IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Todos a Bordo

Aeroportos dos EUA planejam usar cães farejadores para reduzir filas

Todos a Bordo

24/05/2016 06h00

Imagem: Monika Wisniewska/Getty Images

Não adianta reclamar ou fazer cara feia. Com o aumento da preocupação com a segurança nos aeroportos, é cada vez mais comum o pedido para que os passageiros tirem seus sapatos, cintos, notebooks e casacos antes de passar pelo famoso raio-x. Com isso, o tempo na fila aumenta. 

Nos Estados Unidos, a demora é tanta —em alguns casos, até duas horas— que alguns aeroportos estão tentando criar novas alternativas para agilizar o processo sem deslizar na atenção sobre o que os passageiros carregam.

Uma delas é usar cães farejadores especializados em detectar bombas para fazer uma espécie de "pré-checagem" nas filas de embarque. Com isso, os processos de remoção de sapatos e abertura das malas durante a passagem no raio-x podem ser evitados, o que agilizaria a entrada para a sala de embarque. 

De acordo com as autoridades americanas, um cão farejador é capaz de checar 1.000 pessoas em um único dia. A expectativa é que cinco animais sejam usados em cada aeroporto. O treinamento de cada cão farejador leva nove meses e suas habilidades precisam ser reavaliadas a cada ano.

"Loteria do check-in"

Outra medida já tomada por mais de 160 aeroportos americanos foi a implementação de um programa chamado PreCheck, criado pelo TSA, órgão responsável pela segurança dos aeroportos nos EUA. Com ele, passageiros selecionados têm direito a passar por uma fila especial onde as chances de tirar sapatos, casacos ou abrir malas são bem menores na hora do raio-x.

Funciona assim: passageiros americanos e de algumas outras nacionalidades que quiserem fazer parte do programa devem preencher uma ficha e pagar uma taxa US$ 85 (R$ 302). Em seguida, é feita uma avaliação de antecedentes e o TSA decide se o passageiro pode ou não passar por essa fila.

A partir daí, o cliente deve informar que tem o PreCheck em cada embarque. Mas isso não significa que ele poderá ir para a fila especial todas as vezes. Funciona como uma "loteria", onde ele pode ou não ser sorteado.

A ideia é usar os cães farejadores justamente para encaminhar mais pessoas da "fila comum" para a especial, mas antes é preciso que elas tenham suas malas inspecionadas pelos policiais caninos.

Cães demitidos

Embora os cães farejadores sejam conhecidos por sua precisão na busca por drogas e bombas, um fato inusitado chamou a atenção de funcionários do aeroporto de Manchester, no norte da Inglaterra.

O aeroporto decidiu investir US$ 1,7 milhão no treinamento de seis cães farejadores. O objetivo era que os animais encontrassem drogas, tabaco, dinheiro e carne trazidos ilegalmente pelos 22 milhões de passageiros que passam pelo aeroporto todo ano.

Imagem: Reuters

Em vez de encontrar drogas, os cães eram bons em farejar queijos e embutidos, como salsichas e salames, e em pequenas quantidades

Em vez disso, os animais eram bons em farejar queijos e embutidos, como salsichas e salames, e em pequenas quantidades. Tais alimentos eram, na maioria das vezes, de turistas que visitavam a região de Manchester e que não traziam riscos para a saúde pública do Reino Unido.

Os cães foram afastados  até que os administradores encontrem uma melhor forma de treiná-los.

Leia também: 

Cães treinados para encontrar droga só conseguem achar comida em aeroporto

Com fone de ouvido e óculos, cachorro vira espantalho de aves em aeroporto

Aeroporto em Londres cria sala de ioga para passageiros relaxarem

Por ambientes mais silenciosos, aeroportos podem restringir anúncio sonoro

Para espantar aves, aeroportos usam falcão-robô, cão e sabre de 'Star Wars'

Superstição com 13 é tanta, que aéreas vetam filas de bancos com o número

Sobre o blog

Todos a Bordo é o blog de aviação do UOL. Aqui você encontra notícias sobre aviões, helicópteros, viagens, passagens, companhias aéreas e curiosidades sobre a fascinante experiência de voar.