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Governo não vê risco de suspensão das operações da Avianca, diz secretário

Vinícius Casagrande

21/01/2019 13h34

(Foto: Divulgação)

O secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, afirmou nesta segunda-feira (21) que o governo federal monitora a situação da Avianca Brasil, que está em processo de recuperação judicial, mas que não vê riscos de a empresa suspender totalmente suas operações.

"A gente monitora a situação, mas não há preocupação e alarde para a suspensão das operações. A empresa continua operando, tem seu plano de recuperação judicial e trabalha pelos meios legais para aprová-lo. Não há nenhum motivo para alardes, mas é claro que estamos todos atentos", afirmou.

A empresa entrou com o processo de recuperação judicial em dezembro após atrasos no pagamento de leasing dos aviões. A GE Capital solicita a devolução de dez aviões Airbus A320. Na semana passada, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) chegou a determinar o cancelamento do registro das aeronaves, o que acarretaria a devolução imediata e afetaria voos nacionais da empresa. A medida foi suspensa no dia seguinte após uma audiência na 1ª vara de falências e recuperação judicial de São Paulo.

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"É um assunto complexo, mas esse tipo de procedimento da Anac é normal. Ela é dona do registro, e teve uma atitude administrativa que foi alterada no judiciário", afirmou.

O secretário de Aviação Civil defendeu nesta segunda-feira a aprovação da medida provisória que libera 100% de capital estrangeiro nas companhias aéreas. Segundo ele, a medida deve beneficiar a recuperação financeira da Avianca.

"Embora essa medida não tenha sido feita para a Avianca, interessa para a Avianca. Ela abre possibilidade para novos investimento e novos players internacionais que eventualmente queiram capitalizar a empresas brasileiras", afirmou. "Os recursos para investimento estão nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia e queremos trazer para o Brasil", completou.

Segundo o secretário, o governo deve se empenhar para aprovar a medida provisório logo no início da volta das atividades do Congresso Nacional. "A atuação do governo vai ser forte para a conversão dessa medida provisória em lei. É uma medida que pode de revolucionar o mercado brasileiro", disse.

Embora tenha dito que a medida pode trazer investimentos à Avianca, o secretário negou ter conhecimento de alguma negociação nesse sentido. "São negociações privadas. O governo apoia a empresa e tenta viabilizar essa medida provisória o quanto antes para dar essa segurança jurídica ao mercado", afirmou.

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