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Projetos de malas-robôs avançam, mas bateria tem restrição em aeroportos

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11/12/2016 06h00

Foto: Divulgação/Travelmate Robotics

Foto: Divulgação/Travelmate Robotics

Carregar as malas definitivamente não é a parte mais fácil de uma viagem. Empresas de tecnologia estão criando uma espécie de mala-robô. São modelos que seguem o dono, como se fossem cachorrinhos de estimação.

Várias empresas pelo mundo estão pesquisando a criação dessas malas. Ainda estão em fase de financiamento com vaquinhas virtuais. Mas, se um dia vierem a existir mesmo, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) diz que, para poderem ser usadas, as baterias têm de seguir certas regras de segurança.

No início deste ano, a Anac proibiu o transporte de baterias de íon lítio como carga em aviões de passageiros, seguindo uma determinação da Organização de Aviação Civil Internacional. A proibição teve como base os riscos de pegarem fogo.

Baterias desse tipo são encontradas em câmeras, celulares, computadores portáteis, brinquedos de controle remoto, bicicletas elétricas, etc. Mas a restrição não vale para baterias de íon lítio instaladas no equipamento.

Para quem viaja a regra é que, se for necessário levar uma bateria extra para a câmera fotográfica, por exemplo, essa bateria só poderá ser levada se não exceder 160 Wh.

Aquele skate elétrico conhecido como hoverboard, que virou moda no ano passado, deixou de ser transportado por companhias aéreas – incluindo brasileiras – por causa do risco de explosão da bateria de lítio.

Bagagem autônoma

Há projetos de malas-robô ainda em fase de financiamento por meio de vaquinhas virtuais. Alguns dos produtos que estão sendo desenvolvidos têm sensores para desviar de obstáculos, bateria para recarregar eletrônicos, indicador do peso da mala e sistema de localização.

Foto: Divulgação/Cowarobot

Foto: Divulgação/Cowarobot

A Cowarobot, que tem sede em Xangai, na China, e escritórios também nos Estados Unidos, lançou em julho um sistema de pré-compra no site Indiegogo. A campanha teve sucesso significativo: de cinco modelos disponíveis, somente 1 ainda está disponível, pelo preço de US$ 699 (quase R$ 2.400). A página indica que um valor superior a US$ 544 mil (mais de R$ 1,8 milhão) foi arrecadado, ou 465% do esperado inicialmente.

A mala alcança a velocidade de 7km/h, sobe e desce terrenos com inclinação de até 15 graus e percorre até 20 km com a bateria totalmente carregada. A bateria é removível, para que possa passar nos controles de segurança dos aeroportos. A empresa afirma que o produto atende a regulamentações de órgãos como a Organização da Aviação Civil Internacional, Associação Internacional de Transporte Aéreo e autoridades dos EUA.

O projeto inclui um bracelete que faz com que a mala siga ao lado do dono e também pode ser usada para travar ou destravar a bagagem e também para trazê-la para perto de onde a pessoa está. O acessório também tem um alarme vibratório que avisa quando a mala se distancia do dono.

"Robô de companhia"

Mala-robô segue o dono pelo aeroporto

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A Travelmate Robotics, da Califórnia (EUA), classifica seu produto como um "robô de companhia", ao destacar funções que vão além do que seria esperado de uma mala. Uma delas é a possibilidade de conectar uma câmera e transformar o objeto em uma filmadora autônoma. A empresa promete ainda integrar sistemas de realidade virtual ao objeto para que o viajante possa compartilhar suas experiências com os amigos.

A empresa oferece modelos a partir de US$ 399 (cerca de R$ 1.350) em sua página de financiamento coletivo. Em uma das campanhas, já encerrada, foram arrecadados apenas 9% (33 investidores) dos US$ 100.000 esperados.

Uma outra campanha, lançada com o selo da Arrow Electronics, companhia de tecnologia parceira do site Indiegogo que avalia a viabilidade dos projetos, fez uma aposta diferente: a expectativa inicial era arrecadar US$ 4.000 (R$ 13.500); até agora, conseguiu mais de US$ 35 mil (aproximadamente R4 118 mil), ou 887% do valor inicial.

Uma empresa israelense também lançou um projeto de mala autônoma no início deste ano.

Ficou interessado em adquirir um desses produtos por meio das páginas de crowdfunding? Então é bom lembrar que, na verdade, o interessado está apostando em uma ideia, que não se sabe como irá funcionar em situações práticas. E ficar atento às especificações da bateria.

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