companhias aéreas – Todos A Bordo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br Todos a Bordo é o blog de aviação do UOL. Aqui você encontra as últimas informações, análises e notícias sobre o movimentado mundo das companhias aéreas, das fabricantes de aviões e de empresas aeroportuárias. Tue, 07 Jul 2020 19:46:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Afastado por dívida, dono da Avianca Colômbia quer até 40% da Alitalia http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/14/venda-alitalia-avianca-colombia-recuperacao-judicial/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/14/venda-alitalia-avianca-colombia-recuperacao-judicial/#respond Sun, 14 Jul 2019 07:00:06 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10469

Alitalia está em recuperação judicial há mais de dois anos (Divulgação)

O governo italiano pretende concluir nesta segunda-feira (15) o processo de venda de até 40% da companhia aérea Alitalia, que está em processo de recuperação judicial há mais de dois anos. Segundo os acordos firmados até agora, a Ferrovie dello Stato, empresa estatal de ferrovias italiana, terá uma participação de 35%, a norte-americana Delta Airlines ficará com 10% a 15% e o governo italiano com 15%. O restante está em disputa entre quatro interessados.

Um dos nomes na disputa pelos 40% da companhia é o do empresário Germán Efromovich, dono de 79% da Avianca Colômbia.

A ofensiva de Germán em adquirir parte da Alitalia começou depois que ele foi afastado, em maio, da presidência do conselho da Avianca, após um calote de um empréstimo junto à United Airlines. Sua presença no conselho da empresa era uma das garantias do empréstimo.

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Germán é irmão de José Efromovich, controlador da Avianca Brasil. A companhia aérea brasileira entrou em processo de recuperação judicial em dezembro do ano passado e teve suas operações suspensas pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) no final de maio por questões de segurança. Desde então, funcionários estão sem receber salários, e passageiros que tiveram os voos cancelados reclamam da falta de atendimento da empresa.

O empresário Germán Efromovich, dono da Avianca Colômbia, quer comprar participação na Alitalia (Reuters/Jose Miguel Gomez)

O dono da Avianca Colômbia passou a última semana na Itália em reuniões com membros do governo para apresentar seus planos e preparar a proposta oficial para entrar no negócio da Alitalia. Quando anunciou seu interesse no negócio, Germán foi além e disse que também gostaria de ser o CEO da companhia aérea italiana.

Estima-se que os 40% de participação na companhia aérea italiana teria o valor de 300 milhões de euros (R$ 1,26 bilhão). Segundo a imprensa italiana, Germán chegou a dizer que já teria o dinheiro e não precisaria recorrer a empréstimos.

Apesar da disposição do empresário, a participação de Germán terá de superar algumas resistências. O maior impasse estaria por conta da participação da Delta no negócio. A companhia aérea norte-americana e a Alitalia fazem parte da aliança global Sky Team, enquanto a Avianca é membro da Star Alliance.

Grupo da família Benetton é o preferido

Fontes ouvidas pelo jornal italiano “Il Sole 24 Ore” apontam que o grupo Atlantia, o último a entrar na disputa, é o preferido para vencer a disputa. O Atlantia conta com o aval da Delta pela sua experiência na administração de mais de 14 mil quilômetros de estradas e diversos aeroportos, como Fiumicino e Ciampino, ambos em Roma.

O Atlantia tem como um dos principais sócios a família Benetton. O governo italiano, no entanto, entrou em conflitos recentes com o grupo Atlantia e ameaça cassar algumas concessões por conta da queda da ponte Morandi, em Gênova, em agosto do ano passado, administrada pelo grupo.

Outros nomes que já demonstraram interesse em adquirir parte da companhia aérea italiana foram Carlo Toto, da Toto Holding, empresa de construção de estradas, e Claudio Lotito, dono e presidente do clube de futebol Lazio. A proposta da Toto Holding já foi apresentada, mas até a última sexta-feira (12) Lotito ainda não havia entregue as garantias financeiras, o que pode inviabilizar sua participação.

Plano de reestruturação da Alitalia

O jornal “Il Sole 24 Ore” divulgou na última sexta-feira (12) o que seria o plano de reestruturação da Alitalia. O projeto prevê uma empresa ligeiramente menor, mas com melhor aproveitamento dos aviões e redução de custos.

A companhia, que teve prejuízo de 340 milhões de euros (R$ 1,43 bilhão) em 2018, continuaria no vermelho até 2021. A previsão é de lucro de 53,9 milhões de euros (R$ 227 milhões) em 2022 e de 134 milhões de euros (R$ 565 milhões) em 2023.

O plano de reestruturação prevê a redução de 15 aviões na frota da Alitalia, passando das atuais 117 aeronaves para 102 a partir de janeiro do ano que vem. Haveria também a redução de postos de trabalho e de salários.

Segundo o projeto, o corte atingiria 740 funcionários que trabalham em tempo integral. O salário dos pilotos cairia de 138 mil euros por ano (R$ 48,5 mil por mês) para 131 mil euros (R$ 46 mil por mês), enquanto o dos comissários de bordo seria reduzido de 51 mil euros por ano (R$ 17,9 mil por mês) para 48 mil euros (R$ 16,8 mil por mês). Além disso, teriam de trabalhar mais, já que as folgas mensais cairiam de dez para nove dias.

O projeto também prevê o corte de diversas rotas que não são lucrativas, sendo 15 de curta e média distância e cinco de longo alcance. Os voos para o Brasil não devem ser afetados. Atualmente, a Alitalia tem voos diários para os aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, e Galeão, no Rio de Janeiro.

Veja como é preparada a comida do serviço de bordo da ponte aérea

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Aérea só tem poltrona executiva, serve champanhe e cobra metade do preço http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/13/companhia-aerea-classe-executiva/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/13/companhia-aerea-classe-executiva/#respond Sat, 13 Jul 2019 07:00:02 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10458

Airbus A321neo usado pela companhia aérea francesa La Compagnie (Divulgação)

A companhia aérea francesa La Compagnie apostou em um modelo diferente de negócio e tem obtido bons resultados em seus cinco anos de operação. Na contramão do crescimento de empresas que adotam o modelo de baixo custo, a La Compagnie tem como foco o mercado de luxo. A empresa tem aviões equipados exclusivamente com assentos de classe executiva.

A empresa iniciou suas operações em 2014. Nesses cinco anos, já transportou mais de 250 mil passageiros, com uma taxa média de ocupação dos aviões de 80%.

O foco da empresa é a rota entre Paris (França) e Nova York (EUA). São de dois a três voos diários, dependendo do dia da semana. Durante o verão no hemisfério norte, a companhia também faz um voo sazonal entre Nice (França) e Nova York, com a opção de contratar um voo de sete minutos de helicóptero até Mônaco.

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São 76 assentos a bordo do Airbus A321neo, todos de classe executiva (Divulgação)

Autodenominada uma companhia aérea butique, a La Compagnie afirma que tem como princípio oferecer serviços exclusivos a preços menores. Segundo a empresa, suas passagens são de 30% a 50% mais baratas que as de classe executiva das companhias aéreas tradicionais.

Os bilhetes promocionais para voos de ida e volta saem por US$ 1.400 (R$ 5.250). Nas mesmas datas pesquisadas (6 a 12 de setembro), uma passagem na executiva da Air France sai por R$ 12.105. Na American Airlines, o valor chega a R$ 19.824. Na classe econômica da American Airlines, a passagem custa R$ 1.500.

A frota da empresa ainda é pequena. São três aviões, sendo dois Boeing 757 e um Airbus A321neo. Até o final do ano, vai receber um novo A321neo. Em cada aeronave, são 76 assentos distribuídos em 19 fileiras na configuração 2-2.

Todas as poltronas do Airbus A321neo reclinam 175º e viram cama (Divulgação)

Serviços aos passageiros

As mordomias começam antes mesmo do embarque. Todos os passageiros da companhia podem esperar o horário do voo em salas vips nos três aeroportos nos quais a La Compagnie opera voos, com direito a comida e bebida. Há ainda uma fila exclusiva para passar pelos controles de segurança dos aeroportos.

A bordo dos aviões da La Compagnie, as 76 poltronas têm 66 centímetros de largura, reclinam 175º e viram cama. Os passageiros recebem travesseiros antialérgicos, edredons e um kit de viagem com produtos cosméticos da marca francesa Caudalie. Nos novos aviões Airbus A321neo, o acesso ao wi-fi é grátis a todos os passageiros.

Menu do serviço de bordo da La Compagnie é assinado pelo chef Christophe Langrée (Divulgação)

O menu de bordo é assinado pelo chef Christophe Langrée, que também selecionou as opções de vinhos e champanhes. Por conta dos horários dos voos, o serviço de bordo é mais caprichado na viagem entre Paris e Nova York (voo diurno). Após a decolagem, é servida uma entrada fria, um prato quente, tábua de queijos e sobremesa. Antes do pouso, os passageiros têm a opção de três snacks salgados e três doces.

Antes do voo de retorno durante a noite, os passageiros podem jantar na sala vip do aeroporto de Newark. Segundo a empresa, na saída de Nova York é servida apenas uma refeição leve para permitir que os passageiros possam descansar. Eles recebem uma salada, uma sopa, uma tábua de queijos e uma sobremesa. Antes do pouso, no entanto, é servido um café da manhã completo, incluindo um croissant feito pela Maison Kayser especialmente para a La Compagnie.

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Low cost argentina tem voo Rio-Buenos Aires por menos da metade do preço http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/04/low-cost-argentina-preco-voo-rio-de-janeiro-buenos-aires/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/04/low-cost-argentina-preco-voo-rio-de-janeiro-buenos-aires/#respond Thu, 04 Jul 2019 07:00:17 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10400

Aérea argentina terá voos do Rio de Janeiro para Buenos Aires a partir de 11 de outubro (Divulgação)

Após receber autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para operar voos entre a Argentina e o Brasil, a companhia aérea argentina de baixo custo Flybondi já iniciou as vendas de passagens para a rota entre Buenos Aires e Rio de Janeiro. O voo estreia no dia 11 de outubro.

Nas datas pesquisadas pelo UOL, os preços da Flybondi chegam menos da metade em relação a outras companhias aéreas que já voam entre as duas cidades.

O preço para o voo inaugural da rota saindo do Rio de Janeiro com destino a Buenos Aires é de 3.626 pesos argentinos (R$ 330). Para retornar dois dias depois, o valor do trecho é de 6.077 pesos (R$ 552). A viagem de ida e volta sai por um total de R$ 882.

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Quatro companhias aéreas (Gol, Latam, Aerolíneas Argentinas e Emirates) já realizam a rota entre o Rio de Janeiro e Buenos Aires. Em relação à Emirates e à Latam, o preço da Flybondi é mais de 50% menor. Na companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos, o valor da passagem para as mesmas datas é de R$ 1.842, enquanto na Latam o valor é de R$ 1.830.

A passagem mais barata entre as atuais empresas que operam essa rota é da Aerolíneas Argentinas. A passagem de ida e volta nas mesmas datas custa R$ 1.024. Nesse caso, valor cobrado pela Flybondi é 13,87% mais baixo.

Preço mais baixo é em março

O valor mais baixo encontrado no site da Flybondi é para viajar em março. A passagem de ida e volta entre os 18 e 22 sai por 8.182 pesos argentinos (R$ 745). Entre as companhias aéreas que já operam a rota, a Aerolíneas Argentinas têm o menor preço (R$ 1.156), e a Emirates o mais alto (R$ 1.530).

  • Aerolíneas Argentinas: R$ 1.156 (preço da Flybondi é 35,56% menor)
  • Gol: R$ 1.214 (preço da Flybondi é 38,64% menor)
  • Latam: R$ 1.491 (preço da Flybondi é 50,04% menor)
  • Emirates: R$ 1.530 (preço da Flybondi é 51,31% menor)

Ultra low cost

A Flybondi iniciou suas operações na Argentina no início do ano passado. Atualmente, a empresa conta com cinco aviões do modelo Boeing 737-800, voando para 17 destinos na Argentina e no Paraguai. A empresa já transportou 1,6 milhão de passageiros e representa 9% do mercado argentino.

Ela se denomina uma companhia ultra low cost. A empresa cobra por todos os serviços adicionais que vão além do transporte aéreo. Isso inclui desde bagagem e serviço de bordo a até mesmo uma taxa extra para o passageiro que deixar para fazer o check-in no balcão do aeroporto. Para não pagar a taxa de 125 pesos (R$ 11), é necessário fazer o check-in pela internet.

Os brasileiros já estão se acostumando a ter de pagar pelo despacho de bagagem e alimentação a bordo. É assim também na Flybondi. A única diferença é que a aérea argentina de baixo custo tem duas divisões de preço para a bagagem despachada.

A empresa cobra 839 pesos (R$ 76) para malas de até 12 quilos e 1.099 pesos (R$ 100) para bagagem entre 13 quilos e 20 quilos. Acima desse peso, o passageiro tem de pagar 235,29 pesos (R$ 21) para cinco quilos adicionais.

Para a marcação de assento, a Flybondi cobra entre 224 pesos (R$ 22,20) e 307 pesos (R$ 28), dependendo da localização dentro do avião.

A empresa também procura reduzir seus custos nos mínimos detalhes. Para eliminar os cartões de segurança, a Flybondi optou por colar todas as instruções obrigatórias no assento da frente.

Para aumentar a receita, a empresa também vende outros produtos a bordo além das comidas e bebidas. Os mais curiosos são as raspadinhas. Elas custam 20 pesos (R$ 1,80), e o passageiro pode ganhar cupons de descontos para futuras viagens.

Aeroporto alternativo

A diferença mais significativa da Flybondi para as demais companhias aéreas que já operam voos entre o Brasil e a Argentina está no aeroporto de chegada e partida em Buenos Aires. A empresa utiliza o terminal de El Palomar, que até a chegada da Flybondi era apenas uma base aérea militar.

Apesar de pequeno e com poucas lojas e restaurantes, o aeroporto tem a vantagem de ficar um pouco mais próximo ao centro de Buenos Aires. De carro, são 28 quilômetros até a Casa Rosada. A corrida de Uber sai por volta de 580 pesos (R$ 53). A Flybondi vende também o transfer para três pontos de Buenos Aires por 181 pesos (R$ 16,50).

As demais companhias utilizam o aeroporto internacional de Ezeiza. São 32 quilômetros até a Casa Rosada e 700 pesos (R$ 64) de Uber.

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Viagem de avião nas férias? Lembre-se de novas regras para menores e malas http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/03/viagem-aviao-ferias-regras-menores-malas/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/03/viagem-aviao-ferias-regras-menores-malas/#respond Wed, 03 Jul 2019 07:00:34 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10389

Alta temporada tem novas regras para menores desacompanhados e bagagem de mão (Divulgação)

O mês de julho é um dos mais movimentados nos aeroportos do Brasil e marca um pico de temporada de viagens no país. No ano passado, por exemplo, houve um aumento de 27% em relação a junho, segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), e só ficou atrás de janeiro no número de passageiros no país.

A alta temporada deste ano será a primeira desde que as companhias aéreas aumentaram a fiscalização em relação ao tamanho da bagagem de mão e desde a entrada em vigor das novas regras para a viagem de menores desacompanhados. Típicos nessa época do ano, os nevoeiros matinais também merecem atenção e paciência dos passageiros.

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Veja algumas dicas para evitar problemas nos aeroportos durante as férias.

Bagagem

Para evitar pagar pelo despacho de bagagem, muitos passageiros passaram a viajar somente com a mala de mão. Mas é preciso ficar atento ao tamanho máximo permitido: 55 centímetros de altura, 35 centímetros de largura e 25 centímetros de profundidade. Essas medidas têm de somar tudo, incluindo as rodinhas e a alça. Além disso, a mala de mão pode ter, no máximo, dez quilos.

Divulgação/Abear

Nos 15 principais aeroportos brasileiros, a Abear (Associação Brasileiras das Empresas Aéreas) utiliza uma caixa que serve de gabarito para medir se as malas estão dentro do tamanho permitido. Se a mala couber nessa caixa, o passageiro poderá embarcar normalmente. Se a bagagem não entrar, é porque ultrapassa o tamanho permitido, e o passageiro terá de voltar ao check-in para fazer o despacho da mala e pagar a taxa cobrada pelas empresas.

O diretor de aeroporto da Latam afirmou que a ação continua nesse período de alta temporada, mas avalia que o passageiro brasileiro está mais adaptado às regras para o transporte de malas. “No primeiro momento, havia mais gente levando bagagem para dentro do avião, mas hoje já há uma adaptação muito maior. A gente vê o comportamento aqui no Brasil se aproximando de países que já têm essa regra funcionando há muitos anos”, afirmou.

Walker recomenda que o passageiro verifique se o bilhete permite ou não o despacho de bagagem. Caso necessite adicionar mais volumes de bagagem, a orientação é que a compra seja feita com antecedência. “Fazer a compra antecipada é muito mais cômodo e também sai mais em conta do que fazer no aeroporto”, disse.

As companhias aéreas cobram R$ 60 para pagamentos feitos com antecedência e R$ 120 no balcão de check-in do aeroporto para o despacho de uma mala de até 23 kg.

Menores desacompanhados

Desde março, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) passou a exigir uma autorização judicial para que menores de 16 anos possam viajar desacompanhados dos pais ou responsáveis dentro do Brasil. A lei anterior exigia autorização judicial apenas para menores de 12 anos. Em viagens internacionais, a autorização judicial é obrigatória para menores de 18 anos.

Antes do embarque, é necessário entrar com um pedido na Vara da Infância e Juventude. A autorização pode demorar cerca de dois dias para ser emitida.

O diretor de aeroportos da Latam afirmou que essa é uma das principais preocupações da companhia para esse período de alta temporada. “A Latam transporta 15 mil menores desacompanhados por ano, mas 7.000 são apenas no mês de julho”, afirmou.

Documentação e vacina

Mesmo os maiores de 16 anos precisam ficar atentos à documentação exigida para o embarque. Em voos nacionais, basta um documento oficial com foto em bom estado. “O problema maior é para os voos internacionais”, alertou o diretor de aeroportos da Latam.

Nos países do Mercosul, é necessário o passaporte ou RG com menos de dez anos de expedição (CNH não é válida para viagens internacionais). Nos demais destinos, o passageiro deve ter passaporte válido, em alguns países, por até seis meses após a data de volta da viagem.

“As exigências variam de acordo com o país. Por isso, a recomendação é que o passageiro verifique os detalhes no site do consulado do país para o qual vai viajar”, afirmou Walker.

Além dos documentos de identificação, alguns países também exigem certificados de vacina. Desde o dia 10 de maio, por exemplo, o ministério da saúde pública do Paraguai passou a exigir o certificado internacional de vacinação contra febre amarela de todos os passageiros com mais de um ano de idade e que estejam viajando entre o Brasil e o Paraguai.

Outros países podem exigir outros tipos de vacina. A recomendação é que as exigências também sejam verificadas nos consulados de cada país. “Também é preciso ficar atento ao tempo de incubação. No caso da febre amarela, são dez dias. Depois de tomar a vacina, é necessário ainda acessar o site a Anvisa para trocar o comprovante pelo modelo internacional”, afirmou.

Nevoeiros comuns nessa época

Durante o inverno, é comum os aeroportos de regiões mais frias ficarem fechados por conta dos nevoeiros. Eles ocorrem após noites frias, sem nuvens e vento calmo e só se dissipam quando a temperatura começa a aumentar. São mais comuns nas cidades da região Sul do Brasil.

Passageiros que já tenham voos marcados nessas regiões para as primeiras horas da manhã devem ficar preparados para a possibilidade de atraso do voo. “Estamos sempre atentos a essa situação e reforçamos as equipes de solo e de voo, além de termos aviões reserva. Mas no caso de nevoeiros, é necessário um pouco de paciência do passageiro”, disse Walker.

Alta temporada terá 5.500 voos extras

Para atender ao aumento da demanda, as três principais companhias aéreas brasileiras (Latam, Gol e Azul) vão realizar mais de 5.500 voos extras com um total de 850 mil assentos adicionais. Serão 2.284 voos da Azul, 2.320 voos da Gol e 905 da Latam.

Segundo o diretor de aeroportos da Latam, Rafael Walker, as regiões mais procuradas nessa época do ano para destinos nacionais são cidades do Nordeste e Porto Alegre (RS). “São muitos passageiros que visitam Gramado”, disse. Nos destinos internacionais, os mais procurados são Buenos Aires (Argentina), Santiago (Chile) e Orlando (EUA).

Por outro lado, será o primeiro período de alta temporada sem a presença da Avianca no mercado brasileiro. Em processo de recuperação judicial, a Avianca teve suas operações suspensas no final de maio pela Anac. Em julho do ano passado, a Avianca teve 12,7% de participação no mercado.

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O que define uma aérea de baixo custo, que o Brasil tanto quer? http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/06/29/companhia-aerea-baixo-custo-definicao/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/06/29/companhia-aerea-baixo-custo-definicao/#respond Sat, 29 Jun 2019 07:00:30 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10367

Ryanair é a maior companhia aérea low cost da Europa (Divulgação)

Uma das justificativas do governo para autorizar capital estrangeiro em companhias aéreas e liberar a cobrança de bagagem é a possibilidade de atrair novas empresas para operar no mercado brasileiro, especialmente as chamadas “low cost” (de baixo custo). Essas companhias, teoricamente, oferecem passagens mais baratas em troca de um serviço mais simples.

O presidente Jair Bolsonaro chegou a afirmar que poderia permitir a cobrança de bagagem somente por empresas low cost. Se quisesse levar essa proposta adiante, enfrentaria um dos principais dilemas que rodeiam o mercado de aviação: afinal, o que faz uma companhia aérea ser considerada de baixo custo?

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Definição internacional é muito vaga

Com o aumento do número de empresas chamadas de low cost, a OACI (Organização de Aviação Civil Internacional) tentou criar uma definição mais clara do que são empresas de baixo custo.

Para o OACI, uma low cost é “uma companhia aérea que tem uma estrutura de custo relativamente baixo em comparação com outras companhias similares e oferece tarifas baixas. Essa companhia aérea pode ser independente, uma divisão ou subsidiária de uma grande companhia aérea ou, em alguns casos, uma antiga empresa de fretamento de um grupo de companhias aéreas”.

O problema é que essa definição ainda é muito vaga, e há discordância até entre outros órgãos que regulam o transporte aéreo no mundo. A Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido, por exemplo, preferiu classificar as companhias aéreas de acordo com o tipo de serviço oferecido. Para ser considerada low cost, precisam ter aviões com uma classe única de cabine, não oferecer serviço de bordo gratuito e não estar conectada a sistemas internacionais de reservas.

Controvérsias sobre quais empresas são low cost

As definições amplas geram controvérsias se uma companhia aérea é ou não é uma empresa low cost. A OACI considera atualmente 118 companhias aéreas ao redor do mundo como empresas low cost. As brasileiras Gol, Latam, Azul e Avianca Brasil (que teve as operações suspensas no final de maio) estão na lista de companhias de baixo custo.

Para a consultoria britânica Skytrax, que organiza o prêmio World Airline Award (considerado o “Oscar” da aviação), entre as brasileiras, apenas a Gol é uma low cost. A Skytrax divulgou no último dia 18 o ranking de melhores companhias aéreas do mundo. Apesar de a Gol ter sido a pior classificada entre as brasileiras, ela foi eleita a melhor low cost do Brasil (era a única brasileira nessa categoria) e a terceira melhor da América do Sul.

Como é uma low cost na prática

Embora não haja uma definição precisa, algumas características estão presentes nas mais famosas companhias aéreas low cost do mundo. Veja abaixo.

1. Frota padronizada

As maiores low cost do mundo operam com uma frota padronizada de aviões. A norte-americana Southwest tem 753 aviões, todos do modelo Boeing 737. Na irlandesa Ryanair, são 430 aviões, também do modelo Boeing 737. Na britânica EasyJet, todos os 164 aviões são da família Airbus A320.

No Brasil, a Gol é a única companhia aérea que adota um modelo de frota única. A empresa conta com 123 aviões Boeing 737.

A opção de padronizar a frota é um dos fatores mais importantes para a redução de custos. Ao utilizar um único modelo de avião, a empresa ganha agilidade na manutenção, e todos os tripulantes e mecânicos podem trabalhar em qualquer aeronave da companhia.

2. Serviço “sem frescura”

Em inglês, o conceito de companhia aérea low cost também é chamado de “discount” (desconto), “low fare” (baixa tarifa) e “budget” (econômica, barata). O termo mais curioso, no entanto, é “no-frill”, algo como “sem frescura”.

É a definição para as companhias que não oferecem nada além do serviço de transporte do ponto A para o ponto B. Todo o restante é extra – e pago à parte.

Em troca dos preços mais baixos das passagens aéreas, as companhias aéreas cobram por praticamente todos os serviços auxiliares: despacho de bagagem, marcação de assento, serviço de bordo e até pelo check-in presencial no aeroporto.

Além de aumentar a receita, a cobrança por esses serviços também reduz custos. Ao levar menos bagagem, o avião fica mais leve e consome menos combustível. As empresas que cobram pelo check-in presencial podem reduzir o número de funcionários no aeroporto, já que a maioria dos passageiros faz o check-in online.

No Brasil, é cada vez maior a tendência de as companhias aéreas aumentarem a arrecadação com as receitas auxiliares. No ano passado, somente com cobrança de bagagem e marcação de assento, as empresas ganharam R$ 1,02 bilhão.

3. Aeroportos secundários

As companhias aéreas low cost também costumam operar em aeroportos secundários, mais afastados do centro das cidades. Na região metropolitana de Paris, por exemplo, a Ryanair opera no aeroporto de Beauvais. Do aeroporto até a torre Eiffel, são mais de 90 quilômetros de carro e quase duas horas de transporte público. Do aeroporto Charles de Gaulle, o principal de Paris, são cerca de 30 quilômetros de carro e aproximadamente uma hora de transporte público até a torre Eiffel.

Para atrair mais voos, os aeroportos secundários oferecem taxas mais baixas de pouso, decolagem e estacionamento dos aviões. Com pouco movimento, permitem também que os processos de embarque e desembarque sejam mais rápidos e que as companhias aéreas escolham os melhores horários de operação.

Para isso funcionar, no entanto, são necessários locais com ampla infraestrutura aeroportuária. Adotar esse modelo no Brasil é praticamente inviável. A Azul chegou com essa proposta ao escolher como seu aeroporto principal o de Viracopos, em Campinas (SP), distante cerca de 95 quilômetros do centro de São Paulo. Na maioria das capitais brasileiras, no entanto, simplesmente, não existem aeroportos secundários.

Low cost é garantia de preço baixo?

A Ryanair ficou famosa mundialmente por oferecer passagens promocionais por até um euro. Preços como esse, no entanto, são raros. Para especialistas do setor, esse tipo de tarifa é apenas uma ação de marketing.

Ainda assim, as empresas europeias e norte-americanas low cost costumam oferecer preços bem menores que companhias aéreas tradicionais. No entanto, nem toda companhia low cost é sempre uma empresa low fare (baixa tarifa). Como em todas as empresas, as passagens começam a ser vendidas por um determinado preço, que vai subindo de acordo com a procura.

No Brasil, especialistas do setor afirmam que dificilmente uma empresa de baixo custo chegaria com preços muito mais baixos ou equivalentes aos praticados pelas low cost europeias e norte-americanas. As companhias aéreas reclamam que o custo de operação no Brasil é bem mais alto que em outros países. Na Europa, por exemplo, não há imposto sobre o combustível de aviação. No Brasil, os estados cobram entre 12% e 25% de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Somente o combustível é responsável por mais de 30% dos custos das companhias aéreas.

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Qatar Airways vence ‘Oscar’ da aviação; Latam é a melhor da América do Sul http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/06/18/ranking-skytrax-melhores-companhias-aereas-do-mundo/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/06/18/ranking-skytrax-melhores-companhias-aereas-do-mundo/#respond Tue, 18 Jun 2019 12:47:14 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10283

A Latam foi eleita a melhor companhia aérea da América do Sul na edição deste ano da Skytrax World Airline Awards, considerado o “Oscar” da aviação mundial. A pesquisa avalia em conjunto todas as companhias aéreas que fazem parte do grupo Latam, incluindo a Latam Brasil.

Desde que houve a união das marcas da TAM com a LAN, é a primeira vez que a companhia vence a premiação regional. No ranking global, no entanto, a empresa ficou apenas na 49ª posição.

A Azul aparece na segunda posição do ranking regional e foi a eleita a 50ª melhor do mundo. Campeã regional no ano passado, a Avianca caiu para a terceira posição e despencou 19 lugares entre as melhores do mundo, caindo do 51º para 70º melhor do mundo. A Gol ficou em oitavo lugar no ranking da América do Sul e não aparece na lista das cem melhores do mundo.

As 10 melhores da América do Sul:

  • 1. Latam
  • 2. Azul
  • 3. Avianca
  • 4. Sky Airline
  • 5. Aerolineas Argentinas
  • 6. EasyFly
  • 7. Tame
  • 8. Gol
  • 9. Austral Líneas Aéreas
  • 10. Peruvian Airlines

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Qatar foi eleita a melhor companhia aérea do mundo (Divulgação)

Qatar é a melhor do mundo

A Qatar Airways foi eleita a melhor companhia aérea do mundo. A empresa superou a Singapore Airlines, que havia vencido o prêmio no ano passado e ficou em segundo lugar neste ano. A japonesa ANA All Nippon Airways repetiu a terceira colocação.

As companhias aéreas da Ásia e Oriente Médio dominam a premiação. As empresas da região ocupam oito das dez primeiras posições.

As 10 melhores do mundo

  • 1. Qatar Airways
  • 2. Singapore Airlines
  • 3. ANA All Nippon Airways
  • 4. Cathay Pacific Airways
  • 5. Emirates
  • 6. EVA Air
  • 7. Hainan Airways
  • 8. Qantas Airways
  • 9. Lufthansa
  • 10. Thai Airways

Outros prêmios

As companhias aéreas brasileiras também receberam outros prêmios na eleição da Skytrax deste ano.

Latam

  • No ranking mundial: 49º lugar (ante 63 de 2018)
  • Melhor companhia aérea da América do Sul
  • Melhor classe executiva da América do Sul
  • Melhor classe econômica da América do Sul

Azul

  • No ranking mundial: 50º lugar (ante 53 de 2018)
  • Melhor companhia aérea regional (voos curtos) da América do Sul
  • Melhor equipe de funcionários da América do Sul
  • Melhor limpeza de cabine da América do Sul

Avianca

  • No ranking mundial: 70º lugar (ante 51 de 2018)

Gol

  • No ranking mundial: não aparece no ranking das cem melhores do mundo
  • Melhor companhia aérea de baixo custo do Brasil

Pesquisa com mais de 21 milhões de passageiros

A entrega dos prêmios ocorreu hoje em Paris, onde acontece nesta semana o International Paris Air Show, uma das maiores feiras de aviação do mundo.

A pesquisa da Skytrax foi feita com 21,6 milhões de passageiros de mais de cem nacionalidades diferentes entre setembro de 2018 e maio de 2019.

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Volta de bagagem grátis pode subir preços e espantar estrangeiras, diz Anac http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/06/13/bagagem-voos-preco-passagem-anac/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/06/13/bagagem-voos-preco-passagem-anac/#respond Thu, 13 Jun 2019 23:20:51 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10250

Empresas cobram R$ 60 para o despacho de uma mala de 23 kg (Foto: Lucas Lima/UOL)

Às vésperas de uma decisão do presidente Jair Bolsonaro, a Anac pediu que o projeto que prevê a volta de bagagem grátis seja vetado. O Congresso Nacional aprovou a medida no final do mês passado. Bolsonaro tem até a próxima segunda-feira (17) para decidir se acata ou veta a medida.

De acordo com executivos da agência, se o presidente não vetar, pode haver um aumento dos preços das passagens e causar fuga de companhias aéreas estrangeiras que já demonstraram interesse em operar voos domésticos no Brasil.

Empresas prometeram preço menor, mas não aconteceu

Antes do início da cobrança de malas no Brasil, em 2017, as empresas prometiam que as passagens iriam baixar com o despacho cobrado, mas isso não aconteceu, e as passagens até aumentaram. Em 2018, a tarifa média no Brasil teve aumento de 1%, segundo a Anac.

Por outro lado, as companhias aéreas brasileiras arrecadaram em 2018 R$ 1,02 bilhão com as cobranças de malas e marcação de assento.

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Garantir queda de preço foi erro

O fim de transporte grátis de bagagem foi aprovado pela Anac em dezembro de 2016.

O superintendente de acompanhamento de serviços aéreos da Anac, Ricardo Catanant, afirmou que pode ter havido um erro de comunicação das companhias aéreas quando a medida foi implementada ao garantir a queda dos preços, já que existem outros fatores que impactam no preço final das passagens.

Por outro lado, os executivos da Anac defendem que, se não fosse essa medida, os preços das passagens poderiam ter tido uma alta elevada nesse período. Somente no ano passado, o preço do combustível de aviação subiu 37,8%. O querosene é responsável por mais de 30% dos custos das companhias aéreas. Além disso, houve o impacto da alta de 17,3% do dólar.

Catanant cita o exemplo do mercado norte-americano. “Nos Estados Unidos, não há regulamentação nem mesmo para a bagagem de mão. As companhias tradicionais lançaram a tarifa basic economy, que não permite a bagagem de mão, para poder oferecer preços menores e competir com as low-cost. Se a regra lá fosse mudada, as empresas teriam de aumentar o preço em pelo menos 16% para recompor essas receitas”, disse.

Bagagem grátis nunca existiu, diz Anac

Ricardo Catanant, afirmou que ainda não sabe qual deve ser o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro, mas que a manifestação de diversos órgãos e entidades do governo a favor do veto devem servir de orientação para a decisão presidencial. “Temos a expectativa de que haja o veto”, disse.

O gerente de regulação das relações de consumo da Anac, Cristian Reis, afirmou que os passageiros sempre pagaram pelo transporte de bagagem, mas que a taxa já vinha embutida no preço da passagem. “A bagagem grátis nunca existiu. A desregulamentação acaba com essa venda casada. O passageiro não é obrigado a pagar por um serviço que não vai usar. A franquia é um direito e não uma obrigação”, disse.

Aumento da competição

A volta da bagagem obrigatória foi incluída na aprovação da medida provisória que libera 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas brasileiras. A espanhola Air Europa foi a primeira a abrir uma filial no Brasil para operar voos domésticos.

Segundo o superintendente da Anac, pelo menos outros dois grupos que representam companhias de baixo custo já procuraram a agência também interessadas em voar no país. “Mas ambas demonstraram preocupação com a volta da franquia obrigatória”, disse Catanant.

Crise da Avianca aumenta preços

O superintendente da Anac afirmou que o mercado vive um momento delicado por conta da crise da Avianca, que enfrenta um processo de recuperação judicial e teve suas operações suspensas. “A saída da Avianca tende a pressionar os preços”, disse.

Ministério Público disse que cobrança de malas é ilegal

Em abril, o MPF (Ministério Público Federal) publicou uma nota técnica apoiando a volta de transporte grátis de mala em voos nacionais e internacionais. De acordo com o parecer do MPF, a cobrança à parte é “ilegal e abusiva”, além de não ter resultado nas reduções de preços da passagem prometidas.

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Aéreas brasileiras ganham R$ 1 bi de cobrança de mala e marcação de assento http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/06/11/aereas-brasileiras-receita-bagagem-marcacao-de-assentos/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/06/11/aereas-brasileiras-receita-bagagem-marcacao-de-assentos/#respond Tue, 11 Jun 2019 07:00:01 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10228

Cobrança de bagagem teve início em junho de 2017, com promessa de queda de preços (Pedro França-Agência Senado)

As companhias aéreas brasileiras arrecadaram em 2018 R$ 1,02 bilhão com as cobranças de malas e marcação de assento. O valor é 74,4% maior do que o registrado em 2017 (R$ 585 milhões), quando teve início a cobrança para bagagem despachada.

Em relação a 2016, quando as companhias eram obrigadas a transportar gratuitamente uma mala por passageiro, o faturamento das aéreas com bagagem e assentos subiu 188,4% (haviam ganho R$ 353,7 milhões naquele ano). As empresas prometeram que as passagens iriam baixar depois que as bagagens fossem cobradas, mas isso não aconteceu.

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O valor referente às bagagens inclui desde a taxa para o despacho de uma mala até excesso de peso e taxas para bagagens especiais. A marcação de assento inclui as taxas para escolha antecipada de lugar e reserva para assentos conforto e premium, que contam com mais espaço para o passageiro.

Todas as companhias aéreas cobram R$ 60 para o despacho de uma mala de até 23 kg em voos nacionais para pagamentos antecipados. A Câmara e o Senado aprovaram no mês passado um projeto que volta com a obrigatoriedade do despacho gratuito de bagagem. O presidente Jair Bolsonaro tem até a próxima segunda-feira (17) para vetar ou sancionar a medida.

No ano passado, a Gol foi a companhia que teve a maior receita com esses dois itens.

Gol

  • Bagagem: R$ 252,8 milhões
  • Marcação de assentos: R$ 105,1 milhões
  • Total: R$ 357,9 milhões

Azul

  • Bagagem: R$ 178,2 milhões
  • Marcação de assentos: R$ 116,5 milhões
  • Total: R$ 294,7 milhões

Latam

  • Bagagem: R$ 233,2 milhões
  • Marcação de assentos: R$ 39,4 milhões
  • Total: R$ 272,6 milhões

Avianca

  • Bagagem: R$ 90,7 milhões
  • Marcação de assentos: R$ 5,4 milhões
  • Total: R$ 96,1 milhões

Em todo o mundo, as companhias aéreas arrecadaram US$ 28,1 bilhões em 2018 com cobrança de taxas sobre malas. O estudo da consultoria IdeaWorksCompany, em parceria com a CarTrawler, avaliou o balanço financeiro de 175 empresas.

Segundo o estudo, as taxas de bagagem representam 30,25% de todas as receitas auxiliares das companhias aéreas, que incluem multas para remarcação de voo, cancelamento, venda de refeições a bordo, marcação de assento, entre outros itens. No ano passado, essas receitas chegaram a um total de US$ 92,9 bilhões.

Passagem subiu 1%

A cobrança de malas entrou em vigor no Brasil em junho de 2017 com a promessa de redução no preço das passagens. No ano passado, no entanto, a tarifa média no Brasil teve aumento de 1%, segundo a Anac.

O aumento da arrecadação das companhias aéreas com as taxas de bagagem e marcação de assento ajudou as companhias a reduzir o prejuízo registrado no ano passado. No total das quatro empresas, o setor teve prejuízo acumulado de R$ 1,9 bilhão.

A Azul foi a única com lucro (R$ 170,2 milhões), enquanto a Gol foi a que teve o maior prejuízo (R$ 1,1 bilhão). A Latam registrou perdas de R$ 442,8 milhões e a Avianca, que enfrenta processo de recuperação judicial e teve suas operações suspensas, perdeu R$ 491,9 milhões no ano passado.

O preço dos combustíveis (alta de 37,8%) e a alta do dólar (de 17,3%) foram os principais vilões para os resultados negativos.

A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) afirmou que o setor enfrenta um cenário de desaquecimento econômico, alta e instabilidade do câmbio e encarecimento geral dos custos, com destaque para o petróleo. Segundo a associação, é necessário mais tempo para avaliar o efeito da cobrança de bagagem no preço das passagens.

“A necessidade de tempo e de uma base robusta de dados para que se possam avaliar os efeitos da medida, de forma independente de todas as principais variáveis que afetam o mercado, baseia as recomendações dos principais especialistas provocados, com destaque para TCU, Cade e Anac”, afirmou.

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Aéreas têm prejuízo R$ 1,9 bi em 2018; preço da passagem sobe 1% http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/06/10/prejuizo-companhias-aereas-brasileiras/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/06/10/prejuizo-companhias-aereas-brasileiras/#respond Mon, 10 Jun 2019 18:03:50 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10223

Aviões de companhias aéreas brasileiras no aeroporto de Guarulhos (foto: Vinícius Casagrande/UOL)

As companhias aéreas brasileiras tiveram prejuízo acumulado de R$ 1,93 bilhão em 2018. O preço dos combustíveis (alta de 37,8%) e a alta do dólar (de 17,3%) foram os principais vilões para os resultados negativos.

Segundo os dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), as quatro empresas brasileiras (Gol, Latam, Azul e Avianca) tiveram um crescimento de 15,3% na receita, mas com um aumento de 25,2% nos custos dos serviços prestados.

Apesar da elevação dos principais custos operacionais, as companhias aéreas não conseguiram repassar integralmente o aumento para o preço das passagens. De acordo com dados da Anac, no último ano a tarifa aérea média teve alta de 1% em relação ao ano anterior. O valor médio das passagens foi de R$ 374,12.

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Resultados por empresa

A Azul foi a única companhia aérea brasileira a ter lucro no ano passado, enquanto a Gol foi a que teve o maior prejuízo.

Azul: lucro de R$ 170,2 milhões

Latam: prejuízo de R$ 442,8 milhões

Avianca: prejuízo de R$ 491,9 milhões

Gol: prejuízo de R$ 1,1 bilhão

Combustível e dólar em alta

Os itens com maiores impactos nos resultados foram: combustíveis (32,6%), arrendamento, manutenção e seguro de aeronaves (19,6%) e custos de pessoal em geral (15,5%).

O preço do querosene de aviação teve aumento de 37,3% em 2018. No ano passado, o valor médio mensal do litro do combustível oscilou entre R$ 1,84 e R$ 2,64. Em 2017, o litro do combustível custava entre R$ 1,60 e R$ 1,81.

Com mais de 50% dos custos atrelados ao dólar, como combustível, arrendamento e seguro, a taxa de câmbio também teve forte influência no resultado negativo das companhias aéreas. Na média do último trimestre do ano, o dólar teve alta de 17,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

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Os animais de estimação são verdadeiros membros da família. Há quem não dispense a companhia deles nem mesmo durante as férias. Em viagens de avião, os bichinhos podem voar juntos com seus donos dentro da cabine de passageiros. Para isso, precisam seguir algumas regras de saúde e higiene e pagar uma taxa que chega a R$ 250 em voos nacionais ou US$ 250 (R$ 965) em voos internacionais.

Apenas os cães e gatos de pequeno porte podem viajar dentro na cabine de passageiros dos aviões. As companhias aéreas brasileiras limitam o peso máximo entre 5 kg e 10 kg, somando o animal e a caixa de transporte, chamada de kennel.

A reserva para viajar com o animal de estimação deve ser feita com antecedência. É que também pode haver uma limitação da quantidade de animais que podem ser transportados em um mesmo voo. Na Gol, por exemplo, cada passageiro pode levar apenas um animal e em cada voo pode haver, no máximo, quatro cães ou gatos.

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Durante a viagem, os animais devem ficar dentro da caixa de transporte, que pode ser rígida ou flexível e deve ser acomodada embaixo do assento. Ela precisa ter tamanho suficiente para que o animal possa ficar em pé e dar uma volta completa em torno dele dentro da caixa. Além disso, a caixa deve ser feita de material resistente e impermeável, com aberturas de ventilação para o animal.

Os únicos animais que pode ficar soltos são os cães-guia. Nesse caso, eles também não pagam a taxa extra para o transporte.

Para evitar transtornos aos demais passageiros, o animal só pode embarcar se estiver limpo e sem odores desagradáveis. Além disso, os cães e gatos não podem viajar sedados para evitar riscos à saúde do animal. Algumas raças de focinho curto, que têm dificuldade respiratória, também podem enfrentar problemas durante o voo e até ser impedidas de voar.

Cães e gatos podem viajar na cabine de passageiros dentro da caixa de transporte (Divulgação)

Documentação exigida

Os passageiros que viajam com animais de estimação dentro da cabine devem chegar com antecedência de pelo menos duas horas em voos nacionais e de três horas nos voos internacionais. Durante o check-in no aeroporto, os funcionários das companhias aéreas devem conferir toda a documentação exigida e verificar as condições de transporte do animal.

Os preparativos para viajar com um animal dentro do avião podem começar com mais de 30 dias antecedência e durar até a data da viagem. Veja as exigências mínimas:

  • Atestado sanitário: deve ser emitido por um médico veterinário atestando que o animal está em boas condições de saúde. Deve ser válido por até dez dias.
  • Carteira de vacinação: deve incluir a vacina antirrábica com o nome do laboratório produtor, o tipo de vacina e o número da ampola utilizada. A vacina deve ter sido aplicada há mais de 30 dias e menos de um ano da viagem.
  • Passaporte para trânsito de cães e gatos: esse documento substitui o atestado sanitário e a carteira de vacinação. No prazo de dez dias antes do embarque, o proprietário deverá solicitar ao médico veterinário que registre as informações sanitárias no passaporte, e o documento tem de ser legalizado em uma unidade do Vigiagro (Vigilância Agropecuária Internacional). É válido por 30 dias.
  • Higiene: o animal deve estar limpo e sem odores desagradáveis.
  • Voos internacionais: se a viagem for para o exterior, as regras podem ser bastante diferentes e dependem da legislação de cada país. As companhias aéreas recomendam que o passageiro consulte os órgãos governamentais sobre possíveis exigências adicionais ao transporte de animais. A Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo) tem um resumo das regras nos principais países.

Veja as exigências específicas de cada companhia aérea brasileira.

Gol:

  • Peso máximo: 10 kg
  • Idade mínima: quatro meses
  • Quantidade permitida: um por passageiro e até quatro por voo
  • Caixa rígida: 22 cm de altura, 32 cm de largura e 43 cm de profundidade
  • Caixa flexível: 24 cm de altura, 32 cm de largura e 43 cm de profundidade
  • Preço: R$ 250 em voos nacionais e R$ 600 em voos internacionais (por animal e por trecho)
  • Formulário de solicitação para transporte de animais: baixe aqui

Latam:

  • Peso máximo: 7 kg
  • Idade mínima: oito semanas
  • Quantidade permitida: não informado
  • Caixa rígida: 19 cm de altura, 33 cm de largura e 36 cm de profundidade
  • Caixa flexível: 23 cm de altura, 33 cm de largura e 36 cm de profundidade
  • Preço: R$ 200 em voos nacionais e US$ 200 (R$ 770) em voos internacionais para América do Sul e Caribe e US$ 250 (R$ 965) para voos internacionais de longo alcance (por animal e por trecho)

Azul:

  • Peso máximo: 5 kg
  • Idade mínima: quatro meses
  • Quantidade permitida: um por passageiro e até três por voo
  • Caixas rígida e flexível: 20 cm de altura, 31,5 cm de largura e 43 cm de profundidade
  • Preço: R$ 250 para pagamento feito no Brasil e US$ 100 (R$ 385) para pagamento feito no exterior (por animal e por trecho)

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