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Aéreas têm prejuízo R$ 1,9 bi em 2018; preço da passagem sobe 1%

Vinícius Casagrande

10/06/2019 15h03

Aviões de companhias aéreas brasileiras no aeroporto de Guarulhos (foto: Vinícius Casagrande/UOL)

As companhias aéreas brasileiras tiveram prejuízo acumulado de R$ 1,93 bilhão em 2018. O preço dos combustíveis (alta de 37,8%) e a alta do dólar (de 17,3%) foram os principais vilões para os resultados negativos.

Segundo os dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), as quatro empresas brasileiras (Gol, Latam, Azul e Avianca) tiveram um crescimento de 15,3% na receita, mas com um aumento de 25,2% nos custos dos serviços prestados.

Apesar da elevação dos principais custos operacionais, as companhias aéreas não conseguiram repassar integralmente o aumento para o preço das passagens. De acordo com dados da Anac, no último ano a tarifa aérea média teve alta de 1% em relação ao ano anterior. O valor médio das passagens foi de R$ 374,12.

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Resultados por empresa

A Azul foi a única companhia aérea brasileira a ter lucro no ano passado, enquanto a Gol foi a que teve o maior prejuízo.

Azul: lucro de R$ 170,2 milhões

Latam: prejuízo de R$ 442,8 milhões

Avianca: prejuízo de R$ 491,9 milhões

Gol: prejuízo de R$ 1,1 bilhão

Combustível e dólar em alta

Os itens com maiores impactos nos resultados foram: combustíveis (32,6%), arrendamento, manutenção e seguro de aeronaves (19,6%) e custos de pessoal em geral (15,5%).

O preço do querosene de aviação teve aumento de 37,3% em 2018. No ano passado, o valor médio mensal do litro do combustível oscilou entre R$ 1,84 e R$ 2,64. Em 2017, o litro do combustível custava entre R$ 1,60 e R$ 1,81.

Com mais de 50% dos custos atrelados ao dólar, como combustível, arrendamento e seguro, a taxa de câmbio também teve forte influência no resultado negativo das companhias aéreas. Na média do último trimestre do ano, o dólar teve alta de 17,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

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