Avião do futuro: forma de donut, cockpit nos fundos e porta antiterrorista
Pedidos de patente dão uma boa ideia de como a indústria vê o futuro da aviação. Os projetos, mesmo que não venham a ser implantados, podem ajudar a levantar discussões sobre o que poderia ser feito para melhorar a experiência da viagem aérea.
Recentemente, uma empresa americana desenvolveu um novo tipo de assento que vai para frente e para trás, em uma tentativa de acabar com a briga por espaço nos voos. Fabricantes de aviões também estão sempre em busca de melhorias em seus projetos. A rede americana CNN listou alguns deles.
A Airbus solicitou patente de um novo conceito de cabine de comando. A invenção prevê que o cockpit não precisará ficar localizado obrigatoriamente no nariz da aeronave, uma vez que a área externa será reproduzida em imagens digitais. Com a possibilidade de mover a cabine para a parte de baixo do avião ou até para a parte traseira, a empresa afirma que a parte dianteira poderia ganhar um desenho mais longo, mais pontiagudo e, consequentemente, mais aerodinâmico. A mudança também permitiria liberar espaço para colocar mais passageiros a bordo e aumentaria a segurança, uma vez que a percepção e consciência que o piloto tem do exterior seria melhorada, afirma o fabricante na proposta.
A empresa também projetou um avião com um formato no mínimo curioso, parecido com o de um donut, com uma estrutura circular no meio. Segundo o pedido de patente, o formato ofereceria mais espaço para os passageiros (que ficariam distribuídos em 360 graus ao redor da estrutura central) e permitiria uma distribuição mais uniforme da pressão interna, reduzindo o estresse para a estrutura da aeronave.
Cela antiterror e ficção científica
Uma outra invenção do multinacional francesa foi apresentada em 2002, em um período de preocupação máxima com ataques terroristas. A solicitação de patente propõe a criação de uma espécie de "alçapão" antiterrorista do lado de fora da cabine de comando. Em caso de tentativa de invadir o cockpit, o piso se abriria e jogaria o terrorista direto em uma célula de segurança no nível inferior do avião.
A Boeing também tem ideias curiosas sobre o que pode vir a ser o setor aeroespacial. A empresa teve aprovado no início deste ano um pedido de patente para um drone (dispositivo não tripulado) que se transforma em submarino.
Outra patente registrada foi a de um campo de força para detectar a onda de choque provocada por uma explosão e criar o que seria uma espécie de campo de plasma para proteção. Proposta que seria mais plausível para uso em aviões de guerra ou até em equipamentos terrestres e que lembra os escudos defletores vistos em filmes de ficção científica.
Entretenimento
Enquanto várias companhias aéreas avançam no sentido de oferecer internet a bordo, a Airbus solicitou no ano passado a patente de um sistema que pode mudar completamente o entretenimento para os passageiros. A ideia é oferecer capacetes de realidade virtual, que ficariam acoplados aos assentos. Com eles, o viajante sentiria como se tivesse sido transferido para o ambiente do filme, do jogo ou do show que estiver acompanhando. Até mesmo funções ligadas ao olfato estão previstas para serem incluídas no aparelho. A empresa defende que o equipamento vai proporcionar um "isolamento sensorial" que ajudará também quem fica nervoso ao viajar de avião.
Outra proposta voltada para o entretenimento dos passageiros prevê o uso das janelas como telas interativas que trariam informações sobre os locais sobrevoados e também poderiam dar acesso a outros materiais relacionados ao lugar. A CNN dá uma dica: assistir ao filme "Sintonia do Amor" enquanto sobrevoa o Empire State, em Nova York, por exemplo.
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