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Além do 737 Max: relembre aviões que pararam de voar por problemas técnicos

Alexandre Saconi

20/04/2019 04h00

Diversos modelos de aviões ao longo dos anos deixaram de voar por questões envolvendo o risco à segurança. O caso mais recente é o do Boeing 737 Max, mas existem outros.

Veja abaixo alguns aviões que tiveram voos suspensos e, em alguns casos, nunca mais decolaram:

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737 Max estão proibidos de voar até a solução de problemas que possivelmente levaram à queda de dois aviões recentemente (Crédito: Montagem)

Boeing 737 Max

Em março deste ano, após duas quedas registradas em menos de seis meses, diversas entidades reguladoras da aviação pelo mundo determinaram a retirada de circulação do Boeing 737 Max. O motivo seria uma falha no MCAS, sistema de controle de voo que teria causado as duas quedas.

Concorde ultrapassava a velocidade do som, mas acidente e custos pesaram na decisão de parar com os voos do avião (Foto: Flickr/Wiltshire Spotter

Concorde

Esse avião voou entre os anos de 1976 e 2003, e sua velocidade ultrapassava a barreira do som. Apenas 20 unidades do Concorde foram produzidas durante um período de 13 anos, e só as empresas British Airways e Air France operavam o modelo.

Em 25 de julho de 2000, teve um problema que marcou sua história. Enquanto decolava de Paris, um dos pneus estourou após passar por cima de uma peça que havia se soltado de outro avião. Um pedaço de borracha bateu na asa do avião, rompendo um dos tanques de combustível, o que causou um incêndio. Esse não era um comportamento esperado. Os voos de Concordes foram suspensos por 15 meses. O modelo voltou a voar comercialmente, mas, em 2003, foi aposentado definitivamente.

A380 da Qantas e da Singapore Airlines apresentaram problemas nos motores em 2010 (Divulgação)

A380

No ano 2010, as empresas Qantas e Singapore Airlines optaram por manter o A380 em solo após problemas envolvendo os motores instalados nos aviões. Isso ocorreu após o Voo 32 da Qantas, que partia da Inglaterra com destino à Austrália no dia 4 de novembro de 2010, ter apresentado problemas nos motores e voltado ao aeroporto de origem, tendo de pousar em emergência. Um motor de um A380 da Singapore Airlines também apresentou problemas em voo.

Investigadores apontaram a necessidade de trocar os motores desses modelos de avião da empresa, e, enquanto isso, elas permaneciam no solo. Os A380 das empresas ficaram por um tempo sem voar, mas isso não representou um problema em escala mundial para o modelo.

Com pouco tempo de uso, o 787 Dreamliner, da Boeing, começou a apresentar problemas nas baterias a bordo (Crédito: Colin Brown Photography)

787 Dreamliner

Em 2013, quando o Boeing 787 Dreamliner ainda estava no seu primeiro ano de serviço, um problema com as baterias levou o avião a ficar no solo. Pelo menos quatro unidades apresentaram problemas elétricos, ocasionando fogo a bordo.

Toda a frota de 50 unidades do 787 Dreamliner parou de voar no começo daquele ano, voltando aos ares meses depois.

Protótipo do De Havilland Comet (Crédito: Domínio Público)

Comet

A empresa britânica De Havilland teve problemas na década de 1950 com seu carro chefe, o Comet. O avião representou um marco na história da Inglaterra, pois foi o primeiro modelo a jato a levar integrantes da família real a bordo: a rainha mãe, a rainha Elizabeth 2ª e a princesa Margaret.

Entretanto, constantes quedas, muitas vezes julgadas serem erros dos pilotos, acabaram com a trajetória do avião, que foi remodelado após ter de ficar em solo por um tempo. Em 1958 foi lançada a 4ª versão do Comet, que voo por mais de 30 anos, mas sem tantas polêmicas quanto a sua primeira versão.

Como é o teste de um avião novo, que inclui até queda de barriga

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