro-de-grandes-cidades-pelo-mundo/#respond Wed, 05 Dec 2018 06:00:21 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8494 O acidente com um avião Cessna 210 na última sexta-feira (30) no Campo de Marte, em São Paulo, levantou novamente a discussão sobre os riscos de haver aeroportos em áreas populosas de grandes cidades. Além do Campo de Marte, São Paulo tem também o aeroporto de Congonhas, o segundo mais movimentado do país.

Ter aeroportos movimentados convivendo com casas e prédios não é uma exclusividade de São Paulo. Pelo mundo, há vários aeroportos bem próximos ao centro de grandes cidades. É o caso, por exemplo, das norte-americanas Chicago, Nova York, Las Vegas e San Diego.

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Na maioria dos casos, os aeroportos foram construídos em locais remotos. Com o passar dos anos, o crescimento das cidades acabou “abraçando” esses aeroportos. Mas nem sempre é assim. O aeroporto London City, por exemplo, foi construído às margens do rio Tâmisa exatamente para facilitar o deslocamento ao centro de Londres (Reino Unido).

Veja alguns exemplos de aeroportos que estão no meio de grandes cidades.

London City Airport

Aeroporto London City foi construído para facilitar o acesso ao centro de Londres (Divulgação)

Diferentemente da maioria, o aeroporto central de Londres (Reino Unido), o London City Airport, foi planejado para estar no meio da cidade. Inaugurado em 1987, fica às margens do rio Tâmisa e a pouco mais de dez quilômetros do centro financeiro da cidade.

Para pousar no aeroporto de London City, os aviões precisam fazer uma descida mais íngreme. Outro desafio é a pista curta, de 1.500 metros, menor que a do aeroporto de Congonhas. Por conta disso, pilotos e aviões precisam passar por um processo de certificação específico para provar as condições de pouso no aeroporto.

O aeroporto recebeu no último ano 4,5 milhões de passageiros que voaram para mais de 40 destinos. O London City Airport foi eleito neste ano pela Syktrax, considerado o “Oscar” da aviação, o melhor aeroporto do mundo na categoria de até 5 milhões de passageiros.

Chicago

Aeroporto Chicago Midway fica no centro da cidade de Chicago (Reprodução)

Os dois principais aeroportos de Chicago estão em áreas bastante populosas e cercados de casas. O Chicago Midway, inaugurado em 1927, foi o primeiro da cidade e reinou absoluto até 1955, quando foi inaugurado o aeroporto Chicago O´Hare, a cerca de 30 quilômetros de distância.

Atualmente, o aeroporto Midway recebe, principalmente, voos domésticos de companhias aéreas de baixo custo, enquanto o O’Hare concentra voos internacionais de longo alcance, além de voos nacionais das principais companhias aéreas norte-americanas.

No ano passado, o aeroporto de Chicago Midway recebeu 22,4 milhões de passageiros. No aeroporto de Chicago O’Hare, passaram 79,8 milhões de passageiros em 2017.

Lisboa

Aeroporto de Lisboa fia a apenas 6 quilômetros do centro da capital portuguesa (iStock)

O aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa (Portugal), foi inaugurado em 1942 em uma aérea desabitada a apenas seis quilômetros ao norte do centro da capital portuguesa, na freguesia dos Olivais. A região, hoje, conta com mais de 50 mil habitantes. É o único aeroporto civil na capital portuguesa.

O aeroporto é o maior de Portugal, com um movimento anual de mais de 26 milhões de passageiros. Lisboa é a cidade europeia com mais voos para o Brasil e a principal ligação entre a Europa e a América do Sul.

Gibraltar

A avenida Winston Chruchill cruza a pista de pouso e decolagem do aeroporto de Gibraltar (iStock)

O aeroporto de Gibraltar, um território ultramarino do Reino Unido, é um dos mais inusitados do mundo. A proximidade com o centro da cidade faz com que a avenida Winston Churchill cruze a pista de pouso e decolagem do aeroporto.

Quando os aviões estão chegando ou saindo, o semáforo fecha para os carros para deixar a pista do aeroporto livre. A sorte dos motoristas é que o aeroporto recebe apenas entre quatro e cinco voos comerciais por dia. O aeroporto também serve como base para a Força Aérea Real do Reino Unido.

Teterboro

Aeroporto de Teterboro foi o primeiro da região de Nova Jersey e Nova York (Reprodução)

Atualmente voltado exclusivamente à aviação executiva, o aeroporto de Teterboro foi o primeiro a ser construído na região metropolitana de Nova Jersey e Nova York (EUA). Inaugurado em 1919, serviu de base militar na Primeira e na Segunda Guerra. A partir de 1970, foi cedido à companhia aérea Pan Am e hoje é administrado pela autoridade de portos e aeroportos de Nova Jersey e Nova York.

Localizado no estado de Nova Jersey e a 19 quilômetros do centro da ilha de Manhattan, em Nova York, o aeroporto fica em uma região bastante populosa. Em 2003, o governo limitou as operações a aviões com peso máximo de 45 toneladas como forma de diminuir o ruído na região.

Mas os moradores continuam descontentes. Segundo o jornal “The New York Times”, somente em 2016 foram 2.300 reclamações às autoridades de aviação por conta do barulho dos aviões, o que representa uma reclamação a cada quatro horas.

Há movimentos que pedem o fechamento do aeroporto de Teterboro. No entanto, não há sinais de que o pedido seja levado adiante. O terminal para aviões executivos é visto como essencial para aliviar o tráfego dos três principais aeroportos da região (La Guardia, JFK e Newark). Anualmente, o Teterboro registra 170 mil pousos e decolagens, gera 15 mil empregos e movimenta cerca de US$ 2 bilhões.

La Guardia

Aeroporto de La Guardi (à direita) fica bem em uma aérea populado próximo à ilha de Manhattan (iStock)

Outro aeroporto de Nova York que sofre com a proximidade da cidade é o La Guardia, localizado cerca de dez quilômetros ao leste de Manhattan. O aeroporto foi construído em 1929, mas só começou a operar voos comerciais em 1939. Opera somente voos para os Estados Unidos e Canadá, com distância máxima de 2.400 quilômetros.

O aeroporto de La Guardia está na baía de Flushing, às margens do East River. As pistas de pouso terminam na água, mas, após a decolagem, os aviões não têm áreas para pousos de emergência.

Foi do aeroporto de La Guardia que decolou, em janeiro de 2009, o voo 1549 da US Airways. Após a decolagem, o Airbus A320 foi atingido por um bando de gansos-do-Canadá. Com a colisão, os dois motores pararam de funcionar, e o avião precisou fazer um pouso de emergência no rio Hudson.

Las Vegas

Aeroporto de Las Vegas fica a poucos metros da principal avenida da cidade, que concentra os hotéis-cassino (Divulgação)

Construída no meio do deserto, Las Vegas tem o seu principal aeroporto a poucos metros da avenida mais famosa da cidade, a Las Vegas Boulevard. Uma das cabeceiras da pista fica bem próxima ao famoso letreiro da cidade.

O aeroporto foi aberto em 1948, apenas dois anos após a inauguração do primeiro hotel-cassino da cidade, o Flamingo. Em outubro, o aeroporto internacional McCarran registrou seu recorde histórico, com 4,4 milhões de passageiros. Em 2018, já passaram pelo terminal 41,7 milhões de viajantes.

St. Maarten

Banhistas acompanham bem de perto o pouso e a decolagem dos aviões em St. Maarten (iStock)

O aeroporto internacional Princesa Juliana, na ilha de St. Maarten, no Caribe, impressiona não pela proximidade com a cidade, mas por estar tão perto de uma das mais famosas praias da ilha. Muitos turistas vão à praia de Maho somente para ver os pousos e decolagens dos aviões.

Em julho do ano passado, uma turista neozelandesa de 57 anos morreu na praia de Maho após ser atingida por uma forte rajada de vento de um avião. De acordo com a polícia, a vítima estava pendurada em uma cerca que permite a observação de pousos e decolagens quando foi derrubada pelo vento, causado pela força dos motores.

O aeroporto recebe desde aviões particulares até grandes aviões comerciais. Até 2016, a companhia aérea holandesa KLM realizava voos regulares para a ilha com o Boeing 747-400. O jumbo foi substituído pelo Airbus 330-200.

Aeroparque Jorge Newbery

Aeroparque Jorge Newbery fica no bairro de Palermo, a 9 quilômetros do centro de Buenos Aires (iStock)

O aeroporto central de Buenos Aires (Argentina) está localizado às margens do rio da Prata, no bairro de Palermo e a nove quilômetros do centro. Em julho do ano passado, o governo da Argentina proibiu a operação de voos internacionais no aeroporto, que estão sendo transferidos gradativamente ao aeroporto Ministro Pistarini, em Ezeiza, na região metropolitana de Buenos Aires e a 32 quilômetros do centro.

Segundo o órgão de aviação da Argentina, a medida busca abrir espaço para o aumento de voos domésticos no aeroporto central de Buenos Aires. O aeroporto recebe cerca de 340 voos diários.

San Diego

Aeroporto de San Diego recebe 20,7 milhões de passageiros por ano e fica no centro da cidade (iStock)

O aeroporto internacional de San Diego está a apenas cinco quilômetros do centro de San Diego, na Califórnia (EUA). Os arranha-céus da cidade estão a apenas dois quilômetros de uma das cabeceiras da pista.

O terminal recebe voos nacionais e internacionais, inclusive para o Japão e a Europa. A maioria dos voos, no entanto, é de companhias aéreas de baixo custo que fazem viagens nacionais. Por dia, são mais de 500 voos para 60 destinos. Segundo a FAA (Administração Federal de Aviação, na sigla em inglês), o aeroporto de San Diego é o 27º mais movimentado dos Estados Unidos, com 20,7 milhões de passageiros por ano.

Diferentemente do que o texto informava, a pista do aeroporto London City não é menor que a do aeroporto Santos Dumont, que tem 1.323 metros. O texto foi corrigido.

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36 aviões por hora e foco total: a rotina na torre de controle de Congonhas http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/11/17/bastidores-torre-de-controle-congonhas/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/11/17/bastidores-torre-de-controle-congonhas/#respond Sat, 17 Nov 2018 06:00:14 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8358

Torre de controle do aeroporto de Congonhas (Vinícius Casagrande/UOL)

O aeroporto de Congonhas recebe todos os dias uma média de 600 pousos e decolagens, ou cerca de 36 por hora (funciona das 6h às 23h). No último ano, foram exatamente 223.989 movimentos aéreos. Congonhas é o segundo aeroporto com mais pousos e decolagens do país, atrás apenas de Cumbica, em Guarulhos (SP).

Para organizar todo o fluxo de aviões que chegam a Congonhas e saem de lá, a torre de controle funciona o tempo inteiro com nível máximo de atenção. No prédio instalado ao lado do terminal de passageiros, bem no centro da pista principal do aeroporto, os controladores têm uma visão de 360 graus, que inclui o aeroporto e o espaço aéreo ao redor.

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A torre de controle é responsável pelas movimentações dos aviões dentro da área do aeroporto e pelo espaço aéreo ao redor, em um raio de cerca de cinco milhas náuticas (nove quilômetros). Quando os aviões iniciam a descida ou estão em subida para a rota de voo, o controle de tráfego aéreo é feito por um órgão chamado APP, que fica em uma sala fechada dentro de Congonhas.

No aeroporto de Congonhas, os controladores de tráfego aéreo dividem-se em quatro funções, chamadas de posições:

  • 1. Posição de autorização: o controlador confirma com o piloto todos os dados do plano de voo, como rota, velocidade e altitude. Se tudo estiver correto e dentro dos padrões aeronáuticos, o controlador dá a autorização para o voo.
  • 2. Posição de controle de solo: o controlador é responsável por todas as autorizações necessárias para que os aviões possam se movimentar em solo dentro da área do aeroporto, desde o portão de embarque até a cabeceira de pista e vice-versa.
  • 3. Posição torre de controle: é responsável pela aproximação final, pousos e decolagens. A cerca de cinco milhas náuticas (nove quilômetros) da cabeceira da pista, o piloto passa a se comunicar com a torre de controle para receber a autorização de pouso. Na decolagem, o contato começa com a autorização para entrar na pista e decolar e dura até sair da área de jurisdição da torre de controle.
  • 4. Helicontrol: responsável pelo controle de tráfego aéreo dos helicópteros que sobrevoam uma área de 102 km² ao redor do aeroporto de Congonhas.

Controladora de Congonhas na posição de controle de solo (Vinícius Casagrande/UOL)

Forte presença feminina

Chama atenção também a forte presença feminina. As mulheres já representam entre 40% e 50% do total de controladores de tráfego aéreo no Brasil.

Na manhã desta terça-feira (13), quando a reportagem do blog Todos a Bordo visitou a torre de controle do aeroporto de Congonhas, dos quatro controladores, três eram mulheres, nas posições de autorização, controle de solo e helicontrol.

Com o tráfego intenso no período da manhã, com até quatro aviões próximos à cabeceira esperando para decolar (e outros tantos para pousar), a presença de visitantes foi completamente ignorada pelos controladores, focados nos procedimentos padrões.

Essencial para a segurança dos voos

O trabalho dos controladores de tráfego aéreo é frenético. Eles estão sempre de olho nos monitores (cada controlador pode ter duas ou três telas) que mostram informações dos radares e dados de voo de cada avião. Ao mesmo tempo, estão de olho em tudo o que acontece do lado de fora. Um supervisor ainda auxilia na coordenação entre as diversas posições para agilizar o fluxo das operações.

Os controladores de tráfego aéreo têm como função principal garantir a segurança dos voos, organizando o fluxo dos aviões e a distância entre eles. Nenhum avião pode pousar, decolar ou se movimentar dentro do aeroporto sem uma autorização do controlador responsável, feita por uma comunicação via rádio em uma frequência VHF. Uma falha poderia terminar até mesmo em um acidente.

A ordem dos aviões que decolam ou pousam primeiro geralmente ocorre de acordo com quem chegou primeiro. No entanto, há alguns casos especiais. Aviões em emergência, que estejam transportando alguém doente em estado grave ou órgãos para transplante, aeronaves militares ou até mesmo com a presença do presidente da República têm prioridade. Nesses casos, o controlador tem de reorganizar o fluxo de todos os aviões.

Ajuda de radares e computadores

Além de ver tudo o que acontece dentro e fora do aeroporto, os controladores contam com recursos tecnológicos. O principal deles são os radares, que identificam a posição exata do avião, além de dados como altitude e velocidade. O primeiro radar brasileiro foi instalado justamente no aeroporto de Congonhas, em 1971.

Tela de radar do Serviço Regional de Proteção ao Voo São Paulo (Vinícius Casagrande/UOL)

Os computadores são outro aliado dos controladores. Antigamente, as mesas desses profissionais eram repletas de fichas impressas com os dados dos voos. Hoje, todos os dados aparecem diretamente no computador, o que ajuda no cálculo de distância, velocidade e tempo de voo.

Mas esses sistemas também falham. Foi o que aconteceu no dia 20 de julho deste ano, quando uma oscilação de energia tirou os radares do ar. Os controladores passaram a trabalhar de maneira manual, baseados nas informações de localização informadas pelos pilotos. Para garantir a segurança, muitos aviões ficaram retidos em solo, e os que estavam no ar tiveram de adotar uma distância maior entre si.

“Passamos a operar no modo convencional. O radar é um auxílio importante, mas todo o controle de tráfego aéreo é feito via rádio entre o controlador e os pilotos”, afirma o capitão Custódio, responsável pelo controle da Terminal São Paulo.

Controladora orienta os aviões dentro da Terminal São Paulo com auxílio dos radares (Vinícius Casagrande/UOL)

O espaço aéreo brasileiro

A torre de controle é apenas um dos três órgãos de controle do espaço aéreo. Quando os aviões deixam a área sob responsabilidade da torre de controle de Congonhas, passam a ser orientados pelo Controle São Paulo (ou APP São Paulo), responsável pela Terminal São Paulo, uma área que se estende de Campinas (a 93 km da capital) até o litoral paulista.

O controle do tráfego aéreo da Terminal São Paulo é feito em uma sala fechada do SRPV (Serviço Regional de Proteção ao Voo), que também fica no aeroporto de Congonhas. Os controladores são divididos nos setores oeste, norte e sul.

A função da Terminal São Paulo é orientar a aproximação ou saída dos aviões que pousam ou decolam nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos, Campo de Marte e Viracopos. Há controladores focados nas chegadas e outros dedicados à saída dos aviões.

Quando os aviões entram nas aerovias (caminhos determinados pelas cartas aeronáuticas) passam a ser controlados pelo Centro de Controle de Área, ou ACC.

Quem organiza todo o sistema de controle do tráfego aéreo brasileiro é o Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), órgão da Força Aérea Brasileira. Assim, a maioria dos controladores de tráfego aéreo no Brasil são militares da Aeronáutica. No entanto, há algumas torres de controle operadas por controladores civis, sob responsabilidade da Infraero, como o caso do aeroporto de Guarulhos.

O espaço aéreo sob controle do Decea abrange uma área total de 22 milhões de km², quase o triplo da aérea territorial do Brasil, de 8,5 milhões de km². É que o espaço aéreo brasileiro se estende ainda por 3,5 milhões de km² na chama Zona Economicamente Exclusiva, próxima ao litoral brasileiro. Por acordos internacionais, o Brasil também controla o espaço aéreo sobre o oceano em uma área de 9,9 milhões de km² para missões de orientação, busca e salvamento.

Controladores são formados pela Força Aérea Brasileira (Vinícius Casagrande/UOL)

Como ser um controlador de tráfego aéreo

Para se tornar um controlador de tráfego aéreo no Brasil, é necessário prestar um concurso da Aeronáutica e, depois, fazer um curso de dois anos na EEAR (Escola de Especialistas de Aeronáutica). Depois de formado, o aluno sai da escola com o cargo de 3º Sargento da Aeronáutica. Sua base de trabalho dependerá de onde houver necessidade de mão de obra.

Os controladores civis fazem o curso de formação no Icea (Instituto de Controle do Espaço Aéreo), órgão também vinculado à Força Aérea Brasileira. Concluído o curso, pode trabalhar nas torres de controle administradas pela Infraero ou por outros órgãos civis.

Tanto militares como civis precisam ter o ensino médio completo e bom nível de inglês, além de passar por exames médicos e psicológicos. Neste ano, a Força Aérea Brasileira abriu apenas 21 vagas de controlador de tráfego aéreo para os DTCEA (Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo) de Manaus (AM), Belém (PA), São Luís (MA) e Confins (MG).

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Voo de Congonhas (SP) para Europa demora quase 3h mais do que por Guarulhos http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/09/28/tempo-de-voo-europa-saida-congonhas-guarulhos/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/09/28/tempo-de-voo-europa-saida-congonhas-guarulhos/#respond Fri, 28 Sep 2018 07:00:35 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8049

KLM tem voos em Guarulhos (SP), Rio de Janeiro e Fortaleza (CE) (Foto: Divulgação)

Por Vinícius Casagrande

As companhias aéreas Air France e KLM intensificaram nos últimos dias uma campanha para incentivar uma nova opção de voos para a Europa saindo do aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Os voos são feitos em parceria com a brasileira Gol, com conexão no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, ou em Fortaleza (CE).

A opção pelas saídas de Congonhas é vendida como uma comodidade aos passageiros, que não precisariam enfrentar o trânsito da capital paulista para chegar até o aeroporto internacional de Guarulhos (SP). A economia de tempo, no entanto, pode não compensar em relação ao tempo total de viagem.

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“Essa novidade de conectar Congonhas com as nossas outras origens no Brasil, Rio de Janeiro e Fortaleza, e de lá para a Europa, traz mais possibilidades ao viajante corporativo ou de lazer que busca comodidade de deslocamento, aliada aos voos que mais atendem suas necessidades”, afirma Jean-Marc Pouchol, diretor-geral do grupo Air France-KLM para América do Sul, em nota.

Mas, na prática, um voo saindo de Congonhas demora quase três horas a mais do que um que parta de Guarulhos. O voo direto da KLM entre Guarulhos e Amsterdã (Holanda) tem duração de 11 horas e 45 minutos na ida. Saindo de Congonhas, a viagem tem duração total de 14 horas e 35 minutos, com conexões em Fortaleza na ida e no Rio de Janeiro na volta. O tempo total já inclui o período no qual o passageiro fica parado no aeroporto de conexão.

O voo direto entre Guarulhos e Paris (França) pela Air France tem duração de 11 horas e 15 minutos na ida e de 11 horas e 40 minutos na volta. Com saída do aeroporto de Congonhas e conexão no Galeão, a viagem dura 14 horas e 20 minutos na ida e 14 horas e 45 minutos na volta.

O diretor-geral do grupo Air France-KLM afirma que a procura pelos voos com saída de Congonhas está acima do esperado. “Essa era uma demanda dos nossos clientes e estamos muito felizes em poder proporcionar mais esta opção para eles, em parceria com a Gol. O resultado está muito acima das nossas expectativas, o que demonstra que para alguns sair de Congonhas, mesmo com uma conexão, atende melhor as necessidades”, diz, também em nota.

Voo de Congonhas exige troca de avião

Além de o voo demorar mais, a saída pelo aeroporto de Congonhas exige troca de avião nos aeroportos do Galeão ou de Fortaleza. Os passageiros embarcam em São Paulo em um voo doméstico da Gol. Após a primeira parada, o passageiro tem de fazer todo o processo burocrático de saída do Brasil.

Somente após a verificação de passaporte para saída do país é que o passageiro embarca em um avião da Air France ou da KLM com destino a Paris ou Amsterdã, respectivamente. São necessárias cerca de duas horas entre os voos para realizar todo esse trâmite.

É o mesmo procedimento necessário para passageiros de qualquer outra cidade brasileira que não conta com voos internacionais. É diferente de um voo com escala, quando há apenas uma parada intermediária, mas sem a necessidade de troca de avião.

Com a conexão, há também o risco maior de extravio de bagagem, já que as malas também precisam trocar de avião. Na saída do Brasil, esse processo é feito diretamente entre os funcionários das companhias aéreas.

Na volta, por exigência da Receita Federal, o passageiro precisa retirar sua mala na esteira de bagagem, passar pela verificação da Receita no aeroporto e depois fazer um novo processo de despacho de bagagem no guichê da companhia aérea. Um processo que demanda ainda mais tempo do passageiro.

Além de ter mais burocracia e de perder mais tempo, o passageiro ainda pode ter de pagar a mais por isso. No material divulgado pela KLM, o voo direto para Amsterdã saindo de Guarulhos custa R$ 3.211, enquanto o voo com conexão saindo de Congonhas custa R$ 3.465. Segundo a Air France, o voo direto de Guarulhos para Paris custa R$ 3.550, contra R$ 3.615 do voo com conexão com saída de Congonhas.

Na prática, no entanto, esses valores podem mudar dependendo das datas da viagem. Em determinados dias, a viagem com conexão pode ficar mais econômica.

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Aeroporto de Congonhas tem desembarque expresso para passageiro sem bagagem http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/08/07/aeroporto-congonhas-desembarque-expresso-bagagem/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/08/07/aeroporto-congonhas-desembarque-expresso-bagagem/#respond Tue, 07 Aug 2018 13:43:43 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=7763

Desembarque expresso de Congonhas fica antes das esteiras de bagagem (Divulgação)

Para facilitar o desembarque dos passageiros que viajam apenas com a mala de mão, o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, inaugurou na semana passada uma nova área de desembarque expresso. A nova saída do terminal está localizada antes da área de esteira de bagagem. “O objetivo é agilizar o fluxo de passageiros sem bagagem despachada, que, portanto, não precisam aguardar por malas nas esteiras do terminal”, afirma a Infraero, em nota.

Segundo a empresa, a nova área de desembarque deve ser usada pela maioria dos passageiros que passam diariamente pelo aeroporto de Congonhas, o mais movimentado sob administração da Infraero.

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Desde que as companhias aéreas passaram a cobrar pelo despacho de bagagem, aumentou o número de passageiros que viajam apenas com a mala de mão. Segundo dados da Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas), 65% das passagens são vendidas sem o direito de despachar a bagagem.

“A medida também visa proporcionar mais conforto e uma melhor experiência a quem chega a São Paulo pelo aeroporto de Congonhas, principalmente nos horários de maior movimento, já que grande parte dos usuários de Congonhas é constituída de empresários e executivos em viagens de negócios, que costumam trazer apenas a bagagem de mão e precisam economizar tempo”, diz a nota da Infraero.

Aeroporto tem nota 4,36

O aeroporto de Congonhas ficou na 15ª colocação entre os 20 terminais avaliados na pesquisa trimestral do Ministério dos Transportes. Na escala de 1 a 5, Congonhas obteve a nota 4,36 na avaliação dos próprios usuários do terminal.

Entre os quatro aeroportos avaliados que transportam mais de 15 milhões de viajantes anuais, Congonhas ficou na última posição. O aeroporto de Brasília (DF) é o líder da categoria com nota 4,40, seguido de Galeão (RJ), que obteve nota 4,38, e Guarulhos (SP), com 4,37.

No ano passado, o aeroporto de Congonhas recebeu 21,8 milhões de passageiros, o que representa 20,15% de toda a rede da Infraero. Foram quase 218 mil pousos e decolagens.

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Com 107 voos por dia, ponte aérea Rio-SP é a 5ª mais movimentada do mundo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/01/10/congonhas-santos-dumont-rotas-mais-movimentadas-do-mundo/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/01/10/congonhas-santos-dumont-rotas-mais-movimentadas-do-mundo/#respond Wed, 10 Jan 2018 06:00:24 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=6727

Pista do aeroporto Santos Dummont, no Rio de Janeiro (Foto: dolphin photo/Getty Images)

A ponte aérea entre os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, foi a quinta rota doméstica mais movimentada do mundo em 2017, segundo um levantamento da consultoria inglesa OAG. Durante o ano, foram realizados 39.325 voos, com uma média de 107 voos por dia.

A rota mais movimentada é na Coreia do Sul, entre Jeju e Seul. No ano passado, a OAG registrou 64.991 voos, com uma média diária de 178 voos entre as duas cidades. A rota teve índice de pontualidade de 74,06% (veja o ranking no fim deste texto).

Entre as dez rotas domésticas com maior número de voos em 2017, a ligação entre Congonhas e Santos Dumont foi a quarta mais pontual do mundo, com índice de 80,09% dos voos decolando no horário previsto.

Os dados da OAG consideram apenas as ligações entre dois aeroportos específicos. Os voos entre São Paulo e Rio de Janeiro também podem sair ou chegar pelos aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, e Galeão no Rio de Janeiro, mas não há o número total de voos entre as duas cidades no levantamento da OAG. O mesmo acontece em outras cidades com mais de um aeroporto, como Nova York (EUA), Londres (Reino Unido) e Paris (França).

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Na América do Sul, apenas mais uma rota doméstica aparece entre as 20 mais movimentadas do mundo. A ligação entre os aeroportos de Bogotá e Cali, na Colômbia, recebeu no último ano 21.792 voos.

Entre as 20 rotas domésticas mais movimentadas, a mais pontual foi a ligação entre os aeroportos de Haneda, em Tóquio, e Osaka, no Japão. Em 2017, foram realizados 21.900 voos, com índice de pontualidade de 90,4%.

Ásia lidera também nas rotas internacionais

Nenhum aeroporto do Brasil ou da América do Sul aparece na relação das 20 rotas mais movimentadas do mundo no último ano. A liderança do ranking é totalmente asiática, dominando as cinco primeiras colocações. Em viagens internacionais, a rota mais movimentada no último ano foi entre Hong Kong e Taipei (Taiwan), com 29.494 voos.

Fora do continente asiático, a rota entre o aeroporto de La Guardia, em Nova York (EUA), e Toronto (Canadá) aparece na sexta colocação geral, com 17.116 voos no ano. Uma curiosidade está no 19º lugar, com a rota entre Cairo (Egito) e Jeddah (Arábia Saudita), que teve 12.896 voos em 2017.

A ligação entre Dubai (Emirados Árabes Unidos) e Kuwait (Kuwait), a 15ª mais movimentada, foi a mais pontual entre as 20 primeiras colocadas do ranking. Dos 13.297 voos realizados, 83,55% decolaram dentro do horário previsto.

Veja a dez rotas domésticas mais movimentadas em 2017

1º Jeju – Seul (Coreia do Sul): 64.991 voos (pontualidade de 74,06%)

2º Melbourne – Sydney (Austrália): 54.519 voos (pontualidade de 74,10%)

3º Mumbai – Nova Déli (Índia): 47.462 voos (pontualidade de 59,14%

4º Fukuoka – Tóquio/Haneda (Japão): 42.835 voos (pontualidade de 83,43%)

5º São Paulo/Congonhas – Rio de Janeiro/Santos Dumont (Brasil): 39.325 voos (pontualidade de 80,09%)

6º Sapporo – Tóquio/Haneda (Japão): 38.389 voos (pontualidade de 85,56%)

7º Los Angeles – San Francisco (Estados Unidos): 34.897 voos (pontualidade de 63,86%)

8º Brisbane – Sydney (Austrália): 33.765 voos (pontualidade de 79,28%)

9º Cidade do Cabo – Johannesburgo (África do Sul): 31.914 voos (pontualidade de 86,83%)

10º Pequim – Xangai (China): 30.029 voos (pontualidade de 53,47%)

Veja a dez rotas internacionais mais movimentadas em 2017

1º Hong Kong – Taipei (Taiwan): 29.494 voos (pontualidade de 70,92%)

2º Kuala Lumpur (Malásia) – Cingapura (Cingapura): 29.383 voos (pontualidade de 78,52%)

3º Jakarta (Indonésia) – Cingapura (Cingapura): 26.872 voos (pontualidade de 77,38%)

4º Jakarta (Indonésia) – Kuala Lumpur (Malásia): 20.890 voos (pontualidade de 64,84%)

5º Hong Kong – Xangai (China): 20.818 voos (pontualidade de 57,79%)

6º Nova York/La Guardia (EUA) – Toronto (Canadá): 17.116 voos (pontualidade de 54,24%)

7º Hong Kong – Seul (Coreia do Sul): 16.366 voos (pontualidade de 65,14%)

8º Pequim (China) – Hong Kong (Hong Kong): 14.592 voos (pontualidade de 63,43%)

9º Dublin (Irlanda) – Londres/Heathrow (Reino Unido): 14.556 voos (pontualidade de 82,56%)

10º Bangcoc (Tailândia) – Cingapura (Cingapura): 14.455 voos (pontualidade de 77,87%)

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SP: Feira de aviação reúne jatos de mais de R$ 190 mi; entrada custa R$ 430 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2017/08/13/labace-feira-aviacao-aviao-executivo-jatinho/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2017/08/13/labace-feira-aviacao-aviao-executivo-jatinho/#respond Sun, 13 Aug 2017 07:00:04 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=6009

Feira de aviação executiva acontece no aeroporto de Congonhas (foto: Divulgação)

Por Vinícius Casagrande

O aeroporto de Congonhas recebe nesta semana a maior feira de aviação executiva da América Latina. Em sua 15ª edição, a Labace (Latin America Business Aviation Conference & Exhibition) vai reunir 45 aeronaves, entre jatos executivos e helicópteros. O evento acontece entre terça (15) e quinta-feira (17).

Um dos grandes destaques da Labace deste ano deve ser o Bombardier Global 6000, avaliado em US$ 62,3 milhões (R$ 196,8 milhões). Segundo a fabricante, o jato pode ligar São Paulo a Lisboa, Madrid, Nice ou Londres sem escalas, com oito passageiros e quatro tripulantes a bordo. O Global 6000 detém recordes de velocidade de viagem entre Aspen, nos EUA, e Londres, na Inglaterra, e de Londres a Nova York, nos EUA.

O Dassault Falcon 8X estará na Labace pelo segundo ano consecutivo. Com capacidade para até 19 passageiros, o jato de três motores tem autonomia para voar de São Paulo a Moscou sem parar para reabastecer. O avião é avaliado em US$ 57,5 milhões (R$ 181,6 milhões). O jato já teve 25 unidades vendidas em todo o mundo, sendo que quatro foram para clientes brasileiros.

A brasileira Embraer levará para a Labace cinco modelos de jatos executivos: Phenom 100, Phenom 300, Legacy 450, Legacy 500 e Legacy 650E. Segundo a Embraer, atualmente há 180 jatos executivos produzidos pela empresa registrados no Brasil. O Phenom 100 é o modelo de jato executivo de maior frota no Brasil, com 93 aeronaves registradas.

Modelo de entrada, o Phenom 100 tem capacidade para quatro passageiros, atinge velocidade máxima de 750 km/h, alcance de 2.182 km (São Paulo-Recife) e requer uma única parada para manutenção ao ano ou a cada 600 horas de voo. O jatinho é avaliado em US$ 4,5 milhões (R$ 14,2 milhões).

Na outra ponta de jatos executivos da Embraer, o Legacy 650E tem capacidade para 14 passageiros e autonomia de 7.222 km. A cabine de passageiros é dividida em três áreas e conta com uma cozinha a bordo. Com preço de US$ 26 milhões (R$ 82,1 milhões), o Legacy 650E tem 10 anos de garantia ou 10 mil horas de voo.

A TAM Aviação Executiva, representante de marcas como Cessna e Bell, terá nove aeronaves em exposição. Os principais destaques são o helicóptero Bell 505 Jet Ranger X, que será apresentado pelo primeira vez no Brasil, e o novo jato executivo Cessna Citation Latitude.

Expectativa de negócios

A Labace pode ser visitada pelo público em geral, mas tem como foco principal atrair quem pretende comprar um novo avião ou serviços para a aviação executiva. “Estamos muito otimistas com o evento este ano, que marca 15 anos da Labace. Teremos as principais marcas da indústria mundial aqui em São Paulo e, tanto os primeiros sinais da retomada econômica brasileira, quanto o atual cenário global da aviação, nos levam a acreditar em um evento muito positivo do ponto de vista dos negócios”, afirma Flavio Pires, diretor-geral da Abag (Associação Brasileira de Aviação Geral).

Entre as marcas que devem participar da Labace neste ano estão Bell Helicopter, Bombardier, Cessna, Dallas Airmotive, Dassault, Embraer, Gulfstream, Helibras, Jetex, Leonardo, Líder Aviação, Honda Aircraft, Pilatus, Synerjet, Tam Aviação Executiva, Textron, World Fuel Services, entre outras.

Labace (Latin American Business Aviation Conference & Exhibition)

Dias 15, 16 e 17 de agosto de 2017

Aeroporto de Congonhas – acesso pela Avenida Washingon Luis, altura do número 6.000

Horário: das 12h às 21h (dias 15 e 16) – das 12h às 19h (dia 17)

Ingressos: R$ 430,00

www.labace.com.br

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Réplica de Boeing 737 em SP treinará situações como fogo e despressurização http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2017/08/11/gol-treinamento-aviao-737-piloto-comissario-fogo-despressurizacao/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2017/08/11/gol-treinamento-aviao-737-piloto-comissario-fogo-despressurizacao/#respond Fri, 11 Aug 2017 07:00:19 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=5986

Mockup utiliza a fuselagem de um Boeing 737-300 (foto: Vinícius Casagrande/UOL)

Por Vinícius Casagrande

A companhia aérea Gol inaugurou nesta quinta-feira (10) seu novo centro de treinamento para pilotos e comissários de bordo. A nova estrutura de 900 m² tem como principal destaque um mockup (réplica) de um Boeing 737-700 configurado com 66 assentos.

A réplica do avião, instalada dentro de um dos prédios da sede administrativa da empresa no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, servirá para treinamentos de procedimentos de emergência como retirada de passageiros, despressurização de cabine, simulação de fogo a bordo, atendimento a passageiros com algum tipo de distúrbio e primeiros socorros.

A fuselagem foi montada na mesma altura dos aviões utilizados pela companhia aérea. Esse detalhe é importante para realizar com precisão o treinamento de evacuação dos passageiros. Em casos de pouso de emergência, quando os comissários abrem a porta do avião uma grande escorregadeira se infla automaticamente para permitir a saída rápida dos passageiros. Toda essa simulação poderá ser feita dentro do novo centro de treinamento da Gol em Congonhas.

Para criar o mockup, a Gol utilizou partes da fuselagem de um antigo Boeing 737-300 que estava parado no aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Na parte interna, a réplica segue o mesmo padrão utilizado nos atuais aviões da companhia, como os bagageiros e a iluminação interna.

Cabine de pilotos foi recriada para auxiliar treinamento de comissários (foto: Vinícius Casagrande/UOL)

Embora a réplica do avião tenha como foco o treinamento dos comissários, até mesmo a cabine de pilotagem foi recriada. “Em casos de emergência com os pilotos, os comissários precisam entrar na cabine e saber como cortar (desligar) os motores. Por isso, é importante que estejam familiarizados com todo o ambiente”, afirma Carlos Junqueira, diretor de operações da Gol.

Além das situações de emergência, os comissários também recebem treinamento em relação ao serviço de bordo aos passageiros, demonstração dos procedimentos de segurança e até mesmo sobre os anúncios que devem ser feitos no sistema de som do avião.

O centro de treinamento da companhia ainda conta com um auditório com 114 lugares. Na área do palco, um outro mockup de avião com apenas três fileiras de assentos foi instalado. Nesse caso, no entanto, o foco é o treinamento conjunto entre pilotos e comissários de bordo.

Auditório será utilizado para treinamento integrado entre pilotos e comissários (foto: Vinícius Casagrande/UOL)

Segundo o diretor de operações da companhia, a intenção é que os pilotos possam entender melhor o trabalho dos comissários nas situações de emergência e que os comissários também saibam os procedimentos adotados pelos pilotos.

Além dos treinamentos obrigatórios exigidos dos tripulantes, o local também terá cursos adicionais como segurança operacional, tráfego aéreo internacional, identificação de problemas a bordo, cargas perigosas e gerenciamento de cabine. “A aviação é uma das atividades mais seguras do mundo por conta desses vários treinamentos”, afirma Junqueira.

Avião foi instalado em um dos prédios da sede administrativa da Gol em Congonhas (foto: Vinícius Casagrande/UOL)

A Gol conta atualmente com 2.900 comissários de bordo que devem fazer o treinamento uma vez por ano. Além disso, são 1.600 pilotos que fazem a reciclagem duas vezes por ano. A parte teórica do treinamento dos pilotos será feita no centro de treinamento de Congonhas enquanto as atividades nos simuladores de voo serão feitas em Guarulhos na sede da CAE, empresa que presta esse tipo de serviço.

A nova estrutura criada no aeroporto de Congonhas deve receber cerca de 400 tripulantes por dia e 70% dos comissários e pilotos da companhia. Além de São Paulo, a Gol realiza treinamento no Rio de Janeiro, Porto Alegre (RS) e Brasília (DF).

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Senado aprova mudança de nome do aeroporto de Congonhas, em São Paulo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2017/05/29/senado-aprova-mudanca-de-nome-do-aeroporto-de-congonhas-em-sao-paulo/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2017/05/29/senado-aprova-mudanca-de-nome-do-aeroporto-de-congonhas-em-sao-paulo/#respond Mon, 29 May 2017 20:02:03 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=5655

O Aeroporto de São Paulo/Congonhas – Deputado Freitas Nobre (Foto: Agência Brasil)

O aeroporto de Congonhas, em São Paulo, pode ganhar um novo nome nos próximos dias. O plenário do Senado aprovou na última quinta-feira (25) um projeto de lei que altera o nome do terminal da capital paulista para Aeroporto de São Paulo/Congonhas – Deputado Freitas Nobre. Atualmente, o nome oficial é apenas Aeroporto Internacional de São Paulo/Congonhas. Para que a mudança seja concretizada, ainda é necessária a sanção do presidente da República, Michel Temer.

A mudança do nome do aeroporto de Congonhas foi proposta pelo ex-deputado federal João Bittar em 2012. José de Freitas Nobre (1921-1990) era cearense de nascimento e se mudou com a família para São Paulo aos 12 anos de idade. Iniciou a carreira política como vereador de São Paulo e depois foi vice-prefeito entre 1961 e 1965 na gestão do ex-prefeito Prestes Maia

Com o golpe militar, se exilou em Paris, na França. Retornou ao Brasil em 1967, quando foi eleito novamente vereador em São Paulo. Em 1970, tornou-se deputado federal, função que exerceu por seis mandatos consecutivos. Além de político, era também advogado, escritor, professor e jornalista. Freitas Nobre morreu em 19 de novembro de 1990.

A justificativa do ex-deputado João Bittar para a escolha do aeroporto de Congonhas como local de homenagem a Freitas Nobre é que “de lá decolava semanalmente rumo a vários destinos do país com o objetivo de unir o povo brasileiro e, juntos, redemocratizarem a nossa nação”, afirma na justificativa do projeto.

Sarney também queria mudar o nome do aeroporto

Diversos outros projetos para alterar o nome do aeroporto de Congonhas já tramitaram no Congresso Nacional. Em 2001, o ex-senador Romeu Tuma, tentou mudar o nome do terminal paulista para Aeroporto de São Paulo/Congonhas – Comandante Omar Fontana. Além de piloto de avião, Fontana foi fundador da Sadia S/A Transportes Aéreos, que mais tarde se transformaria na Transbrasil.

Outro projeto, de 2011, é de autoria do ex-senador José Sarney. A intenção de Sarney era homenagear justamente o ex-senador Romeu Tuma. O projeto da mudança do nome de Congonhas foi elaborado poucos meses após a morte de Tuma. O projeto chegou a ser aprovado pelas comissões do Senado, mas nunca foi votado em plenário.

Na Câmara dos Deputados, pelo menos outros dois projetos também pretendiam mudar o nome do aeroporto de Congonhas. Em 2001, o deputado João Hermann Neto apresentou projeto para homenagear o fundador da TAM Linhas Aéreas, Comandante Rolim Amaro. No mesmo ano, o deputado Carlos Sampaio tentava homenagear o Papa João Paulo 2º.

Regras para nomes dos aeroportos

As homenagens a personalidades de diversas áreas podem ser feitas livremente pelos deputados ou senadores. A única exigência é que não sejam feitas homenagens a pessoas ainda vivas.

No caso de aeroportos, há uma lei específica, de 1953, que trata do assunto. A exigência é que os aeroportos “terão em geral a denominação das próprias cidades, vilas ou povoados em que se encontrem”. No entanto, poderão receber também a designação de “um nome de brasileiro que tenha prestado relevante serviço à causa da aviação, ou um fato histórico”.

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Congonhas é o aeroporto com mais conexões de voos da A. Latina, diz ranking http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2016/12/17/congonhas-e-o-aeroporto-com-mais-conexoes-de-voos-da-a-latina-diz-ranking/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2016/12/17/congonhas-e-o-aeroporto-com-mais-conexoes-de-voos-da-a-latina-diz-ranking/#respond Sat, 17 Dec 2016 08:00:33 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=4478 Foto: Fernando Podolski/Getty Images

Foto: Fernando Podolski/Getty Images

Um ranking que indica os 50 aeroportos do mundo com a maior oferta de conexões colocou Congonhas, em São Paulo, na 23ª posição na ordem geral, a primeira no mercado latino-americano.

A lista da empresa de análise de aviação OAG, do Reino Unido, avalia a eficiência dos aeroportos em funcionar como uma base global e regional de voos. A análise calcula o número total de conexões possíveis entre decolagens e aterrissagens em um período de seis horas no dia de maior movimento. Em Congonhas, foram registradas 9.977 conexões possíveis, ligando 35 destinos.

Como resultado, Congonhas ficou à frente dos aeroportos Benito Juárez, no México (25º lugar), El Dorado, em Bogotá, na Colômbia (39º lugar), e Guarulhos, em São Paulo (41º).

O analista da empresa John Grant explica que a alta frequência de conexões em Congonhas gera um “efeito multiplicador” que coloca o aeroporto em uma posição de destaque, embora o número de destinos seja relativamente menor em comparação com outros aeroportos.

No ranking de 2015, Congonhas já ocupava o primeiro lugar entre os aeroportos da América Latina, só que na 7ª posição no geral. A queda no ranking atual, segundo a OAG, foi resultado de uma mudança na metodologia adotada para este ano, que reduziu o tempo considerado para análise de 8 para 6 horas.

Domínio dos Estados Unidos

Aeroportos dos Estados Unidos ocupam 22 das 50 posições na lista do maior número de conexões, com o aeroporto internacional O’Hare, em Chicago, ocupando o primeiro lugar, à frente de Hartsfield-Jackson, em Atlanta, e Dallas/Fort Worth.

No caso do aeroporto de Chicago, em um único dia do mês de agosto, havia mais de 270 mil possíveis conexões, considerando partidas e chegadas.

Fora dos Estados Unidos, os aeroportos que tiveram o melhor desempenho foram os de Jacarta Soekarno-Hatta, na Indonésia (7º colocado), e o de Tóquio Haneda, no Japão (11º lugar).

Assim como no exemplo de Congonhas, estes dois aeroportos, embora tenham um número menor de destinos, compensam isso com a alta frequência de voos para as localidades, o que resulta em muitas possibilidades de conexões para os passageiros.

Na Europa, o melhor resultado foi verificado no aeroporto de Heathrow, em Londres, 15º colocado no geral.

Para o consultor Grant há vantagens na existência de ‘megahubs’, como a movimentação econômica gerada pelos passageiros em conexão, que consomem alimentos e outros itens nos aeroportos, e a geração de emprego local pelas companhias aéreas e fornecedores.

A empresa divulgou também um ranking que considera apenas as conexões e os destinos atendidos por uma única companhia aérea – avaliada pela OAG como ‘de baixo custo’. Nesta lista, as cinco primeiras posições são ocupadas por aeroportos dos Estados Unidos e a sexta, por Congonhas, com base em voos da Gol.

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Oficina de aviões em Congonhas faz serviço de borracharia e troca de motor http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2016/10/20/oficina-de-avioes-em-congonhas-faz-servico-de-borracharia-e-troca-de-motor/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2016/10/20/oficina-de-avioes-em-congonhas-faz-servico-de-borracharia-e-troca-de-motor/#respond Thu, 20 Oct 2016 08:00:42 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=3833 Entrada de ar do motor aguarda reparos na oficina da Latam. Foto: Vinícius Casagrande/UOL

Entrada de ar do motor aguarda reparos na oficina da Latam. Foto: Vinícius Casagrande/UOL

Por Vinícius Casagrande

Quando o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, encerra suas operações à noite, é hora dos mecânicos tomarem conta dos aviões que ficaram no solo. Os hangares da Latam, Gol e Avianca trabalham a todo vapor. Somente na Latam, por exemplo, cerca de 100 profissionais passam a madrugada inteira checando as condições de diversos componentes dos aviões da empresa. Das 166 aeronaves da Latam, 135 podem sofrer reparos na oficina de São Paulo.

Mas não é só à noite que os consertos são feitos. Durante o dia, outros 100 mecânicos da companhia estão sempre de prontidão para corrigir imediatamente qualquer falha que possa surgir nos aviões e, assim, tentar impedir que algum dos 100 voos diários da Latam em Congonhas sofra atrasos ou cancelamentos.

O centro de manutenção da Latam tem capacidade para corrigir problemas em até 15 aviões ao mesmo tempo. São serviços que podem variar de um simples conserto de poltrona rasgada, a substituição do trem de pouso e até a troca completa do motor do avião.

Os principais serviços realizados em Congonhas são os chamados preventivos. A cada 750 horas de voo, um avião deve passar pelo check-A, quando são verificados os sistemas hidráulico, pneumático, equipamentos eletrônicos, trem de pouso e são feitos testes na cabine do piloto.

O trabalho mais complicado é quando um motor precisa ser trocado para uma análise mais detalhada das suas condições de funcionamento. A retirada do motor com problema e a colocação de outro leva cerca de seis horas.

Caixa-preta, que é pintada de laranja, custa cerca de R$ 60 mil. Foto: Vinícius Casagrande/UOL

Caixa-preta, que é pintada de laranja, custa cerca de R$ 60 mil. Foto: Vinícius Casagrande/UOL

Armazém de suprimentos

Para que qualquer peça do avião possa ser trocada imediatamente, a Latam conta com um armazém ao lado do hangar que funciona como oficina da empresa. Ali, há cafeteiras, radares meteorológicos, equipamentos eletrônicos e até mesmo a caixa-preta dos aviões, que na verdade é pintada de laranja.

Como todos os equipamentos são extremamente caros – uma única caixa-preta custa cerca de R$ 60 mil – e delicados, o local tem acesso restrito.

Funcionários da Latam desmontam a roda de um avião. Foto: Vinícius Casagrande/UOL

Funcionários da Latam desmontam a roda de um avião. Foto: Vinícius Casagrande/UOL

Troca de pneus

Dentro do centro de manutenção da Latam em Congonhas, há uma oficina de rodas e pneus dos aviões da frota da companhia. O tempo de duração de um pneu pode chegar a até 300 pousos. Se o piloto fizer um pouso mais forte ou frear o avião muito bruscamente, a vida útil do pneu diminui.

Os pneus usados podem passar por até quatro recauchutagens antes de serem totalmente descartados. O procedimento é feito pela própria fabricante, a Goodyear, fornecedora dos pneus da Latam.

As rodas dos aviões são analisadas por mecânicos. Foto: Vinícius Casagrande/UOL

As rodas dos aviões são analisadas por mecânicos. Foto: Vinícius Casagrande/UOL

Toda vez que um pneu é substituído, as peças – o que inclui até mesmo as porcas e parafusos – passam por uma lavagem e inspeção para verificar se não há nenhum dano.

A remontagem das rodas com o pneu instalado é feita por um equipamento computadorizado e pode levar apenas 10 minutos. Somente depois o pneu é calibrado com nitrogênio a uma pressão de até 200 libras – como comparação, a pressão de um pneu de carro é, em geral, de 30 libras.

Na oficina de motores, mecânico analisa as diversas partes do equipamento. Foto: Vinícius Casagrande/UOL

Na oficina de motores, mecânico analisa as diversas partes do equipamento. Foto: Vinícius Casagrande/UOL

Oficina de motores

Um dos hangares do centro de manutenção da Latam é destinado somente para os motores. Depois de retirados dos aviões, eles passam por uma verificação interna em um procedimento chamado boroscopia. Funciona, basicamente, como se fosse uma endoscopia, com uma câmera de vídeo introduzida no motor para verificar possíveis danos.

O problema mais comum no motor é causado pela colisão com pássaros durante o pouso e a decolagem. Somente uma hélice interna, feita de titânio, pode custar US$ 50 mil. Se o pássaro for sugado para dentro da turbina, o prejuízo pode ser ainda maior. Por isso, todos os motores têm seguro, que cobre danos a partir de cerca de R$ 790 mil.

Os motores são constantemente avaliados e a cada 20 mil voos, aproximadamente a cada seis anos, precisam passar por uma revisão geral. A oficina da Latam não faz esse serviço e, por isso, é necessário enviar o motor para o fabricante.

A revisão geral tem um custo de cerca de R$ 16 milhões, quase metade do valor total do motor (cerca de R$ 35 milhões nos Airbus A320). Em média, a Latam realiza quatro revisões gerais de motores por mês.

Para evitar que algum avião fique fora de operação, a companhia conta com um estoque de motores reserva. Em geral, há um motor adicional para cada cinco aviões da frota da companhia.

Apesar dos custos elevados, a Latam afirma que esse é um setor no qual não há economia, já que trata-se de um fator essencial para a segurança de voo.

Motor do Airbus A320 custa cerca de R$ 35 milhões. Foto: Vinícius Casagrande/UOL

Motor do Airbus A320 custa cerca de R$ 35 milhões. Foto: Vinícius Casagrande/UOL

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