aviões – Todos A Bordo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br Todos a Bordo é o blog de aviação do UOL. Aqui você encontra as últimas informações, análises e notícias sobre o movimentado mundo das companhias aéreas, das fabricantes de aviões e de empresas aeroportuárias. Tue, 07 Jul 2020 19:46:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Convair, Samurai, Electra, Fokker: relembre aviões da ponte aérea Rio-SP http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/06/convair-samurai-electra-fokker-relembre-avioes-da-ponte-aerea-rio-sp/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/06/convair-samurai-electra-fokker-relembre-avioes-da-ponte-aerea-rio-sp/#respond Sat, 06 Jul 2019 07:00:18 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10413

Pouso do Airbus A319 da Latam no aeroporto Santos Dumont (Divulgação/Riotur)

A ponte aérea Rio-São Paulo completa hoje 60 anos de operação. Companhias aéreas já realizavam a rota entre os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, mas foi no dia 6 de julho de 1959 que o trecho recebeu o nome oficial de ponte aérea.

As companhias aéreas Varig, Vasp e Cruzeiro do Sul se juntaram para criar uma malha que tinha voos alternados de cada empresa, com intervalos de uma hora. O passageiro comprava o bilhete e, após chegar ao aeroporto, embarcava no próximo voo disponível, independentemente da companhia aérea que faria o voo.

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Essa união das empresas foi batizada pelo presidente da Varig na época, Rubem Berta, como ponte aérea. Hoje, as companhias aéreas já não trabalham mais de forma integrada, mas o nome ponte aérea segue vivo para designar a rota entre os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont.

Vasp iniciou os voos na ponte aérea com o Saab Scandia (Reprodução/Facebook)

Os aviões da ponte aérea

No início, cada empresa operava com os aviões que já faziam parte da frota. A Varig voava com o Convair 240, a Cruzeiro do Sul com os Convair 340 e 440, enquanto a Vasp operava a rota com o Saab Scandia.

Nos primeiros anos da ponte aérea, diversos modelos de aviões fizeram os voos. A Vasp voava com os Viscount 701 e os YS-11 “Samurai”, a Cruzeiro também utilizava o YS-11, enquanto a Varig operava com os HS 748 Avro e os FH-227 Hirondelle. A companhia aérea Sadia, que mais tarde seria rebatizada para Transbrasil, entrou no pool da ponte aérea com os Dart Herald.

Avião do modelo Dart Herald usado pela Transbrasil (Wikimedia)

O maior símbolo da ponte aérea, porém, foi o Lockheed L-188 Electra. Introduzido na malha da Varig em setembro de 1962, ele se tornaria o avião exclusivo da ponte aérea em 1975. O avião fez fama pelo conforto e luxo a bordo. A área mais disputada era uma pequena saleta no fundo do avião utilizada para reuniões dos passageiros.

O Electra reinou absoluto nos voos entre Congonhas e Santos Dumont até 1989, quando a TAM entrou na rota para concorrer com o pool de companhias aéreas voando com o turboélice Fokker 27.

Os Lockheed Electra II ficaram em operação na ponte aérea de 1962 até o final de 1992 (Cesar Itiberê/Folhapress)

A aposentadoria do Electra na ponte aérea ocorreu em 5 de janeiro de 1992, com o início da era dos jatos e as operações do Boeing 737-300, que havia feito seu primeiro voo na rota em 11 de novembro de 1991. O primeiro voo do jato contou com a presença de Pelé e Malu Mader como convidados ilustres.

Subsidiária da Varig, a Rio-Sul também entrou na briga voando com os turboélices Embraer EMB-120 Brasília. Ainda no início dos anos 1990, a TAM acirrou ainda mais a briga ao introduzir o jato Fokker 100.

E foi justamente o Fokker 100 da TAM o protagonista do pior acidente da ponte aérea. Em 1996, logo após decolar de Congonhas com destino ao Santos Dumont, o reverso do motor direito do Fokker 100 abriu em voo, causando perda de velocidade e sustentação. O avião caiu 24 segundos após a decolagem em uma rua do bairro Jabaquara, em São Paulo, matando 99 pessoas.

Fokker 100 da TAM que caiu em 1996 logo após a decolagem de Congonhas (Antonio Gaudério/Folhapress)

Já no final dos anos 1990, as companhias aéreas que formavam o pool da ponte aérea viviam momentos difíceis, e a união entre elas estava cada vez mais abalada. A Varig foi a primeira a abandonar o pool, que foi oficialmente extinto no início de 1999.

Boeing adaptado para a ponte aérea

Fundada em 2001, a Gol entrava no mercado brasileiro e não queria deixar de fora a rota mais disputada do país. Mas a pista curta do Santos Dumont, com 1.323 metros, não permitia o pouso dos novos aviões Boeing 737-800. A pedido da Gol, a Boeing fez adaptações no avião para permitir o pouso em pistas curtas. Umas das mudanças foi a troca do sistema de freios para discos de carbonos. Além de mais eficientes, eles também são cerca de 300 quilos mais leves.

Atualmente, apenas duas companhias aéreas voam na ponte aérea entre Congonhas e Santos Dumont. A Gol faz os voos com o Boeing 737, enquanto a Latam usa os jatos Airbus A319.

Vídeos mostram o pouso em aeroportos com vistas incríveis

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Boeing 737 é o avião comercial mais vendido; Embraer fica em 8º lugar http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/05/31/avioes-comerciais-mais-vendidos-da-historia/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/05/31/avioes-comerciais-mais-vendidos-da-historia/#respond Fri, 31 May 2019 07:00:08 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10129

Novo modelo da Boeing já conta com cerca de 5.000 pedidos realizados, e 387 aeronaves entregues (Divulgação)

O Boeing 737 é o avião comercial mais vendido da história. Desde o seu lançamento em 1967, a fabricante norte-americana já produziu 10.542 aviões do modelo. No ranking com os dez modelos mais vendidos da história, quatro são aviões da Boeing.

A Embraer está em oitavo lugar no ranking. Já foram produzidos e entregues às companhias aéreas, 1.501 aviões da família E-Jets, que inclui os modelos E170, E175, E190, E195 e E190-E2.

A Boeing já produziu 19 variantes diferentes do 737, desde versões executivas até cargueiros. O modelo mais usado de todos é 737-800, principal avião utilizado pela brasileira Gol. O ciclo de produção dele, no entanto, está chegando ao fim. Restam apenas mais 14 unidades a serem produzidas. Dos 4.991 pedidos recebidos, já foram entregues 4.977 Boeings 737-800.

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Proibida de voar após dois acidentes fatais, a versão 737 Max despontava como a grande aposta para ser a mais produzida da história da Boeing. A versão já é recordista em número de pedidos com 5.008 unidades vendidas. Até o momento, a Boeing produziu e entregou apenas 387 aviões da versão 737 Max.

Modelo E175 é o mais vendidos dos E-Jets

A versão mais vendida dos E-Jets da Embraer é o modelo E175. Já foram produzidos 577 dos 773 pedidos recebidos pela fabricante brasileira. Na segunda posição aparece o E190, que já teve 559 unidades produzidas, mas restam apenas mais sete pedidos a serem entregues.

Enquanto isso, a Embraer já começou as entregas da atualização da família E-Jet, com o E190-E2, e deve entregar o primeiro E195-E2 no início do segundo semestre para a brasileira Azul.

Família A320 ameaça liderança do 737

Principal rival da Boeing, a Airbus aparece com dois modelos no ranking. No entanto, os aviões da família A320 têm se aproximado do líder 737 e ameaçam conquistar o posto de avião mais vendido da história. Com 8.788 aviões produzidos, a família A320 representa mais de 73% de todos os 12 mil aviões produzidos na história da Airbus.

O ritmo de produção da família A320 já é maior que os aviões Boeing 737. A fabricante europeia anunciou no ano passado o aumento na taxa de fabricação dos aviões do modelo para 63 unidades por mês. No ano passado, a Boeing também chegou a acelerar o ritmo de produção do 737 para 52 unidades por mês e planejava chegar a 57 neste ano. Com a atual crise do modelo, no entanto, essa taxa deve ser reduzida para 42 unidades.

Aviões aposentados

O ranking dos aviões mais vendidos da história conta também com modelos que já foram aposentados pelas fabricantes. O modelo DC-9, que teve uma de suas versões renomeada para MD-80, ocupa a terceira posição, com o legendário Boeing 727 em quinto lugar.

Veja o ranking dos dez aviões mais vendidos da história:

Boeing 737: 10.542 aviões produzidos e 15.232 pedidos

Airbus A320: 8.788 aviões produzidos e 14.639 pedidos

DC-9/MD-80: 2.283 aviões produzidos e 2.283 pedidos

Bombardier CRJ Series: 1.899 aviões produzidos e 1.950 pedidos

Boeing 727: 1.831 aviões produzidos e 1.831 pedidos

Boeing 777: 1.593 aviões produzidos e 2.033 pedidos

Boeing 747: 1.551 aviões produzidos e 1.572 pedidos

Embraer E-Jets: 1.501 aviões produzidos e 1.860 pedidos

Airbus A330: 1.446 aviões produzidos e 1.731 pedidos

Bombardier Q Series: 1.258 aviões produzidos e 1.316 pedidos

Veja como é fabricado um avião Boeing 737

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Vídeos mostram 5 vezes em que shows aéreos acabaram em acidentes http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/03/30/videos-acidentes-shows-aereos/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/03/30/videos-acidentes-shows-aereos/#respond Sat, 30 Mar 2019 07:00:23 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=9519

A acrobacia aérea é uma das atividades mais arriscadas da aviação. Para realizar manobras como loopings (giro vertical de 360 graus), parafuso (queda livre girando) ou mesmo voos em formação com vários aviões, os pilotos precisam de um treinamento exaustivo. Mesmo com toda preparação, muitos acidentes acontecem durante apresentações dos shows aéreos em todo o mundo (veja cinco acidentes no vídeo acima).

Esses espetáculos atraem uma multidão para assistir às apresentações das esquadrilhas mais famosas do mundo. Com a proximidade do público, quando algo sai errado, as pessoas em terra firme também ficam vulneráveis.

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Um dos acidentes mais graves em uma apresentação desse tipo aconteceu em 2002 durante o Sknyliv Air Show, na Ucrânia. Mais de 10 mil pessoas assistiam às manobras realizadas pelo caça russo Sukhoi Su-27 quando os dois pilotos a bordo perderam o controle do avião. Eles conseguiram se ejetar do caça, mas após a queda o avião atingiu parte do público, matando 77 pessoas e deixando outras 543 feridas.

Outro caso famoso aconteceu durante o show aéreo de Ramstein, na Alemanha, em 1988. A esquadrilha da Força Aérea Italiana Frecce Tricolori fazia uma apresentação com dez aviões Aermacchi MB-339. Em uma das manobras, os aviões deveriam se cruzar no ar a curta distância. Por erro de um dos pilotos, três aviões se chocaram. As aeronaves explodiram no ar e foram lançadas em direção à plateia. Além dos três pilotos, morreram mais 67 pessoas e mais de 500 ficaram feridas.

No caso do acidente durante o Shoreham Air Show de 2015, na Inglaterra, a queda de um jato militar atingiu uma estrada próxima ao local de apresentação. O jato realizava um looping, mas não conseguiu retomar a altitude no final da descida e se chocou com a rodovia, atingindo diversos carros. O piloto conseguiu se ejetar antes da queda, mas o acidente deixou 11 mortos e 16 pessoas feridas.

O acidente em Reno, nos Estados Unidos, não foi durante uma manobra de acrobacia. Os pilotos disputavam a tradicional corrida aérea local, quando o piloto de um avião North American P-51D Mustang perdeu o controle e caiu bem em frente ao público. O piloto e dez espectadores morreram no acidente e outras 69 pessoas ficaram feridas.

O Paris Air Show é uma das principais feiras de aviação do mundo. É o local preferido para as fabricantes apresentarem seus novos projetos. Em 1999, a russa Sukhoi apresentava na feira o caça Su-30MKI. Depois de realizar diversas manobras, o caça faria uma passagem a baixa altura sobre a pista. Durante a manobra, o avião tocou levemente o chão. Os pilotos conseguiram ganhar altura novamente, mas o toque no solo danificou um dos motores, que começou a pegar fogo. Os pilotos conseguiram se ejetar antes da queda e o acidente não deixou feridos ou mortos.

Para ser piloto da Esquadrilha da Fumaça, precisa ter 1.500 horas de voo

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Para ir na janela do avião: veja o pouso em aeroportos com vistas incríveis http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/03/24/video-pouso-aeroportos-vistas-incriveis/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/03/24/video-pouso-aeroportos-vistas-incriveis/#respond Sun, 24 Mar 2019 07:00:54 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=9441

As poltronas da janela costumam ser o local preferido dos passageiros nos voos. Em alguns destinos, elas são ainda mais disputadas. Se, em terra firme, locais turísticos como Rio de Janeiro, Nice (França), Bora Bora (Polinésia Francesa) e Malé (Maldivas) já encantam, vistos do alto esses destinos ficam ainda mais bonitos.

Ao chegar a Bora Bora, uma das ilhas que formam o arquipélago da Polinésia Francesa, no oceano Pacífico, os passageiros podem ver os diferentes tons azuis do mar, toda a ilha, as praias e os famosos bangalôs sobre a água.

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Cenário semelhante é visto por quem pousa no aeroporto de Malé, nas Maldivas, um arquipélago no oceano Índico. São ilhas tão pequenas que uma delas é dedicada exclusivamente ao principal aeroporto do país. Para uma vista ainda melhor, é possível fazer os voos locais a bordo de pequenos aviões anfíbios.

Localizado no centro da cidade, o aeroporto de Lisboa (Portugal) também proporciona uma bela vista da cidade. Na aproximação final para o pouso, os aviões passam bem em cima da ponte 25 de abril, que corta o rio Tejo. Da janelinha do avião, o passageiro consegue ver outros monumentos famosos da cidade, como a Torre de Belém e o Castelo de São Jorge.

Na Nova Zelândia, a aproximação no aeroporto de Queenstown fica ainda mais bonita em um dia de céu nublado. Da janela do avião, é possível ver apenas o pico das diversas montanhas. Depois de cruzar a camada de nuvens, o cenário muda completamente, descortinando as belezas do local.

Em geral, os aeroportos localizados próximos ao litoral proporcionam vistas memoráveis para os passageiros. Alguns exemplos: Nice (França), Faro (Portugal) e Fernando de Noronha (PE).

O aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, não poderia ficar de fora desta lista. O trajeto para o pouso passa sobre o estádio do Maracanã, segue em direção à baía de Guanabara, até contornar o Pão de Açúcar, a poucos segundos do pouso.

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Projeto prevê camas, salas e brinquedoteca para crianças no porão de aviões http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/03/07/premio-conceito-de-cabine-airbus-classe-porao-de-carga-aviao/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/03/07/premio-conceito-de-cabine-airbus-classe-porao-de-carga-aviao/#respond Thu, 07 Mar 2019 07:00:43 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=9151

Projeto da Airbus para criar classe no porão de carga dos aviões (Divulgação)

Um projeto da fabricante de aviões Airbus para criar uma classe de viagens para passageiros no porão de carga das aeronaves foi selecionado como um dos finalistas do prêmio Crystal Cabin, um dos mais importantes do setor.

A proposta concorre na categoria “Conceito de Cabine” e disputa o prêmio com as novas suítes da primeira classe da Emirates e um novo conceito de classe executiva criado pela empresa Safran. A divulgação do vencedor do prêmio está prevista para abril.

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Camas e brinquedoteca para crianças no porão

O projeto da Airbus, feito em parceria com a empresa Zodiac e chamado de Lower Deck Modules, foi apresentado em abril do ano passado e prevê áreas no porão de cargas dos aviões com camas, beliches, espaços de trabalho, salas de reunião e até brinquedoteca para as crianças. Não foi mencionado quanto custaria uma passagem nessa classe.

As duas empresas trabalham para que a nova opção esteja disponível para as companhias aéreas a partir de 2020, após a aprovação das autoridades aeronáuticas, o que inclui garantias de segurança para os passageiros.

Projeto prevê uma brinquedoteca para as crianças (Divulgação)

Voos de longa distância

A Airbus afirma que o projeto está sendo desenvolvido inicialmente para aviões do modelo A330, mas que também está pensando em criar um conceito para o modelo A350. A ideia é que o novo espaço esteja presente em voos de longa distância. O atual voo mais longo do mundo, entre Singapura e Nova York (EUA), com cerca de 19 horas de duração, é feito com um Airbus A350-900ULR.

A nova área seria feita em módulos desmontáveis. Assim, a companhia aérea poderia optar a cada voo se o espaço seria utilizado com a nova configuração ou se o porão seria destinado exclusivamente à carga, de acordo com a demanda. Essa conversão seria feita em poucos minutos, sem alterar o tempo de parada dos aviões entre os voos.

“Os módulos oferecem novas oportunidades para serviços adicionais aos passageiros, melhorando a experiência e ao mesmo tempo permitindo que as companhias aéreas agreguem valor para suas operações comerciais”, afirmou a Airbus.

Área no porão do avião também terá sala de reunião e espaços de trabalho (Divulgação)

Companhia aérea tem projeto semelhante

No ano passado, o CEO da companhia aérea australiana Qantas, Alan Joyce, já havia revelado um projeto semelhante. Segundo ele, o projeto Sunrise já foi apresentado tanto para a Boeing quanto para a Airbus.

Nesse espaço, poderia haver uma área para os passageiros andarem e se exercitarem, ou cabines com beliches, como já existe em alguns trens e navios, onde os viajantes poderiam deitar e dormir. “Eu não sei se em 2022 haverá uma nova classe, mas se houver, é provável que a Qantas tenha criado isso”, disse.

Concorrentes no prêmio Crystal Cabin

Os concorrentes ao projeto da Airbus na categoria “Conceito de Cabine” do prêmio Crystal Cabin também são destinados ao descanso e ao luxo dos passageiros.

A companhia aérea Emirates está na disputa com as novas suítes da primeira classe dos aviões Boeing 777. “Elas têm a atmosfera de um jato executivo, além de inúmeros componentes tecnológicos, como chamadas de vídeo com a tripulação e janelas virtuais nas suítes localizadas no centro do avião”, afirmou a organização do prêmio.

O projeto da empresa de interiores Safran, chamada Essential Bussiness Class, é focado na eficiência e sustentabilidade. “Eliminando completamente componentes mecânicos pesados, o conceito se baseia em estruturas inovadoras. O resultado é 25% menos peso e quase 20% mais espaço para o passageiro”, disse a Crystal Cabin.

Veja simulação de acidente aéreo no aeroporto de Guarulhos (SP)

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Avião da Gol arremete para evitar colisão com jato da Azul; veja vídeo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/02/18/arremetida-gol-azul-fernando-de-noronha/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/02/18/arremetida-gol-azul-fernando-de-noronha/#respond Mon, 18 Feb 2019 17:45:01 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8998

Um avião da Gol precisou arremeter ontem (17) quando se preparava para pousar no aeroporto de Fernando de Noronha (PE). Ao se aproximar da pista de pouso, um jato da Azul ainda taxiava pela pista, o que forçou o avião da Gol a suspender o pouso para evitar uma colisão entre as duas aeronaves (veja o vídeo acima).

O vídeo da aproximação dos aviões viralizou nas redes sociais hoje (18). Apesar do susto, a arremetida é um procedimento considerado seguro e feito com o objetivo exatamente de aumentar a segurança e diminuir o risco de um pouso problemático.

A FAB (Força Aérea Brasileira) afirmou, em nota, que a situação foi classificada como normal. “A arremetida registrada no aeródromo de Fernando de Noronha (PE), no domingo (17/02), ocorreu dentro dos padrões de segurança das regras de tráfego aéreo”, afirmou.

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Segundo a Gol, o comandante do voo tinha contato visual, durante todo o procedimento de aproximação, com a pista e com a aeronave que taxiava. “A Gol reitera que a arremetida é um procedimento operacional normal. Após a liberação da pista, o comandante efetuou nova aproximação, pousando às 16h39, em total segurança”, afirmou a empresa.

Em nota, a Azul disse apenas que “ressalta que a arremetida é um procedimento previsto nas operações de pouso”.

Fernando de Noronha não tem torre de controle

O aeroporto de Fernando de Noronha não tem torre de controle para o controle de tráfego aéreo. Há apenas o Serviço de Informação de Voo. É um serviço de rádio que informa as condições meteorológicas do momento, como visibilidade, direção e velocidade do vento.

“Nesta modalidade, o operador de estação aeronáutica fornece às aeronaves todas as informações necessárias à operação segura, a fim de que o piloto decida, em qualquer fase do voo, qual o procedimento será utilizado e inclusive em qual pista irá realizar a decolagem ou o pouso”, afirmou a FAB.

Em aeroportos que contam com esse tipo de serviço, os pilotos conversam pelo rádio para coordenar pouso e decolagem, informando a posição atual e quais procedimentos pretendem seguir.

No caso recente em Fernando de Noronha, é possível que tenha havido uma falha na comunicação entre os dois pilotos ou mesmo falha no sinal de rádio. Apesar disso, a FAB afirmou que não houve perigo de acidente. “As aeronaves estavam em coordenação via rádio e não houve risco nenhum aos envolvidos no caso”, disse.

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Vídeos mostram o pouso nos aeroportos mais assustadores do mundo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/02/17/videos-pouso-aeroporto-assustadores/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/02/17/videos-pouso-aeroporto-assustadores/#respond Sun, 17 Feb 2019 07:00:54 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8917

Os aviões modernos contam com recursos sofisticados para aproximação precisa nos aeroportos. No entanto, mesmo com essas tecnologias, algumas pistas de pouso são bastante desafiadoras para os pilotos. Em outros casos, a localização no meio da cidade ou mesmo muito próxima a uma praia, por exemplo, faz com que algumas pistas de pouso deixem os passageiros apreensivos durante os pousos e decolagens.

Um dos aeroportos tidos como mais assustadores do mundo fica em um dos pontos mais altos do planeta. Para chegar ao aeroporto de Tenzing-Hillary, em Lukla (Nepal), os pilotos precisam fazer várias manobras entre a cordilheira do Himalaia. O aeroporto é o principal ponto de entrada para os alpinistas que querem escalar o monte Everest.

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Os passageiros que viajam ao Butão ou à ilha de Saba, no Caribe, têm sensação semelhante. O aeroporto de Paro (Butão) também está localizado em meio a diversas montanhas, exigindo manobras precisas a poucos metros da pista.

O aeroporto Juancho E. Yrausquin, em Saba, fica na ponta de uma pequena ilha no meio do Caribe. Toda a aproximação é feita sobre o mar, mas uma das cabeceiras da pequena pista fica exatamente ao lado de uma grande montanha.

Em outros casos, é o clima extremo que deixa a visão do pouso dos aviões bastante assustadora. Os aeroportos de Narsarsuaq, na Groenlândia, e de Courchevel, na França, costumam estar completamente cobertos de neve. O de Narsarsuaq parece estar em um grande deserto branco, enquanto o de Courchevel ainda tem o agravante de estar localizado no alto dos alpes franceses.

Outros aeroportos causam apreensão pela proximidade com o centro das cidades. O aeroporto de Congonhas, em São Paulo, é um bom exemplo.

É essa proximidade que faz do aeroporto Princesa Juliana, em St.Martin/St. Maarten um dos mais famosos do mundo. À beira da praia de Maho, o local fica repleto de turistas muito mais interessados em ver os aviões passando a poucos metros de suas cabeças do que no mar do Caribe.

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CEO da Latam critica decisão a favor da Avianca: “aumenta risco e preço” http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/02/06/presidente-da-latam-recuperacao-judicial-avianca/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/02/06/presidente-da-latam-recuperacao-judicial-avianca/#respond Wed, 06 Feb 2019 22:04:04 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8879

Presidente da Latam, Jerome Cadier (Bruno Santos/Folhapress)

A decisão da última sexta-feira (1º) do juiz Tiago Henriques Papaterra Limongi, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, de prorrogar o prazo até abril para que a Avianca negocie o pagamento das parcelas atrasadas do leasing de seus aviões não desagradou apenas as empresas que são proprietárias das aeronaves. O presidente da Latam, Jerome Cadier, afirmou nesta quarta-feira (6) que se surpreendeu de forma negativa e que a decisão foi uma decepção.

“Para mim, nada a ver com o fato de ser a Avianca ou qualquer outra companhia. A surpresa negativa da sexta-feira foi o desrespeito a uma convenção da qual o Brasil é signatário”, afirmou.

A Avianca afirmou que não iria comentar as críticas.

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Cadier alega que a decisão fere o que determina a convenção da Cidade do Cabo. O acordo prevê a ágil retirada de aeronave pelo proprietário em casos de inadimplência. A Avianca entrou com pedido de recuperação judicial em dezembro para tentar evitar que seus aviões fossem retomados pelas empresas de leasing por atrasos nos pagamentos das parcelas.

Para o presidente da Latam, a decisão judicial a favor da Avianca aumenta a insegurança jurídica no país, afasta investidores e pode elevar os preços de leasing de novos aviões para todas as companhias aéreas que operam no Brasil.

“Quando se tem uma decisão dessa, você aumenta de forma brutal a incerteza de quem faz negócio no Brasil. E quando sobe a incerteza, sobem o risco, a expectativa de retorno e também os preços. Para mim, é muito óbvio que a decisão de sexta-feira é negativa para todo mundo que opera no setor de aviação no Brasil. Por isso que nos surpreendeu de forma negativa e foi uma decepção muito grande”, afirmou.

Empresa de leasing vai recorrer

Após a decisão judicial da última sexta-feira, a empresa de leasing Air Castle afirmou que vai “continuar a buscar agressivamente seus direitos, incluindo um recurso imediato da decisão judicial”.

Em nota, o CEO da Air Castle, Mike Inglese, afirmou que um sistema judicial previsível e uma estrutura confiável de recuperação de aeronaves são os principais fatores no custo e na disponibilidade de capital para as companhias aéreas. “O Brasil é o terceiro maior mercado de aviação civil do mundo e se beneficiou da adoção da convenção da Cidade do Cabo, permitindo que o país atraísse capital estrangeiro significativo”, disse.

Na mesma nota, o CEO da Air Castle afirmou que os custos para futuras negociações no Brasil podem aumentar. “Além do leasing para a Avianca Brasil, fornecemos financiamento para outras grandes companhias aéreas no Brasil e temos compromisso de compra de quase US$ 1 bilhão para a próxima geração de jatos regionais da Embraer. Acreditamos que a decisão judicial vai impactar negativamente a aviação civil no Brasil com custos mais altos e menos financiamento”, afirmou.

Presidente da Latam espera decisão rápida

O presidente da Latam disse que a companhia não deve tomar nenhuma atitude em relação ao caso, mas que espera que a situação seja resolvida o mais breve possível. Cadier afirmou que os indicadores apontam para um crescimento do setor aéreo no Brasil neste ano, mas que para isso se concretizar é necessária uma decisão rápida sobre o impasse envolvendo a Avianca e as empresas de leasing.

“É sempre ruim você ter uma empresa de qualquer setor em recuperação judicial. Acho que se a decisão for rápida e racional, não vai haver um impacto em 2019”, declarou.

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Anac determina devolução de dez aviões da Avianca e afeta voos nacionais http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/01/17/anac-devolucao-avioes-avianca/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/01/17/anac-devolucao-avioes-avianca/#respond Thu, 17 Jan 2019 22:07:53 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8777

(foto: Divulgação)

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) determinou no final da tarde desta quinta-feira (17) o cancelamento do registro de dez aviões do modelo Airbus A320 da Avianca Brasil, que deve ocorrer em até cinco dias úteis. Na prática, a decisão significa a devolução imediata das aeronaves à empresa de leasing GE Capital Aviation Services (GECAS), dona dos aviões.

A decisão deve gerar impacto significativo nos voos da empresa. “A devolução das aeronaves é imediata, o que pode gerar impacto nos voos previstos para os próximos dias”, alertou a Anac.

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A GE Capital já havia solicitado a retomada das aeronaves na Justiça por falta de pagamento das parcelas de leasing. Para evitar perder os aviões, a Avianca entrou com um processo de recuperação judicial. O juiz Tiago Henriques Papaterra Limongi, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, garantiu o direito de a Avianca permanecer com a posse dos aviões. Uma nova audiência estava marcada para o dia 1º de fevereiro.

Em nota, a Avianca afirmou que a decisão da Anac contraria a ordem judicial e que vai recorrer. “A Avianca Brasil esclarece que a notícia veiculada no site da Anac está em desacordo com a decisão judicial proferida no ultimo dia 14 de janeiro. A companhia reforça que está operando normalmente e que tomará as medidas cabíveis”, afirmou.

No entanto, a Anac diz que a decisão de hoje é uma “autorização irrevogável para o cancelamento de matrícula e solicitação de exportação”. “O objetivo desse instrumento é reduzir os riscos de financiamento de ativos de alto valor em contratos aeronáuticos, como os advindos de processos de empresas em recuperação judicial, como é o caso da empresa Avianca”, disse a agência.

“O processo para a retirada das aeronaves do registro da Anac cumpre o previsto na Convenção da Cidade do Cabo, promulgada pelo Decreto nº 8.008/2013, que prevê a ágil retirada de aeronaves pelo proprietário em casos de inadimplência”, afirmou a Anac, em nota.

Situação dos passageiros

A Avianca já havia anunciado na noite de quarta-feira (16) o cancelamento dos voos internacionais da companhia para Santiago (Chile), Miami (EUA) e Nova York (EUA) a partir do dia 31 de março. A medida afeta 40 mil passageiros que já haviam comprado passagem.

Em nota divulgada na manhã desta quinta-feira, a empresa garantia a continuidade de todos os voos nacionais. Com a decisão da Anac, no entanto, existe a possibilidade de muitos voos serem cancelados e algumas rotas até extintas.

A Anac afirmou que está atenta para garantir os direitos dos passageiros e a segurança dos voos. “A Anac continua acompanhando com atenção a situação operacional da empresa, sempre em constante vigilância quanto ao cumprimento dos requisitos de segurança exigidos nos Regulamentos Brasileiros de Aviação Aeronáutica (RBAC) e os deveres de prestação de serviço aos passageiros”, afirmou.

Os passageiros impactados pelos possíveis cancelamentos de voos têm o direito ao reembolso integral do valor pago pela passagem, reacomodação em outros voos da própria companhia ou de outra empresa que ofereça serviço equivalente para o mesmo destino, na primeira oportunidade, ou execução do serviço por outra modalidade de transporte. A escolha pela melhor opção é do próprio passageiro.

“Caso o passageiro se sinta prejudicado ou tenha seus direitos desrespeitados, deve procurar a empresa aérea contratada para reivindicar seus direitos como consumidor. Se as tentativas de solução do problema pela empresa não apresentarem resultado, o usuário poderá registrar sua reclamação por meio da plataforma www.consumidor.gov.br”, orientou a Anac.

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Electra, DC-3, Concorde: relembre aviões que marcaram época e não voam mais http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/09/14/avioes-que-marcaram-epoca-electra-dc-3-concorde/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/09/14/avioes-que-marcaram-epoca-electra-dc-3-concorde/#respond Fri, 14 Sep 2018 07:00:07 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=7958

Aviões Electra reinaram sozinhos na ponte aérea por 16 anos (Vidal Cavalcante/Folhapress)

A história da aviação no Brasil e no mundo é marcada por alguns modelos de aviões que foram sensação na época em que voaram. São máquinas que se destacaram na história por permitir a popularização do transporte aéreo de passageiros ou por terem realizado feitos que nunca mais se repetiram, como as viagens supersônicas na aviação comercial.

Nos primórdios da aviação, os aviões tinham bem menos tecnologia do que hoje. Mas foi exatamente a evolução gradual que permitiu a forte expansão do transporte aéreo no mundo. Alguns marcos importantes foram os primeiros aviões realmente rentáveis para as companhias aéreas, a primeira aeronave com cabine pressurizada e o primeiro avião com motores a jato.

Douglas DC-3

Douglas DC-3 ajudou a popularizar a aviação no Brasil e no mundo (Divulgação)

O primeiro Douglas DC-3 fez o seu voo inaugural em dezembro de 1935. O avião é uma evolução dos seus antecessores Douglas DC-1 e Douglas DC-2. O primeiro avião da família foi desenvolvido a pedido da companhia aérea norte-americana TWA para a renovação da sua frota.

O sucesso do DC-1 e do DC-2 na TWA chamou a atenção da American Airlines, que solicitou algumas mudanças no avião, como o aumento do tamanho. Assim, surgia o DC-3.

O avião é conhecido por revolucionar a aviação comercial, permitindo que as companhias aéreas se tornassem realmente lucrativas com o transporte de passageiros. Mais de 600 unidades foram produzidas até 1942. Com a Segunda Guerra Mundial, o avião passou a ser fabricado apenas na versão militar, com mais de 10 mil unidades feitas.

Após a guerra, muitos dos aviões foram convertidos para uso civil. No Brasil, a Varig tinha uma frota de aviões Douglas DC-3 que também ajudou no desenvolvimento da aviação nacional.

Boeing 307

Boeing 307 foi o primeiro avião comercial com cabine pressurizada (Smithsonian Institute)

O Boeing 307 ficou marcado na história por ser o primeiro avião comercial com cabine pressurizada, com o primeiro voo feito em dezembro de 1937. Isso fez com que o Boeing 307 pudesse voar mais alto do que qualquer outro avião de sua época, chegando a 20 mil pés (6.096 metros) de altitude. Hoje, os aviões chegam ao dobro disso.

Apesar da grande inovação, o Boeing 307 teve apenas dez unidades produzidas. A fabricação do modelo foi interrompida com o início da Segunda Guerra Mundial e nunca mais retomada, mas revolucionou o desenvolvimento de novos aviões nos anos seguintes.

De Havilland Comet

De Havilland Comet foi o primeiro avião comercial com motor a jato (Wikimedia)

O primeiro voo do De Havilland Comet, em julho de 1949, marca também o início da era dos aviões comerciais com motores a jato no mundo. Os quatro motores permitiam que os passageiros viajassem a uma velocidade nunca antes atingida na aviação comercial, a mais de 700 km/h (o dobro dos aviões com motores convencionais).

Após três anos de testes, o Comet começou a fazer voos com passageiros em 1952. Dois anos depois, logo após decolar de Roma (Itália), o avião se desintegrou no ar. O resultado das investigações mudaria o desenvolvimento dos aviões a jato no futuro.

Os investigadores concluíram que as janelas quadradas foram a causa dos danos na fuselagem do avião. É que a pressurização interna forçava os cantos da janela. Com o tempo, a estrutura simplesmente explodia. Foi a partir daí que as janelas ganharam o formato arredondado.

Lockheed L-188 Electra

Aviões Electra deixaram de voar na ponte aérea com a chegada dos boeing 737-300 (Cesar Itiberê/Folhapress)

Criado para atender a uma demanda da American Airlines para voos de curta e média distância, o Lockheed L-188 Electra fez sucesso no Brasil. O quadrimotor turboélice reinou absoluto durante mais de 16 anos na ponte aérea Rio-São Paulo.

Na época, as companhias Varig, Vasp e Transbrasil operavam em pool, com voos a cada meia hora em cada sentido. Todas deveriam usar o mesmo modelo de avião na rota, o Lockheed L-188 Electra. Era uma época de luxo na aviação, e os Electra contavam com serviço de bordo de primeira.

O reinado exclusivo dos Electra na ponte aérea terminou no final de 1991, quando a Vasp recebeu autorização para voar a rota com os jatos Boeing 737-300. Menos de dois meses após os jatos entrarem na rota, os Electras deixaram de voar.

Concorde

Último voo do Concorde aconteceu em 2003 (Divulgação/British Airways)

Apesar de não ter sido o primeiro nem o mais rápido avião comercial do mundo, o Concorde é o mais famoso avião supersônico a ser utilizado para o transporte de passageiros. Com velocidade de 2.213 km/h (2,04 vezes a velocidade do som), o Concorde voou pelas companhias aéreas British Airways e Air France.

O jato supersônico voava com regularidade ao Brasil na rota entre Paris (França) e Rio de Janeiro, com escala em Dakar (Senegal). Voar no Concorde era o sonho de muitos passageiros. No entanto, os altos custos de operação em função do elevado consumo de combustível deixavam as passagens extremamente caras.

O jato supersônico ficou em operação de 1976 a 2003. Em todo esse período, o Concorde teve apenas um acidente fatal. Em julho de 2000, após decolar de Paris, o jato supersônico explodiu no ar a poucos metros do aeroporto. O acidente foi causado por uma peça que havia caído de um DC-10 que acabara de decolar.

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