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Troca de ministro não deve atrapalhar negociação com Boeing, diz Embraer

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28/02/2018 16h52

O presidente da Embraer, Paulo César de Souza e Silva, afirmou nesta quarta-feira (28) que nem a troca no comando do Ministério da Defesa nem as eleições de outubro devem afetar as negociações em andamento com a Boeing. Souza e Silva disse, ainda, que as discussões entre as duas empresas devem ser concluídas ainda neste semestre, independentemente de o resultado ser favorável ou contrário à parceria.

"Não temos uma data específica para concluir, mas é necessário que uma resolução seja atingida rapidamente porque não podemos ficar mais muito tempo nisso", afirmou Souza e Silva, durante cerimônia de certificação do E190-E2, novo jato de passageiros da Embraer..

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Ele disse que ainda não se encontrou com o novo ministro da Defesa. O ministro Raul Jungmann, que estava à frente das negociações, deixou a Defesa para assumir o recém-criado Ministério da Segurança Pública. Em seu lugar, assumiu o general do Exército Joaquim Silva e Luna.

"Ainda é algo muito recente, mas acredito que não [deve atrasar]. Existem várias áreas do governo envolvidas e não acredito que vai haver atraso por conta de uma mudança", afirmou. "Acho que não vamos perder nada com a saída do ministro, que estava realmente liderando, mas não quer dizer que o novo não possa liderar também."

O presidente da Embraer afirmou que o governo demonstrou interesse no sucesso das negociações, e que trabalha para chegar a um acordo que contemple as exigências de todas as partes. "É uma operação muito complexa, que vai trazer benefícios para a Embraer e para a Boeing, mas ainda estamos trabalhando, e precisamos de um acordo que traga conforto também para o governo, especialmente na área de defesa."

Manutenção dos empregos no Brasil

O anúncio das negociações entre a Boeing e a Embraer gerou críticas dos sindicatos, que criticaram a possibilidade de haver corte de empregos no Brasil. Nesta quarta-feira, o presidente da Embraer afirmou que isso não deve acontecer.

"Essa é uma especulação que surgiu, mas não tem sentido. O projeto é justamento para acontecer o contrário. É para tornar a Embraer uma empresa maior, que vai receber novas tecnologias e que vai exportar mais. É um projeto bastante robusto para que a gente tenha uma empresa robusta e ainda maior. Esse medo vem de pessoas que não entendem o que significa um projeto desses", diz.

* Com informações da Reuters

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