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Cueca de fora, porco agitado e homem fedido: razões para barrar passageiros

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25/05/2016 06h00

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Imagem: Getty Images

Bebês chorando, companheiro de poltrona que não consegue dormir ou música alta que vai além do fone de ouvido são incômodos que se tornam quase insignificantes se comparados a algumas situações, no mínimo, inusitadas.

Pode parecer absurdo, mas voos já atrasaram ou pousaram antes do destino por conta de passageiros que não paravam de cantar, que decidiram levar um porco de estimação como bagagem de mão, deixaram a cueca de fora ou estavam cheirando mal. 

Em alguns voos, os comissários são obrigados a pedir para que passageiros deixem o avião antes mesmo da decolagem ao perceberem situações de descontrole emocional, embriaguez ou descumprimento das ordens de segurança. Quando a aeronave já está voando, pousos de emergência podem ser solicitados pela tripulação.

Veja algumas dessas situações:

Porco indisciplinado

Cães e gatos são animais já populares dentro dos aviões. Mas um porco de mais de 34 quilos não é algo comum de se ver pelos ares.  

O animal teve autorização da companhia US Airway para viajar com sua dona em um voo que ia de Connecticut (EUA) para Washington (EUA). No entanto, antes mesmo da decolagem, precisou ser retirado da aeronave.

Segundo uma porta-voz da aérea, o porco gigante exalava um cheiro ruim que se espalhou pela aeronave, defecou no corredor e permaneceu inquieto durante todo o embarque.

A companhia aérea voltou atrás na decisão e pediu para que a passageira (e o porco) se retirassem do avião.

Mau cheiro

Em 2014, um francês de 27 anos disse que foi expulso de um voo que ia de Paris (França) a Dallas (EUA) devido a um motivo pessoal: ele cheirava mal. Por sentir que foi discriminado, ele prestou queixa contra a companhia aérea American Airlines.

O francês de origem argelina identificado apenas como Mehdi disse à agência de notícias "AFP" que embarcou no voo para Dallas (EUA) no aeroporto francês Charles de Gaulle. Antes da decolagem, quando se levantou para ir ao banheiro, um comissário de bordo teria pedido que ele saísse do avião, dizendo que o francês fedia.

No entanto, a American Airlines afirmou que o motivo para retirar o passageiro do voo foi "um problema com seu visto" e se recusou a "comentar sobre questões individuais de seus clientes".

Calças baixas demais

Um jogador de futebol do Novo México (EUA) de 20 anos foi expulso de um voo da US Airway que ia para Albuquerque (EUA) por usar, segundo ele, calças baixas demais, deixando parte da cueca a mostra.

Segundo uma entrevista do porta-voz da companhia à agência AFP, o código de vestimenta da aérea proíbe trajes "indecentes ou inapropriados".

Mulher não parava de cantar Whitney Houston

Se você é do tipo que se incomoda com bebês que choram nos voos, o que acha de estar em um avião com uma companheira que simplesmente não quer parar de cantar "I will always love you", interpretada pela americana Whitney Houston (morta em 2012)?

Foi o que aconteceu em um voo da American Airlines que ia de Los Angeles (EUA) para Nova York (EUA) em maio de 2013. O piloto foi obrigado a fazer um pouso de emergência em Kansas City depois que a passageira, que não teve o nome divulgado, se recusou a parar de cantar, o que irritou os outros passageiros.

Na ocasião, em entrevista a emissora de TV americana ABC, a American Airlines disse que a mulher foi retirada do avião e levada por policiais. O avião foi reabastecido e continuou seu percurso até Nova York, pousando com uma hora de atraso. O motivo da cantoria não foi divulgado.

Homem é confundido com terrorista

No início de maio, o economista italiano Guido Menzio foi removido de um voo da American Airlines depois que uma passageira que estava sentada ao seu lado desconfiou que ele era um terrorista e estava escrevendo mensagens secretas que pareciam ser ameaças.

Menzio foi escoltado para fora do avião, mas a verdade é que os rabiscos não se tratavam de um bilhete em árabe ou qualquer outra língua estrangeira. O economista estava resolvendo uma complexa equação matemática.

Imagem: Reprodução/Guido Menzio

Equação foi confundida com bilhete ameaçador

O voo, que ia da Filadélfia (EUA) para Siracusa (EUA), era a primeira etapa do percurso do economista, que iria até Ontário (Canadá) para dar uma palestra justamente sobre a equação.

Após ser desfeita a confusão, o professor foi autorizado a regressar para o assento e o avião partiu com duas horas de atraso.

CORREÇÃO:  A versão original desta reportagem informava incorretamente o nome do economista italiano que foi removido de um voo. O nome dele é Guido Menzio, e não Ivy League. A informação foi corrigida.

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Sobre o blog

Todos a Bordo é o blog de aviação do UOL. Aqui você encontra notícias sobre aviões, helicópteros, viagens, passagens, companhias aéreas e curiosidades sobre a fascinante experiência de voar.