Azul – Todos A Bordo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br Todos a Bordo é o blog de aviação do UOL. Aqui você encontra as últimas informações, análises e notícias sobre o movimentado mundo das companhias aéreas, das fabricantes de aviões e de empresas aeroportuárias. Tue, 07 Jul 2020 19:46:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Aéreas brasileiras ganham R$ 1 bi de cobrança de mala e marcação de assento http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/06/11/aereas-brasileiras-receita-bagagem-marcacao-de-assentos/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/06/11/aereas-brasileiras-receita-bagagem-marcacao-de-assentos/#respond Tue, 11 Jun 2019 07:00:01 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10228

Cobrança de bagagem teve início em junho de 2017, com promessa de queda de preços (Pedro França-Agência Senado)

As companhias aéreas brasileiras arrecadaram em 2018 R$ 1,02 bilhão com as cobranças de malas e marcação de assento. O valor é 74,4% maior do que o registrado em 2017 (R$ 585 milhões), quando teve início a cobrança para bagagem despachada.

Em relação a 2016, quando as companhias eram obrigadas a transportar gratuitamente uma mala por passageiro, o faturamento das aéreas com bagagem e assentos subiu 188,4% (haviam ganho R$ 353,7 milhões naquele ano). As empresas prometeram que as passagens iriam baixar depois que as bagagens fossem cobradas, mas isso não aconteceu.

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O valor referente às bagagens inclui desde a taxa para o despacho de uma mala até excesso de peso e taxas para bagagens especiais. A marcação de assento inclui as taxas para escolha antecipada de lugar e reserva para assentos conforto e premium, que contam com mais espaço para o passageiro.

Todas as companhias aéreas cobram R$ 60 para o despacho de uma mala de até 23 kg em voos nacionais para pagamentos antecipados. A Câmara e o Senado aprovaram no mês passado um projeto que volta com a obrigatoriedade do despacho gratuito de bagagem. O presidente Jair Bolsonaro tem até a próxima segunda-feira (17) para vetar ou sancionar a medida.

No ano passado, a Gol foi a companhia que teve a maior receita com esses dois itens.

Gol

  • Bagagem: R$ 252,8 milhões
  • Marcação de assentos: R$ 105,1 milhões
  • Total: R$ 357,9 milhões

Azul

  • Bagagem: R$ 178,2 milhões
  • Marcação de assentos: R$ 116,5 milhões
  • Total: R$ 294,7 milhões

Latam

  • Bagagem: R$ 233,2 milhões
  • Marcação de assentos: R$ 39,4 milhões
  • Total: R$ 272,6 milhões

Avianca

  • Bagagem: R$ 90,7 milhões
  • Marcação de assentos: R$ 5,4 milhões
  • Total: R$ 96,1 milhões

Em todo o mundo, as companhias aéreas arrecadaram US$ 28,1 bilhões em 2018 com cobrança de taxas sobre malas. O estudo da consultoria IdeaWorksCompany, em parceria com a CarTrawler, avaliou o balanço financeiro de 175 empresas.

Segundo o estudo, as taxas de bagagem representam 30,25% de todas as receitas auxiliares das companhias aéreas, que incluem multas para remarcação de voo, cancelamento, venda de refeições a bordo, marcação de assento, entre outros itens. No ano passado, essas receitas chegaram a um total de US$ 92,9 bilhões.

Passagem subiu 1%

A cobrança de malas entrou em vigor no Brasil em junho de 2017 com a promessa de redução no preço das passagens. No ano passado, no entanto, a tarifa média no Brasil teve aumento de 1%, segundo a Anac.

O aumento da arrecadação das companhias aéreas com as taxas de bagagem e marcação de assento ajudou as companhias a reduzir o prejuízo registrado no ano passado. No total das quatro empresas, o setor teve prejuízo acumulado de R$ 1,9 bilhão.

A Azul foi a única com lucro (R$ 170,2 milhões), enquanto a Gol foi a que teve o maior prejuízo (R$ 1,1 bilhão). A Latam registrou perdas de R$ 442,8 milhões e a Avianca, que enfrenta processo de recuperação judicial e teve suas operações suspensas, perdeu R$ 491,9 milhões no ano passado.

O preço dos combustíveis (alta de 37,8%) e a alta do dólar (de 17,3%) foram os principais vilões para os resultados negativos.

A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) afirmou que o setor enfrenta um cenário de desaquecimento econômico, alta e instabilidade do câmbio e encarecimento geral dos custos, com destaque para o petróleo. Segundo a associação, é necessário mais tempo para avaliar o efeito da cobrança de bagagem no preço das passagens.

“A necessidade de tempo e de uma base robusta de dados para que se possam avaliar os efeitos da medida, de forma independente de todas as principais variáveis que afetam o mercado, baseia as recomendações dos principais especialistas provocados, com destaque para TCU, Cade e Anac”, afirmou.

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Aéreas têm prejuízo R$ 1,9 bi em 2018; preço da passagem sobe 1% http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/06/10/prejuizo-companhias-aereas-brasileiras/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/06/10/prejuizo-companhias-aereas-brasileiras/#respond Mon, 10 Jun 2019 18:03:50 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10223

Aviões de companhias aéreas brasileiras no aeroporto de Guarulhos (foto: Vinícius Casagrande/UOL)

As companhias aéreas brasileiras tiveram prejuízo acumulado de R$ 1,93 bilhão em 2018. O preço dos combustíveis (alta de 37,8%) e a alta do dólar (de 17,3%) foram os principais vilões para os resultados negativos.

Segundo os dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), as quatro empresas brasileiras (Gol, Latam, Azul e Avianca) tiveram um crescimento de 15,3% na receita, mas com um aumento de 25,2% nos custos dos serviços prestados.

Apesar da elevação dos principais custos operacionais, as companhias aéreas não conseguiram repassar integralmente o aumento para o preço das passagens. De acordo com dados da Anac, no último ano a tarifa aérea média teve alta de 1% em relação ao ano anterior. O valor médio das passagens foi de R$ 374,12.

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Resultados por empresa

A Azul foi a única companhia aérea brasileira a ter lucro no ano passado, enquanto a Gol foi a que teve o maior prejuízo.

Azul: lucro de R$ 170,2 milhões

Latam: prejuízo de R$ 442,8 milhões

Avianca: prejuízo de R$ 491,9 milhões

Gol: prejuízo de R$ 1,1 bilhão

Combustível e dólar em alta

Os itens com maiores impactos nos resultados foram: combustíveis (32,6%), arrendamento, manutenção e seguro de aeronaves (19,6%) e custos de pessoal em geral (15,5%).

O preço do querosene de aviação teve aumento de 37,3% em 2018. No ano passado, o valor médio mensal do litro do combustível oscilou entre R$ 1,84 e R$ 2,64. Em 2017, o litro do combustível custava entre R$ 1,60 e R$ 1,81.

Com mais de 50% dos custos atrelados ao dólar, como combustível, arrendamento e seguro, a taxa de câmbio também teve forte influência no resultado negativo das companhias aéreas. Na média do último trimestre do ano, o dólar teve alta de 17,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

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Conheça o A330-900neo, que estreia voo internacional na Azul hoje http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/06/07/conheca-o-a330-900neo-que-estreia-voo-internacional-na-azul-hoje/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/06/07/conheca-o-a330-900neo-que-estreia-voo-internacional-na-azul-hoje/#respond Fri, 07 Jun 2019 07:00:32 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=10164

A Azul estreia nesta sexta-feira (7) o primeiro voo internacional com o A330-900neo, saindo do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), com destino a Orlando (EUA). Em até 30 dias o avião irá começar também na rota entre Brasil e Portugal, em três classes.

Ao todo, o modelo da Azul tem capacidade para 298 passageiros, sendo 34 na Executiva, 108 na Economy Extra e 156 na Econômica.

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O UOL participou do primeiro voo comercial doméstico da aeronave pela Azul, em 1º de junho, na rota entre os aeroportos de Viracopos e Recife (PE), a convite da empresa.

Segundo o fabricante, entre os diferenciais do A330-900neo, estão menos ruído durante o voo e telas de entretenimento de até 16 polegadas na classe executiva e 10 polegadas nas demais. As telas podem receber conectividade wi-fi, mas não há prazo para isso.

A330-900neo da Azul fez seu primeiro voo comercial no dia 1º de junho de 2019, de Campinas a Recife (Foto: Alexandre Saconi)

O avião faria, inicialmente, a rota entre Viracopos e Portugal, mas, por exigência da agência europeia de regulação aeronáutica, a rota ainda terá de ser cumprida com outro avião da Azul temporariamente.

Veja mais como é voar no A330-900neo.

Foto: Alexandre Saconi

As poltronas da classe executiva contam com porta-objetos e espaço para reclinar totalmente.

Foto: Alexandre Saconi

Sistema de entretenimento a bordo tem simulador da cabine de voo, com informações como altitude e velocidade do avião.

Foto: Alexandre SaconiPoltronas da classe executiva contam com cinto de segurança que infla em caso de freadas bruscas, sistema de entretenimento com filmes, séries e jogos, e espaço para objetos e bagagem.

Foto: Alexandre Saconi

Novo A330-900neo da Azul tem capacidade para até 298 passageiros.

Foto: Alexandre Saconi

Funcionários de diversas empresas escreveram mensagens de apoio na porta do avião.

Foto: Alexandre Saconi

Cabine de comando é similar a de outros modelos que a companhia já opera, diminuindo a carga horária de novos treinamentos.

Foto: Alexandre Saconi

Equipe de comissários do voo foi chefiada pela comissária líder Melissa Zanetti e teve como capitão José Jacques Godoy Jr. e como 1º oficial João Marinheiro.

Foto: Divulgação/Azul

Classe Economy Extra do Azul A330-900neo, com maior espaço nas poltronas.

Foto: Divulgação/Azul

Classe Econômica do Azul A330-900neo

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Após atrasos, Azul recebe 1º Airbus A330neo para voos de longa distância http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/05/09/apos-atrasos-azul-recebe-1o-airbus-a330neo-para-voos-de-longa-distancia/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/05/09/apos-atrasos-azul-recebe-1o-airbus-a330neo-para-voos-de-longa-distancia/#respond Thu, 09 May 2019 17:48:50 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=9922

Azul recebe 1º Airbus A330neo para voos de longa distância

A Azul recebeu na tarde de hoje, em Toulouse (França), seu primeiro Airbus A330neo. O novo modelo é uma evolução do A330, que a empresa já utiliza nas rotas de longa distância para Europa e Estados Unidos.

A entrega do avião acontece com cerca de seis meses de atraso em relação à data prevista. A Azul encomendou cinco aviões do modelo em setembro de 2017. Na época, a previsão era de que o primeiro avião fosse entregue no último trimestre do ano passado.

O programa de desenvolvimento do A330neo sofreu atrasos pela demora na entrega dos motores pela Rolls-Royce. Além disso, o tempo necessário para os testes em voo do novo avião também foi maior do que o esperado inicialmente.

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A Azul pretendia iniciar os voos com o A330 neo em janeiro deste ano. Por conta dos atrasos, o primeiro voo com o novo modelo deve ocorrer somente em junho.

Apesar dos adiamentos, a Azul é a primeira companhia aérea das Américas a receber o novo modelo de avião da Airbus. A portuguesa TAP foi a primeira empresa do mundo a operar com o A330neo, desde de novembro do ano passado.

O novo avião da Azul terá capacidade para 298 passageiros, sendo 34 na executiva, 96 na econômica Xtra e 168 na econômica. São 27 assentos a mais do que a versão utilizada atualmente pela Azul nos voos de longa distância.

“Essa nova aeronave desempenhará um papel essencial na nossa expansão no mercado internacional, impulsionando nossa estratégia de ter uma frota moderna e eficiente em termos de combustível”, afirmou John Rodgerson, CEO da Azul.

A330neo tem economia de combustível de 25%

O novo modelo A330neo recebeu novas asas, melhorias aerodinâmicas e novos motores Rolls-Royce Trent 7000. A sigla neo significa new engine option (nova opção de motor). Segundo a Airbus, essas mudanças geram uma economia de cerca de 25% no consumo de combustível por assento em relação a aeronaves concorrentes da geração anterior.

A versão A330-900neo é avaliada em cerca de US$ 300 milhões. A Azul encomendou as cinco unidades por meio de contrato de leasing com a empresa Avolon. O valor do contrato não foi divulgado.

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Azul quer ‘usar’ Avianca para ganhar pousos e decolagens em São Paulo e Rio http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/03/11/acordo-venda-avianca-azul/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/03/11/acordo-venda-avianca-azul/#respond Mon, 11 Mar 2019 17:20:55 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=9199

Acordo da Azul com Avianca depende de aprovação da Anac (Divulgação)

A transferência de 70 pares de slots (autorizações de pouso e decolagem) da Avianca para a Azul nos aeroportos de Congonhas, em São Paulo, Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e Guarulhos (SP) é o principal ponto do acordo anunciado hoje pelas duas companhias, mas pode ser também o principal entrave para a conclusão do negócio.

O acordo será feito por meio de um mecanismo de venda de Unidade Produtiva Isolada (UPI), uma divisão da Avianca que exclui as dívidas da empresa. O negócio foi avaliado em US$ 105 milhões e incluirá, além dos 70 pares de slots, bens selecionados pela Azul, como o certificado de operador aéreo (autorização de operação) da Avianca Brasil, e aproximadamente 30 aviões Airbus A320.

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O negócio, porém, pode azedar porque a legislação brasileira impede que companhias aéreas vendam seus slots em aeroportos. “A grande discussão vai ser se essa venda da UPI é uma venda disfarçada dos slots ou não”, afirmou Guilherme Amaral, especialista em Direito Aeronáutico e sócio do escritório ASBZ Advogados.

Amaral afirmou que os slots são os únicos bens realmente valiosos em negociação entre as duas empresas. “Os aviões são leasing [aluguel] e estão com atraso no pagamento, e o certificado de operador aéreo a Azul não precisa, porque tem o dela. O que está vendendo de verdade são os slots. São 70 pares de slots por US$ 105 milhões”, disse.

Os slots são permissões de operação em aeroportos congestionados. No aeroporto de Congonhas, por exemplo, a Azul tem autorização para realizar apenas 13 voos diários. O acordo com a Avianca permitiria fazer até 34 voos por dia. A Gol e a Latam têm permissão para cerca de 130 voos cada, segundo a agência de notícias Reuters.

Acordo depende de aprovação

Para o negócio ser concretizado, ainda é preciso cumprir uma série de condições, como a conclusão de um processo de diligência, a aprovação de órgãos reguladores e credores, assim como a conclusão do processo de recuperação judicial da Avianca. A expectativa é que esse processo dure cerca de três meses, afirmou a Azul em comunicado.

A liberação para a transferência dos slots terá de ser analisada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). “Em relação ao acordo noticiado pelas empresas Azul Linhas Aéreas e Avianca Brasil, a Anac informa que, para emitir qualquer avaliação a respeito do assunto, é necessário conhecer o modelo de negócio, o qual ainda não foi submetido à agência”, afirmou a Anac em nota.

Na avaliação de Amaral, a agência tem dois caminhos a seguir. “A Anac vai ter de escolher se, como reguladora, enverga um pouco para o lado de que promover a competição, o aumento do consumo de transporte aéreo e manter a operação é mais importante, ou se vai querer ser um regulador mais técnico e dizer que estão querendo vender slot, e vender slot é algo que não pode”, afirmou.

Apesar da polêmica que o acordo pode gerar, o especialista em direito aeronáutico avalia que o passado da Anac indica que a agência pode aprovar o acordo. “O que a gente tem de histórico, com a venda da Varig para a Gol, é uma tendência dos reguladores de defender a continuidade de operação. Tem um sinalzinho de que a Anac pode ser um pouco mais flexível e talvez embarcar na tese de que, de fato, é uma unidade nova”, afirmou.

Caso se sintam prejudicadas, as companhias aéreas concorrentes também podem entrar com recursos para barrar a transferência dos slots. No caso do fim das operações da Avianca, esses slots seriam redistribuídos entre as empresas, seguindo critérios técnicos definidos pela Anac.

Procuradas pela reportagem, a Gol e a Latam afirmaram que não vão comentar o assunto. Em entrevista ao Todos a Bordo no mês passado, o presidente da Latam, Jerome Cadier, já havia criticado a possibilidade de uma negociação envolvendo a venda de slots.

“A nossa avaliação jurídica é que a venda isolada do slot não é possível e não é prevista na regulamentação do setor. Os slots pertencem ao sistema e não são um ativo de uma empresa. Mas se existe uma empresa, ela tem uma operação e essa empresa é vendida, nosso entendimento é que os slots fazem parte da operação, mas não pode acontecer uma venda isolada dos slots”, afirmou Cadier na ocasião.

Passageiros podem ter proteção

Apesar da polêmica, Amaral avalia o acordo como positivo, especialmente para os passageiros que já têm bilhetes comprados para viajar com a Avianca nos próximos meses. “Com esse acordo, de certo modo, ele está mais protegido, porque vai ter onde voar. Se o acordo não der certo, hoje tem um risco muito grande de não conseguir voar. Em tese, para o passageiro é um alívio, porque aumenta a chance de conseguir usar o bilhete que ele tem”, afirmou.

Com a compra das operações da Avianca, a Azul deve ser uma concorrente mais forte para Gol e Latam no mercado doméstico. Juntas, Avianca e Azul tiveram 32% de participação de mercado no último ano. A Gol liderou com 35,7% e a Latam teve 31,9% de participação, segundo dados da Anac.

O fim das operações da Avianca não deve gerar grandes impactos para o mercado em geral, na avaliação de Amaral. “É um competidor a menos, mas já era uma saída esperada. A Azul fica mais forte e é uma competidora nova nos mercados centrais. Então, pode ter um lado interessante para o passageiro”, afirmou.

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Avião da Gol arremete para evitar colisão com jato da Azul; veja vídeo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/02/18/arremetida-gol-azul-fernando-de-noronha/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/02/18/arremetida-gol-azul-fernando-de-noronha/#respond Mon, 18 Feb 2019 17:45:01 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8998

Um avião da Gol precisou arremeter ontem (17) quando se preparava para pousar no aeroporto de Fernando de Noronha (PE). Ao se aproximar da pista de pouso, um jato da Azul ainda taxiava pela pista, o que forçou o avião da Gol a suspender o pouso para evitar uma colisão entre as duas aeronaves (veja o vídeo acima).

O vídeo da aproximação dos aviões viralizou nas redes sociais hoje (18). Apesar do susto, a arremetida é um procedimento considerado seguro e feito com o objetivo exatamente de aumentar a segurança e diminuir o risco de um pouso problemático.

A FAB (Força Aérea Brasileira) afirmou, em nota, que a situação foi classificada como normal. “A arremetida registrada no aeródromo de Fernando de Noronha (PE), no domingo (17/02), ocorreu dentro dos padrões de segurança das regras de tráfego aéreo”, afirmou.

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Segundo a Gol, o comandante do voo tinha contato visual, durante todo o procedimento de aproximação, com a pista e com a aeronave que taxiava. “A Gol reitera que a arremetida é um procedimento operacional normal. Após a liberação da pista, o comandante efetuou nova aproximação, pousando às 16h39, em total segurança”, afirmou a empresa.

Em nota, a Azul disse apenas que “ressalta que a arremetida é um procedimento previsto nas operações de pouso”.

Fernando de Noronha não tem torre de controle

O aeroporto de Fernando de Noronha não tem torre de controle para o controle de tráfego aéreo. Há apenas o Serviço de Informação de Voo. É um serviço de rádio que informa as condições meteorológicas do momento, como visibilidade, direção e velocidade do vento.

“Nesta modalidade, o operador de estação aeronáutica fornece às aeronaves todas as informações necessárias à operação segura, a fim de que o piloto decida, em qualquer fase do voo, qual o procedimento será utilizado e inclusive em qual pista irá realizar a decolagem ou o pouso”, afirmou a FAB.

Em aeroportos que contam com esse tipo de serviço, os pilotos conversam pelo rádio para coordenar pouso e decolagem, informando a posição atual e quais procedimentos pretendem seguir.

No caso recente em Fernando de Noronha, é possível que tenha havido uma falha na comunicação entre os dois pilotos ou mesmo falha no sinal de rádio. Apesar disso, a FAB afirmou que não houve perigo de acidente. “As aeronaves estavam em coordenação via rádio e não houve risco nenhum aos envolvidos no caso”, disse.

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Aéreas nacionais batem recorde de passageiros em 2018, com 102,4 milhões http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/01/22/dados-numero-passageiros-companhias-aereas-nacionais-abear/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/01/22/dados-numero-passageiros-companhias-aereas-nacionais-abear/#respond Tue, 22 Jan 2019 16:37:21 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8805

Aviões de companhias aéreas brasileiras no aeroporto de Guarulhos (Vinícius Casagrande/UOL)

As companhias aéreas nacionais bateram recorde no transporte de passageiros no último ano. Entre voos nacionais e internacionais, foram 102,4 milhões de pessoas, segundo dados divulgados nesta terça-feira (22) pela Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas), que calcula os números apenas das empresas brasileiras.

O ano de 2018 foi o segundo consecutivo de crescimento na procura de passageiros, após dois anos de queda. Em 2018, houve uma alta de 4,1% no total de passageiros. Segundo a Abear, o Brasil registra 22 meses consecutivos de crescimento no número de passageiros em voos domésticos e 27 meses seguidos de alta em voos internacionais.

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No mercado de voos domésticos, foram 93 milhões de passageiros, com alta de 4,4% em relação a 2017. O total de passageiros em voos nacionais em 2018 é o terceiro maior, ainda abaixo do registrado em 2014 e 2015, quando foram transportados 94,7 milhões e 94,6 milhões, respectivamente.

O maior crescimento aconteceu nos voos internacionais, com alta de 11,79% em relação a 2017. No total, as quatro empresas brasileiras (Gol, Latam, Azul e Avianca) transportaram 9,4 milhões de passageiros em viagens ao exterior. Foram 985 mil passageiros a mais.

Aviões mais vazios

Apesar do aumento da procura por voos no Brasil, os aviões voaram ligeiramente mais vazios em 2018. É que as companhias aéreas investiram no aumento da frota acima da procura.

Com isso, a taxa de ocupação dos voos nacionais caiu 0,18 ponto percentual em 2018, com uma média de 81,41% de ocupação. A melhor taxa de ocupação nos voos nacionais foi da Avianca, com 84,4% de aproveitamento.

Nos voos internacionais, a queda da taxa de ocupação foi ainda maior, de 2,3 pontos percentuais. Nas viagens ao exterior, os aviões das companhias aéreas brasileiras decolaram com 82,48% dos assentos ocupados. O melhor aproveitamento foi da Azul, com 86,9%.

Total de passageiros em voos nacionais e internacionais

  • 2013 – 95,3 milhões (89,2 milhões em voos nacionais e 6,1 milhões em voos internacionais)
  • 2014 – 101,1 milhões (94,7 milhões em voos nacionais e 6,4 milhões em voos internacionais)
  • 2015 – 101,9 milhões (94,6 milhões em voos nacionais e 7,3 milhões em voos internacionais)
  • 2016 – 95 milhões (87,5 milhões em voos nacionais e 7,5 milhões em voos internacionais)
  • 2017 – 98,2 milhões (89,9 milhões em voos nacionais e 8,3 milhões em voos internacionais)
  • 2018 – 102,4 milhões (93 milhões em voos nacionais e 9,4 milhões em voos internacionais)

Participação das companhias

A Gol foi líder em participação de mercado entre as empresas brasileiras no mercado de voos domésticos, com 35,8%. A empresa transportou 31,5 milhões de passageiros em 2018.

A Avianca, que entrou com processo de recuperação judicial em dezembro, foi a companhia aérea que mais cresceu no mercado nacional. O número de passageiros transportados pela empresa em 2018 teve alta de 8,99%, chegando a 11,6 milhões.

No mercado internacional, o crescimento da Avianca chegou a 201,93%, com um total 656 mil passageiros. Em meio ao processo de recuperação judicial, a Avianca vai cancelar seus voos internacionais a partir de 31 de março.

Participação das aéreas brasileiras no mercado nacional

  • Gol – 35,87%
  • Latam – 32,01%
  • Azul – 18,69%
  • Avianca – 13,42%

Participação das aéreas brasileiras no mercado internacional

  • Latam – 68,47%
  • Azul – 14,61%
  • Gol – 9,64%
  • Avianca – 7,28%

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Latam é a mais pontual entre as maiores aéreas; Azul lidera no baixo custo http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/01/03/ranking-pontualidade-companhias-aereas/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2019/01/03/ranking-pontualidade-companhias-aereas/#respond Thu, 03 Jan 2019 14:17:40 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8701

Aviões de companhias aéreas brasileiras no aeroporto de Guarulhos (Vinícius Casagrande/UOL)

A Latam foi a empresa mais pontual entre as 20 maiores companhias aéreas do mundo em 2018. A Azul foi a empresa de baixo custo com mais voos chegando dentro do horário previsto, segundo ranking divulgado nesta quinta-feira (3) pela consultoria inglesa OAG.

No ranking geral, que avalia dados das 250 maiores companhias aéreas, a Copa Airlines, companhia aérea do Panamá, foi a mais pontual do mundo em 2018. A companhia panamenha teve um índice de pontualidade de 89,79%.

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Para ser considerado pontual, um voo pode ter um atraso máximo de 15 minutos. Segundo a OAG, o estudo de pontualidade de 2018 foi baseado em dados de 58 milhões de voos realizados no último ano.

Os dados da Latam incluem os voos de todas as empresas do grupo, que operam em seis mercados na América do Sul (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador e Peru). No último ano, a empresa teve 85,6% dos voos dentro do horário previsto. O índice é seis pontos percentuais maior do que o do ano anterior, de 79,39%. No ranking geral das 250 companhias aéreas, a Latam saltou da 36ª para a sétima posição.

A Azul se destacou ao se tornar a líder mundial de pontualidade entre as companhias aéreas de baixo custo ao melhorar o índice de pontualidade de 84,14% em 2017 para 85,21% no último ano. No ranking geral, a empresa pulou do 12º para o oitavo lugar.

Gol e Avianca têm piora em 2018

Por outro lado, a Avianca Brasil e a Gol apresentaram piora nos índices de voos chegando dentro do horário previsto no último ano.

A Avianca Brasi caiu de 81,44% em 2017 para 81,15% em 2018. Com essa oscilação negativa, a empresa perdeu quatro posições no ranking geral de pontualidade, caindo do 16º para o 20º lugar.

O índice de pontualidade da Gol caiu mais de dois pontos percentuais no último ano, de 81,73% em 2017 para 79,7% no último ano. Com isso, a Gol caiu da segunda posição entre as aéreas nacionais para o quarto lugar. Entre as companhias de baixo custo, a Gol caiu da oitava para a 11ª posição. A OAG divulgou apenas as 20 primeiras colocadas no ranking geral de pontualidade.

Veja as principais categorias da OAG:

Ranking de pontualidade das 250 maiores aéreas do mundo

  • 1º Copa Airlines: 89,79%
  • 2º airBaltic: 89,17%
  • 3º Hong Kong Airlines: 88,11%
  • 4º Hawaiian Airlines: 87,52%
  • 5º Bangkok Airways: 87,16%
  • 6º Qantas Airways: 85,65%
  • 7º Grupo Latam: 85,60%
  • 8º Azul: 85,21%
  • 9º Qatar Airways: 85,17%
  • 10º KLM: 84,52%

Ranking de pontualidade das 20 maiores companhias aéreas do mundo

  • 1º Grupo Latam: 85,60%
  • 2º All Nippon Airways: 84,43%
  • 3º Japan Airlines: 83,99%
  • 4º Delta Air Lines: 83,08%
  • 5º Alaska Airlines: 82,61%
  • 6º IndiGo Airlines: 81,70%
  • 7º Southwest Airlines: 78,20%
  • 8º United Airlines: 78,06%
  • 9º American Airlines: 77,65%
  • 10º British Airways: 75,78%

Ranking de pontualidade das companhias aéreas de baixo custo

  • 1º Azul: 85,21%
  • 2º Jetstar Asia: 84,13%
  • 3º Solaseed Air: 82,90%
  • 4º Mango: 82,88%
  • 5º Volaris: 82,04%
  • 6º Transavia: 81,98%
  • 7º IndiGo Airlines: 81,70%
  • 8º Thai AirAsia: 81,24%
  • 9º Spirit Airlines: 80,83%
  • 10º Sky Airline: 79,89%
  • 11º Gol: 79,70%

Ranking de pontualidade das companhias aéreas da América Latina

  • 1º Copa Airlines: 89,79%
  • 2º Grupo Latam: 85,6%
  • 3º Azul: 85,21%
  • 4º Volaris: 82,04%
  • 5º Avianca Brasil: 81,15%
  • 6º Aerolíneas Argentinas: 80,51%
  • 7º AeroMexico: 80,45%
  • 8º Sky Airline: 79,89%
  • 9º Gol: 79,70%
  • 10º Caribbean Airlines: 79,24%

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Azul pode se beneficiar com a fusão da Embraer com a Boeing, diz presidente http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/12/17/embraer-boeing-azul-beneficiada/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/12/17/embraer-boeing-azul-beneficiada/#respond Mon, 17 Dec 2018 17:51:44 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8645

Embraer 195 da Azul; companhia tem 51 pedidos da versão E2 (Divulgação)

A Azul, única companhia brasileira a operar jatos da Embraer, pode sair beneficiada com a fusão entre Boeing e Embraer, segundo seu presidente, John Rodgerson. Em entrevista ao Todos a Bordo no final de novembro, ele afirmou que o negócio deve gerar benefícios à Azul com a redução do preço dos aviões e de outros serviços, como manutenção.

“Acho que muda a habilidade para negociar. O fato é que a Embraer vai ter muito mais escala. Quando a Boeing senta com a GE ou com a Pratt & Whitney [fabricantes de motores de avião] para negociar, é uma outra conversa do que quando a Embraer senta com eles. Quem você acha que vai ter melhor negociação de preço, quem fabrica cem aeronaves por ano ou quem faz 60 aeronaves por mês?”, afirmou Rodgerson.

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A Azul tem a maior carteira de pedidos do novo E195-E2 (51 aviões), que está em fase final de testes, e deverá ser a primeira companhia do mundo a receber o novo modelo da Embraer. Nos últimos anos, a empresa passou a voar também com aviões Airbus A320neo.

“Nós temos o maior pedido de compra do Embraer E2 do mundo e estamos animados com a aeronave. O Airbus A320 está ajudando a gente a crescer, mas o carro-chefe vai continuar sendo o Embraer. Não pense que nós vamos abandonar o Embraer. Para o ano que vem, vamos receber de seis a oito aviões E2”, disse.

O presidente da Azul avaliou, ainda, que a fusão da Embraer com a Boeing era essencial após a Airbus ter comprado a Bombardier.

“Acho que [a fusão] é saudável. Quando a Airbus comprou a Bombardier, não era uma disputa justa mais por conta de todo o poder de negociação que a Airbus tem. O interessante é que a Airbus comprou a Bombardier por 1 dólar canadense, e a Embraer está sendo vendida por bilhões de dólares. Isso mostra que, na última década, quem fez melhor foi a Embraer. A Embraer vendeu muito mais e teve tanto sucesso que a Bombardier teve de ser vendida. Mas é difícil a Embraer competir com a Airbus, porque o volume deles é muito maior”, afirmou.

A negociação da Airbus com a Bombardier foi feita em outubro do ano passado. A Airbus ficou com 50,01% da C-Series Aircraft Limited Partnership (CSALP), que fabrica e vende os aviões. A Bombardier ficou com 31%, enquanto a Investissement Québec tem 19% no negócio.

A negociação não envolveu custos para a Airbus. Em troca, os aviões da Bombardier, que não vinham recebendo encomendas, ganharam uma grande vitrine comercial.

Em julho, os modelos CS100 e CS300 foram rebatizados para Airbus A220-100 e A220-300. No mesmo dia, a companhia aérea norte-americana JetBlue anunciou a substituição de toda a sua frota da Embraer pelo novo modelo da Airbus. A JetBlue foi fundada por David Neeleman, o mesmo fundador da Azul.

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Primeiro voo da Azul completa 10 anos; empresa poderia ter se chamado Samba http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/12/15/azul-completa-dez-anos/ http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2018/12/15/azul-completa-dez-anos/#respond Sat, 15 Dec 2018 06:00:14 +0000 http://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/?p=8638

Pátio do aeroporto de Viracopos, em Campinas, com aviões da Azul (Divulgação)

A Azul completa neste sábado (15) dez anos do primeiro voo com passageiros da companhia aérea. No dia 15 de dezembro de 2008, o primeiro Embraer 190 da empresa decolava do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), para o voo 4064 com destino a Salvador (BA). O primeiro voo decolou com 98 passageiros. No mesmo dia, a Azul fez também o primeiro voo para Porto Alegre (RS).

Desde então, a Azul já transportou mais de 148 milhões de passageiros. Atualmente, são cerca de 25 milhões de passageiros por ano.

A empresa foi fundada por David Neeleman, nascido no Brasil e criado nos Estados Unidos, que já havia fundado outras três companhias aéreas: a WestJet, no Canadá, e a Morris Air e a JetBlue, nos Estados Unidos. A WestJet e a JetBlue continuam em operação mesmo após a saída de Neeleman. A Morris Air foi extinta em 1994, dez anos após sua fundação.

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A Azul surgia no Brasil após uma grave crise no setor aéreo nacional, com o fim das operações de Varig, Vasp e TransBrasil. O anúncio da criação de uma nova companhia aérea no Brasil aconteceu no final de março de 2008, ainda sem uma definição do nome da empresa.

A ideia era que os futuros passageiros pudessem escolher como a nova companhia aérea se chamaria. Em um site, o público poderia votar em diversos nomes. O primeiro a votar no nome vencedor ganharia um passe vitalício para voar com a companhia.

Foram colocadas em votação opções como Abraço, Alegria, Azul, Brasileira, Céu, Mais, Nossa, Samba, Pátria e Viva. No início de maio, a empresa anunciou que Samba havia sido a opção mais votada pelos internautas.

A diretoria da nova companhia aérea, no entanto, preferiu adotar o nome Azul. A empresa deu o bilhete vitalício tanto para o primeiro a votar no nome Azul como para o primeiro a votar no nome Samba.

“Azul inspira sentimentos como pureza, segurança, serenidade, lealdade, qualidade e, claro, remete ao céu, a voar. Ao mesmo tempo, é um nome mais neutro que Samba”, afirmou Neeleman na ocasião.

Aviões brasileiros

A Azul iniciou suas operações com uma frota exclusiva de aviões brasileiros da Embraer. No anúncio da criação da nova companhia aérea, a empresa já havia feito uma encomenda de 36 aviões do modelo 195.

Com o foco na expansão em rotas regionais, com voos para cidades menores que não eram atendidas pela aviação comercial, a Azul decidiu diversificar sua frota. Em julho de 2010, a empresa comprou 20 aviões modelo ATR 72-600, com opções de compra de mais 20 unidades em um contrato de cerca de US$ 850 milhões, incluindo as opções, que são uma espécie de reserva para uma compra futura.

Aviões do modelo ATR 72-600 são utilizados para voos de curta distância em cidades menores (Divulgação)

Os novos aviões entrariam em operação no ano seguinte, quando a Azul atingiu também o terceiro lugar em participação no mercado doméstico brasileiro, posição que ocupa até hoje, atrás da Gol e da Latam.

Fusão com a Trip e voos internacionais

O voo mais alto da Azul veio em 2012, com a fusão com a brasileira Trip em um negócio avaliado em R$ 4,2 bilhões na época. Todo o processo de fusão das duas companhias aéreas levou cerca de dois para ser concluído.

No início de 2014, ao término da fusão e pouco mais de cinco anos após o início de suas operações, a Azul tinha uma frota de 134 aeronaves, mais de 9.700 funcionários, 860 voos diários, mais de 30% do total de decolagens do país e 103 destinos.

Ainda em 2014, a Azul recebeu novos aviões Airbus A330 para iniciar voos internacionais. A primeira rota teve início em 1º de dezembro entre Viracopos e Fort Lauderdale, a 45 quilômetros de Miami (EUA). No mesmo mês, a empresa inaugurou o voo para Orlando (EUA).

Com o crescimento no mercado doméstico, a Azul anunciou em novembro de 2014 a aquisição de 63 aviões Airbus A320neo para serem entregues até 2023. A primeira aeronave do novo modelo chegou em 2016 para substituir os Embraer 195 em rotas mais movimentadas. Enquanto o Embraer tem capacidade para 118 passageiros, o Airbus A320neo pode levar até 174 passageiros.

Modelo Airbus A320neo tem maior capacidade de passageiros (Divulgação)

Isso não significa que a empresa pretenda abandonar os aviões brasileiros da Embraer. Muito pelo contrário. A Azul tem uma encomenda de 51 aviões do novo modelo E195-E2, que promete gastar cerca de 15% a menos de combustível. A Azul será a primeira companhia aérea do mundo a receber o novo avião.

Azul pode dobrar em dez anos, diz presidente

O presidente da Azul, John Rodgerson, afirmou estar confiante com o futuro da companhia e planeja dobrar o tamanho da empresa nos próximos dez anos. “Acho que a próxima década vai ser muito mais promissora para a Azul, com muito mais crescimento, porque o brasileiro ainda viaja pouco. Então, temos de mudar isso. Temos muito mais cidades para abrir voos e muito mais a fazer para ter mais gente viajando neste país”, afirmou.

Segundo Rodgerson, a meta da companhia é abrir entre seis e oito novos destinos nacionais por ano. Atualmente, a Azul já voa para 104 cidades no país, tem 12 mil funcionários, 123 aviões e cerca de 780 voos por dia.

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