Planador tenta bater recorde de altitude em voo sem motor e passar de 27 km
O planador Perlan 2, da Airbus, quer bater o recorde mundial de altitude de um avião sem motor. Para tentar superar a atual marca de 50.727 pés (15,4 km), alcançada em 2006 pelo Perlan 1, o planador está realizando diversos voos na região de El Calafate, na Argentina.
A região da patagônia argentina foi escolhida por ser um dos poucos lugares no mundo em que uma combinação de ventos de montanha e vórtice polar (ciclones de altitude encontrados próximos aos polos) criam as condições favoráveis para atingir altitudes elevadas mesmo por aviões sem motor.
Para atingir a marca histórica, os pilotos do Perlan 2 acreditam que conseguirão levar o planador a uma altitude de até 90.000 pés (27,4 km). Nos primeiros dias de testes na Argentina, o Perlan 2 já atingiu a altitude de 32.500 pés (9,9 km). O planador segue realizando voos nos próximos dois meses.
O Perlan 2 é um planador pressurizado com tubos de oxigênio puro para voar em altitudes elevadas. O planador leva dois pilotos a bordo e diversos instrumentos científicos. Na altitude máxima de voo, o planador pode chegar a uma velocidade de até 650 km/h.
Missão é coletar dados sobre mudanças climáticas
Mais do que bater o recorde de altitude em voo sem motor, a missão principal do Perlan 2 durante os voos é coletar dados científicos sobre os efeitos das mudanças climáticas. "O Airbus Perlan 2 nos permitirá estudar uma ampla gama de fenômenos atmosféricos que essencialmente nos darão modelos mais precisos de nossa atmosfera superior e as mudanças climáticas que importam a todos os cidadãos do mundo", afirma Ed Warnock, CEO do Perlan Project.
Segundo a Airbus, o design do planador Perlan 2 permite que ele colete amostras de ar não contaminadas em diversas altitudes. Outra vantagem do projeto é que, diferentemente de um balão meteorológico, ele pode ser direcionado, permanecer em uma área e decolar e pousar em um mesmo local.
Além de estudar fatores que influenciam a mudança climática, o Perlan 2 também oferecerá dados sobre turbulência em altitudes elevadas e efeitos da radiação sobre pilotos e aeronave. Segundo a Airbus, as informações poderão ser utilizadas para ajudar no desenvolvimento ou melhorias dos aviões comerciais.
"As descobertas do Perlan nos ajudarão a moldar o futuro do setor aeroespacial com inovações relativas a design e engenharia, viagens aéreas mais eficientes e até viagens para Marte", afirma Allan McArtor, chairman da Airbus Américas.
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